domingo, 30 de dezembro de 2012

Especial Fim de Ano: Ovos mexidos com Mix alentejano

Meus caros,

Aqui está mais uma sugestão neste especial dos Diários d’um Barrigana. Vamos lá ver se despacho isto antes de acabar o ano, não só por mim, mas também por vocês que também devem ter “mais que fazer”.
Como bom alentejano, não podia deixar de fazer um prato com inspiração nessa zona. Vou preparar-vos uns “Ovos mexidos com Mix Alentejano”.
Vão precisar de:


-Ovos (dependendo das quantidades que se quer fazer);
-Espargos verdes;
-Farinheira;
-Sal e pimenta;
-Tostas de pão integral.

Meus amigos, deixo-vos desde já um aviso. Se não fizerem este prato com produtos alentejanos, não sei não…, não fica de certeza tão saboroso, mas enfim vocês é que sabem.
Bom, continuando. Em primeiro lugar escalda-se os espargos em água a ferver durante 2 a 3 minutos, depois remove-se os talos (são as partes mais brancas e rijas). Agora cortam-se em pedaços e salteiam-se num frigideira com azeite e alho até ficarem macios, posto isto junta-se os ovos. Quando os ovos estiverem quase cozinhados tempera-se com sal e pimenta.

No caso da farinheira salteia-se durante 2 a 3 minutos, numa frigideira com azeite (muito pouco) e alho e depois junta-se os ovos e, mais uma vez, quando estiverem quase tempera-se e serve com tostas de pão integral.
Vão ver quando comerem isto, estão prontos para festejar até ao meio-dia de dia 1.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia


Especial Fim de Ano: Pão de Alho

Boas pessoal,
Depois de uma boa bebida que, para além de saborosa, é fácil e rápida de preparar, apresento-vos um petisco “dejá vu”, saboroso, fácil e rápido de preparar.
Assim, sugiro um pão de alho muito fácil. Vão precisar de:


- Pão (tipo carcaça de bico);
- Massa de alho ou dentes de alho;
-Azeite;
-Mozzarela;
-Oregãos secos.

Num tabuleiro leva-se as carcaças abertas ao meio (a quantidade vai depender do número de pessoas) ao forno durante cerca de 15 minutos, até ficarem estaladiças, aí retira-se do lume e barra-se com massa de alho (ou esfrega-se com os dentes de alho) e depois espalha-se o azeite uniformemente e dispõe-se as fatias de mozzarela. Leva-se por mais 10 minutos ao forno, para que o queijo derreta e guarnece-se com orégãos secos.
Em menos de 30 minutos têm um petisco saboroso, muito barato e pouco dispendioso. Quem é amigo, quem é? Barrigana claro.


Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

Especial Fim de Ano: Sangria de Espumante

Meus amigos,

Barrigana volta um pouco antes da passagem de ano para vos dar algumas sugestões para a última jantarada antes de 2013.
Como o mundo não acabou (a 21 de Dezembro de 2012, como se previa) e como 2013 está ai à porta, é melhor festejar em dose dupla, uma por não ter acabado o mundo e outra por prevenção, pois sabe-se lá o que vai acontecer no próximo ano (que se prevê como um dos mais difíceis para Portugal, economicamente falando).
Ora, toda a gente sabe que um ...dos principais requisitos para que haja uma boa celebração é ter boa comida na mesa e é ai que entra o Barrigana e as suas sugestões. Como a passagem de ano vem depois do Natal, onde passamos horas seguidas na cozinha, vou deixar-vos algumas sugestões rápidas e económicas para uma espécie de “jantar volante”. Vamos a isso?
Em primeiro lugar sugiro-vos uma bebida para “desempoeirar a goela”, o que acham de uma bela sangria de espumante? Vão precisar de:


- 1 litro de Espumante (meio-seco ou mei-doce);
- ½ Maçã grany smith e ½ maçã gala (ou outros tipos);
- ½ laranja;
- ½ Lima;
-6 a 8 framboesas;
-6 a 8 mirtilos;
-2 a 3 paus de canela;
-2 a 4 colheres de chá de açúcar amarelo;

