terça-feira, 30 de abril de 2013

Anthony Bourdain – “Mexilhões à Portuguesa”

Boas pessoal,

Hoje faço “Challenge Accepted!!” a uma receita de um dos chefes que mais admiro.
Ele é um dos chefes de cozinha mais reconhecidos a nível mundial. Estou a falar-vos de Anthony Bourdain, ou “Tony” Bourdain, como é normalmente apelidado.
“Tony” nasceu em Nova Iorque, em 1956. A sua carreira na cozinha começou quando trabalhou num restaurante em Provicetown, Massachussets, daí foi estudar no Culinary Institute of America, onde se formou em 1978.
Para além de chefe de cozinha, Bourdain é mais conhecido do grande público como escritor, e ainda mais como apresentador do seu programa “No Reservations”, no qual o acompanhamos em várias aventuras culturais e culinárias por todo o mundo. Portugal incluído, já cá veio três vezes.
Neste momento é “chef-at-large” da Brasserie Les Halles (do português José de Meirelles), que significa que não está limitado somente àquele restaurante.
Ora, o chefe Bourdain lançou um livro com várias receitas deste mesmo restaurante (“Les Halles Cookbook”), de entre elas, uns deliciosos “Mexilhões à portuguesa”. Achei uma receita muito interessante, logo tinha que fazê-los, e ainda para mais são portugueses.
Assim, vão precisar de:

(Para 2 pessoas)
- ¼ de chávenas de 20ml de azeite;
- ½ cebola picada;
- 3 dentes de alho fatiado;
- 30 g de chouriço;
- 1 chávena de 225ml de vinho branco;
-sal e pimenta
- 500g de mexilhões (esfregados e desbigodados, imediatamente antes de cozinhar);
- ½ molho de coentros (só as folhas);
- 2 ramos de salsa ( picada).

Aquece-se o azeite numa panela grande, junta-se a cebola e cozinha-se por 6 minutos, até ficar macia e começar a dourar. Adiciona-se o alho e o chouriço, e cozinha-se tudo por mais 2 minutos. Junta-se o vinho e mexe-se. Tempera-se com sal e pimenta.
Juntam-se os mexilhões e deixa-se cozinhar por cerca de 8 a 10 minutos, tapando o tacho, até que abram. Agita-se. Juntam-se os coentros e a salsa picada, caso queiramos pode-se enriquecer um pouco o molho com um pouco de manteiga. Tapa-se e agita-se de novo.
Deixo-vos uma dica que resolvi usar. Em vez de servir os mexilhões com toda a casca, resolvi retirar-lhes a casca de cima, assim, é mais fácil chegar ao miolo do mexilhão.
Serve-se com pão torrado. Eu, como não podia deixar de ser, sugiro que sirvam com um bom pão alentejano torrado.
E é isto. Bom apetite.

Fotos por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Limpar cogumelos

Olá a todos,

Lá mais para o fim da semana vou fazer um prato com cogumelos. Quem não gosta de cogumelos? Eu adoro. Mas já agora que falo em cogumelos, faço-vos uma perguntam. Como costumam limpar os vossos cogumelos?
Sabiam que não se deve lavar os cogumelos com água antes de os cozinhar.
Porquê? Basicamente porque ao lavar os cogumelos eles vão absorver a água e quando os cozinharem eles vão deitar a água que absorveram. Assim, acabam por em vez de saltearem os cogumelos, ou coisa do género, vão acabar com cogumelos estufados, ou cozidos.
A melhor maneira de limpar os cogumelos é escová-los (já existem umas pequenas escovas indicadas para o efeito), ou com um guardanapo ou pano seco. Assim, os cogumelos vão-se manter secos.
Outra dica para que os cogumelos não libertem muita água ao cozinhar é apenas juntar sal quando os cogumelos já estiverem quase cozinhados. Ao que parece, ao juntarmos sal quando os cogumelos ainda estão pouco cozinhados, os cogumelos começar a deitar água.
E pronto minha gente, espero que esta dica vos tenha ajudado.

Fotos por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia


sábado, 27 de abril de 2013

Emaranhado de acompanhamentos

Olá minha gente,

Não sei se ainda se recordam, mas na passada segunda-feira vim mostrar-vos uma “traquitana” que adquiri na edição deste ano do Peixe em Lisboa.
Ora, como “o prometido é devido” (já dizia o nosso amigo Rui Veloso), hoje trago-vos, em primeiríssima mão, o resultado da primeira utilização dessa tal “traquitana”.
Assim, hoje tenho para vocês três acompanhamentos, que também podem ser aperitivos ou até sobremesas. Em primeiro lugar um emaranhado de beterraba com vinagre balsâmico, depois um enrolado de batata no forno e para finalizar um fatiado de maçã e canela.
Para fazer isto vão precisar de:

(Para acompanhar uma refeição de 2 pessoas)
- 1 (ou mais) beterraba;
- 3 a 4 colheres de sopa de Vinagre balsâmico;
- 1 colher de chá de açúcar;
- 1 (ou mais) batata;
- 4 colheres de sopa de azeite;
- Sal e pimenta q.b. ;
- 1 (ou mais) maçã granny smith;
- Canela q.b. ;
- Noz-moscada q.b. ;
- Mel q.b. ;

Depois de passar cada um dos acompanhamentos pela “traquitana” ficarão com três montinhos de emaranhado de cada um deles.
Em primeiro lugar, a beterraba. Num tabuleiro, ou pyrex preparado para ir ao forno temperam-se as beterrabas com o vinagre balsâmico, azeite, sal e pimenta e uma pitada de açúcar, mistura-se e leva-se ao forno por cerca de 20 minutos.
Passando às batatas, uma vez cortadas, temperam-se com sal, pimenta, azeite e sumo e raspa de limão e leva-se ao forno por 20 a 30 minutos, ou até estarem douradas.
Relativamente à maçã, depois de cortada, tempera-se com algumas gotas de sumo de limão, canela, noz-moscada e mel e vai também ao forno por cerca de 20 minutos.
São acompanhamentos deliciosos e com um toque diferente. Experimentem fazer isto num jantar com convidados, ou de amigos e impressionem-nos.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Nunca mais comi…Mousse de ananás

Olá minha gente,

Hoje lembrei-me de um prato que não comia há vários anos, muitos mesmo. Eu não como uma boa “mousse de ananás” há talvez 10 anos e sempre foi um prato que me é “muito querido”.
Nas datas festivas, ou em alguma outra ocasião especial, que envolvesse uma “almoçarada” ou “jantarada”, era certinho e direitinho…de entre outros bolos e sobremesas, uma delas seria “mousse de ananás”.
Refrescante, doce e leve é perfeita para os tempos mais quentes que se avizinham.
Vão precisar de:

(para 4 doses/taças)
- 1 lata de ananás;
- 3 ovos;
- 200g de natas;
- 3 folhas de gelatina;
- 3 colheres de sopa de açúcar;
- 1 colher de chá de raspa limão;
- 1 colher de chá de raspa de gengibre.

