Olá minha gente,
No outro dia, enquanto me
passeava calmamente pelo Bairro Alto, mais precisamente na Rua dos Mouros,
senti uma forte sensação de fome, a chamada “fraqueza”. No entanto, fiquei
descansado pois encontrei logo um sítio onde pude comer o chamado “tapa bucho”,
num sítio que, por pura coincidência, se chama “Tapa Bucho”.
Situado entre o número 19 e 21
desta rua, o “Tapa Bucho” é mais uma das, muito na moda, casas de tapas, que
nos últimos anos se multiplicaram como cogumelos um pouco por todo o país, com
principal incidência na capital. No entanto, se me ficasse por aqui, estaria a
ser altamente injusto, o “Tapa Bucho” é bem mais do que apenas isso, aqui
comem-se tapas elevadas ao cubo (Tapas3), pode-se desfrutar de
várias tapas que são de alguma forma elevadas a outro nível de sabor e
apresentação.
E já que estamos neste tema
gostava de vos falar da ementa. Está cheia de deliciosas tapas e petiscos
inspirados não só em clássicos nacionais, mas também em muitas tapas tradicionais
de nuestros hermanos. Começo por
recomendar umas “Tapas quentes”, uma espécie de montaditos espanhóis com bacon estaladiço e queijo derretido,
começamos logo bem. Depois segue-se uma sopa de cogumelos, cremosa e saborosa,
para aquecer o bucho (Barrigana, no meu caso) e a alma, continuando, numa casa
deste tipo teria (quase obrigatoriamente) que existir espaço para as já tão
famosas cascas de batata frita, estaladiças e acompanhadas de dois saborosos
molhos. Para terminar, uma “Tábua Mista”, com vários enchidos, queijos e ainda
com algum espaço para uns tradicionais pastéis de bacalhau. Caso o bucho ainda
não esteja totalmente tapado, vai ter que haver espaço para uma “imprópria para
gulosos” “Tarte de limão com bolacha Oreo” e mais não digo.
Em relação à ementa ficam os
cinco Barriganas.
O espaço da casa é acolhedor e
bastante simpático, nota-se dedicação, carinho, bom gosto e um toque de
modernidade na decoração. Por momentos sentimo-nos numa tasca antiga de
ambiente descontraído e “caseirinho”, isto é se conseguirmos entrar. De facto o
espaço é pequeno, que não é necessariamente mau porque assim a comida leva
menos tempo a chegar à mesa, não perdendo calor e “propriedades”, mas deixo-vos
um conselho, se pensarem aparecer por lá marquem uma mesa antes. Para completar
o “ramalhete” o atendimento é muito simpático e atencioso.
Para o ambiente ficam os quatro
Barriganas.
O preço ronda entre os 10 e os 15
euros, que tendo em conta a qualidade da ementa apresentada e a simpatia do
serviço, é um preço bastante simpático. Para além disso, se formos fãs de
clássicos da literatura, como por exemplo o “Robinson Crusoe” até pagamos ainda
com mais gosto, já que recebemos a conta dentro de um desses livros.
Assim para o preço ficam os cinco
Barriganas.
Jovem, bonito e apetitoso, (não,
não estou a falar de mim próprio) este é um sítio a visitar.
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