domingo, 29 de dezembro de 2013

Mini espetadas com medronho


Olá meus amigos,

Hoje o Barrigana vem dar-vos mais uma das suas sugestões para a noite mais longa do ano.

Desta vez, trago-vos umas muito fáceis “Mini espetadas com medronho”. Este é uma daqueles pratos que só perdemos tempo em preparativos porque depois os ingredientes e o forno fazem o resto.

Vão precisar de:
(Para cerca de 24 espetadas)
Espetadas
- 1 kg de lombo de porco;
- 2 pimentos (1 vermelho e 1 amarelo);
- 24 tomates cherry;
- 1 chouriço;
Marinada
- 3 copos de shot de aguardente de medronho;
- 10 medronhos (opcional);
- 6 dentes de alho (picados);
- 6 folhas de louro;
- Paprica q.b.;
- Sal e pimenta q.b.

Em primeiro lugar para marinar a carne cortamo-la em cubos de 3x3 centímetros e numa taça misturamo-la com a aguardente, os medronhos finamente cortados (literalmente em papa), os alhos, o louro, a paprica e o sal e a pimenta. Reservamos e deixamos marinar por cerca de duas horas.

Entretanto cortamos os pimentos em cubos (de tamanho semelhante ao da carne), os tomates cherry em metades e o chouriço em rodelas finas.

Passadas as duas horas pré aquece-se o forno a 180-200 graus no modo do “grill” e montam-se as espetadas seguindo a ordem desejada. Neste caso eu começo e acabo sempre com uma metade de tomate e tento que a carne seja sempre antecedida ou seguida de uma rodela de chouriço, para lhe dar mais sabor e para que a gordura do chouriço deixe a carne mais suculenta.

Posto isto leva-se ao forno por cerca de 30 minutos, regando as espetadas de 10 em 10 minutos com a restante marinada.

Estas espetadas são excelentes quando acompanhadas por maçarocas de milho, também elas assadas no forno e temperadas com massa de alho.

Uma sugestão cheia de sabor para se fazer sem stress

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cascas de batata crocantes


Olá minha gente,

Na continuação da preparação para a passagem de 2013 para 2014, o Barrigana traz-vos mais uma sugestão para abrilhantar a noite e para satisfazer as barriganas de todos.

Assim hoje tenho para vocês umas saborosas e crocantes “Cascas de batata crocantes”. Meus amigos, este prato é daqueles que até dá pena de tão pouco trabalho que dá.

Vão precisar de:
- Cerca de 25 batatas pequenas;
- Sumo e raspas de um limão;
- Alecrim q.b.;
- 12 dentes de alho (esmagados e com casca);
- Azeite;
- Sal e pimenta q.b.

Em primeiro lugar com a ajuda de um garfo fazem-se furos em todas as batatas (de maneira a que fiquem furadas uniformemente), depois junta-se sal fino, pimenta, azeite, alecrim picado e os dentes de alho esmagados a uma assadeira com as batatas. Mistura-se tudo muito bem (de maneira a que as batatas fiquem uniformemente cobertas). Leva-se ao forno por cerca de uma hora ou até estarem macias no centro.

Posto isto, retiram-se do forno, cortam em metades e deixam-se arrefecer. Uma vez mornas (assim que estiverem manuseáveis) retira-se o interior com a ajuda de uma colher, de maneira a que a casca fique inteira (mas ainda assim com um pouco de batata).

Espalmam-se as batatas, voltam a colocar-se na assadeira com mais um pouco de azeite, alecrim e as raspas de limão e leva-se ao forno por mais cerca de 30 minutos, ou até estarem tostadas e estaladiças.

Como vêm é bastante fácil, o forno faz quase tudo e depois sempre podem usar o interior das batatas para fazerem um belo puré no primeiro dia do ano. 

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

“Tapenade” de azeitonas com pasta de camarão e rolos de anchova Manná


Olá minha gente,

Depois do Natal vem a passagem de ano e depois de alguns dias passados a preparar os pratos tradicionais da época que, por vezes, nos prendem na cozinha por horas a fio, na passagem de ano há que relaxar. Por isso mesmo o Barrigana vai trazer-vos nos próximos dias algumas sugestões fáceis, económicas e acima de tudo saborosas, para abrilhantarem a vossa refeição/festarola de passagem de ano.

Assim, tenho para vocês uma “’Tapenade’ de azeitonas com pasta de camarão e rolos de anchova Manná”. Uma “Tapenade” é um prato típico da Provença (região de França) e que consiste numa mistura de azeitonas, normalmente pretas, com alcaparras, anchovas e azeite, tudo isto picado finamente, ou triturado.

Vão precisar de:
- Cerca de 200g de azeitonas pretas (sem caroço);
- 3 pastas de camarão Manná (embalagens de 22g)
- 3 rolos de anchova Manná;
- 3 a 5 ramos de coentros;
- 1 ramo de cebolo;
- 1 colher de sopa de maionese;
- Raspa e sumo de ½ limão;
- Sumo de ½ lima;
- Raspa de laranja;
- 1 a 2 colheres de azeite;
- 4 tortilhas

Resumidamente e sem perder muito com a explicação, tritura-se tudo (menos as tortilhas) com a ajuda da varinha mágica (ou robot de cozinha).

Posto isto, cortam-se as tortilhas em pedaços e levam-se ao forno por cerca de 15 minutos, ou até as tortilhas ficarem estaladiças e douradas. Deixam-se arrefecer e servem-se como acompanhamento da “Tapenade”.

Fácil, saboroso e económico. Experimentem.

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ceia de Natal IV – Brownie “Oh, oh, oh! É pr’á desgraça!”de chocolate, figo, noz e amêndoa



Olá meus amigos,

Como é Natal todos nós (de alguma maneira) interrompemos as dietas e restrições alimentares do “ano regular” e abrimos as nossas Barriganas a vários tipos de exageros alimentares, tudo isto porque é Natal. Para mim (e tenho a certeza que para muitas outras pessoas também), uma das frases mais usadas nestas alturas é “Bem, é pr’á desgraça, é pr’á desgraça!” e toca de enfiar mais uma fatia de bolo, ou mais uma garfada de polvo.