Aquece-se a calda que vem na lata de ananás. Uma vez quente derretem-se as folhas de gelatina e deixa-se arrefecer.
Batem-se as gemas com o açúcar e juntam-se as natas batidas (com um pouco de açúcar), a calda com a gelatina (já fria) e por fim as claras previamente batidas em castelo e o ananás partido em pedaços.
Mas eu quis dar um toque especial a esta mousse e adicionei raspas de limão e de gengibre, cerca de uma colher de chá de cada. Vão ver que eleva esta sobremesa para um outro nível.
AHHHHH!! E agora já não tenho saudades…pelos menos nos próximos dias.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Restaurante “Entra”

Boas pessoal,

Hoje venho falar-vos de um restaurante diferente dos restantes.
No restaurante “Entra”, localizado no número 80 da Rua do Açúcar, em Lisboa, é entrar, sentar, esticar as pernas, pôr uma garfada na boca e desfrutar. Pelo menos foi o que eu fiz, quando lá fui, …tal e qual como nos recomendam os chefes e funcionários da casa.
É este o espírito que reina neste restaurante lisboeta, calma e descontracção, aqui não há ementas ou menus, somos servidos com as melhores criações que o chefe prepara no próprio dia, com os melhores e mais frescos produtos, que o próprio escolhe no mercado.
Atenção, não se preocupem, não há problema, se não gostarem de alguma coisa, ou se sofrerem de alguma alergia, rapidamente e sem problemas o chefe puxa de um refogadinho, um vinagrete, salteia, assa, frita e em menos de nada têm um saboroso prato à vossa frente.
Da minha experiência neste restaurante devo dizer-lhes que todos os pratos estavam óptimos, mas tenho que confessar-vos que aquela açorda de camarão e aquele creme brulé, ainda não me saíram da memória.
Por estes motivos o Barrigana atribui quatro Barriganas à ementa.
Em relação ao ambiente, é muito familiar, somo acolhidos com grande simpatia. A casa está ornamentada com vários pequenos elementos decorativos que nos vão “saltando à vista” à medida que o tempo passa. Uma ardósia gigante aqui, um tachinho pendurado acolá, outro relógio ali, os candeeiros em forma de garrafa que iluminam a sala. Entretanto até podemos espreitar pela janela que dá para a cozinha e literalmente espiolhar o que os chefes estão a preparar.
São estes pequenos pormenores que tornam a experiência totalmente diferente e muito mais agradável.
Assim, o Barrigana dá cinco Barriganas ao ambiente.
Relativamente ao preço, e tendo em conta toda a experiência que temos ao “Entrar”, considero-o acessível. O preço médio por pessoa é de cerca de 21€, 18,50€ para o menu “Mesa Posta”, que inclui entrada, prato de peixe, prato de carne e sobremesa, o restante irá depender das bebidas e outros extras.
Conclusão, cinco Barriganas para o preço.
É um restaurante que vale mesmo a pena, é uma experiência diferente do normal, principalmente porque nunca sabemos o que iremos comer até lá estarmos. No fundo, é uma experiência comparada com uma ida ao médico, por vezes não sabemos o que esperar, mas temos confiança e deixamos tudo nas mãos do “Sr. Doutor”/ Chef.
Vão lá. “Entrem”, ponham-se à vontade e experimentem.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

terça-feira, 23 de abril de 2013

Jamie Oliver – “Smoothie” de banana, framboesas e gengíbre

Boas minha gente,

Hoje o Barrigana traz-vos uma receita de um dos chefs mais mediáticos do mundo. Quantos de vós não conhece o tão famoso Jamie Oliver…bem me parecia. Ninguém.
Entre programas de televisão, livros de receitas e restaurantes, Jamie criou um pequeno império. Mas tudo isto começou no pub dos seus pais, em Clavering, Essex. Aos 16 anos o seu desempenho escolar não era brilhante, desistiu de estudar devido à sua dislexia e dedicou-se à música com a sua banda, os “Scarlet Division” (cuja música entrava no genérico de um dos seus programas, o “Oliver’s Twist”, que passou por cá na RTP2). Entretanto, entrou na escola culinária de Westminster e começou a trabalhar com o seu mentor, Genaro Contaldo (que também já apareceu em vários dos seus programas).
Devo confessar que sou fã deste chef. Tem uma cozinha descontraída, que tanto nos apresenta os mais elaborados pratos, passando por vários clássicos da cozinha de várias partes do mundo, podendo acabar nas mais simples, práticas e deliciosas criações.
Com tantos pratos que poderia fazer deste chef, eu resolvi fazer um simples, fresco e saboroso “smoothie” de banana, framboesa e gengibre.
Para esta receita vão precisar de:

(para 2 pessoas)
- 2 bananas;
- Cerca de 12 framboesas;
- 1 pedaço de gengibre (com cerca de 3 a 4 cm);
- 2 colheres de chá de mel;
- 1 a 2 iogurtes naturais;
- 3 a 4 colheres de sopa de leite;
- Amêndoas

Em primeiro lugar, num saco de congelação coloca-se a banana às rodelas e as framboesas e leva-se a congelar.
Uma vez congelada a fruta e, com a ajuda de uma varinha mágica, ou de um robot de cozinha, passam-se todos os ingredientes. Depois é fundamental provarem e ajustarem tanto a textura (juntando mais leite, por exemplo), como o doce (adicionando mel) da mistura.
Uma dica. Não sirvam o “smoothie” logo, deixem no frigorífico por cerca de 5 a 10 minutos e os sabores vão estar muito mais apurados.
Outra excelente combinação seria substituir as framboesas por morangos.
Esta é uma boa forma de usar fruta que já está muito madura.
Experimentem, é uma receita que faz furor com as crianças, tanto os vossos filhos, como a criança que temos dentro de nós.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Nova aquisição