É muito fácil, basta fatiar as maçãs, a laranja e a lima em quartos finos e juntar ao jarro com as framboesas, os mirtilos e os paus de canela. Posto isto, junta-se o espumante e açúcar amarelo, a gosto.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sábado, 29 de dezembro de 2012

Especial de Fim de Ano

Caríssimos,

Já estão a preparar-se para 2013?
O Barrigana já está e não se esqueceu de vocês. Por isso mesmo, vou deixar-vos algumas sugestões para a festa de passagem de ano.
Fiquem atentos e a partir de amanhã vão passando por cá.


Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

Especial de Natal – Sobremesa

Bem minha gente,

Chega a hora da sobremesa e da última receita deste especial de Natal. Não vos chateio mais prometo.
Quem não gosta de uma boa sobremesa depois de uma boa refeição? Eu próprio tenho um compartimento na minha barrigana especialmente dedicado a sobremesas e quando está tudo preenchido, tenho sempre mais um espacinho reservado.
Assim, a sobremesa que tenho para apresentar neste especial de Natal é um Bolo de Fruta “OHOHOH!”. E o q...ue precisam para fazer esta pequena maravilha é:


100g de açúcar;
100g de farinha;
4 ovos ( 4 gemas e 4 claras);
1 colher de chá de fermento;
1 maçã;
2 tangerinas ou 1 laranja;
1 lima;
Marmelada (opcional)
Chocolate para uso culinário;
6 a 8 framboesas;

Numa taça junta-se o açúcar e as gemas dos 4 ovos e mexe-se até ficarmos com uma massa amarela, de seguida junta-se a farinha depois de peneirada e continua-se a mexer.
Entretanto, numa outra taça com as claras dos 4 ovos junta-se umas gotas de sumo de lima e bate-se as claras em castelo e depois junta-se ao outro preparado. Atenção, juntem as claras aos poucos e vão envolvendo cuidadosamente, este processo é a chave para um bolo leve e fofo. A este preparado junta-se raspas de tangerina (ou laranja) e lima a gosto e cubos de marmelada.
Corta-se a maçã em fatias de quartos e dispõe-se no fundo do recipiente que irá ao forno. Depois verte-se o preparado e leva-se ao forno por cerca de 15 a 20 minutos. Assim que estiver preparado retira-se do forno e deixa-se arrefecer por 10 minutos, enquanto isso leva-se um tacho ao lume com água até meio e numa taça põe-se o chocolate com umas “pedrinhas” de sal grosso, para fazer sobressair o sabor do chocolate, e “tapa-se” o tacho com essa taça, mas de maneira a que a taça não toque na água e assim o chocolate derrete.
Uma vez o chocolate derretido cobre-se o bolo com ele, posto isto, decora-se com framboesas e raspas de lima e tangerina. Pessoalmente gosto de deixar o chocolate solidificar de novo e depois ai sim comer, mas quem gostar do chocolate mais cremoso, “estejam à vontade”.
E assim termina o primeiro especial dos Diários d’um Barrigana, prometo que foi o primeiro de muitos, dedicados a várias ocasiões especiais.

Despeço-me com amizade, até ao próximo Diário.

Bom apetite e Bom Natal.


Fotos por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia

Especial de Natal – Prato de carne

Caríssimos leitores,
Apresento-vos mais um dos pratos deste especial de Natal. Desta vez, e para não fugir à regra, mais um prato que costuma ser tradicional nesta época. Peito de peru recheado em molho de mostarda.
Para fazer esta receita vão precisar de:



1 peito de peru (grande, ou 2 médios);
2 talos médios de aipo;
2 cebolas;
Massa de alho;
2 cenouras;
8 a 10 cogumelos brancos;
10 a 15 cl de vinho branco;
Pimenta de Caiena;
Coentro em pó;
Margarina (um cubo pequeno);
Mostarda Dijon;
Iogurte Grego Natural;
Mel;
Tomilho;
Sal e Pimenta.

