quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Restaurante Noélia e Jerónimo


“Restaurante Noélia e Jerónimo”, à primeira vista e pelo nome pode parecer-nos mais um banal restaurante de cozinha portuguesa de beira de estrada, não que haja algum problema com esse tipo de casas, é que simplesmente (e isto é uma pura opinião pessoal) os há em grande quantidade, tornando-os …banais.

Não de beira de estrada, mas sim de beira de Ria Formosa (o que torna tudo bem mais interessante e bonito), este restaurante, situado na loja 1 da Avenida da Fortaleza em Cabanas de Tavira, serve comida tradicional algarvia, humilde, sem rodeios e muito, mas muito saborosa, cortesia da cozinheira e proprietária Noélia.

Dirigi-me lá com alguns comentários em mente sobre o serviço “sui generis” da casa, saí de lá sem perceber a razão dos mesmos. O atendimento foi simpático e atencioso, por vezes com um ou outro atraso (perfeitamente normal quando se tem casa cheia), mas sempre com profissionalismo.

O ambiente é claro e luminoso e a decoração simples e confortável, havendo a possibilidade de, caso o tempo nos permita, desfrutarmos da refeição no “deck-esplanada” com vista privilegiada para a Ria Formosa.

Para o ambiente ficam os quatro Barriganas.

Depois vem a ementa, é aqui que brilham as qualidades culinárias da D. Noélia, de destacar como entradas uma típica “Salada de Moxama de atum” e uns também típicos (mas não da região) “Biqueirões à Espanhola”. Como pratos principais umas estaladiças “Pataniscas de polvo”, mesmo como mandam as regras, ora acompanhadas com “arroz de coentros”, ora com “açorda de conquilhas, o difícil é mesmo escolher. Continuando, e fugindo um pouco à comida algarvia, destaco uma tropical “Salada de camarão, manga e papaia”, para de seguida voltar “às origens” com uns saborosos “Filetes de peixe-galo com arroz de coentros” (de se desfazer na boca), continuando com uma “Açorda de Gambas” bem servida, terminando com um tenríssimo e apuradinho “Polvo trapalhão”, guisado e acompanhado de batata doce de Aljezur.

Para finalizar, “Suspiros”, nada tradicionais da zona, mas igualmente saborosos.

Sugiro como acompanhamento dois vinhos roses “Barranco Longo” e/ou “João Clara”.

Assim, para a ementa só poderiam ser os cinco Barriganas.

O preço médio da casa ronda os 25 euros por pessoa, que se tivermos em conta a qualidade da comida, é um preço simpático.

Em relação ao preço ficam os quatro Barriganas.

Recomendo sem dúvida. Vale a pena. 

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1 comentário:

  1. Este restaurante é realmente uma boa surpresa, tudo muito bom, gostei muito e recomendo.

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