Fica aqui a apresentação oficial da última aquisição dos “Diários d’um Barrigana”.
É verdade o Barrigana decidiu trazer um “reforço” para a sua “equipa” de utensílios de cozinha e foi directamente ao “mercado de transferências do Peixe em Lisboa” e abriu os cordões à bolsa.
Fica aqui prometido que na próxima sexta-feira vou deixar aqui as primeiras demonstrações…fiquem atentos.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sábado, 20 de abril de 2013

Fusili de salmão fumado, alho-francês, cogumelos e vodka

Boas pessoal,

Hoje o Barrigana traz-vos mais uma das suas receitas.
Esta é uma receita que me é muito querida porque utiliza um ingrediente que durante alguns anos teve grande importância na minha “dieta”. Falo-lhes de massa fusili, sim massa fusili…durante algum tempo, quando era um jovem universitário e não tinha grande coisa para comer em casa, era sempre ao fusili que recorria. Fusili com atum, com espinafres,…enfim as opções eram infindáveis.
Mais tarde comecei a acrescentar outros ingredientes, com salmão fumado, com natas e bacon, com cavala enlatada, entre outras.
Mas para esta receita resolvi combinar vários ingredientes que se complementam e depois dar-lhes um toque especial. Por isso hoje trago-vos “Fusili de salmão fumado, alho francês e vodka”. Os ingredientes são:

(Para 3 pessoas)
- Cerca de 200g de Massa Fusili;
- 120 g Salmão fumado marinado;
- Natas;
- Alho francês;
- Cogumelos paris;
- Vodka (4 colheres de sopa)
- sumo e raspas de 1 Limão;
- Sumo e raspas de 1 lima;
- Sumo e raspas de 1 laranja;
- ½ cebola roxa;
- Massa de alho;
- Cebolinho (para guarnecer)

Em primeiro lugar, numa frigideira com azeite e massa de alho salteia-se a cebola roxa picada e juntam-se os cogumelos em quartos e o alho francês laminado. Salteia-se tudo durante cerca de 10 minutos, tempera-se levemente com sal , pimenta e uma noz de manteiga e juntam-se cerca de duas colheres de sopa de vodka. Deixa-se cozinhar por mais uns minutos, para evaporar o álcool.
Nesta fase junta-se uma colher de chá de sumo e raspas de limão, lima e laranja. Depois junta-se as natas e incorporam-se com os vegetais.
Posto isto junta-se a restante vodka (cerca de mais duas colheres de sopa), mais duas colheres de chá da raspa de limão, lima e laranja e tempera-se a gosto com sal e pimenta. Deixa-se cozinhar por mais alguns minutos. Uma vez já fora do lume junta-se o salmão previamente cortado em tiras grandes e mistura-se.
Coze-se a massa fusili com um fio de azeite a orégãos.
Junta-se a mistura à massa e guarnece-se com cebolinho picado. “Et voilá!”.
Recomendo que experimentem. A vodka combina muito bem com os citrinos e dá um toque diferente e saboroso ao prato.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Apanhar Caracóis

Pessoas,

Estamos em Abril, a Primavera chegou em força e daqui a pouco tempo vão começar a chegar as “coisas boas” que só temos na Primavera/Verão, falo-vos de caracóis,
por exemplo.
Por falar em caracóis, são das coisas que estão no meu top das “coisas que mais gosto de comer de todos os tempos”.
Para terem uma noção desta minha paixão por caracóis, quando era pequeno eu juntava-me a alguns amigos e ia-mos todos apanhar caracóis.
Percorria-mos os arredores da minha casa. Como já disse aqui, eu moro numa horta, cheia de vegetação, logo, esse facto tornava muito fácil essa “apanha”.
Depois iam para dentro de uma caixa com uma rede (mais sólida) por cima, para que não conseguissem sair e com umas ervas secas lá dentro. Acho que era para se sentirem mais em casa e também para que largassem alguma da “porcaria” que tinham.
Eram tardes bem passadas e depois quando tínhamos uma boa quantidade, iam para a panela, normalmente cozinhados por uma das nossas mães.
Óptimos, acompanhados com pão com manteiga (a “Planta” era a melhor) e com uma limonada fresquinha, feita com limões da horta. Uma delícia.
Hoje em dia resta-me esperar que chegue a época “do caracol” para poder saborear essa grande iguaria. A partir desta altura já começo a procurar nos café e restaurantes do nosso país o tal papelinho que abre oficialmente essa época…”Há Caracóis”.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 17 de abril de 2013

“Pão Pão, Queijo Queijo”

Olá minha gente,

Hoje venho falar-vos de um dos mais emblemáticos e eclécticos cafés/restaurantes de “fast-food” de Lisboa. Estou a falar-vos do incontornável “Pão Pão, Queijo Queijo”, ou mais comummente conhecido de todos nós simplesmente como “Pão Pão”.
Ora, como muitos de vós sabem (outros talvez não), o “Pão Pão” está situado no número 126 da Rua Belém, em Belém precisamente. Literalmente “entalado” entre os Jerónimos, o Palácio de Belém e com os pastéis de Belém a dois passos, esta casa é especializada em comida do Médio Oriente, ou seja, “falafels”, “shoarmas”,” kebabs”, “pitas”, entre outros sabores.
Por alguns instantes chega até a ser irónico que, estando situado entre vários monumentos e símbolos/ícones do nosso país, este restaurante seja especialista em comida vinda de oriente. Até aposto que o nosso Sr. Presidente da República é cliente habitual. Imagem comigo…”Ooohh. Maria, acho que vou ali ao Pão Pão buscar a janta!”....”Tá bem Anibal, mas não te demores que tens aqui os decretos pa aprovar…olha, e já agora traz uns pastelinhos pá sobremesa…”.
Bom devo confessar-vos uma coisa, eu não sou grande conhecedor da ementa do “Pão Pão”, porque a única coisa que comi durante os 8 anos em que frequentei este restaurante foi uma simplesmente irresistível “PITA BACON E COGUMELOS”. Meus amigos, para mim é incontornável. Cogumelos e bacon salteados na chapa acompanhados com alface, cenoura, batatas fritas e pelo fantástico molho de maionese de alho e ervas (acho que são esses os ingredientes). Simples e delicioso.
Para mim, só por isto merece os cinco Barriganas. Mas acredito que todos os outros pratos são óptimos, basta ter os olhos e as narinas bem abertas e olhar para todos os outros pratos que vejo serem servidos aos outros clientes.
Relativamente ao ambiente, é familiar, simpático e descontraído. A casa é pequena e por vezes, quando enche, chega a ser difícil respirar. Destaco a decoração do andar superior onde, assim como o nome da casa, a parede é forrada a azulejos com provérbios/ditados populares portugueses. É só mesmo pena a casa não ter mais lugares sentados, mas como “o que não tem remédio, remediado está”, podemos sempre ir, caso S. Pedro permita, ir comer para o jardim mesmo em frente, o que torna a experiência ainda mais agradável.
Por tudo isto são bem merecidos os três Barriganas para o ambiente.
Em termos de preço, é bastante acessível por uma refeição com batatas e bebida ronda os 6 euros, dependendo sempre do menu que se escolhe, claro. Mas mesmo assim, são preços bastante simpáticos.
Ficam assim os quatro Barriganas para o preço.
Vão lá, se não conhecem, vale muito a pena, caso já conheçam, vão na mesma só para relembrarem.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia


terça-feira, 16 de abril de 2013

Chef Pedro Lopes - Camarão salteado com manga, malagueta, alecrim e salada de rúcula

Olá pessoal,

Hoje o Barrigana faz “challenge accepted! ” à receita de “Camarão salteado com manga, malagueta, alecrim e salada de rúcula” do chef Pedro Lopes.
Para o chef, a cozinha despontou num momento em que, aos 18 anos, procurava um caminho. Recorda, que na altura as dúvidas eram muitas e que “não sentia qualquer vocação”, acrescenta. No seu caso essa afinidade foi nascendo e crescendo com o tempo.
Foi no restaurante leiriense “Pontuel” que se tornou chef. Para ele aconteceu naturalmente. “Deram-me essa oportunidades e eu arrisquei”. E até hoje, continua, em conjunto com a sua equipa, empenhado em conquistar a confiança dos comensais com os seus pratos.
Hoje escolhi esta receita por combinar bem a frescura da manga, com o picante da malagueta e o apimentado da rúcula. Para o prepararem vão precisar de:

- Camarão (21/30);
- Alho laminado;
- Vinho branco;
- Sumo de limão;
- Malagueta;
- Alecrim;
- Azeite virgem extra;
- Sal marinho
(Para a salada)
- Rúcula;
- Vinagrete;
- Manga;
- Flor de sal;
(para o vinagrete)
- Azeite;
- Vinagre de vinho branco/balsâmico;
- Sal fino;
- Mostarda

Bom. Para começar devo dizer que, apesar da receita ser feita com camarão 21/30, eu tinha um resto de camarão 40/60 no congelador, por isso não pensei duas vezes e usei.
Descascam-se os camarões, que se salteiam em azeite bem quente. A este salteado acrescenta-se o alho, alecrim e sal marinho.
Finaliza-se esta fase, refrescando com sumo de limão e vinho branco.
Posto isto, dispõe-se a manga cortada e sobrepõe-se o camarão. Nesta fase guarnece-se com a salada de rúcula.
Para o vinagrete emulsiona-se numa taça, com a ajuda de varas, a mostarda, com o vinagre e o sal. Depois de bem envolvido, adiciona-se o azeite em fio até obter um molho espesso e de aspecto homogéneo, que se adiciona ao prato.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 15 de abril de 2013

“Lisboa à Prova”

Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de mais uma iniciativa que promove a restauração lisboeta e, por consequência, a “cozinha” da nossa bela capital.
Em primeiro lugar eu quero “tirar o chapéu” à Câmara e ao Turismo de Lisboa, que têm partilhado a organização de vários “eventos gastronómicos” com o objectivo de elevarem a gastronomia nacional. Eventos como o “Peixe em Lisboa”, ou o “Lisboa à Prova”.
Ora, é desta última iniciativa de que vos venho falar hoje. O “Lisboa à Prova”, que já vai na sua 7ª edição, é um concurso gastronómico promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, o Turismo de Lisboa e pela AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), que tem como principal objectivo valorizar e promover o sector da restauração, tentando assim que a gastronomia se torne também como mais outro dos factores de desenvolvimento do turismo de Lisboa.
Este ano, o “Lisboa à Prova” apresenta-se ao público no próximo fim de semana de 20 e 21 de Abril, no Torreão Poente da Praça do Comércio, entre as 18 e as 23 horas. Por dia estarão presentes 12 a 15 dos restaurantes premiados da edição 2013 do concurso. Estes restaurantes vão dar a provar as suas melhores iguarias e especialidades a quem por lá estiver.
Os bilhetes de entrada são 5 euros por pessoa e dão direito a uma degustação de comida e a uma de bebida. As degustações seguintes custam 2,5 euros. O que por si só, é mais uma boa oportunidade para provar os melhores pratos dos melhores restaurantes e chefes de Lisboa, sem gastar muito dinheiro.
Para além disto, parte da receita desta iniciativa reverterá para o projecto de solidariedade social desenvolvido pelo “Lisboa á Prova” com o auxílio da “Entra Ajuda”. Assim, juntamos numa só “prova”, o melhor de dois mundos…vamos estar a “comer e a ajudar”. Nada melhor.
Vão lá. Experimentem.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sábado, 13 de abril de 2013

Morangos com redução de vinagre balsâmico

Olá pessoal,

Chegou a Primavera, é verdade, acabou-se o Inverno, o frio e a chuva (ou pelo menos em parte). Os dias estão maiores e bem mais amenos, ainda bem porque já ninguém podia com mais chuva. Ainda por cima se acrescentarmos a dias frios e chuvosos, as notícias (que nos são transmitidas em catadupa) sobre a situação cada vez ais ruinosa do pais, assim é para esquecer.
Já sei o porquê de nos países do norte da Europa se bebe ainda mais do que em Portugal, de certo que será para esquecer de que para além da língua horrível, têm um clima ainda mais pavoroso. Simplesmente não dá para aguentar.
Por isso mesmo, para celebrar a chegada da Primavera, resolvi fazer para hoje um prato especial. Doce, fresco e sumarento. Assim, trago-vos uns “Morangos com redução de vinagre balsâmico”.
Vão precisar de:

- 200 g de morangos (portugueses, claro);
- 1 embalagem de 200 ml de vinagre balsâmico;
- 2 colheres de sopa de mel (mal cheias);
- 1 colher de chá de açúcar;