Começando pelo recheio do peru. Num tacho ou frigideira com azeite e massa de alho, salteia-se uma cebola, um talo de aipo, uma cenoura e os cogumelos. A meio deste processo junta-se o vinho branco, o cubo pequeno de margarina, os coentros em pó, a pimenta de Caiena (atenção é picante), umas gotas de sumo de limão, sal e pimenta. Uma vez salteado põe-se de parte o preparado.
De seguida, com uma faca bem afiada, abre-se o peito de peru a meio, não fazendo o corte até ao fim. Recheamos com o preparado e unimos as duas partes do peito com palitos (molhar previamente para não queimar). Dica, a técnica que uso para rechear sem haver desgraça é, primeiro põe-se metade do recheio no peito, depois com os palitos une-se as duas partes nas pontas, assim vai formar-se uma espécie de bolsa que se recheia com o restante.


Depois num recipiente próprio para ir ao forno fazemos uma “cama” para o peito com azeite, a outra metade da cebola, o outro talo de aipo e a outra cenoura.
Atenção, deve-se temperar o peito com sal, pimenta e um pouco de massa de alho e agora sim leva-se ao forno entre 45 a 60 minutos, dependendo do tamanho do peito.
Em relação ao molho de mostarda, junta-se a mostarda dijon, o iogurte grego natural, uma a duas colheres de chá de mel, tomilho sal e pimenta, tudo a gosto. Ter em atenção que para cortar o sabor forte da mostarda deve-se juntar mais iogurte.
Quando o peito estiver quase no ponto retire do forno e cubra-o com o molho de mostarda e leve ao forno até que o peito esteja totalmente cozinhado e que o molho esteja quente.
Depois é só servir e desfrutar.
Espero que gostem e bom apetite.


Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Especial de Natal: Prato de peixe

Meus amigos,

Continuando este especial de Natal dos Diários d’um Barrigana, hoje trago-vos uma nova receita para a vossa ceia de Natal e que continua sem deixar de lado o que tradicionalmente é servido nesta altura do ano.
Assim apresento-vos: “Embrulhos de bacalhau à ceia de Natal”.
Os ingredientes são:

Cerca de 200g de Bacalhau salgado e desfiado;
2 batatas médias;
1 Couve-flor média;
2 nabos médios;
1 ovo;
1 cebola grande;
2 cenouras pequenas;
1 couve (6 a 8 folhas);
Coentro em pó;
Noz-moscada
Sumo de limão;
Sal e pimenta.

Agora mãos á obra! Em primeiro lugar coze-se o bacalhau, depois de demolhado durante a noite, e as batatas, a couve-flor e o nabo. Recomendo que deixem cozer muito bem todos estes elementos pois o passo seguinte consiste em esmigalhar (e desfiar) todos eles até se formar um puré espesso. De seguida, refoga-se ligeiramente (até amolecer) metade da cebola em azeite que, uma vez cozinhada, mistura-se no puré, assim como o ovo, para facilitar a ligação de todos estes elementos.

Depois tempera-se com sumo de limão, sal, pimenta, coentros em pó e noz-moscada a gosto.
Numa panela escaldam-se as folhas de couve durante 2 a 3 minutos (para tornar mais fácil embrulhar mistura), de seguida embrulha-se a mistura na couve.

Num recipiente próprio para ir ao forno faz-se uma “cama” com o resto da cebola em rodelas e com as cenouras cortadas em pedaços grandes e rega-se com 3 a 5 colheres de sopa de azeite. Dispõem-se os embrulhos em cima, rega-se com 2 colheres de sopa de azeite e depois vai ao forno durante 30 a 40 minutos.
“Et voilá”. Como vêm é bastante fácil. Bom apetite.
Fotos por: Sara Costa

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Especial de Natal - Entrada

Meus caros,
É Natal, uma das mais belas épocas do ano. Por isso, o Barrigana está feliz e embebeu-se do espírito natalício, qual Pai Natal, e resolveu preparar-vos algumas sugestões de receitas para a noite da consoada.
Já agora, e por falar em Pai Natal, com quem tenho uma disputa antiga, quero deixar bem claro que a minha barrigana é muito mais “bem-parecida” do que a desse velho barrigudo.
Enfim, passando ao que interessa, hoje venho deixar-vos uma entrada para a ceia.
“Bouquet” de tentáculos e peixinhos da horta com maionese de alcaparras.
Os ingredientes são:

Polvo (tentáculos);
1 cebola;
Feijão verde;
Limão;

Para o polme:
Farinha para fritar (“Frita fácil”);
1 Cerveja (mini 20 cl)
Sal e pimenta

Para a maionese de alcaparras:
Maionese;
Alcaparras;
Alho;
Sal e pimenta;
Paprika;
Cebolinho;
Sumo de limão e lima.

Em primeiro lugar, coze-se o polvo durante 90 minutos em lume brando. O segredo está em cozê-lo com uma cebola. Quando a cebola estiver bem cozida, o polvo está no ponto.
Depois coze-se também o feijão verde, basta cozinhá-lo 2 a 3 minutos em água a ferver. De seguida passamos ao polme, nesta receita teremos que fazer dois polmes, um mais grosso para o polvo e outro ligeiramente mais líquido para os peixinhos da horta.
Passamos cada um, pelo respectivo polme e fritamos em óleo bem quente (até convém, se puderem fritá-los em frigideiras separadas, ou numa bem grande), para que fiquem bem estaladiços. Caso queiram que fique extra crocante, “El Barrigana” tem um segredo. Fritem tudo uma vez, deixem arrefecer um pouco e depois passem tudo de novo pelo polme e voltem a fritar, desta vez por menos tempo, para não queimarem.
Em relação à maionese de alcaparras, juntem a maionese com a cebola que cozeu com o polvo (a cebola vai dar um toque adocicado que “corta” o ácido das alcaparras), as alcaparras, a massa de alho, sal, pimenta, coentros em pó, sumo de limão e lima e cebolinho. Rectifiquem os temperos a vosso gosto e pronto, está feito.
Como viram em 15 minutos podem fazer uma excelente entrada para a vossa ceia de Natal, diferente do habitual, mas sem fugir à tradição.

Fotos por: Sara Costa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

AVISO: Diários d'um Barrigana Especial de Natal

Caríssimos,

O Natal está ai à porta e não passa ao lado do Barrigana. Por isso mesmo, venho deixar-vos mais um pequeno "AVISO" para que fiquem preparados para o que ai vem nos próximos 3 dias. Sim é isso mesmo, vêm ai os Diários d'um Barrigana: Especial de Natal.
E o que é isso? Perguntam vocês.
Nos próximos 3 dias vou deixar aqui algumas propostas de receitas para a ceia de Natal.
Estejam atentos.



Design por: Sara Costa

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Chili com Carne

Caros leitores,

“El Barrigana” está de volta e traz com ele a segunda receita destes Diários. Desta vez, e como tinha avisado, a receita será picante, por isso sugiro que as pessoas mais sensíveis se preparem e tenham “à mão” uns quantos copos de leite – sim, segundo os Mythbusters (Caçadores de Mitos), o leite é a melhor solução para aliviar o picante.
A primeira receita escrita de chili com carne é datada de 1519 e foi documentada por Bernal Diaz del Casti...llo que foi um dos capitães de Hernán Cortes (o conquistador espanhol que derrubou o Império Azteca e que conquistou o centro do actual México). Ora segundo Bernal del Castillo, os índios Cholula, aliados dos Aztecas, estavam tão confiantes da sua vitória sobre os “conquistadores” que antes da batalha já tinham preparado caldeirões com tomates, sal e chili, para celebrarem, apenas faltando a carne, que seria a dos próprios “conquistadores”.
Pormenores mórbidos à parte, voltemos ao chili. É um prato que adoro fazer, principalmente no inverno porque, pensando que não, ajuda a poupar electricidade, já que quando como chili fico quente devido ao picante e assim poupo no aquecimento. Eu acho que nesta altura de crise esta é uma dica valiosa. Pensem nisso, sempre que houver previsões de temperaturas baixas, toca a ir fazer um bom chili com carne.
Passando à receita, os ingredientes são:



2 dentes de Alho;
1 Cebola;
Gengíbre (pedaço com 1 cm);
¼ de dois Pimentos (amarelo e vermelho);
2 Cenouras pequenas;
2 Tomates;
300g (aprox.) Carne picada (vaca, porco ou mistura);
1 lata de 425 g de Feijão (encarnado, manteiga ou “refried beans”);
200/250 g de Polpa de tomate;
Tortilhas qb;
Sumo de limão (a gosto);
Sumo de lima (a gosto);
Sal e pimenta (a gosto);
Cominhos em pó (a gosto);
Paprika (a gosto);
Tomilho seco (a gosto);
Canela em pó (a gosto);
Piri-piri (a gosto);
Malagueta seca com ou sem sementes (a gosto);
(Quantidades para 2 a 3 pessoas)

Primeiro, num tacho com azeite aloura-se o alho, o gengibre e a cebola. Depois juntam-se os pimentos cortados grosseiramente, a cenoura em pequenos cubos e os tomates cortados e sem casca.
Deixa-se cozinhar um pouco. Posto isto, junta-se a carne picada, parte de todos os temperos (menos a malagueta seca), deixa-se cozinhar um pouco e depois juntam-se os feijões, a polpa de tomate e o sumo de limão e lima.
Logo que a carne esteja cozinhada e que os feijões estejam mais macios junta-se o resto dos temperos e a malagueta seca (eu junto metade – consoante o tamanho – finamente picada e sem sementes) e deixa-se apurar e engrossar em lume brando por mais 8 a 10 minutos. Se necessário junta-se uma pitada de açúcar ou ketchup ao molho para equilibrar a acidez.
Passado esse tempo, apaga-se o lume e deixa-se o preparado a “descançar” cerca de 5 minutos.
Serve-se acompanhado de arroz branco e tortilhas.

Bom Apetite!





Fotos por: Sara Costa sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Caríssimos,

Hoje não vos venho trazer mais um dos diários, mas sim, venho preparar-vos para a próxima receita dos Diários mais saborosos dos últimos tempos, acho que já lhes posso chamar assim.
Preparar-vos para o quê, perguntam vocês??
Para a próxima receita, porque vais ser PICANTE!! E porque de agora em diante, sempre houver uma receita picante, vão ter esta imagem a indicá-lo.


Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

domingo, 9 de dezembro de 2012

Almoço Colombiano


Caríssimos, neste diário venho falar-vos de uma experiência que tive no passado dia 18 de Novembro.
Ora o ACIDI (Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural), no passado dia 13 de Setembro lançou o projecto “Familia do Lado 2012”, que consiste numa “(…) família que aceita acolher em sua casa uma família que não conheça, constituindo-se pares de famílias - uma imigrante e outra autóctone (ou vice versa) - para a realização de um almoço-convívio, típico da sua cultura, como forma de acolhimento do ‘Outro’.” http://www.acidi.gov.pt/noticias/visualizar-noticia/5051a2d045f84/acidi-lanca-projeto-%22familia-do-lado---2012%22, projecto no qual eu, Barrigana, tive a oportunidade e o prazer de participar.
Assim, uma família Colombiana, residente neste momento em Lisboa, recebeu-nos e preparou um almoço típico da Colômbia.
Fomos recebidos com simpatia e com um cheirinho que vinha da cozinha e que prometia um almoço memorável. Nós, como bons portugueses, também fizemos questão de levar alguns produtos nacionais, conservas e patês de peixe e, como não podia deixar de ser, dois bons vinhos.
Tivemos uma “tour” pela casa e uma pequena aula de arte, música e cultura colombiana, enquanto o almoço apurava.
Seguiu-se o almoço.
Entradas: “Patacones” (banana-pão macerada e frita) e “Arepas” (uma espécie de tortilha, mais grossa, feita com farinha de milho e assada no forno e que depois também pode acompanhar o prato principal).
Prato Principal: “Bandeja Paisa” – salsichas (chorizo), chicharrón (que não constou da ementa e que é uma espécie de torresmo), arroz (arroz blanco), feijões (frijoles), carne moída (carne molina), ovo estrelado (huevo), mandioca frita (para cortar a gordura da carne) e abacate com sal (aguacate).
Sobremesa: “Salpicon” – nada mais nada menos do que a nossa salada de frutas, com banana, maçã, laranja, ananás, pinuela (fruta típica da Colômbia, que também não constou) e tudo regado com um refrigerante colombiano chamado Postobon.
Como imaginam nem todos os pratos foram confeccionados com produtos típicos da Colômbia, porque ainda é muito difícil encontrar produtos colombianos em Portugal.
Para finalizar, um aromático café colombiano com um toque a canela, muito mais fraco que o português, mas muito agradável.
A conversa fluiu muito facilmente, Colômbia, Portugal, imigração, política, cultura, comida, comida e mais comida.
E no fim, para o café, juntou-se a nós a Shakira … através da aparelhagem, claro.
Uma experiência enriquecedora e uma iniciativa de louvar.
Ah!, e de certeza que vou tentar provar mais comida Colombiana para vos dar a conhecer, promessa de Barrigana.

Fotos por: Sara Costa - www.sarajfcosta.wix.com/fotografia

domingo, 18 de novembro de 2012

Comida de Feira

Quem não gosta de uma boa comida de feira, festa popular ou romaria? Farturas, churros, pão com chouriço, polvo assado na brasa, maçã do amor, pipocas coloridas, cachorros, hambúrgueres, bifanas…. Enfim, as opções são quase infindáveis, mas considero estes os “clássicos”.
Para mim, feira não é feira sem pelo menos uma fartura e/ou um pão com chouriço. Não há nada mais agradável do que passar a noite entre fumo, pregões (…)“oh vizinha veja…! É só 1 aéurió!” e música aos altos berros remisturada com os apitos irritantes dos “carros de choque”, ou pelos fantásticos comentários do “Sr. Do Kanguru”…”(…) e vai! Mais um saltinho! Upa! Agora é pás meninas fazerem chi chi!”
E depois de tudo isto, nada mais agradável do que chegarmos a casa a cheirar “a cigano”, prepararmos uma bebida para acompanhar uma bela fartura, ou um pão com chouriço a ferver.
Mas meus amigos, o “gourmet” já chegou às feiras de norte a sul do país. Acreditem ou não, na última feira a que fui (no início de Outubro, em Alcácer) provei uma coisa inesperadamente extravagante que faz inveja a qualquer prato retirado da ementa do famoso restaurante “elBulli”: pão com bacalhau. Atenção! Não é um pão com bacalhau qualquer. É uma espécie de pão com chouriço, mas em vez de chouriço, tem bacalhau salteado.
Tenho que vos confessar uma coisa,… para mim não funcionou, em primeiro lugar não sou grande apreciador de bacalhau, depois não conseguia tirar da cabeça a imagem e o sabor de pão com chouriço. Para mim, simplesmente não combina!
Por isso, eu vou-me manter fiel aos grandes clássicos e deixo-vos um conselho do fundo da Barrigana. Meus caros amigos e camaradas de comida, deixem-se de preconceitos e façam uma visitinha às feiras da vossa localidade e aproveitem tudo o que de bom elas têm para vos oferecer.
Para os que não têm o privilégio de ter uma feira ou festa na vossa cidade não se preocupem, EL BARRIGANA! tem a solução. Comprem um pão com chouriço na roulotte ou padaria mais perto e comam-no a ouvir o “best hits” dos Santamaria ou o “É o bicho” do Iran Costa o mais alto que os vossos ouvidos permitirem e vão ter a vossa própria feira em casa.
E vocês? Como são as feiras na vossa cidade?
E o que mais interessa. O que comem nelas?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Tzatziki: A primeira receita



Meus amigos, o Barrigana está de volta com mais um diário. Desta vez, e a pedido de muitas famílias, trago-vos uma receita, … aliás, a primeira receita do Barrigana, que espero que satisfaça a gula de muitos e que ajude muitos outros que possam estar a precisar de algum “ar fresco” na sua vida culinária.
Hoje trago-vos uma receita simples, barata, mas que pode impressionar qualquer pessoa, namorada(o) ou amigos(as). Vão por mim, comigo resultou.
Apresento-vos…Tzatziki. Perguntam vocês, “…e que budega é essa de que tu tás prái a falar… oh barrigudo?”.
Se é mesmo isso o que estão a pensar, então aqui vai a resposta. Tzatziki é um molho grego, que normalmente é servido como aperitivo ou entrada, ou como acompanhamento de outros pratos. É feito com iogurte grego e pepino.
Mas deixemo-nos de grandes explicações e passemos ao que interessa.
Os ingredientes que vão precisar são:
- Pepino;
- Iogurte Grego;
- Alho (em massa se preferirem);
- Azeite;
- Limão;
- Paprika;
- Tomilho ou endro;
- Sal e pimenta.
Em termos de quantidades, cada um pode usar as quantidades que lhes parecerem e souberem melhor. Eu costumo usar, para cada pepino (de tamanho médio), cerca de três iogurtes de 125g.
Em primeiro lugar, começo por descascar, retirar as sementes e cortar o pepino em pedaços. Uma vez cortado junto-lhe um pouco de sal grosso e passo-o com uma varinha mágica, até ficar uma pasta de pepino aguada. A etapa seguinte é escorrer essa pasta de pepino, para que quando o tzatziki estiver pronto não fique demasiado líquido.
Posto isto, junto a pasta de pepino ao iogurte, assim como o alho, o azeite, o limão, a pimenta, a paprika e o tomilho, todos a gosto. E depois é só uma questão de provar e acrescentar o que for preciso. Há quem goste com mais alho, ou com mais paprika. O objectivo é ficar com uma pasta cremosa e fresca.
Por norma, é costume servir o tzatziki acompanhado com pão pita. Pessoalmente, prefiro acompanhar com tortilhas ou com tostas.
Como viram é fácil (mesmo fácil!) e depois é só desfrutarem.

Fotografias por: Sara Costa – www.sarajfcosta.wix.com/fotografia

domingo, 4 de novembro de 2012

Os “chef’s” da minha família

Por norma, a minha família teve sempre grandes “chef’s”. Reza a lenda, que aquando da primeira conquista de Alcácer do Sal aos mouros, em 1158, o próprio D. Afonso Henriques ordenou que o meu antepassado – D. Barrigana I (quase que posso jurar que ele existiu) – preparasse o banquete de celebração da conquista. Ora eu gosto de pensar que D. Afonso Henriques deixou que Alcácer fosse reconquistada, pelos mouros, só para ter que “re-reconquistá-la” e empanturrar-se com um novo banquete. Infelizmente não conseguiu e só o seu neto, D. Afonso II, é que teve essa oportunidade. Na altura foi D. Barrigana II o cozinheiro, que fazia umas pinhoadas de “morrer”.
Existiam provas de tudo isto, mas foram destruídas num dos incêndios da Torre do Tombo.
Hoje em dia, a linhagem continua e são vários os “chef’s” na família.
A minha mãe Ana Maria é a mais activa. Cozinha bem tudo o que se come no dia-a-dia, desde a mais simples sopa de feijão verde, à mais elaborada canja de garoupa.
O pai Carlos fica encarregue dos almoços ao fim-de-semana e de todos os pratos especiais que envolvam um tacho de barro e brasas. Sou fã da carne e peixe assado e da feijoada de choco.
A minha irmã Patrícia, faz vários pratos deliciosos e sempre “à maneira dela”. É mestre nos Canelones e na mousse de ananás, só tenho pena de não poder comê-los mais vezes.
A tia Paula, domina vários doces e bolos típicos de Portugal continental e ilhas dos Açores. As especialidades são a mousse de chocolate e o bolo de bolacha.
Outra cozinheira de mão cheia é a minha tia Piedade. O arroz doce, o bacalhau espiritual e as pataniscas de bacalhau ou sardaniscas (como diz a minha mãe) são do melhor que há.
O meu tio “Betucha” (o caçador da família) é famoso por pratos que não se come em todo o lado, faisão, javali, veado, perdiz, ou o premiado camarão atomatado (prémio de melhor petisco da feira da Pimel de 2009);
A tia “emprestada” Mila, é doutorada em tudo o que é doce. Os meus preferidos? Tarte de amêndoa, bolo mármore,…, bem é mesmo tudo;
E até a minha namorada Sara, deve ser pela convivência com o Barrigana, prepara umas salsichas com couve e uma bolonhesa de chorar por mais. É claro que não o faço à frente dela.
Com uma família como esta, eu não poderia ser diferente. Por isso, não percam os próximos post’s, porque nós também não!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Porquê Barrigana?

Comer! Comer, comer, comer. Assado, cozido, frito, cru. Comer é para muitos um dos maiores prazeres da humanidade, acima da cintura pelo menos.
Para mim tudo começou quando, ainda gaiato, em Alcácer do Sal, saía da escola e ficava em casa sozinho, all alone. Aquilo parecia-me um reino por explorar e de repente vinha-me à ideia "…hum…apetece-me um ovo estrelado”, ou qualquer coisa do género, “…mesmo daqueles como a minha mãe faz”. E pimba! Agarrava no que precisava e tentava fazer, mas claro está, não saía como o da minha mãe, quanto muito, acabava queimado, ou eu acabava queimado. Até onde vai a falta de entretém de uma criança.
Mas esse “pequeno" hobbie cresceu e muitos ovos esturricados, panquecas emborrachadas e salsichas secas depois, a coisa foi mudando de figura e comecei a criar algum jeito na matéria. Os meus snacks eram formidáveis, desde o mais simples pão com manteiga ao mais elaborado bife com batatas fritas, acabando com o mais refinado iogurte de morango congelado, naquela altura não podia ser uma coisa muito elaborada.
O tempo foi passando e com os 18 anos, e com a “barrigana” bem maior, chega a universidade e a saída de casa dos pais. Passei a ter mais “liberdade” para criar os meus mirabulásticos, “super-avant-garde”, hiper-michordiosos pratos. Sempre que me apetecia fazia qualquer coisa diferente. Tão diferente que não podia limitar-se ao normal esparregado, que vá saber-se porquê nunca tinha comido antes de vir para Lisboa. Tinha que fazer um esparregado à “la Barrigana” com um toque de caril, ou algo do género. Umas vezes saía-me bem, outras vezes nem por isso.
Tudo veio dar aos dias de hoje. O hobbie tornou-se mais sério e o jeito para ele, também. Até posso afirmar que faço uns pratos bons, pelo menos é o que me dizem. Até que, há pouco tempo, acendeu-se uma luz. Enquanto via, ou para ser sincero, enquanto me babava lentamente a ver um programa do FoodNetwork, pensei cá para mim: “ Porque não fazer um blog filosófico-culinário-biográfico sobre tudo isto. «Pensamentos/teorias» sobre comida, receitas, restaurantes, etc…”.
E assim surgiram os “Diários d’um Barrigana”.