Agora pergunto, haverá alguma coisa “mais pr’á desgraça” do que sobremesas??? Esperem, não respondam tenho outra pergunta. Haverá sobremesa “mais pr’á desgraça do que um Brownie???” Também não precisam de responder, está tudo dito.

Assim, hoje tenho para vocês um decadente “Brownie ‘Oh, oh, oh! É pr’á desgraça!” de chocolate, figo, noz e amêndoa”. A mim parece-me bastante adequado para a ocasião. 

Vão precisar de:
Para 10 a 12 brownies
- 250g de manteiga sem sal (ou margarina);
- 200g de chocolate negro (no mínimo com 70% de cacau);
- 75g de figos secos (em pedaços);
- 75g de figos cheios com amêndoa (em pedaços);
- 150g de miolo de noz;
- 80g de cacau em pó (peneirado);
- 65g de farinha sem fermento (peneirada);
- 1 colher de chá de fermento em pó;
- 150g de açúcar moreno;
- 150g de açúcar amarelo;
- 50g de açúcar (normal);
- 1 colher de chá de essência de baunilha;
- 3 colheres de chá de café (forte);
- ½ colher de chá de flor de sal;
- 4 ovos grandes;
- Raspas de laranja q.b.
    
Em primeiro lugar, pré-aquece-se o forno a 180 graus e forra-se um tabuleiro rectangular (ou com qualquer outra forma) com papel-manteiga. Depois derrete-se o chocolate e a manteiga em banho-maria até se obter uma mistura macia, à qual juntamos o sal, a baunilha, o café, as nozes, os figos em pedaços, as raspas de laranja e retire do lume.

Numa tigela à parte mistura-se o cacau em pó, a farinha, o fermento e os açúcares (assegurando de que não existem grumos). Depois junta-se este preparado ao do chocolate, figos e frutos secos e mexe-se até se obter uma mistura macia. Batem-se os ovos e junta-se tudo, misturando até obtermos uma textura sedosa.

Deita-se esta mistura no tabuleiro e leva-se ao forno por cerca de 25 minutos. Como os brownies são tradicionalmente húmidos por dentro quando fazemos a “prova do palito”, é normal que ele não saia limpo.
Retiramos do forno, deixamos arrefecer e cortamos em quadrados.   

É mesmo pr’á desgraça, não acham? Mas como “É Natal e ninguém leva a mal” não se preocupem, isso com uma semaninha de regime e exercício físico intensivo vai ao lugar.

Finalizo desejando-vos um Feliz Natal.

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ceia de Natal III - Arroz rico de Peru e Cogumelos


Olá a todos,

A cada dia que passa estamos mais perto do Natal e quantos de nós passamos horas e horas na cozinha a fazer comida para a consoada. O Barrigana quer acabar com isso, mas sem nunca “desrespeitar” a tradição da época.

Pergunta. Qual o prato de Natal mais trabalhoso e que leva horas a preparar….isso mesmo o “PERU”. 

Quantas horas passamos nós de volta de uma ave semi-gigante de pele enrugada e ligeiramente mal cheirosa, a fazer recheios, assar, etc, etc… horas, hoje vou combater isso. Assim, hoje tenho para vocês um “Arroz rico de Peru e Cogumelos”, simples de preparar, saboroso e acima de tudo barato, muito barato.

Adeus a esses tempos, basta cozinhar tudo na panela e “Voilá” temos um prato para o jantar de Natal. E mesmo assim se tiverem um daqueles familiares chatos que pergunta “Então e o peru?!...isso não é o peru??” podem sempre dar uma desculpa de que já não havia no supermercado, ou que o que já tinham preparado caiu no chão e o “Bobby” jogou-se a ele como se não houvesse amanhã. Enfim, sejam imaginativos.

Para isto vão precisar de:
(Para cinco pessoas)
Para o arroz rico
- 1 chávena e ½ de arroz carolino (cerca 150 a 200g);
- ½ cebola picada;
- 3 dentes de alho picado;
- 1 pedaço de gengibre picado (cerca de 2 cm);
- ¼ de pimento amarelo e vermelho (em cubos pequenos);
- 2 cebolos (fatiados);
- 12 cogumelos brancos (em fatias);
- 6 cogumelos secos (tipo shitake ou porcini);
- 1 cenoura (grande);
- 3 pedaços de tomate seco (picados);
- Cerca de 1l de caldo de carne ou de frango;
- ½ copo de vinho branco;
- 1 bife de peru (em pedaços);
Peru
- 5 bifes de peru (em pedaços grandes);
- 3 dentes de alho;
- 3 folhas de louro;
- ½ copo de vinho branco;
- 2 colheres de sopa de martini (rosso);
- Paprica q.b.;
- Sal e pimenta q.b.;

Em primeiro lugar, temperam-se os bifes de peru com o alho, as folhas de louro, o vinho branco, o martini, a paprica e sal e pimenta a gosto. Reserva-se.

Em relação ao arroz, num tacho começa-se por saltear a cebola, o alho e o gengibre, juntando depois os pimentos, a cenoura e o cebolo, deixando cozinhar por mais alguns minutos.

Entretanto, numa frigideira com pouco azeite salteiam-se os cogumelos e num tacho aquece-se o caldo de carne, ao qual (uma vez quente) juntamos os cogumelos secos, deixando-os ficar por 10 minutos. Depois retiramo-los e cortamo-los em pedaços.

Posto isto, juntamos o arroz ao preparado dos vegetais e deixamo-lo saltear um pouco antes de juntarmos o vinho branco. Continuamos, juntando as duas qualidades de cogumelos (brancos e secos), assim como o caldo de carne. Tapamos o tacho e deixamos cozer mexendo ocasionalmente.

Depois de termos marinado os bifes de peru, numa frigideira com pouco azeite cozinhamo-los até ficarem dourados. Depois, pegamos na mistura da marinada e cozinhamo-la na frigideira até reduzir quase formando uma pasta, depois junta-se água, um cubinho de manteiga, assim como o tomate seco.

Termina-se fatiando os bifes e cobrindo-os com o molho da marinada e servido o arroz.

“Et voilá!” sem aves gigantes mortas em cima da bancada, recheios e afins. Fácil, barato e saboroso. Tudo num tacho e “tá a andar”. 

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ceia de Natal II - Polvo no forno com panquecas de batata


Olá minha gente,

O Barrigana está de volta para o “round II” das receitas dedicadas ao Natal. Desta vez venho trazer-vos uma sugestão baseada num dos grandes clássicos desta festividade, O POLVO.

Tradicionalmente assado no forno com batatas, o polvo é um dos ingredientes mais presentes na mesa dos portugueses. Apesar disto, eu resolvi dar “uma voltinha” ao prato e fazer de outra maneira, em vez das habituais batatas no forno, resolvi fazer umas panquecas de batata, assim, hoje trago-vos “Polvo no forno com panquecas de batata”.

Deixo-vos para já uma sugestão, caso queiram poupar mais uns euros, a pota é uma excelente opção para substituir o polvo, contudo, garanto-vos já que não é a mesma coisa, mas “faz o efeito”.

Vão precisar de:

(Para 3 pessoas)
Para o polvo
- 800g de polvo (congelado);
- 6 dentes de alho;
- 6 folhas de louro;
- 4 colheres de chá de paprica;
- sal e pimenta q.b.
- Sumo de ½ limão;
- ½ molho de coentros (picados);
Para as panquecas
- 2 ovos;
- 1 cebolo (picado);
- ¼ de cebola (picada);
- 5 ramos de coentros (picados);
- Cerca de 30cl de leite;
- 8 batatas (tipo batata pequena;
- Cerca de 3 a 4 colheres de sopa de farinha (com fermento);
- 1 colher de sopa de azeite;
- Sal e pimenta q.b.

Começa-se por cortar o polvo em pedaços e por colocá-los numa assadeira. Posto isto tempera-se com azeite, sal (muito pouco), pimenta e paprica a gosto, depois colocam-se os dentes de alho esmagados, as folhas de louro e rega-se com um pouco de sumo de limão. Termina-se deitando mais um pouco de azeite e misturando tudo. Leva-se ao forno por cerca de uma hora a um hora e um quarto. Quando estiver quase pronto juntam-se os coentros picados.

O segredo para obter um polvo macio sem ter que o cozer primeiro é tê-lo congelado, quando o formos usar, devemos deixá-lo descongelar completamente antes de o cozinharmos.

Para as panquecas de batatas, em primeiro lugar assam-se as batatas no forno até ficarem macias, depois retira-se a pele e esmaga-se o interior da batata com um pouco de farinha (3 colheres de chá) e deixa-se arrefecer por 15 minutos até ficarem mornas.

Depois, numa taça juntam-se os ovos, a cebola, os coentros e o cebolo picado, o azeite, o leite e a farinha e mistura-se bem. Assim que as batatas estiverem mornas juntam-se a este preparado e mistura-se muito bem com a ajuda de uma vara de arames (não há problema se as batatas não se desfizerem completamente, é bom que haja alguma textura de batata). Numa frigideira antiaderente untada com pouco azeite coloca-se cerca de uma colher de sopa e meia da mistura das panquecas, formando círculos com cerca de sete centímetros de diâmetro e com cerca de dois centímetros de espessura. Deixa-se cozinhar até ficarem tostadas (assim que se começam a formar bolhas no cimo é sinal de que está cozinhada desse lado) depois vira-se e deixa-se cozinhar mais dois minutos do outro lado.

Finaliza-se servindo o polvo por cima das panquecas e acompanhando com uma boa salada de rúcula.

Como vêm uma sugestão fácil, saborosa e em parte fora do normal, para animar a ceia de todos nós.

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ceia de Natal - Lasanha crocante de bacalhau com puré de couve-flor


Olá a todos,

Mais um ano que passou, mais um Natal que se aproxima e como não podia deixar de ser o Barrigana vai-se dedicar (à semelhança do ano passado) à árdua tarefa de preparar e apresentar aqui algumas sugestões de pratos para a véspera de Natal.

Como sempre o Barrigana preocupa-se sempre em trazer receitas simples, saborosas e económicas, mas sempre com um toque especial, para que ninguém perca horas enfiado na cozinha, nem gaste “rios” de dinheiro para preparar esta refeição.

Assim, o primeiro prato que tenho para vocês é uma “Lasanha crocante de bacalhau”. Este é um bom substituto do tradicional “Bacalhau cozido com couves” e uma excelente entrada para a ceia de natal, mais leve e ainda assim bastante saborosa e elegante.

Vão precisar de:
(Para três pessoas)
Mistura de bacalhau
- Cerca de 100g de bacalhau (congelado em pedaços);
- 7 dentes de alho;
- 2 raspas de limão;
- 2 folhas de louro;
- ½ cebola roxa;
- 3 folhas de couve (fatiada);
- pimenta de Caiena;
Molho de azeitona e coentros
- 200g de azeitona preta;
- 10 raminhos de coentros (incluindo os talos);
- ½ dente de alho;
- 2 fatias de cebola roxa (fina);
- Azeite q.b.;
- Sumo e raspa de limão q.b.
Folhas de lasanha
- 3 tortilhas (tipo mexicanas);
Puré de couve-flor
- ¼ de uma couve-flor;
- Sumo de limão q.b.;
- 1 colher de chá de cominhos;
- ½ colher de chá de paprica;
- ¼ de colher de chá de pimenta branca;
- Pimenta de Caiena a gosto.

Em primeiro lugar coloca-se o bacalhau (ainda congelado) num tacho com água, cinco dentes de alho esmagados, duas folhas de louro e as raspas da casca de limão. Assim que a água levantar fervura conta-se cinco minutos e depois apaga-se e deixa-se arrefecer completamente, desta forma o bacalhau mantém-se suculento e lasca facilmente.

Posto isto, numa frigideira salteiam-se as folhas de couve fatiadas com azeite, dois dentes de alho picado, a metade de cebola roxa fatiada. Tempera-se com sal, pimenta preta, oregãos e pimenta de Caiena a gosto.

Para o molho de azeitona e coentros, com uma varinha mágica (ou robot de cozinha) trituram-se as azeitonas (sem caroço, claro), juntamente com os coentros, o alho, a cebola, o azeite e o sumo de limão.

Relativamente ao puré de couve-flor, coze-se a couve-flor em água até ficar bem macia e depois tritura-se com uma varinha mágica até se obter um puré macio. Depois adiciona-se sal e pimenta a gosto, assim como algumas gotas de sumo de limão, os cominhos, a paprica, a pimenta branca e a Caiena.

Para as folhas de lasanha cortam-se as tortilhas com a forma desejada (no meu caso recortei-as com ajuda de uma aro metálico) de maneira a ficarem com três camadas. De seguida vão ao forno por dez minutos ou até ficarem tostadas e estaladiças.

Monta-se tudo colocando um pouco de molho de azeitona na base da folha de lasanha e colocando a mistura de bacalhau em cima e assim sucessivamente, sendo que a última folha não terá nada por cima. 
Acompanha-se tudo com o puré de couve-flor.

Nada mau para começar uma refeição de Natal hãn! Experimentem, toda a vossa família vai ficar a olhar para vocês de outra maneira. 

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sábado, 14 de dezembro de 2013

“Caixinhas” de Filetes de Cavala Mediterrânicos Manná e pesto de brócolos


Olá a todos,

Na passada segunda-feira falei aqui da grande distinção que o nosso país recebeu (em conjunto com outros) ao ver a “sua Dieta Mediterrânica” elevada a Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.

Como já tinha afirmado a “Dieta Mediterrânica” é um património que todos nós devemos tentar preservar e transmitir às gerações vindouras, por isso mesmo, o Barrigana já está a começar essa tarefa trazendo-vos hoje uma receita inspirada na nossa “Dieta”. Recorrendo a vários ingredientes característicos do regime alimentar de vários países mediterrânicos, tenho para vocês umas “’Caixinhas’ de Filetes de Cavala Mediterrânicos Manná e pesto de brócolos”.
Vão precisar de:

(para três pessoas)
Caixinhas e recheio
- 1 embalagem de massa folhada (375g);
- 1 lata de Filetes de Cavala Mediterrânicos Manná;
- Cerca de 40g de pimento amarelo e vermelho (em cubos pequenos);
- 2 tomates pequenos (sem pele e sem sementes, em cubos pequenos);
- Orégãos q.b.
- 1 ovo (batido);
- ¼ de colher de chá de Caiena;
Pesto de brócolos
- 1 cabeça de brócolos (pequena);
- 1 colher de sopa de pesto (bem cheia);
- 2 pedaços de tomate seco (finamente picados);
- ½ dente de alho (pequeno);
- 1 colher de chá de vinagre balsâmico;
- Pinhões q.b.;
- Azeite q.b.

Em primeiro lugar para fazer as “caixinhas” corta-se a massa folhada em rectângulos (ou noutra forma) e com a ponta de uma faca corta-se/desenha-se (nunca chegando ao fundo da massa) a “tampinha” que indo ao forno vai “crescer” e ficar saliente, facilitando assim o corte pelas marcas desenhadas. Um conselho, se a massa tiver uma espessura muito fina é melhor dobrarem-na ao meio para dar maior grossura à caixa. 

Depois pré-aquece-se o forno a 200 graus, pincela-se com uma mistura de ovo batido com um pouco de água e leva-se ao forno por cerca de 25 minutos, ou até a massa ficar dourada, desliga-se o forno e deixa-se ficar com a porta entreaberta. Uma vez mornas (quase frias) cortam-se as tampinhas pelas “linhas”, de modo a obtermos um buraco com a forma que cortámos.

Para o recheio, salteiam-se em azeite e alho, o tomate (sem pele e sem sementes) e os pimentos em cubos por cinco minutos e tempera-se com sal, pimenta, pimenta de Caiena e orégãos a gosto. Finaliza-se juntando os “Filetes de Cavala Mediterrânicos” Manná cortados em pedaços grandes e deixa-se cozinhar um pouco até ficarem quentes.

Em relação ao pesto, coze-se a cabeça de brócolos e, posteriormente, com ajuda de uma varinha mágica reduz-se a puré e junta-se o pesto, o tomate seco picado finamente e o pedaço de alho. Reduz-se novamente a puré e junta-se o vinagre balsâmico, sal, pimenta e azeite a gosto.

Para finalizar enchem-se as caixinhas com a mistura de filetes de cavala e servem-se acompanhadas do pesto de brócolos e de pinhões torrados.

Um belo prato para ser apreciado sem nunca esquecer os hábitos da “Dieta Mediterrânica”, ou seja, depois de um bom exercício físico, partilhando este prato numa mesa repleta de familiares, com um bom copo de vinho, uma boa conversa e sempre com moderação.

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Restaurante Noélia e Jerónimo


“Restaurante Noélia e Jerónimo”, à primeira vista e pelo nome pode parecer-nos mais um banal restaurante de cozinha portuguesa de beira de estrada, não que haja algum problema com esse tipo de casas, é que simplesmente (e isto é uma pura opinião pessoal) os há em grande quantidade, tornando-os …banais.

Não de beira de estrada, mas sim de beira de Ria Formosa (o que torna tudo bem mais interessante e bonito), este restaurante, situado na loja 1 da Avenida da Fortaleza em Cabanas de Tavira, serve comida tradicional algarvia, humilde, sem rodeios e muito, mas muito saborosa, cortesia da cozinheira e proprietária Noélia.

Dirigi-me lá com alguns comentários em mente sobre o serviço “sui generis” da casa, saí de lá sem perceber a razão dos mesmos. O atendimento foi simpático e atencioso, por vezes com um ou outro atraso (perfeitamente normal quando se tem casa cheia), mas sempre com profissionalismo.

O ambiente é claro e luminoso e a decoração simples e confortável, havendo a possibilidade de, caso o tempo nos permita, desfrutarmos da refeição no “deck-esplanada” com vista privilegiada para a Ria Formosa.

Para o ambiente ficam os quatro Barriganas.

Depois vem a ementa, é aqui que brilham as qualidades culinárias da D. Noélia, de destacar como entradas uma típica “Salada de Moxama de atum” e uns também típicos (mas não da região) “Biqueirões à Espanhola”. Como pratos principais umas estaladiças “Pataniscas de polvo”, mesmo como mandam as regras, ora acompanhadas com “arroz de coentros”, ora com “açorda de conquilhas, o difícil é mesmo escolher. Continuando, e fugindo um pouco à comida algarvia, destaco uma tropical “Salada de camarão, manga e papaia”, para de seguida voltar “às origens” com uns saborosos “Filetes de peixe-galo com arroz de coentros” (de se desfazer na boca), continuando com uma “Açorda de Gambas” bem servida, terminando com um tenríssimo e apuradinho “Polvo trapalhão”, guisado e acompanhado de batata doce de Aljezur.

Para finalizar, “Suspiros”, nada tradicionais da zona, mas igualmente saborosos.

Sugiro como acompanhamento dois vinhos roses “Barranco Longo” e/ou “João Clara”.

Assim, para a ementa só poderiam ser os cinco Barriganas.

O preço médio da casa ronda os 25 euros por pessoa, que se tivermos em conta a qualidade da comida, é um preço simpático.

Em relação ao preço ficam os quatro Barriganas.

Recomendo sem dúvida. Vale a pena. 

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Desafios dos Chef’s da minha família – Salsichas com Couve


Olá a todos,

O desafio de hoje obrigou o Barrigana a inverter papéis, porque normalmente sou sempre eu o provador deste prato e não o chefe, no entanto estou entregue em boas mãos, mais precisamente nas da Senhorita Barrigana.   

Apesar de ser eu quem tem mais jeitinho para a cozinha, ela também não me fica atrás e tem sempre umas quantas receitas saborosas “na manga”. Sempre que o meu “grau de bazófia culinária” ultrapassa os limites do aceitável para qualquer ser humano….PIMBA toma lá que já almoçaste (ou jantaste), e muito bem, literalmente.

A Senhorita Barrigana, uma apreciadora confessa de tomate, cebola e couve, claro que só poderia ser este um dos seus pratos favoritos de todos os tempos. Assim, hoje trago-vos umas suculentas e carregadas de “molhanga” “Salsichas com couve” à moda da Senhorita Barrigana.

Deixo-vos já o conselho de que para que este prato fique delicioso vale mesmo a pena comprar salsichas de boa qualidade, com menos gordura e até de outras variedades. Nesta receita específica comprei umas salsichas de porco preto e outras “argentinas”. Para além das salsichas vão precisar de:

(para três pessoas)
Marinada para as salsichas
- 1 ½ copo de vinho tinto;
- 3 dentes de alho;
- 4 folhas de louro;
- Sal e pimenta
Para a cozedura
- 1 couve lombarda (média – cerca de 14 a 16 folhas);
- 1 cebola (média);
- 6 salsichas frescas;
- Cerca de 500g de polpa de tomate (1 frasco médio/grande);
- 3 dentes de alho;
- 4 a 6 folhas de louro;
- ½ a 1 colher de chá de açúcar

Para começar, num recipiente colocam-se as salsichas com os restantes ingredientes e deixa-se marinar por cerca de uma hora virando as salsichas a meio do processo.

Posto isto, numa panela com água a ferver vão-se deitando as folhas de couve, deixando-as cozer por cerca de um a dois minutos, até ficarem maleáveis, mas não demasiado cozinhadas. Retiram-se e escorrem-se bem para que não fiquem com muita água, nesta fase usam-se duas folhas maiores para envolver uma salsicha, assim certificamo-nos de que as salsichas ficam devidamente enroladas. Uma vez enroladas todas as salsichas guardam-se as restantes folhas cortadas em pedaços para juntar ao preparado final.

Depois num tacho grande (com o tamanho suficiente para que caibam todas as salsichas) com um fio de azeite no fundo junta-se parte da cebola fatiada, parte do alho picado (em pedaços grandes) e a primeira camada das salsichas. Em cima, junta-se parte da couve picada, mais cebola, alho e polpa de tomates, repete-se este processo.

Vai ao lume (médio-baixo) por cerca de 30 minutos e termina-se temperando com sal, pimenta e um pouco de açúcar (para equilibrar a acidez do tomate), a gosto. Se forem aventureiros e caso o tacho o permita podem sempre trocar a posição das salsichas (ou seja as de baixo para cima e vice-versa) a meio da cozedura, tentando sempre que os embrulhos não se desmanchem.

Deixa-se o preparado a “descansar” no tacho (tapado) por cinco minutos, antes de ir para a mesa. Normalmente este prato é acompanhado por arroz branco simples. Deixo já aqui um aviso, este é daqueles pratos que ficam ainda melhores quando comidos no dia seguinte, é um óptimo “Réd’on”.


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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A Dieta Mediterrânica


Olá a todos,

Depois de, na semana passada, a “Dieta Mediterrânica” ter sido considerada oficialmente Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO, hoje o Barrigana “deitou-se” a pesquisar para perceber melhor o que ela é e o que muda a partir de agora.

Começando pela sua origem, a palavra “dieta” vem do grego antigo “díaita” que significa “modo ou método de viver, governar”. Logo aqui temos algumas “luzes” do que é mesmo esta dieta, não é só um regime alimentar, mas no fundo, um estilo de vida e uma herança cultural. Até aqui tudo bem, já sabemos em termos gerais o que é a “Dieta Mediterrânica”, mas como li algures que, segundo um estudo recente apresentado pela Fundação Portuguesa de Cardiologia, metade dos portugueses não sabe o que é esta “dita” dieta, o Barrigana “vestiu” a sua “pele” de jornalista e andou a investigar, ora vejam.

Resumidamente a Dieta Mediterrânica tem alguns hábitos fundamentais:

Regime alimentar – Combina ingredientes locais e sazonais a formas de cozinhar próprias de cada região (vão divergindo de zona para zona e de país para país). Abundante em alimentos de origem vegetal (hortaliças, legumes, fruta fresca, frutos secos, arroz, massa e pão), a principal gordura é o azeite, o consumo de peixe, aves, lacticínios e ovos é moderado e as carnes vermelhas são usadas em pequenas quantidades. É de destacar também o consumo de ervas aromáticas, especiarias variadas, água e infusões, nunca esquecendo também o vinho e os doces. Claro que tudo isto deve ser consumido em porções controladas e doseadamente.

Atividade Física – Pelo menos 30 minutos por dia ajudam a manutenção do peso e ao bom funcionamento do corpo. Basta andar a pé, usar as escadas em vez do elevador ou até simplesmente desempenhar algumas tarefas domésticas (como fazer a “janta” por exemplo).

Descanso Adequado – Dormir bem, bem dormir, dá saúde e faz sorrir. Mantém-nos saudáveis, não só física, como também psicologicamente.

Convivência social – Nada melhor do que estarmos rodeados das pessoas de que gostamos para nos dar o equilíbrio psicológico e emocional que necessitamos para continuar numa vida saudável. Conviver com familiares e amigos à volta de uma mesa cheia, querem melhor do que isto?

E agora vocês dizem… “sim… e …. Qual é a novidade nisso!?” Neste momento é a altura de introduzir o último conceito.

Moderação – Todos os pontos anteriores devem ser executados com conta, peso e medida.

Resumindo e concluindo, isto significa que Nós aqui neste quadradinho nos fundos da Europa temos condições para termos o melhor estilo de vida em todo o mundo, simplesmente temos que o interiorizar e usá-lo da melhor forma.

Este “estilo de vida” é um grande aliado no combate contra as doenças cardiovasculares, a obesidade e todas as doenças associadas e também contra o cancro.

Só para termos uma noção da importância daDieta Mediterrânica”, em Itália, por exemplo, existe o “Museu Vivo da Dieta Mediterrânica Ancel Keys” e em Espanha (na Catalunha) a “Fundação Dieta Mediterrânica”, países estes que já viram as suas “Dietas” aprovadas como Património Imaterial da Humanidade em 2010.

Assim, meus amigos, a Dieta Mediterrânica está ainda mais “na moda”. A partir de agora há que divulga-la ainda mais, estudá-la e preservá-la para as gerações vindouras, pois ela é património imaterial do mundo e 

“NÓS” os seus principais representantes e defensores.

E tenho dito!


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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

“Pauzinhos” de Alcaravia


Olá a todos,

Hoje o Barrigana traz mais uma das suas receitas, desta vez com um “novo” ingrediente, alcaravia. Chamo-lhe “novo” porque apesar de já ter ouvido falar, nunca tinha cozinhado com ele.

A alcaravia é uma especiaria proveniente da planta com o mesmo nome que é nativa da Europa, do oeste da Ásia e do Norte de África. É conhecida também por cominho arménio, cariz, cominho dos prados ou cominho romano. Pensa-se que esta última denominação se deva ao facto dos soldados da Roma antiga usarem-na como alimento nas suas campanhas militares, quando os mantimentos escasseavam, estes comiam as folhas frescas de alcaravia que encontravam no campo.       

É muito aromática e tem um sabor semelhante ao das sementes de funcho e dos cominhos. As folhas da planta frescas podem ser picadas e usadas em sopas e saladas, as suas sementes (que foi o que eu usei) são tradicionalmente usadas em pão, queijos, sopas, saladas, bolos, bolachas, carne de porco e até em licores. 

Têm também um grande poder “medicinal” podendo ser usadas como diurético, para combater a prisão de ventre, cólicas, constipações, problemas respiratórios e são especialmente recomendadas para aumentar o volume de leite materno. O chá feito a partir das sementes é a melhor maneira de usá-las para estes fins.

Assim tenho para vocês uns saborosos e aromáticos “Pauzinhos de Alcaravia”. Para isto vão precisar de:

- 250g de farinha;
- 100g de manteiga (para derreter);
- 2 ovos;
- 1 colher de sopa de leite quente;
- 1 colher de natas;
- 1 colher de chá de sal;
- 2 a 3 colheres de chá de sementes de alcaravia;
- 2 colheres de chá de sementes de papoila

Numa taça mistura-se a farinha com a manteiga derretida até se atingir uma consistência semelhante à de migalhas. Depois adiciona-se um ovo, o leite, as natas, as sementes de papoila e de alcaravia e o sal. Mistura-se bem até se obter uma bola de massa e leva-se ao frigorífico por uma hora, enrolada em papel antiaderente.

Passada uma hora, retira-se do frigorífico e estende-se com a ajuda de um rolo de cozinha até se atingir a espessura pretendida (entre 0.5 e 1 cm). Posto isto, pincela-se com ovo batido (misturado com um pouco de água) e espalham-se mais algumas sementes de alcaravia e de papoila, assim como umas pedrinhas de sal grosso ou flor de sal.

Finaliza-se cortando a massa em tiras com a espessura e formas pretendidas (entre 0.5 até 1.5 cm). Leva-se a um forno pré-aquecido a 200 graus, por 15 a 20 minutos, num tabuleiro previamente polvilhado com farinha.

Muito, muito bons e quase viciantes, são um excelente snack, entrada ou aperitivo. 

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Pensamentos Culinários II


Olá minha gente,


Hoje o Barrigana aproveita para vos deixar mais dois sábios pensamentos culinários, desta vez de dois ilustres franceses. O dramaturgo, ator e encenador Jean Molière (o senhor das pancadas do teatro) e de Jean Anthelme Brillant-Savarin, advogado, político e cozinheiro. Toca a filosofar minha gente ou pensavam que o Barrigana era só dar ao dente?!

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Sexto Sentido


Localizado no número 15 do Beco Torto em plena vila de Cascais, encontramos o “Sexto Sentido”. Não é um restaurante, ou coisa parecida, é um “supperclub” que combina no seu espaço várias “artes” como a música, a pintura, a escultura, a fotografia, entre muitas outras, e que nos são apresentadas todas como aperitivos e acompanhamentos de uma outra “arte”, a culinária.

Esta casa traz a Cascais o conceito de “supperclub”, ou seja, meio restaurante, meio “social club”. Neste caso a primazia é dada à componente cultural, onde são feitas várias exposições (de pintura, escultura, fotografia, entre outras) ao longo do ano, assim como “concertos” e “jam sessions” ocasionais.

Deixo-vos desde já um conselho, se estiverem à procura de um lugar com uma seta gigante a sinalizar o local, desenganem-se, é provável que se vejam perdidos, às voltas, para trás e para a frente no Beco do Torto. Atenção, o Sexto Sentido, é literalmente uma casa particular que se abre ao público.

De início entrasse um pouco a medo, pensamos qualquer coisa do género: ”Então mas,…, isto é a casa das pessoas?! Será que…”, até que damos de caras com o nosso anfitrião, uma simpática e afável figura, que nos introduz ao espaço e nos deixa totalmente à vontade. O espaço inclui três áreas, um fabuloso jardim excelente para bons momentos e refeições quando o tempo o permite, uma sala interior, acolhedora e onde podemos apreciar quadros e outras obras que se encontram expostas regularmente e no segundo piso da casa um terraço que serva como lounge.

Para o ambiente ficam os cinco Barriganas.

No Sexto Sentido não há ementas fixas. Como é característico nos “supperclubs” a ementa não é “à vontade do freguês”, mas sim à vontade do cozinheiro para esse dia, por isso mesmo recomenda-se a consulta prévia da ementa. Na minha visita fui presenteado como entrada com umas ricas e suculentas “Curgetes gratinadas”, como prato principal sugiro um excelente “Camarão com abóbora”, tradicionalmente servido na casca da abóbora (o que não foi possível neste dia) e acompanhada por arroz basmati, mas preparem-se porque vão ficar de barrigana a “abarrotar”, as doses são bem servidas.        

Assim, para a ementa ficam os quatro Barriganas.

O preço médio desta casa varia entre os 10 e os 15 euros por pessoa, que é um preço justo para a oferta e o ambiente que o Sexto Sentido apresenta.

Relativamente ao preço ficam os quatro Barriganas.  

Uma excelente opção para primeira experiência num “supperclub”. Experimentem. 

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Especiarias II


Olá minha gente,
Hoje o Barrigana volta para vos trazer mais curiosidades e factos interessantes sobre as especiarias.
Curcúma/Açafrão da Índia/ Açafrão
Originário da Índia, a sua planta é usada há centenas de anos na medicina ayurvedica, na culinária e com outras utilizações como para tingir tecidos.
Em termos medicinais é reconhecido pelo seu forte poder antisséptico, sendo usado desde há centenas de anos como medicamento para curar e desinfetar feridas, cortes e de fortalecimento do sistema imunitário humano.
De facto, pensa-se que a curcumina, o principal agente farmacológico presente no açafrão (ou seja, agente que ajuda no tratamento de uma “maleita” ou doença) é um grande elemento de ajuda ao combate contra agentes cancerígenos (radicais livres), principalmente na zona do cólon. A sua ação antioxidante ajuda a proteger as células do cólon.
Para além disto, pesquisas recentes indicam que o açafrão poderá ser uma grande ajuda no combate à doença de Alzheimer. Ora - vamos a lá ver se consigo explicar bem isto -, o Alzheimer manifesta-se devido à acumulação de amilóides (um fragmento de uma proteína) nas células do cérebro, que produz “stress”, inflamação e a formação de placas entre essas mesmas células, interrompendo assim o bom funcionamento do mesmo. É aqui que entra o açafrão, mais precisamente a “nossa amiga” curcumina, pois ajuda os pacientes com esta doença aumentando a atividade dos seus sistemas imunitários, ajudando-os a limpar estas placas.   
Canela
A canela é uma das especiarias mais usadas e mais antigas do mundo. Não é nada mais, nada menos do que uma parte interna da casca do tronco da Caneleira, uma árvore originária do Sri Lanka.
O seu poder medicinal é potentíssimo e ajuda a diminuir os efeitos de várias doenças, quando incluída na nossa dieta.
Ajuda na diminuição do colesterol e a “consolidar” o sistema cardiovascular devido aos altos níveis de cálcio e de fibra que contém. Funciona também como tratamento de dores de dentes, cáries e contra o mau hálito, devido aos seus agentes anti-inflamatórios e antissépticos. Basta mastigar um pouco de pau de canela, ou gargarejar um pouco de água com canela que ficarão bem mais aliviados e cheirosos.
É também muito útil no combate a problemas respiratórios e tosse. Quando estivermos com estes problemas tomamos um colher de sopa de mel com ¼ de colher de sopa de canela em pó durante três dias e ficamos fresquinhos como uma alface.

Funciona como um “tónico do cérebro”, ou seja, aumenta a actividade cerebral. Segundo mostram alguns estudos, “cheirar” canela (calma, não é o que estão a pensar…sentir o aroma da canela) pode aumentar as funções cognitivas da memória, ajudando o funcionamento de certas tarefas e aumentando o estado de alerta e de concentração do individuo. Já sabem, em época de exames toca a estudar sempre com um pauzinho de canela ao lado.   

Se depois de tudo disto continuam sem gostar de especiarias, é melhor repensarem.

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Abóbora assada no forno com requeijão


Olá minha gente,

Continuamos no Outono (pelo menos até ao próximo dia 21 de Dezembro), apesar de não parecer, com o frio que tem feito. Esta época do ano é propícia à comidinha quentinha e “confortável”, ou como dizem os anglo-saxónicos, “comfort food”. É basicamente comida quentinha, que nos aconchega o estômago, um pouco mais calórica, mas que no fundo, no fundo, faz um bem enorme à alma.

Nesta categoria de comida eu incluo, assados no forno, empadões, sopas ricas, entre muitos outros. No entanto, tenho sempre alguma dificuldade em arranjar acompanhamentos ao nível de, por exemplo, um bom assado no forno.

Como estamos no outono, nada melhor do que utilizar os ingredientes característicos desta época. Agora pergunto eu. Qual é um dos produtos mais característicos do Outono? A abóbora, claro. Assim, hoje o Barrigana tem para vós uma deliciosa receita de “Abóbora assada no forno com requeijão”, que tanto pode servir de acompanhamento, como de uma saudável refeição.

Vão precisar de:
(Para 3 a 4 pessoas)
- 500 a 600g de abóbora (em pedaços médios);
- 1 Cebola roxa (fatiada em meias-luas);
- Requeijão (a gosto);
- Sementes de abóbora (uma mão cheia);
- Sementes de sésamo (uma mão cheia);
- 2 colheres de chá sementes de papoila;
- 3 colheres de sopa de vinagre balsâmico;
- 4 dentes de alho (esmagados e com casca);
- 3 pedaços de gengibre (com cerca de 0,5 cm);
- 1 colher de sopa de molho de soja;
- Raspa de ½ limão;
- 3 folhas de louro;
- Azeite (a gosto);
- Sal e pimenta (a gosto);

Num recipiente para ir ao forno coloca-se uma “cama” com a cebola roxa, o alho esmagado, os pedaços de gengibre, o azeite, o vinagre balsâmico, uma das folhas de louro e sal e pimenta a gosto.

Posto isto, coloca-se a abóbora em pedaços pela “cama” de cebola, juntamente com as restantes folhas de louro. Tempera-se com molho de soja, azeite, sal e pimenta a gosto.

Leva-se ao forno (pré-aquecido a 180 graus) e cozinha-se por 20 a 30 minutos, ou até a abóbora estar macia e cozinhada.

Entretanto numa frigideira sem qualquer gordura, tostam-se as sementes de abóbora, de sésamo e de papoila, terminando com uma pitada de sal.

Uma vez cozinhada serve-se a abóbora com a cebola roxa e termina-se polvilhando por cima alguns pedaços de requeijão, assim como as sementes de abóbora, sésamo e de papoila.

Saudável e reconfortante, este é um prato delicioso. O Barrigana recomenda.v

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Restaurante O Costa


Olá a todos,

A ilha de Faro tem vários pontos de interesse, a boa praia, a paisagem natural e também os restaurantes com excelente comida. Um desses restaurantes é “O Costa” situado no número 7 da Avenida Nascente (acho que é a única da ilha), muito perto da ponte que faz ligação a terra.

Inicialmente com o nome de “Piri-piri da Costa” esta casa foi um projecto iniciado por Diamantino da Costa no final dos anos 70, depois de ter regressado de Bruxelas. Tendo sido incluído no Guia Michelin de 2001, hoje é simplesmente conhecido como “O Costa”, continua a manter a qualidade, o bom gosto e acima de tudo os sabores que o tornaram famoso.

À primeira vista este restaurante é semelhante a qualquer outro, por momentos até pensamos que poderá ser uma tradicional marisqueira, mas desenganem-se, aqui vão provar sabores de outros lugares bem misturados com as melhores iguarias algarvias, passo desde já a enumerar algumas delas. Para entrada umas surpreendentes e condimentadas “Chamuças de Lingueirão”, umas saborosas e suculentas “Ovas de Choco fritas”, cheias de alho, azeite e picante (existe sempre a opção sem picante, claro) e para terminar (as entradas) um aromático e macio “Polvo à Galega”.

Como prato principal devo recomendar para os gostos mais tradicionais um “Arroz de Lingueirão” bem malandrinho e um “Choco frito” com alguns acompanhamentos menos habituais, mas igualmente saborosos. Para os paladares mais “internacionais” um cremoso e rico”Risoto de espargos e camarão”.

Para a ementa ficam os cinco Barriganas.

A decoração da casa transmite a filosofia da sua comida, ou seja, um restaurante português com muitos pormenores de decoração que nos fazem lembrar outras paragens, como quadros africanos, estátuas tailandesas, ou até adereços de parede das Caraíbas ou da China.

A paisagem é fabulosa, podemos sempre apreciar a nossa refeição com vista para a Ria Formosa e com o bónus de podermos ver os aviões a aterrarem no aeroporto de Faro, sem dúvida que é uma combinação única. Nos dias mais quentes podemos também apreciar de tudo isto na esplanada exterior.

Para complementar tudo isto, o atendimento é bastante simpático, profissional e atencioso.

Em relação ao ambiente ficam os cinco Barriganas.

O preço médio deste restaurante ronda os 15 e os 30 euros por pessoa, que é um preço um pouco acima, mas que é aceitável se tivermos em conta a ementa e o ambiente do mesmo. Considero-o um excelente sítio para um jantar especial. Para carteiras menos recheadas, mas Barriganas ávidas de novos sabores, existem várias “tapas” na ementa com preços bem mais acessíveis.

Assim, ficam os quatro Barriganas para o preço.

Uma agradável surpresa que vale a pena visitar.

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Desafios dos “Chefs” da minha Família – Arroz de Conserva Manná


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana volta com uma adaptação da sua rúbrica “Desafios dos ‘Chefs’”, mas desta vez não vou reproduzir uma receita de um famoso chef de cozinha, mas sim de um “Chef da minha Família”.

Não sei se se lembram, mas por algumas vezes já vos falei dos “chefs” da minha família e dos seus fantásticos dotes culinários e receitas, assim, desta vez resolvi fazer uma dessas receitas.

Ora nesta primeira receita resolvi homenagear uma grande chef, uma matriarca que dedicou muitos anos à missão de bem alimentar a sua família. Falo-vos da avó da senhorita Barrigana, D. Maria João, que é a autora de um único, inigualável, inalcançável e caloricamente saboroso “Arroz de Conserva Manná”.

Tradicionalmente, e segundo a receita da D. Maria João, este prato é feito apenas com atum, mas eu pessoalmente gosto de adicionar-lhe os filetes de cavala à portuguesa, pois estes dão um toque ligeiramente picante, mais rico e ajudam a que a conserva não fique com uma textura seca.
Para isto vão precisar de:

(Para 4 a 6 pessoas)
- 1 embalagem de 1kg de arroz carolino;
- 2 latas de filetes de atum em óleo vegetal Manná;
- 2 latas filetes de Cavala à portuguesa Manná;
- cerca de 300ml de Maionese;
- 5 Ovos (médios-grandes);
- Sal e pimenta;

Em primeiro lugar cozem-se os ovos e o arroz. Uma vez o arroz cozido, lava-se em água fria, para que não cole, facilitando assim o manuseamento e cortam-se os ovos em fatias (já sabem, os ovos devem ir ao frigorífico antes de se cortarem para ficarem mais firmes).

Numa taça, com a ajuda de um garfo e de uma faca, desfazem-se as conservas juntamente com um pouco (cerca de duas colheres de sopa) do óleo da lata, até que fiquem bem separadas, mas não desfeitas.

Depois num pirex, ou noutro recipiente para ir ao forno, unta-se o fundo com maionese. Nesta fase dispomos o arroz, a conserva, os ovos (temperados com sal e pimenta) e a maionese por camadas (seguindo sempre esta ordem), até acima. Termina-se sempre com uma camada de arroz e um pouco de maionese para dar alguma cor à última camada.

Leva-se ao forno pré-aquecido a 200 graus por cerca de 30 a 45 minutos, ou até maionese no topo ficar dourada.

Este prato é ainda mais delicioso quando acompanhado de uma boa salada de alface, milho, ou até beterraba.

Sei que nesta altura muitos de vós ainda estão estupefactos pela quantidade industrial de maionese usada neste prato, mas vão por mim é mesmo necessária, faz toda a diferença. Eu já fiz o teste e comprovei esta teoria.

Experimentem, vale mesmo a pena.



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