Numa frigideira ou tacho aquece-se o vinagre balsâmico até ferver. Neste ponto deixa-se ferver por 5 minutos, depois baixa-se o lume e deixa-se o vinagre a cozinhar em lume brando por mais 20 a 25 minutos, ou até o molho ter reduzido por metade.
Nesta fase junta-se o mel e o açúcar e mexe-se até estar tudo bem dissolvido. Põe-se a redução numa taça e deixa-se arrefecer à temperatura ambiente.
Servem-se os morangos vertendo a redução por cima. Doce e fresca é uma óptima sobremesa primaveril e que ao mesmo tempo nos deixa tempo para apreciarmos os dias mais longos que aí vêm.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Comida de Tourada/Futebol

Olá minha gente,

Hoje o Barrigana traz-vos uma memória muito particular.
Mas em primeiro lugar, e especialmente para os mais sensíveis, devo dizer que cresci numa cidade (Alcácer do Sal) em que existe uma grande “afición” em relação às corridas de toiros/touradas, logo eu, quando era “gaiato”, ia a muitas, por isso para mim é um tema muito normal.
A questão é que, nesses tempos, a tourada representava para mim todo um ritual, maioritariamente gastronómico. Sim, é verdade, eu admito, também gostava do “espectáculo”, mas o que é facto é que das melhores memórias que tenho deste tema, é da comida que lá comia.
Na verdade, cheguei a uma brilhante conclusão relativamente à comida de tourada, é bastante semelhante à comida de futebol…queijadinhas de Sintra, batatas fritas, gelados, ou pelos menos do futebol dos estádios ditos ”mais pequenos”. Ainda para mais, toda a gente sabe que muitos jogos de futebol parecem autênticas touradas.
Nunca me vou esquecer, particularmente dos pregões dos Srs. Das queijadinhas de Sintra…”óóóólhá queijadinha de siintra!”
Era, sem dúvida, uma tarde bem passada, o menu habitual era uma ou duas queijadinhas de Sintra (no local, o resto ia para casa) e depois, caso o orçamento permitisse, um geladinho, nada melhor.
E vocês? Que memórias têm das comidas destes “eventos”?

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 10 de abril de 2013

“Tacho à Mesa”

Boas pessoal,

“A partilha da vida começa à mesa…”, pura poesia. Esta é filosofia de trabalho do restaurante “Tacho à mesa”, situado no número 156 da Avenida da República, em Olhão.
Aberto desde o passado mês de Dezembro, este restaurante é um despretensioso e descomplexado exemplo daquilo que de bom se faz em termos gastronómicos em terras algarvias.
Meus amigos, é uma maravilha, na ementa convivem vários petiscos típicos da região, com outros tantos clássicos da cozinha nacional. Lado a lado encontramos o melhor “xarém com amêijoas”, com um belo “pica-pau”.
Contudo, sempre que “lá ponho a Barrigana” há um prato que não falha…”Ovos rotos”, meus amigos, são uma verdadeira perdição. Mas acima de tudo, o que mais me impressiona (pondo de lado a excelente qualidade dos pratos confeccionados), é a consistência com que todos os pratos da ementa são preparado. Não há ocasião em que lá tenha ido e que tenha pensado, “Huumm…estes ovos rotos hoje estão mais assim, ou assado…”. Não. Até hoje, esteve sempre tudo no ponto.
Por isso mesmo vão os cinco Barriganas para a ementa.
O atendimento é simpático e familiar. O ambiente é calmo e descontraído, quase como se tivéssemos em casa a partilhar uma refeição com amigos ou familiares. Sempre com o tacho no centro da mesa, como se fosse esse o ponto de partida para a partilha de conversas e sorrisos.
Para o ambiente vão os quatro Barriganas.
Para finalizar, o preço. Em média, por uma refeição de três pratos (deliciosos) com couvert, bebida e café, cada pessoa paga cerca de 12 euros. O que é um preço muito apetecível.
Assim, vão os cinco Barriganas.
Não se acanhem e vão lá experimentar. Se estiverem pela zona de Olhão é uma casa a ter na memória.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

terça-feira, 9 de abril de 2013

Desafios do Chef – Francisco Meireles “Tártaro de atum”

Boas pessoal,

Hoje o Barrigana faz “Challenge accepted!” à receita de “Tártaro de atum” do chef Francisco Meireles.
Foi apenas aos 40 anos que o chef Francisco despertou para a cozinha, depois de uma longa, e bem sucedida, carreira como….vendedor de automóveis. Sim! Este caso dá para pensar nas “voltas que a vida dá”. Mas durante todos esses anos Francisco nunca se acanhava de perguntar como se fazia o que estava a comer, e assim, o apetite foi-lhe aguçando a aprendizagem e logo, logo se tornou chef.
Na sua cozinha reina a simplicidade, para ele “(…) os pratos valem pela qualidade dos produtos e, por isso, o cozinheiro deve intervir o menos possível.”
Foi essa simplicidade que me atraiu para confeccionar este “Tártaro de atum”. Ora, segundo “reza a lenda”, o bife tártaro nasceu com os guerreiros Tártaros que, ao viajarem a cavalo por dias e noites a fio, levavam carne crua armazenada debaixo da cela, para irem se alimentando. Ao cavalgarem a carne ia ficando triturada, dai o seu nome…”Bife Tártaro”.
Vão precisar de:

- Atum vermelho do Algarve;
- Limão;
- Azeite de baixa acidez;
- cebolinho;
- Wasabi;
- Molho de soja

Corta-se o atum em pequenos cubos, raspa-se o limão e junta-se tudo regando com o azeite.
Num recipiente, e com a ajuda de umas varas, emulsiona-se o wasabi com o molho de soja.
Pica-se o cebolinho e polvilha-se por cima do atum. Para finalizar, rega-se com o molho de soja e wasabi.
É daqueles pratos fáceis de fazer, mas que funciona muito bem como uma entrada requintada.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Peixe em Lisboa 2013

Meus amigos,

Hoje venho falar-vos de um evento que, desde 2008, tem feito as delícias de muita gente, eu incluído.
Estou a falar-vos do “Peixe em Lisboa”, que se realiza de 4 a 14 de Abril, no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Desde a sua primeira edição, o objectivo deste evento (organizado pelo Turismo de Lisboa) tem sido enaltecer e “dar a conhecer” ao Mundo um dos melhores produtos que o nosso país tem para oferecer…os vários produtos que os nossos mar e rios nos dão.
É com esse objectivo que o “Peixe em Lisboa” organiza várias actividades para os visitantes. Para além dos maravilhosos pratos cozinhados pelos melhores chefes dos melhores restaurantes portugueses, podemos desfrutar de apresentações de chefes ao vivo, do mercado gourmet (onde podemos provar e comprar vários produtos típicos), as provas de vinho, entre múltiplas outras actividades temáticas.
O preço dos bilhetes para um dia do evento é 15 euros por pessoa e dá direito a uma senha de degustação no valor de 5 euros, uma senha de bebida no valor de 1,50 euros e a um copo para a degustação de vinhos. É verdade que para bolsos mais apertados (e nos tempos que correm) são preços um pouco “difíceis”, mas que, se pensarmos que temos acesso a uma refeição de dois pratos (com bebida incluída) dos melhores restaurantes nacionais, por uma média de 23 euros (comprando à parte, por exemplo, uma senha adicional de 8 euros), compensa.
Para além disso, e se vos der um “ratinho na barriga” (que no meu caso é mais, uma ratazana) podem ir ao mercado gourmet e petiscar umas provas grátis…, uma bolachinha aqui, …um copinho de vinho ali, …um pãozinho no azeite acolá, “et voilá”, ficamos bem, pelo menos até ao jantar.
Vale também a pena, considerar as opções “mais económicas” que a organização oferece este ano, nomeadamente, nos dias de semana e nas entradas de grupos de cinco pessoas.
Na minha opinião, hoje em dia (e na verdade desde a sua primeira edição), este é um dos mais importantes eventos gastronómicos realizados em Portugal e graças aos “deuses da culinária” tem-se mantido assim ao longo dos anos.
É, sem dúvida, um evento que tenho “tatuado” na minha “agenda cerebral” e só espero que, à semelhança de muitas outras boas iniciativas neste país, não deixe de se realizar por falta de dinheiro, ou interesse político.
Recomendo vivamente a visita. Aproveitem, vale mesmo a pena. Ah! E depois quero ver os vossos comentários ao evento, aos melhores pratos e produtos mais interessantes.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Burritos de vegetais

Olá minha gente,

Hoje o Barrigana trás um dois em um. Um prato que nos consegue dar o melhor de dois mundos.
Normalmente, quando pensamos em pratos mexicanos, a primeira ideia que nos vem à cabeça (pelo menos eu penso assim) é carne, feijão, tortilhas e afins. No fundo, pratos “mais para o lado do pesado”.
Ora eu não acho que isso deva ser sempre assim. É possível fazer uma boa refeição mexicana leve e deliciosa.
Assim, hoje trago-vos uns “Burritos de vegetais”, com os melhores sabores mexicanos, mas num prato leve.
Vão precisar de:

(para 3 pessoas)
- 1 cebola roxa;
- Massa de alho;
- Sumo de meia lima;
- 1 curgete;
- ½ pimento vermelho;
- Rebentos de soja;
- Molho de soja;
- 2 ½ colheres de chá de cominhos;
- 1 ½ colheres de chá de pimenta de Caiena;
- 1 colher de chá de orégãos;
- ½ colher de chá de cebolinho;
- 1 colher de chá de manteiga;
- 2 cenouras;
- Milho;
- 6 Tortilhas;
- Polpa de tomate;
- ¼ de pimento verde;
- 1 tomate;

Em primeiro lugar para o molho de tomate, numa taça junta-se a polpa de tomate, o pimento finamente verde cortado em cubos, um tomate fresco cortado em cubos e meia cebola roxa, meia colher de chá de cominhos, meia colher de chá de pimenta de Caiena e ainda sal e pimenta. Mistura-se tudo bem.
Posto isto, numa frigideira grande com azeite junta-se duas colheres de chá de massa de alho e salteia-se o pimento vermelho (em tiras finas), a curgete (em rodelas de grossura média) e os rebentos de soja. Tempera-se com molho de soja, pimenta e juntam-se os cominhos, a pimenta de Caiena, os orégãos e o cebolinho. Deixa-se saltear por mais algum tempo e, para finalizar, junta-se um cubinho de manteiga e o sumo de meia lima. Deixa-se apurar por dois a três minutos.
Aquecem-se as tortilhas no forno e acompanha-se tudo com cenoura em cubos e milho.
Suculentas, picantes e saudáveis são uma boa opção para uma festa de amigos.
Quem disse que a comida saudável tinha que aborrecida e sensaborona? Experimentem.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 4 de abril de 2013

PIPAS

Caríssimos,

Quem não se lembra da “pipas”?
Muitos de vocês devem estar a pensar…”Hã? O que é isso ohh Barrigas?”, pronto, pronto, eu explico. As “pipas” não são mais do que sementes de girassol secas e salgadas, que antigamente se comia compulsivamente nos intervalos das aulas. Bom, pelo menos é esta a memória que tenho delas.
De facto, na minha escola básica, houve (e tenho quase a certeza de que ainda há) durante anos a “febre das pipas”. Para qualquer lado que se olhasse todos os alunos as comiam. Por vezes até chegava a ser irritante o barulhinho das pipas a partirem-se na boca e o cuspir das cascas. Parece que uma pessoa ao entrar no portão da escola entrava em modo periquito e começava a devorar tudo e que era pipa.
Havia zonas da escola que pareciam autênticas “salas de chuto” de pipas. Era ver o pessoal sentado, a olhar para o nada, trincando as suas pipas e cuspindo-as, a maior parte das vezes para o chão. E nessa altura é que a coisa aquecia, chegava a “polícia” (ou seja as sras. empregadas) e ouvia-se qualquer coisa do género…”Oh menino! Não jogues as pipas pó chão! O raio do gaiato!”.
Tenho quase a certeza que ainda nos dias de hoje se for fazer uma visita a essa escola, aposto que ainda existem restos “arqueológicos” de pipas no chão. Quase de certeza que com tanta pipa que se comia na altura, algumas já devem ter ficado lá cravadas para toda a eternidade.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

terça-feira, 2 de abril de 2013

Desafios do Chef – Gordon Ramsay “Cogumelos marinados”

Boas pessoal,

Hoje em mais um “Desafios do chef”, vou auto-desafiar-me com uma receita de um chef que dispensa apresentações.
Um dos mais famosos, provavelmente o mais enérgico e ao mesmo tempo o mais "desbocado" dos chef’s de todo o mundo. O único e inconfundível chef Gordon Ramsay.
Ramsay começou a dedicar-se à cozinha aos 19 anos, depois da sua carreira como jogador de futebol ter terminado prematuramente devido a uma grave lesão no joelho. Segundo a sua biografia, Gordon chegou até a fazer dois jogos oficiais pelo Rangers F.C. (do qual é simpatizante).
Após isto, decidiu dedicar-se inteiramente à sua outra paixão, a cozinha, e a partir dai criou uma carreira de sucesso que lhe trouxe 14 estrelas Michelin. Para além disto o chef é mais conhecido de todos nós principalmente por um sem número de programas televisivos, sobre culinária, e nos quais não faltam palavrões maioritariamente saídos da sua boca.
O que admiro neste chef é do facto de tanto fazer pratos elaborados, como simples, mas em todos eles ele aplica a mesma energia. Sim, tenho cá para mim que se estivesse meia hora na cozinha com aquele senhor apanhava um esgotamento nervoso.
Não sei se já repararam, mas quando ele faz uma receita e a explica quase que fica sem fôlego.
Desta vez sugiro-vos uns “Cogumelos marinados”, que são uma boa opção para um “brunch”.
Vão precisar de:

- 200g de cogumelos Paris;
- Vinagre de vinho branco;
- 2 chalotas;
- Estragão fresco (ou seco);
- Azeite;
- Sal e pimenta (q.b.);

Em primeiro lugar cortam-se os cogumelos ao meio e salteiam-se numa frigideira anti-aderente (caso necessário junta-se um fio de azeite e espalha-se com a ajuda de um guardanapo).
A meio deste processo juntam-se as chalotas em quartos. Posto isto, tempera-se com sal e pimenta e deixa-se cozinhar por mais algum tempo. Nesta fase, junta-se o vinagre e deixa-se cozinhar para que a sua acidez reduza. Cozinha-se por cerca de 5 minutos.
Antes de apagar o lume junta-se o azeite, para que se forme uma espécie de vinagreta. Retira-se o preparado e deixa-se arrefecer por 2 minutos. Para finalizar junta-se o estragão fresco (neste caso eu usei seco).
Caso queiram, deixem os cogumelos a marinar durante a noite no frigorífico. Se acabados de sair da frigideira são óptimos, depois de marinarem no frigorífico por algum tempo, ainda são melhores.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Barrigana a lidar com a crise II – “Comida fora de prazo”

Boas pessoal,

Como já todos sabem (e provavelmente estão fartos de saber) estamos em crise… o que é uma coisa muito chata e que não dá jeito nenhum. Principalmente quando precisamos de uma coisa (que não sei se já ouviram falar dela) chamada dinheiro para praticamente tudo o que fazemos enquanto acordados.
Devido à crise há que tentar poupar o máximo possível em todas as áreas da nossa existência. Como eu me considero um “especialista na área da comida”, hoje trago-vos uma “teoria/dica” para pouparem uns trocos.
Ora em primeiro lugar deixem-me fazer-vos uma pergunta. O que é que fazem quando têm em vossa casa comida fora de prazo?

A- Prazos ?? Qu’éssa cena? Nem reparo nisso.
B- Vai imediatamente para o lixo.
C- Abro. Se me cheirar mal, vai fora.

Sim meus amigos a resposta certa é a C. Se ponderaram por um instante em escolher alguma das outras …nesse caso não estão no bom caminho para pouparem uns trocos.
Para mim os prazos de validade dos alimentos, muitas vezes são apenas uma burocracia imposta para que haja um aviso por parte dos produtores…para depois se adoecermos eles nos virem dizer: “a gente avisou…quem lhe mandou comer uma lata de ‘salchichas’ com validade até 1995?”.
Por exemplo no caso de latas é fácil saber se o conteúdo está ou não bom para consumo. Se uma lata estiver opada não está boa para consumo. Outra maneira de saber isso é, obviamente, abri-la e cheirar o conteúdo.
Outro exemplo muito comum é o dos iogurtes. Só porque o iogurte está fora de prazo não quer dizer que não seja comestível. Estando no frigorífico os iogurtes por norma aguentam algum tempo depois de o prazo expirar. Basta abrirem, cheirarem e, caso necessário, provarem uma “pontinha” só para terem a certeza.
Por isso já sabem, não sigam a política despesista da maior parte dos nossos governos das últimas décadas. Antes de deitarem comida fora PAREM, OLHEM, CHEIREM e….(num caso extremo) PROVEM.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

ESPECIAL PÁSCOA – “Borrego assado no forno com molho de hortelã”

Boas pessoal,

Como estamos na Páscoa o Barrigana tem passado toda a semana sem tocar num bocadinho de carne (pelo menos às refeições). Por isso mesmo, hoje trago-vos uma sugestão para o vosso Domingo de Páscoa e claro que só poderia ser um bom naco de borrego.
Todas as Páscoas, em minha casa, o prato principal é um bom naco de borrego assado no forno com batatas e cebola. Simplesmente divinal e tendo em conta as festividades em questão, acho que essa é a palavra indicada para adjectivar este prato.
Assim, inspirando-me nesse prato trago-vos hoje, “Borrego assado no forno com molho de hortelã”.
Vão precisar de:

(para 2 pessoas)
- 1 pá de borrego (cerca de 400g);
Para temperar:
- 1 copo de vinho rosé (ou branco);
- 4 a 5 dentes de alho;
- ½ cebola roxa;
- Alecrim (1 colher de sopa de folhas) e hortelã (2 folhas);
- Sal e pimenta;
Para acompanhar o borrego:
- 3 a 4 batatas;
- 1 ½ cebola roxa;
Para o molho de hortelã
- Hortelã;
- Azeite;
-Sal e pimenta (q.b.);
- Sumo de limão;

Em primeiro lugar, caso a carne não tenha sido limpa de gordura, convém que seja limpa (se não quiserem fazê-lo, peçam que o façam no talho). Posto isto temperamos a carne (normalmente na noite antes de se cozinhar a carne). Num almofariz esmagam-se os alhos cortados aos pedaços, a cebola roxa, a hortelã, o alecrim e algumas pedras de sal grosso. Depois esfrega-se esta mistura na carne, junta-se o vinho e tempera-se levemente com sal e pimenta. Fica no frigorífico durante a noite.
Para cozinhar a carne, em primeiro lugar selamo-la rapidamente numa frigideira com um fio de azeite até ficar dourada. Tempera-se levemente com sal e pimenta e vai ao forno com as batatas e a cebola cortada aos cubos, por cerca de 1 hora. Não esquecer de juntar azeite, sal e pimenta às batatas e à cebola.
Enquanto a carne assa, e com a ajuda de uma varinha mágica passa-se a hortelã com azeite, sal pimenta e limão, até se formar uma pasta líquida.
Quando a carne estiver quase pronta junta-se umas folhas de alecrim e serve-se. “Et voilá”, chamem toda a gente para a mesa porque o almoço/jantar de Páscoa está prontíssimo.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

Vai um Rájá?


Olá a todos,
Hoje o Barrigana vem falar-vos de uma coisa de que muito provavelmente, a maior parte de vós nunca ouviu falar. Por acaso vocês sabem o que é um “Rájá”? Não? Passo a explicar.
A Rájá era uma marca de gelados que se vendia antigamente (no tempo dos nossos avós) e que tinha grande sucesso na altura. No fundo eram os gelados “Olá” daqueles tempos. Infelizmente, nunca tive oportunidade de provar esses tão famosos gelados, eles tiveram um papel importante nos primeiros anos da minha vida.
Como? Ora, o meu avô era grande fã dos gelados “Rájá”, por isso mesmo ele não comia gelados, mas sim, “Rájás”. Ora sempre que ia ao café com ele perguntava-me se eu queria um “Rájá”, apesar de, naquela altura, eu provavelmente comesse um “Perna de pau”.
Hoje em dia, já poucos são aqueles que se referem aos gelados dessa forma, mas em Alcácer, ainda existem algumas pessoas (normalmente com mais de 60 anos) que usam essa expressão.
E então? Vai um “Rájá”?

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

Restaurante “Os Prazeres da Carne”

Olá pessoal,

Hoje o Barrigana vem fazer-vos uma confissão íntima.
É um facto. Rendi-me aos “Prazeres da Carne”.
Alto lá! Não estejam a pensar em coisas…apenas vos venho falar do restaurante “Os Prazeres da Carne”, no qual tive a oportunidade de apreciar duas maravilhosas refeições.
Situado numa localização privilegiada, com uma deslumbrante vista para o mar, este restaurante é envolto pelos jardins da Casa de S. José da Guia, na Estrada Nacional 274, em Cascais. Devo confessar que a minha primeira impressão do restaurante foi: “Carne, carne e mais carne…” (devido ao nome), mas fiquei muito surpreendi-me.
A ementa é variada, oferecendo opções que passam pela “nova cozinha brasileira”, assim como alguns clássicos da cozinha internacional. Destaco nas entradas a mozzarella de búfala panada e o creme de cogumelos. No peixe (sim, acreditem ou não existem pratos de peixe) destaco a posta de salmão com molho de amoras e risotto Nero e na carne, para além das que são importadas da América do Sul, destaco o peito de pato com molho de vinho do porto e risotto de cogumelos. Para as sobremesas, um saboroso cheesecake de frutos vermelhos e uma gulosa tarte de chocolate Galega.
Devo dizer que estes pratos estavam inseridos na ementa do “Portugal Restaurant Week”, mas mesmo assim, só pelo nome acho dá para ter uma ideia da qualidade geral da ementa.
Mais palavras para quê? Cinco Barriganas para a ementa.
Depois, passamos a outro ponto muito forte, o ambiente. O serviço é muito simpático e familiar. A vista é única e privilegiadíssima para o mar e nos dias de sol pode-se desfrutar da fantástica esplanada, que nos permite ter uma vista ainda mais privilegiada. E ainda, podem contar com um inesperado tronco de uma palmeira no meio do restaurante, que tornam a experiência ainda mais única.
Por isto, atrevo-me a dar os cinco Barriganas ao ambiente.
Em relação ao preço, já entramos noutro patamar. Resumindo e concluindo, não é para qualquer carteira. Ronda em média os 30€ por pessoa, mas que ainda assim (e se quiserem a minha humilde opinião) vale a pena tanto pela ementa, como pelo ambiente.
Por isso recomendo vivamente que experimentem se puderem.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

Chef José Avillez – Carpaccio de Mozzarella

Olá minha gente,

Hoje o Barrigana, em mais um “desafio do Chef”, vai colocar-se à prova com uma receita de um dos chefs mais reconhecidos e acarinhados pelo público português. Falo do Chef José Avillez.
A cozinha sempre foi uma paixão para Avillez, contudo, foi apenas no ano em que finalizava a licenciatura em Comunicação Empresarial que decidiu levar a sério essa paixão.
A partir dessa altura nunca mais parou. Enriqueceu a sua formação com variadas viagens, formações estágios e experiências profissionais, destacando-se a passagem pela cozinha do restaurante “El Bulli” liderado pelo emblemático Ferran Adrià, que se revelou como uma das experiência mais marcante para José Avillez.
Em 2008 surgiu o convite para o lugar de Chef Executivo no restaurante Tavares, onde em pouco mais de um ano conseguiu uma estrela Michelin. Em 2011, deixou o Tavares para se dedicar ao Cantinho do Avillez e ao Belcanto, tendo, este último, sido também distinguido com uma estrela Michelin, em Novembro de 2012.
Para além disto, José Avillez divide o seu tempo também com a sua empresa de consultoria (José Avillez Consultoria), o seu serviço de catering (a José Avillez Catering) e take-away (a JA em casa). Conta também com um programa de televisão (na SIC Mulher) o “JA ao Lume”e vários livros editados.
A receita que vos trago deste chefe, é um entrada muito simples e saborosa, que pode muito bem fazer parte de uma das vossas refeições nesta semana (em que, tradicionalmente, não se “pode” comer carne). Vão precisar de:

(Para 2 pessoas)
- 1 mozzarela de bufala;
- 2 a 3 morangos;
- 20 folhas de manjericão;
- 2 colheres de sopa de pinhões torrados ( ou amêndoas);
- Azeite (q.b.);
- Sal e pimenta (q.b.);

Em primeiro lugar, corta-se a mozzarela em fatias finas com cerca de 2 mm e os morangos em cubos pequenos.
Numa frigideira torram-se os pinhões. Neste caso, e depois de ter percorrido vários super e hiper-mercados e depois de ter chateado os vizinhos, não consegui encontrar pinhões. Logo, tive que usar amêndoas, que não ficaram nada aquém.
Com a ajuda de uma varinha mágica passam-se as folhas de manjericão com 2 colheres de sopa de azeite, sal grosso e pimenta a gosto, até se formar uma pasta.
Para finalizar dispõem-se todos os ingredientes no prato, regando-os com a “pasta” de manjericão. Caso necessário, tempera-se com mais sal e pimenta.
Vão por mim. Experimentem. É bem saboroso, barato e fácil de fazer.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia