quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Simplesmente PÃO

Caríssimos,

Eu Barrigana, como bom alentejano sou um grande apreciador de um bom pão, sim de várias qualidades e feitios. Mas como não podia deixar de ser, para mim, o melhor pão do mundo está mesmo aqui no Alentejo e é conhecido como “pão de cabeça”.
É provável que em todas as casas alentejanas se consumam algumas centenas de quilos deste pão por ano (pelo menos eu gosto de acreditar que sim). Em minha casa, como não podia deixar de ser, o pão acompanha, ou até por vezes, é o ingrediente principal das refeições. Sim, no Alentejo pode-se comer pão como refeição das mais variadas maneiras, em migas, em açorda de alho, em sopas de peixe ou vegetais e até torrado em ensopados de carne ou de enguias, por exemplo.
O Barrigana não podia deixar de ser também um grande apreciador. Quando era mais novo lembro-me de ter o hábito de depois de terminar a refeição comer uma fatia, ou para ser franco, uma “farronca” de pão para “enxaguar o estômago”. Ora esta prática já está bem enraizada na minha família há gerações, segundo dizem os meus pais, já a minha avó tinha este hábito.
Isto nunca me fez confusão uma vez que das poucas memórias que tenho desta minha avó era a de ir à sua casa e lanchar sempre pão com manteiga, e era o melhor pão com manteiga do mundo.
A partir daí e até aos dias de hoje o pão com manteiga tem-me acompanhado. É simples, saboroso e enche a alma e o coração.
Para além disso é também um dos grandes ex-líbris, não só do Alentejo, como do nosso país, por isso já sabem, com ou sem manteiga, ensopado ou torrado…COMAM PÃO!

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

Kaiseki – Restaurante Japonês

Pessoal,
Hoje, para começar, tenho apenas duas palavras para vocês: “buffet” e “sushi”.
Sou um grande apreciador de sushi, mas poucas são as vezes em que posso desfrutar de sushi em formato buffet. E mais escassas são as oportunidades de enfar….ai, desfrutar de um sushi de buffet com boa qualidade.
Mas hoje, é com todo o orgulho e satisfação, que posso afirmar que encontrei um restaurante que me proporciona essa inesquecível experiência cada vez que lá vou. Por isso, meus amigos esqueçam o sushi de ar duvidoso, seco e esbambalhado. A partir de agora vão poder comer um bom buffet de sushi e pagar pouco.
Estou a falar-vos do restaurante Kaiseki na Rua Tomás da Fonseca (Quinta dos Barros) perto das Torres de Lisboa. Ora, este restaurante de comida asiática tem como especialidade o sushi…e meus amigos que belo sushi. Na primeira vez que lá fui pensei que seria mais um buffet, apinhado de gente e com sushi de aspecto um pouco duvidoso. Mas qual não foi a minha surpresa quando me deparei com sushi, sashimi, temakis, entre outros, com óptimo sabor e aspecto. Para além destas iguarias, podem contar também com uma “secção” de comida chinesas e com vários alimentos grelhados em chapa quente e que são também igualmente deliciosos. Sim…e tudo isto está incluído no buffet.
Mais palavras para quê…cinco Barriganas para esta ementa.
Em termos de ambiente, a típica simpatia oriental reina neste restaurante. Somos recebidos à porta com um muito simpático e sorridente “Olá cómó étão…”. A decoração é, obviamente, oriental e a sala é ampla, arrumada e “clean”.
Assim, aí vão os quatro Barriganas para o ambiente deste restaurante.
Meus amigos, agora prestem bem atenção… o Kaiseki tem dois menus, um para o almoço e outro para o jantar. Ora, o menu de almoço inclui apenas buffet por 9.50€. Em relação ao de jantar dá direito a buffet, sobremesa e café por 13.50€. Para grupos de oito ou mais pessoas terão direito a um menu igual ao anterior, que inclui ainda a bebida, por 15.50€.
Que mais posso dizer? Quatro Barriganas para o preço.
Resta dizer que cada vez que vou lá não me consigo conter e como até não poder mais.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia


Chef João Carlos Silva – Quadradinhos de frango com molho de café

Boas pessoal,

Hoje o Barrigana faz “Challenge Accepted” à receita de “Quadradinho de frango com molho de café” do chef João Carlos Silva.
João Carlos Silva, nasceu em Angolares, São Tomé, em 1956. Dividido entre São Tomé, Angola e Portugal, estudou Direito, exerceu Jornalismo e iniciou as suas actividades como artista plástico. Dirige o Projecto Integrado de Desenvolvimento da Roça S. João, um projecto dedicado á agricultura, pecuária, educação não-formal, ambiente, cultura e turismo, em São Tomé.
Tornou-se conhecido do grande público português (eu próprio incluído) com o seu programa televisivo de culinária, “Na Roça com os Tachos” que passou na RTP África e na RTP2.
Para esta receita vão precisar de:

- 1 ou 2 peitos de frango;
- 1,5 dl de café aromático;
- 0,5 dl de vinho branco;
- 1,5 dl de natas;
- Manteiga;
- Alho;
- Tuá-tuá (Malagueta ou piri-piri);
- 1 folha de louro;
- Grãos de café;
- Sal

Primeiro faz-se uma pasta, pisando alguns tuá-tuá (conhecida como a “malagueta que explode no ar”) com uma pitada de sal e reserve.
Cortam-se os peitos de frango em cubinhos, temperam-se e alouram-se numa frigideira com manteiga. Aos cubinhos junta-se de seguida a pasta de malagueta, o alho picado, e a folha de louro. Depois de dourados retira-se e reserva-se.
Posto isto, na mesma frigideira, junta-se o vinho branco e o café ao molho da fritura. Deixa-se evaporar e adicionam-se os grãos de café e as natas. A partir daqui deixa-se “os ingredientes a namorar”.
Para finalizar, envolve-se bem durante um minuto, tempera-se com sal e pimenta, se necessário, e deita-se por cima dos pedacinhos de frango.
E agora tenho mesmo que dizer isto…”façam o favor de ser felizes.”

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cascas, Espinhas e Ossos

Boas,

Mais um diário e mais uma dica que tenho para vos dar e que vos pode ser muito útil. Mas antes de mais tenho uma pergunta para vos fazer. O que é que fazem com as cascas do camarão, espinhas e pele do peixe ou com os ossos da carne? O quê!!?? Deitam fora. Não, não meus amigos, resposta errada. A resposta certa seria – uso para fazer caldos, ou para enriquecer sopas e outros pratos.
Como, perguntam vocês? Façam o seguinte peguem nas cascas, espinhas ou ossos por cozer e alourem numa panela juntamente com cebola, cenoura, aipo, louro, tomilho sal e pimenta. Uma vez alourados juntem água até os ingredientes ficarem cobertos, depois deixem levantar fervura e depois reduzam o lume para que cozinhe durante cerca de 15 a 20 minutos em lume brando.
Cascas e cabeças de camarão: Usem a água em que cozem os camarões para enriquecer uma base de sopa normal e ficam com sopa de camarão…mas esta é uma receita para mais tarde.
Espinhas e pele do peixe: Método igual ao anterior. Um bom exemplo é uma muito famosa canja de garoupa que também terá que ficar para mais tarde.
Ossos da carne (principalmente de vaca ou vitela): Usar a receita que referi anteriormente. É uma excelente maneira de enriquecer um risoto de cogumelos, por exemplo.
Há sempre a opção mais fácil de usar um cubo do caldo que se pretende. Sim é bem mais fácil e cómodo, eu também os uso de vez em quando, mas não são tão saborosos.
Experimentem e comprovem, vale a pena.

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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Óscares 2013 – Tributo ao 50º aniversário dos filmes do 007 – Vesper Martini

Olá pessoal,

Na edição deste ano, a Academia dos Óscares resolveu homenagear a série de filmes do espião mais famoso do mundo. Sim, é verdade,”…Bond,…James Bond”, chegou à meia-idade. O primeiro filme estreou em 1962, com “007 Contra o Satânico Dr. No” e teve a interpretação do agora Sir, Sean Connery.
Bom, e qual a melhor maneira de celebrar esta incontornável personagem se não preparando a bebida que o próprio celebrizou: um “Vesper Martini”, “shaken, not stirred”.
A primeira vez que Bond pediu esta bebida foi no romance de Ian Fleming (criador do 007) de 1953 “Casino Royale” e pediu qualquer coisa do género:

- 3 medidas de gin (Gordon’s);
- 1 medida de vodka;
- ½ medida de Kina Lillet (vermute);
- Casca de limão;

Claro que aqui no…Barrigana…Diários d’um Barrigana, vou preparar esta tão célebre bebida. Contudo, e uma vez que é extremamente difícil encontrar Kina Lillet à venda em Portugal, e já que esta bebida é, genericamente, um vermute, resolvi substitui-lo pelo vermute mais conhecido do mundo, o Martini branco.
Para preparar o “Vesper”, num shaker, ou num copo, põem-se cubos de gelo e juntam-se as medidas indicadas de cada bebida. Agita-se bem (caso não tenham um shaker façam com dois copos) verte-se num copo frio (previamente colocado no frigorifico) e junta-se uma casca de limão.
Quem é amigo, quem é? Assim já podem fazer um brilharete com os vossos amigos, namoradas (os) e ter o vosso próprio momento James Bond. É muita classe!

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

00:30 – A Hora Negra – Tarteletes com manteiga de amendoim e maçã

Olá pessoal,

Hoje, em mais um Diário, venho trazer-vos a última sugestão dedicada aos filmes candidatos ao Óscar para melhor filme 2013.
O último filme é “00:30 – A Hora Negra”, realizado pela dupla vencedora de três Óscares com “Estado de Guerra”, Kathryn Bigelow e Mark Boal.
Este filme traz para o “grande ecrã”, de uma forma subtil e envolvente, alguns dos detalhes sobre a captura do homem mais procurado do mundo, nos últimos 10 anos: Osama bin Laden. Esta operação foi encabeçada por uma pequena e dedicada equipa de operacionais da CIA, que em segredo conseguiram preparar cada pormenor desta missão.
Passando aos cozinhados, decidi preparar uma receita com um elemento marcante da cozinha americana, assim como a captura de Osama bin Laden foi um marco histórico. Assim, preparei umas “Tarteletes com manteiga de amendoim e maçã”.

Vão precisar de:
- Massa folhada;
- Cerca de 150g de amendoins torrados sem sal;
- 2 a 3 colheres de sopa de óleo vegetal;
- 1 a 2 colheres de chá de sal;
- 1 a 2 colheres de sopa de açúcar mascavado;
- 1 colher de sopa de sumo de limão;
- 1 maçã;
- 2 a 3 colheres de chá de canela;
- 1 ovo (batido);

Em primeiro lugar, num recipiente juntam-se os amendoins, o óleo vegetal, o sal, o açúcar e com a ajuda da varinha mágica (ou de um robot de cozinha) reduz-se tudo a uma pasta (caso necessário adiciona-se água à mistura). Consoante o gosto pessoal, passa-se mais ou menos a pasta, para ficar mais ou menos macia. Coloca-se num recipiente e leva-se ao frigorífico.
Depois corta-se a maçã em pedaços, junta-se o sumo de limão, a canela e mistura-se com a manteiga de amendoim.
Posto isto, estica-se a massa e, com a ajuda de uma faca, dá-se a forma desejada. Preenche-se o centro com o preparado da manteiga de amendoim e da maçã e com o que restar da massa cortam-se algumas tiras para criar rebordos que por fim pincelam-se com o ovo batido. Leva-se ao forno por 15 a 20 minutos. Não se esqueçam de não retirar o papel que vem com a massa folhada, ou então vão ter massa estorricada.
Como acompanhamento sugiro gelado de baunilha e de chocolate.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Django Libertado – Asinhas de frango assadas com molho picante

Pessoal,

Hoje o Barrigana continua na sua saga de preparar pratos para acompanhar os filmes candidatos aos Óscares 2013.
Desta vez o filme é “Django Libertado”, realizado pelo incontornável Quentin Tarantino.
A história passa-se dois anos antes da Guerra Civil, no sul dos Estados Unidos, e fala-nos de Django, um escravo que é vendido ao caçador de prémios, Dr. King Shultz (Christoph Waltz) para o ajudar na captura dos assassinos, irmãos Brittle. O sucesso nesta demanda leva Schultz a libertar Django, mas os dois decidem continuar juntos a “caçar” os criminosos mais procurados do Sul.
Todavia, Django mantem-se focado no seu objetivo principal: encontrar a sua amada Broomhilda (Kerry Washington). Esta procura leva os dois até “Candyland”, uma plantação onde os escravos são preparados para lutarem entre si por desporto, propriedade de Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). Para escaparem com Broomhilda terão de escolher entre a independência e a solidariedade, entre o sacrifício e a sobrevivência.
Sendo este um filme com uma atmosfera “western”, eu senti que inevitavelmente teria que fazer um prato “à cowboy”. E existe prato mais “cowboy” do que umas fogosas azinhas de frango assadas com molho picante?
Vão precisar de:
(Para 2 pessoas)
-6 asas de frango;
- ½ cebola roxa e branca;
- 1 colher de sopa de massa de alho;
- ¼ de pimento vermelho e amarelo;
- 3 a 4 tomates chucha sem pele;
- 5 a 6 colheres de sopa de molho de tomate;
- 6 a 8 colheres de sopa de ketchup;
-1 colher de chá de coentros em pó;
- 1 ½ malagueta seca sem sementes(ou a gosto);
- 1 a 2 colheres de chá de pimenta de caiena (ou a gosto);
- Sal e pimenta (a gosto);

Em primeiro lugar levam-se as asas, temperadas com sal e pimenta, ao forno por 1 hora, virando-as, ou até ficarem estaladiças.
Para fazer o molho picante, demolham-se as malaguetas secas em água quente para reidratá-las. Deve-se ter atenção ao manusear as malaguetas, para não levar as mãos à boca, olhos ou nariz porque o picante irritará estas zonas.
Posto isto, num tacho com azeite salteia-se o alho, as cebolas, os pimentos e os tomates, todos eles picados. Passados cerca de 5 minutos junta-se o pó de coentros, o molho de tomate, o ketchup e deixa-se cozinhar em lume brando por mais 8 a 10 minutos.
Nesta fase retiram-se as malaguetas da água (água esta que se reserva), picam-se retirando todas as sementes (ou pelo menos uma parte delas) e juntam-se ao preparado juntamente com a pimenta de caiena, o sal e a pimenta preta. Prova-se para retificar os temperos, caso esteja muito picante juntem mais ketchup.
Depois com a ajuda de uma varinha mágica (ou de um robot de cozinha) passa-se o preparado até se obter um molho espesso. Caso esteja muito espesso junta-se um pouco da água usada para reidratar as malaguetas.
Para comerem estas asinhas vão ter que ser uns “cowboys” ou “cowgirls” feios, porcos e maus. Quando as provarem vão ficar com vontade de dizer “Mãos ao ar! A última asinha é minha!”.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

“O Barbeiro”

Pessoas,

Hoje venho falar-vos de mais um daqueles sítios que, para além da boa comida, servem para juntar pessoas.
Venho falar-vos de um café/tasca/restaurante… pondo de parte as classificações, venho falar-vos d’ “O Barbeiro”. Esta pequena casa encontra-se no nº 144 da Rua Lusíadas, na zona de Alcântara.
Quando penso neste restaurante a primeira coisa que vem à lembrança é PICA-PAU. HUUMM! E que belo pica-pau servem. Carne tenra, bem temperada, com pickles e azeitonas, para acompanhar umas boas batatas fritas e uma cerveja, claro.
Para além do pica-pau recomendo também, na época indicada, os caracóis. Sempre achei que em Lisboa é muito difícil encontrar um restaurante que servisse caracóis em condições, depois de provar os d’ “O Barbeiro” , levantei as mãos aos céus e agradeci a Deus por ter encontrado um sítio, a norte do Tejo, onde pudesse matar saudades de caracóis.
Por tudo isto, mas principalmente pelo pica-pau aí vão os quatro Barriganas.
Em termos de ambiente, a casa é muito pequena apesar de ter uma cave onde servem refeições. Somos sempre servidos com simpatia e com uma grande dose de familiaridade, ultrapassada a “barreira” dos 30 minutos, já são quase da casa. Apesar disto, não deixamos de estar num pequeno café/restaurante de bairro, com todos as suas coisas boas e menos boas. Neste aspecto os dois Barriganas são bem aplicados.
Em termos de preço, não há grande coisa a dizer… é do mais barato que se pode ter, tendo em conta a qualidade da comida que servem, daí os quatro Barriganas.
Passem por lá, vale a pena e se encontrarem por lá uns “maluquinhos” com guitarras a tocar umas modinhas, juntem-se a eles, ouvi dizer que até são bem afinadinhos.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Muffins de maçã e chocolate

Olá pessoal,

Hoje o Barrigana vai fazer “challenge accepted” a uma receita de um dos mais conceituados chefs da cozinha portuguesa.
Henrique Sá Pessoa nasceu em Oeiras em 1976. O gosto pela culinária surgiu quando fez um intercâmbio nos E.U.A. e, na escola que frequentou, acabou por tomar contacto com o Pennsylvania Insttute of Culinary Arts. A partir daí interessou-se pela área da culinária, vindo mesmo a tirar um curso nesse instituto.
Depois mudou-se para Londres, onde ingressou no Park Lane Hotel, permanecendo por lá até o ano 2000, onde teve a oportunidade de ir trabalhar para a Austrália, em Sidney, vivendo a ambiência dos Jogos Olímpicos.
Em 2002, Henrique regressa a Portugal e é no Restaurante Xarope, em Cascais, que desempenha pela primeira vez as funções de chefe de cozinha.
Posteriormente, viveu várias experiências profissionais à frente de cozinhas de restaurantes que o levaram à distinção, em 2005, de "Chefe Cozinheiro Do Ano" em Portugal. Tornou-se uma cara conhecida do grande público através das suas “aventuras” em programas televisivos na RTP2, o “Entre Pratos” e o “Ingrediente Secreto”, que posteriormente já passaram para livro.
Neste momento, Henrique Sá Pessoa é responsável pela cozinha do Restaurante Alma.
Para hoje escolhi preparar uns “Muffins de Maçã e Chocolate”. Vão precisar de:
- 200g de manteiga derretida;
- 2 ovos;
- 2 colheres de sopa de muesli
- 160g de açúcar;
- 2 colheres de chá de fermento;
- 150g de farinha;
- 2 maçãs raladas;
- 75g de chocolate preto ralado.

Primeiro batem-se bem os ovos com o açúcar e junta-se a manteiga derretida. Posto isto, junta-se a farinha e o fermento peneirados previamente, o chocolate, o muesli e a maçã. Incorpora-se cuidadosamente.
Dispõe-se a mistura nas formas previamente untadas e leva-se ao forno a 200 graus por 12 a 15 minutos.
Retira-se do forno e deixa-se arrefecer um pouco.
Os Muffins que fiz ficaram bem húmidos e a combinação da maçã com chocolate é surpreendentemente saborosa, para finalizar o muesli dá um crocante à mistura.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Utensílios d’um Barrigana

Boas pessoal,

Para mim a cozinha não é feita apenas de “comida”, os ingredientes são sempre os personagens principais dos pratos, mas há sempre aquele personagem secundário que tem um papel fulcral para que o prato seja ”vitorioso”.
Em minha opinião um desses personagens secundários são os utensílios que cada um de nós utiliza para cozinhar. Eu tenho vários dos quais não dispenso os serviços.
Um desses utensílios é um verdadeiro “salva-vidas”. Se o Bear Grylls tivesse conhecimento da existência deste utensílio de certeza que o levava para todas as suas viagens de sobrevivência. Ora este utensílio é um três em um, uma faca, um garfo e ainda um abre caricas.
Na verdade apenas o usei uma vez, mas contínuo convencido de que um dia, em que me perca na “enorme floresta tropical portuguesa”, ainda me vai ser muito útil.
É óptimo para preparar petiscos, assim ao mesmo tempo que os confeccionam, podem provar e ainda abrir uma “jola”. Quando uso esta “traquitana” penso sempre que fico com um certo “ar de Macgyver”, sempre pronto para tudo.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bestas do Sul Selvagem – Pipocas doces coloridas



Pessoal,

Em mais um Diários d’um Barrigana Especial Óscares 2013, o Barrigana vai trazer-vos outro dos filmes candidatos à categoria de melhor filme. Desta vez o filme é “Bestas do Sul Selvagem”.
A pequena Hushpuppy, de seis anos, vive numa pequena comunidade esquecida, mas desafiante, do sul dos Estados Unidos. Esta cidade localiza-se numa zona pantanosa, separada do mundo por um extenso dique.
Com a sua mãe há muito desaparecida e o seu pai descontrolado e imerso em excessos, Hushpuppy vive entregue à sua própria sorte numa zona isolada de animais semi-selvagens. Para ela a natureza é uma frágil rede de coisas que vivem, respiram e de cujo funcionamento perfeito depende todo o universo. Por isso, quando uma grande tempestade faz subir as águas em torno da sua aldeia, o seu pai adoece e ferozes criaturas selvagens acordam dos seus túmulos. Vendo a ordem natural à sua volta em colapso, Hushpuppy desespera para reparar essa estrutura, salvar o seu pai e a sua casa, enquanto aprende a sobreviver a esta gigantesca catástrofe.
Ora, para combinar com a história, e porque todos nós fomos crianças, tal como a pequena Hushpuppy, resolvi preparar um aperitivo que seguramente toda a gente comeu quando era criança. Pipocas doces coloridas.

Vão precisar de:
- Milho para pipocas;
- 1 a 2 colheres de sopa de óleo vegetal;
- 3 colheres de sopa de açúcar amarelo;
- 2 colheres de sopa de água;
- 1 colher de sopa de margarina;
- 1 colher de chá de colorante alimentar verde e 1 de vermelho;

Em primeiro lugar, para fazer as pipocas, precisamos de um tacho grande com tampa onde se põe uma ou duas colheres de óleo vegetal (consoante ao tamanho e a quantidade de milho) de maneira a cobrir o fundo. Adiciona-se a quantidade pretendida de milho e leva-se a lume médio até este começar a abrir, nesta fase baixa-se o lume e deixa-se até se ouvir poucos estalos. Retira-se do lume e reserva-se.
Para o caramelo, junta-se o açúcar, a água e a margarina num tacho pequeno, mistura-se tudo e leva-se ao lume até o açúcar dissolver. Nesta fase divide-se metade do preparado e coloca-se noutro tacho e a cada um deles junta-se cada um dos colorantes alimentares.
Dividem-se as pipocas em dois recipientes para cada uma das cores. Juntam-se os caramelos e misturam-se nas pipocas. Depois espalham-se as pipocas em tabuleiros separados, cobertos com folha de alumínio, para secarem. Uma vez secas podem misturar-se num só recipiente.

A próxima fase é sentar, relaxar e apreciar as pipocas e o filme.


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Especial S. Valentim e Especial Óscares – “Amor” –Gomas

Meus amigos,

Hoje, vou continuar no tema “Dia dos Namorados”, sugerindo-vos uma super fácil e deliciosa sobremesa e, para completar o “bouquet”, junto a sugestão de um filme para assistirem, enquanto desfrutam dessa sobremesa. Assim, é um Diário Especial dois em um, por um lado é dedicado ao Dia de S. Valentim e por outro lado dedicado ao filme “Amor”, candidato a melhor filme dos Óscares 2013.
Em primeiro lugar o filme. Realizado por Michael Haneke, conta a história de Georges e Anne dois professores de música reformados na casa dos oitenta anos. A sua filha, também música, vive fora do país com a sua família. Um dia Anne sofre um ataque cardíaco que põe seriamente à prova o amor dos dois.
Passando agora ao que interessa. Resolvi fazer uma sobremesa fácil, para que não percam muito tempo na cozinha de volta dos tachos. Assim, o que vos trago hoje são GOMAS. Sim gomas, é dos doces mais simples e fáceis de se fazer em casa. Vão precisar de:

- Água (cerca de 80 dl);
- Gelatina sem sabor (10 g);
- Gelatina com sabor (85 g, que equivale a 1 saqueta normal);

Num tacho pequeno, e sem levar ao lume, coloca-se a água e os dois tipos de gelatina. Mexe-se e leva-se a lume médio por três a cinco minutos ou até a gelatina se dissolver por completo na água. Quando começar a ferver retira-se do lume e coloca-se em formas e deixa-se arrefecer e solidificar ligeiramente por 10 minutos. Logo que estejam com uma consistência gelatinosa leva-se ao frio por mais 10 ou 15 minutos.
E assim, se fazem gomas caseiras. Aproveitem a data para fazerem umas gomas em forma de coração, sempre óptimas para partilharem com a vossa “cara-metade”.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Especial dia dos Namorados – Linguini com bacon, cogumelos e camarão.

Para a segunda sugestão o Barrigana trouxe-vos um super romântico “Linguini com bacon, cogumelos e camarão”. Nesta data é sempre bom fazer um prato de massa “comprida”, mais que não seja porque depois podem fazer uma cena à “A Dama e o Vagabundo”.
Para isto vão precisar de:
- Linguini;
- Bacon (150 g);
- Camarão (100 g);
- Cogumelos (100 g);
- Natas (se possível com cogumelos);
- Cebola branca e roxa;
- Massa de alho;
- Cebolinho;
- Tomate chucha (pequeno);
Em primeiro lugar coze-se o linguini em água com sal e um fio de azeite. Atenção ao “timing” de cozedura, para que quando a massa estiver cozida, não ficar demasiado tempo “à espera” do resto.
De seguida salteia-se o bacon em muito pouco azeite, para soltar a gordura, juntam-se o alho e as cebolas. Cortam-se os camarões e os cogumelos e juntam-se ao preparado e salteiam-se até os cogumelos ficarem escuros. Tempera-se com sal e pimenta e adiciona-se as natas e envolve-se. Tempera-se novamente e finaliza-se com cebolinho picado e com um a dois tomates para guarnecer.
Um prato bem fácil, mas elegante, para que se possa desfrutar a noite.
A sobremesa fica para amanhã. Tenho uma surpresa muito especial.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

Especial Dia dos Namorados – Jantar Romântico


Hoje não é dia dos namorados, mas o Barrigana vai já deixar-vos umas sugestões para o jantar romântico de amanhã. Assim têm tempo para poderem fazer uma surpresa à vossa “cara-metade”, para os que não a têm, convidem os vossos amigos e celebrem na mesma.
Passando aos pratos, em primeiro lugar sugiro uma refrescante e afrodisíaca sangria de rosé com morangos. Vão precisar de:
- 1 litro de vinho rosé frisante;
- 4 a 6 Morangos;
- Meia lima em rodelas;
- Canela;
- Hortelã;
- Açúcar;
- Gengíbre (3 rodelas);
Em primeiro lugar, começa-se por fazer um xarope de gengibre, para adocicar a sangria. Começa-se por juntar, num tacho pequeno, água (cerca de 1 dl) e açúcar (cerca de 2 a 3 colheres de sopa) e três rodelas de gengibre. Leva-se a lume brando até o açúcar dissolver e deixa-se ferver durante 2 minutos.
Posto isto, num jarro, juntam-se as rodelas de lima, metade dos morangos cortados em cubos e algumas folhas de hortelã. Macera-se tudo, junta-se canela em pó e o xarope de gengibre.
Para finalizar, junta-se o vinho, o resto dos morangos cortados em quartos, mais umas folhas de hortelã e gelo a gosto.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia



Chef Hernâni Ermida – Bolinhas de Mousse de Salmão

Pessoal,

Hoje o Barrigana vai fazer “Challenge Accepted!” à receita de “Bolinhas de Mousse de Salmão” do chef Hernâni Ermida.
O chef Hernâni nasceu em 1956, em Resende, e começou por frequentar o curso superior da Escola Lenôtre e o curso de Diatétic, ambos em França, tendo frequentado também o curso de Chocolate e Pastelaria no Porto.
Ao longo de vários anos popularizou-se na televisão portuguesa através de diversas rubricas de culinária.
Representou Portugal no concurso mundial “Bocuse d’Or 99” e no Festival Mundial do Bacalhau.
Actualmente coopera com uma cadeia de super-mercados criando receitas económicas, deliciosas e fáceis de preparar.
Ingredientes necessários são:
(Para 6 pessoas)
- 200g de salmão fresco limpo;
- 100g de salmão fumado;
- 2 iogurtes naturais;
- sal e pimenta q.b.;
- sumo de meio limão;
- 4 folhas de gelatina;
- cebolinho picado q.b.;
Leva-se a cozer o salmão fresco em água a ferver por 5 minutos, depois escorre-se e deixa-se arrefecer. Coloca-se o salmão cozido e o fumado num liquidificador (ou com a varinha mágica) e junta-se um iogurte e tempera-se com sal e pimenta. Bate-se até obter uma pasta lisa. Nesta altura, demolham-se as folhas de gelatina em água fria.
Leva-se ao lume um tacho pequeno com o sumo de limão e, logo que levante fervura, adiciona-se as folhas de gelatina, previamente demolhadas e escorridas e mexe-se até dissolverem.
Ao puré de salmão, junta-se então o cebolinho picado, o restante iogurte e a gelatina, mexe-se bem e leva-se ao frio até solidificar.
Com uma colher de gelado retiram-se pequenas bolas de mousse para um prato e serve-se com uma boa salada e acompanhadas de tostas.
É uma óptima opção para entradas de uma festa.
Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Mais olhos que barriga

Meus amigos,

Hoje venho falar-vos de um flagelo que afecta uma grande franja da população nacional e que é uma condição da qual provavelmente muitos de vós também padecem. Estou a falar do “TenhoMaisOlhosQueBarriga”, no meu caso é uma variante mais grave e bastante rara, chama-se “TenhoMaisOlhosQueBarrigaNA”.
É triste mas é verdade, sempre que me sirvo a mim próprio acabo sempre por me descontrolar e servir comida a mais. Como devem imaginar, os buffets são, habitualmente, a minha perdição, de facto, se trabalhasse num bom restaurante andava sempre desidratado, tal seriam os “aguamentos” que iria apanhar.
Mas serão mesmo só os olhos ou o cérebro também come? Sempre que eu menciono um prato que a minha namorada adore ela sorri. Testei esta teoria com ela e é inevitável por exemplo: “frango frito J, cabidela JJ, sardinhas assadas na brasa J J J J…” Como vêm, foi cientificamente testado e comprovado. Eu concordo, também não consigo evitar de me sentir bem quando penso em coisas de que gosto de comer,… é isso!
(com um tom solene de discurso político…em tempo de eleições, claro)
Portugueses e portuguesas, caríssimos concidadãos, quando ouvirem falar de aumento de impostos, desemprego, crise, troika... pensem nos vossos pratos favoritos, irão sentir-se bastante melhor, garanto.
Eu vou pensar em …em…em…não sei, são tantas as opções que nem sei por qual começar.

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Os Miserables – Croque Madame e Croque Monsieur

Mes amis,

Hoje, Le Monsieur Barriganá traz-vos mais um Especial dedicado aos Óscares 2013. O filme que hoje servirá de mote para uma receita é o drama musical, “Os Miseráveis” (Les Miserables).
Realizado por Tom Hooper, este filme é baseado no musical, com o mesmo nome, que por sua vez se baseia no romance do escritor francês Victor Hugo, “Les Miserábles” (Os Miseráveis). O filme relata-nos a história de Jean Valjean (Hugh Jackman) que depois de ter estado preso tenta recomeçar a sua vida, numa França que vive tempos conturbados, entre duas batalhas, a de Waterloo e os motins de 1832. Jean vê-se perseguido pelo impiedoso inspector Javert (Russel Crowe), enquanto cuida de Cosette (Amanda Seyfried) uma criança que se encontra sozinha depois da decadência da sua mãe Fantine (Anne Hathaway).
Ora o prato que vos trago hoje é um clássico da cozinha francesa, assim como o romance de Victor Hugo (um dos mais reconhecidos escritores da sua época) é um dos grandes clássicos da literatura mundial. Ora sem mais demoras, o prato que vos trago é “Croque Madame” e “Croque Monsieur”.
Em primeiro lugar, “Croque” é usado em francês para se referir ao som que o pão estaladiço faz assim que se o trinca. Este prato surgiu pela primeira vez em 1910, no menu de um café de Paris.
Hoje trago-vos as duas variações clássicas de “croques”, mas em França existem várias variantes com outros ingredientes, e até uma “Croque McDo”, autoria de uma grande cadeia de “fast-food”. A diferença entre estas duas “croques” é o facto da “monsieur” ser coberta por queijo e da “madame” ser coberta por um ovo estrelado.
Vão precisar de:

(Para duas pessoas)
- Pão (4 fatias);
- Margarina (4 colheres de sopa);
- Farinha (3 colheres de sopa);
- Sal e pimenta;
- Presunto (2 fatias);
- Fiambre (2 fatias);
- Queijo Roquefort;
- Queijo Flamengo (2 fatias);
- 1 ou 2 ovos (consoante o tamanho do pão);




Para começar faz-se um molho bechamel, derretendo-se a margarina num tacho, à qual se vai juntando a farinha enquanto se mexe, para não deixar grumos. Assim que se formar um creme espesso e sedoso, tempera-se com sal e pimenta (e opcionalmente com um pouco de queijo).
Posto isto, e depois de se torrar levemente o pão, montam-se as “croques”. Começando pela “monsieur”, cobre-se a primeira fatia com molho bechamel, seguida pelas fatias de presunto. Por sua vez, cobre-se o presunto com roquefort, com a outra fatia de pão, e com mais bechamel e mais roquefort ralado.
Quanto à “croque madame” cobre-se de novo a primeira fatia com bechamel, seguido do fiambre e do queijo flamengo. Termina-se com a outra fatia de pão coberta com queijo roquefort e com um ou dois ovos estrelados (dependendo do tamanho da fatia). Leva-se ao forno entre 15 a 20 minutos até estarem douradas e estaladiças, para fazerem o tão desejado “Crrroooc”!
Uma óptima opção para se jantar enquanto se assiste a este filme.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A Vida de Pi (Life of Pi) - Frutos secos com especiarias

Olá pessoal,

Hoje o Barrigana continua na sua incessante saga para preparar os melhores acompanhamentos para os candidatos a melhor filme da cerimónia dos Óscares 2013.
Desta vez, vou andar à deriva no mar. É verdade o filme que vos trago hoje é “A Vida de Pi”. Realizado por Ang Lee, este filme tem por base a história de Pi (Suraj Sharma) um rapaz indiano que se vê perdido, à deriva no mar, depois de ter sobrevivido ao naufrágio do barco em que viajava com a sua família. Assim se dá início a uma aventura épica que vai levar Pi ao extremo enquanto cria um inesperado laço com outro sobrevivente…um feroz tigre de Bengala.
Bom, para este filme, e já que Pi é indiano resolvi fazer um aperitivo com sabores indianos. Resolvi trazer-vos hoje uns “Frutos secos com especiarias”.
Vão precisar de:
- 50g Amendoins (neutros);
- 50g Cajus (salgados);
- 50g Amêndoas (salgadas);
- Caril em pó (3 colheres de chá);
- Cravinho (1 colher de chá);
- Cardamomo (3 colheres de chá);
- Cominhos (2 colheres de chá);
- Paprika (1/2 colher de chá);
- Coentro em pó (1 colher de chá);
- Piri-piri (2 colheres de chá);
- Açúcar amarelo (2 colheres de chá);
- Canela em pó (2 colheres de chá);
Penso que já ficaram com uma ideia do objectivo desta receita só por lerem os ingredientes. Basicamente é pegar em vários elementos e especiarias típicos da cozinha indiana e juntá-los. As quantidades que aqui apresento foram feitas um pouco a gosto.
Em primeiro lugar, pegamos nos grãos de cardamomo, envolvemos num guardanapo, ou num pano e, com ajuda de um martelo, ou algo para o mesmo efeito, moemos os grãos, que vamos depositar num recipiente. Posto isto, juntamos as restantes especiarias e o açúcar a gosto. Caso tenham possibilidade façam este processo num almofariz.
Depois num tabuleiro para ir ao forno juntam-se os frutos secos e passando as mãos por água misturam-se todos, até ficarem humedecidos, para que as especiarias se agarrem aos frutos.
Juntem tudo e misturem bem para que os frutos fiquem uniformemente cobertos com especiarias. Levem ao forno até ficarem tostados.
Fáceis de fazer, aromáticos e viciantes. Experimentem!

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia


Storik

Pessoal,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um daqueles restaurante que defino como “sorrateiros”. Porquê? São daqueles restaurantes que nos vêm à memória sorrateiramente e muitas vezes não são a nossa primeira opção, mas que estão sempre lá, no topo da nossa lista, para regressarmos.
Estou a falar-vos do restaurante que se situa no nº 30 da, sempre movimentada, Rua do Alecrim, chamado Storik. Ora este restaurante é tão peculiar porque apresenta uma especialidade que nenhum outro restaurante, pelo menos que eu conheça, apresenta. Estou a falar das “Flammekeuche”, ou “Flammes”.
A Flammekeuche é um prato Alsaciano tradicional do norte de Estrasburgo que consiste numa massa fina de pão, estaladiça e leve. Tradicionalmente é coberta com uma mistura de “créme fraiche” e “fromage blanc” polvilhada com bacon fumado.
Conta a história que, antigamente, nas aldeias Alsacianas, as famílias juntavam-se ao Domingo para cozer o pão para a semana seguinte, no forno comunitário. Após o aquecimento do forno a lenha, este estava demasiado quente para se cozer o pão, mas estava no ponto certo para fazer umas “flammes”.
O Storik, apresenta-nos no seu menu algumas “flammes” fixas e vai introduzindo outras, ditas de criação, que levam esta especialidade para além do que é habitual. Para vos ser sincero já perdi a noção de que tipos de “flammes” lá comi. Lembro-me de algumas muito saborosas como, de frango, cogumelos e estragão, de salmão fumado, morcela e maçã, enfim as opções são quase infindáveis.
É por esta razão que, em minha opinião, a ementa do Storik é tão boa, porque com um elemento que possibilita combinações quase infindáveis, há sempre a preocupação de não “variar em demasia” e de fazer combinações de boa qualidade. Por tudo isto dou cinco Barriganas.
Em termos do ambiente é um restaurante que inclui, para além da “parte” Flammekeuche, também oferece sushi bar e lounge bar, o que nos permite ter várias opções para jantar e, caso queiramos, tomar um copo depois da refeição. Em minha opinião é também uma boa opção para um jantar de grupo mais requintado, pois a casa também apresenta menus especiais para este efeito. Desta forma, atribuo quatro Barriganas ao ambiente.
Em relação ao preço, é um restaurante um pouco mais caro para quem tem um orçamento mais restrito, mas que, caso seja possível, vale sempre a pena visitar, pelo menos uma vez para se provar as “flammes” e também outros pratos que são óptimos. Mas as “flammes” são aquela coisa que… não dá para não provar. Assim, vão os três Barriganas para o preço.
Passem por lá! É um lugar simpático, moderno e que apresenta uma óptima ementa.

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mafalda Pinto Leite – Queques de Limão com molho de maracujá

Hoje o Barrigana faz “CHALLENGE ACCEPTED!”, ao seu primeiro desafio do chef doce. Desta vez é da chef Mafalda Pinto Leite.
A sua “aventura” nas cozinhas começou quando, aos 18 anos, viajou para a Escócia onde trabalhou numa cozinha vegetariana.
O passo seguinte passou por rumar a Nova Iorque para tirar o curso de chef no conceituado Natural Gourmet Institute for Health & Culinary Arts. Depois de terminar este curso mudou-se para a Califórnia onde trabalhou no restaurante Chez Panisse, um dos melhores dos EUA.
Em 2000 vai para Londres para trabalhar no restaurante Monte´s, que tem como consultor Jamie Oliver.
Em 2005 regressa a Portugal, a título definitivo, onde “abraçou” vários projectos na área dos livros de culinária, do ensino e da televisão.
O prato de hoje são uns doces “Queques de limão com molho de maracujá”. Para os prepararem vão precisar de:

Para 12 unidades
- 175g de manteiga (à temperatura ambiente);
- ¾ de chávena de açúcar;
- 1 colher de sopa de raspa de limão;
- 3 ovos;
- 1 ½ chávenas de farinha sem fermento;
- 2 colheres de chá de fermento em pó;
- 2 colheres de chá de sumo de limão;
Para o molho de maracujá
- 1 chávena de açúcar;
- 1 chávena de água;
-2/3 chávenas de polpa de maracujá.
Aquece-se o forno a 160 graus.

Unta-se um tabuleiro de queques (ou qualquer outro tipo de forma com a capacidade de ½ chávena) com manteiga e peneira-se com farinha.
Coloca-se manteiga, açúcar e raspa de limão numa tigela de batedeira. Bate-se até obter uma mistura leve e cremosa. Adiciona-se os ovos um de cada vez, a farinha e o fermento em pó por cima da mistura de manteiga e envolve-se juntamente com o sumo de limão. Divide-se a massa pelas formas e leva-se ao forno por 25 minutos ou até um palito, quando inserido no centro, saia limpo. Retira-se do forno e deixa-se arrefecer.
Entretanto, coloca-se o açúcar, a água e a polpa de maracujá numa panela pequena. Aquece-se em lume brando, mexe-se até o açúcar dissolver. Nesta fase, aumenta-se o lume e deixa-se a mistura ferver por 6 a 8 minutos, ou até ficar espessa.
Serve-se os queques mornos com o molho quente por cima.
É uma receita agradavelmente fácil e saborosa.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

“Peixe não puxa carroça…”?

Meus amigos,

Quem não gosta de um bom naco de carne…?
Bom, eu adoro, confesso. Mas a carne tem “mais do que se lhe diga” do que muita gente pensa.
Em primeiro lugar, à que esclarecer um aspecto importante, quando alguém cita o provérbio “Peixe não puxa carroça…”, quando não está muito interessado em comer peixe, desconhece que este está, em parte, errado. Porquê? Porque a ideia de que a carne fornece mais e melhores proteínas do que o peixe está errada. Aliás, os dois tipos de alimentos fornecem uma quantidade e qualidade de proteínas muito semelhantes. Na verdade, os alimentos que nos fornecem mais proteínas são os ovos, o leite e o fígado.

Assim, ao tal provérbio, eu acrescento “Peixe não puxa carroça, mas vira barcos.” (in, http://www.stopcancerportugal.com/2010/04/09/peixe-nao-puxa-carroca-mas-vira-barcos/)

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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Guia para um Final Feliz – “Mini pizzas pican-doces”

Olá minha gente,

O Barrigana está de volta com mais um especial Óscares 2013. Para hoje, temos o filme “Guia para um final feliz” (Silver Linings Playbook), que nos fala da história de Pat Solano (Bradley Cooper). Depois de ter perdido tudo – casa, emprego e mulher – e de um internamento numa instituição de saúde mental, Pat vê-se de volta à casa dos pais.
Apesar disto, luta para se manter positivo, reconstruir a sua vida e reunir-se com a sua mulher. Os seus pais só querem que ele se recomponha e que partilhe da obsessão familiar pelos Philadelphia Eagles.
Mas quando Pat conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher misteriosa, que também tem os seus próprios problemas, as coisas ficam confusas. Tiffany oferece-se para ajudar Pat a recociliar-se com a sua mulher, mas pede em troca ajuda para alcançar algo que também lhe é importante. Depois de tudo isto, começa-se a formar um inesperado laço entre eles e que os “ ‘guia’ para um final feliz”.
Relativamente ao prato que escolhi para acompanhar este filme, baseei-me no facto de Pat ser bipolar, logo teria que fazer um prato em que os sabores fossem opostos. Assim, tenho para vocês umas mini pizas “pican-doces”.
Para isto, vão precisar de:

(Massa)
- ½ cubo de fermento prensado (21g);
- 1 colher de chá de açúcar;
- 250 g de farinha;
- ½ colher de chá de sal;
- 2 colheres de sopa de azeite;
(Recheio)
- 4 a 6 quartos de maçã fatiados (granny smith);
- 8 a 12 Framboesas;
- 1 banana (em rodelas);
- 6 a 8 quartos de pêssego (enlatado);
- 4 colheres de sopa de mascarpone;
- 2 colheres de chá de mel;
- 3 colheres de chá de canela;
- 1 a 2 colheres de chá de piri-piri;

Para começar desfaz-se o cubo de fermento, polvilha-se o açúcar por cima, junta-se 75 ml de água morna e mistura-se até o fermento ficar desfeito. Depois deita-se a farinha num recipiente, faz-se um buraco a meio e deita-se o fermento desfeito, cobre-se e deixa-se repousar por 15 minutos num lugar quente.
Posto isto, acrescenta-se o sal e o azeite e trabalha-se tudo com uma batedeira, ou com as mãos, até conseguir uma massa esponjosa. Ao mesmo tempo incorpora-se mais 75 ml de água. Nesta fase polvilha-se a massa com farinha, cobre-se com um pano e deixa-se por 45 minutos para fermentar. Depois volta-se a trabalhá-la energicamente e estende-se com a ajuda de um rolo.
Para o recheio juntamos o mascarpone, o mel, a canela e o piri-piri a gosto e espalha-se nas massas. Nesta fase, corta-se a fruta em quartos e dispõe-se em cada uma das pizas. Neste caso, fiz uma com maçã e framboesas e outra com pêssego, banana e framboesas. Atenção convém ter massa suficiente nas margens das pizas para que possam dobrá-las e fazer um rebordo alto, para evitar que o recheio, ao ficar mais líquido, transborde (que foi o que me ia acontecendo).
Leva-se ao forno por cerca de 45 minutos a 1 hora, ou até estarem cozidas.
Vão ver que são surpreendentemente boas, a massa é salgada e o recheio é doce no início e picante no fim.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia