sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Mini-Palmiers de azeitona


Olá a todos,

Hoje o Barrigana traz-vos mais uma das suas receitas e, desta vez, resolvi fazer uns saborosos “Mini-Palmiers de azeitona”.

O palmier é uma espécie de biscoito feito com massa folhada que surgiu nos finais do século XIX, inícios do século XX. A sua origem é desconhecida, mas a receita mais antiga até hoje encontrada sugere que foram criados na Áustria, apesar deste biscoito ser tradicionalmente associado à culinária francesa. 

Ao contrário do que normalmente se pensa, as azeitonas são muito boas para a nossa saúde, são ricas em ácidos gordos monoinsaturados (que possuem potentes antioxidantes) e possui diversos minerais, como cálcio, fósforo, potássio, sódio, entre outros e vitaminas, B6, B12 e E. O que muitas vezes as torna nocivas para a saúde (quando consumidas em demasia) é o seu processo de conservação, que consiste em salmouras (água e sal) que aumentam muito os seus níveis de sódio.

Eu sou literalmente viciado em palmiers, e, como bom alentejano, devoro azeitonas num piscar de olhos, logo fazia bastante sentido juntar estes dois ingredientes em duas variedades de palmiers salgados, que são uma delícia e bastante indicados para serem servidos em festas.Vão precisar de:

Palmiers de azeitona preta
(cerca de 10 a 12 palmiers)
- 1 embalagem de massa folhada (cerca de 230g);
- Cerca de 200g de azeitonas pretas (sem caroço);
- Meio molho de coentros (picados);
- 1 dente de alho (picado);
- ½ limão (raspa e sumo);
- Queijo brie (em pedaços);
- Cerca de 6 nozes (picadas – cerca de 25g)
- 1 ovo (batido)
- Sal e pimenta q.b.

Palmiers de azeitona verde
(cerca de 10 a 12 palmiers)
- 1 embalagem de massa folhada (cerca de 230g);
- Cerca de 200g de azeitonas verdes (sem caroço);
- 1 pedaço de gengibre (cerca de 2cm);
- Queijo Flamengo (em fatias)
- Amêndoas (picadas – cerca de 25g);
- ½ laranja (sumo e raspa)
- 1 ovo (batido)
- Sal e pimenta q.b.

Em primeiro lugar, para a mistura de azeitona preta, com ajuda de um robot de cozinha (ou de uma varinha mágica), moem-se as azeitonas pretas, os coentros, o alho, o sumo e a rapa de limão, as nozes e um pouco de azeite. Para a mistura de azeitona verde, moem-se as azeitonas verdes, o gengibre, a raspa e sumo de laranja, a amêndoa e um pouco de azeite, até se obter uma mistura mais ou menos pastosa. Retifica-se o sal e a pimenta e leva-se ao frigorífico por meia hora.

Posto isto, estendem-se as massas folhadas (deve-se trabalhar a massa bem fria para que não rasgue) e coloca-se no interior de cada uma as duas misturas, deixando uma margem de cerca de 3 centímetros até ao bordo da massa. Depois distribui-se os pedaços de queijo brie (para a mistura de azeitona preta) e as fatias de queijo flamengo (para a mistura de azeitona verde) em cima de cada uma das misturas.

Enrola-se cada lado da massa até meio, fazendo assim uma forma de palmier (uma espécie de coração). De seguida, pincela-se cada uma das massas com ovo batido e, com uma faca bem afiada, fatia-se (com a grossura desejada), dispondo as fatias num tabuleiro.

Finaliza-se levando ao forno (pré-aquecido) por cerca de 20 minutos, ou até os palmiers ficarem dourados.
Deliciosos e crocantes, são um verdadeiro petisco.


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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Onda Jazz


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um “sítio” que visitou há pouco tempo, mas do qual já tinha ouvido falar. É um daqueles sítios que junta duas coisas numa só, no meu caso são duas paixões. A comida (claro) e a música.

Localizado no número 7 do Arco de Jesus, em Alfama, o mítico bar/restaurante/sala de espetáculos Onda Jazz é um sonho antigo de três “parceiros”, que desde 2004 faz o gosto de todos os apreciadores de Jazz (e não só), assim como de boa comida.

É mesmo pela comida que vou começar. Não sendo um “restaurante de raiz”, o Onda Jazz tem uma ementa recheada de bons pratos. Começo por destacar, como entrada, umas estaladiças “Cascas fritas de batata com maionese de ervas”, assim como, uns “Cogumelos recheados com camarão, coentros e alho”, uma combinação deliciosa. Depois recomendo umas tenras “Bochechas de porco confitadas com redução de balsâmico e migas salteadas”, o “Magret de Pato com coulis de frutos vermelho, batata gratinada e salada de rúcula” e também um suculento e picante “Caril verde de camarão com arroz basmatti”, todos eles excelentes opções.

Para a ementa ficam os quatro Barriganas.

O ambiente no Onda Jazz é o que se espera, como imaginamos um bar Jazz… com uma atmosfera “cool”, calma e descontraída. As paredes estão repletas de fotografias bem identificativas do que “faz vibrar” este local, a música. Aconselho vivamente, caso tenham oportunidade, a irem jantar numa noite de concerto, que anima bastante o ambiente da sala. Se estiverem atentos à agenda de espectáculos (ou tiverem sorte) podem sempre ver concertos de grandes nomes do Jazz nacional como Carlos Barreto ou Laurent Filipe, entre outros, mas também vários novos valores que esta sala faz questão de apoiar e ajudar a divulgar.

Por tudo isto ficam os cinco Barriganas para o ambiente.

Os preços são acessíveis, rondando os 20 e os 25 euros por pessoa, em média, que tendo em conta a qualidade dos pratos é bastante simpático. Se estiverem interessados nos concertos, ao valor da refeição acresce o valor do bilhete, que aumenta um pouco o preço médio da refeição.

Ficam os quatro Barriganas para o preço.

Sejam ou não apreciadores de Jazz, este é um excelente espaço para uma boa refeição e para passar uma bela noite.


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terça-feira, 27 de agosto de 2013

2780 Taberna /chef Nuno Barros – “Chá de Lúcia-lima”


Olá a todos,

Hoje em mais um “Desafios do Chef”, o Barrigana traz-vos uma receita feita a partir da colaboração entre a “2780 Taberna” e o chef Nuno Barros.

Começando pelo chef. Nuno Barros é um engenheiro de formação que se tornou chef depois de ter frequentado a Escola Cordon Bleu em Londres, antes de abrir o restaurante 2780 Taberna. Recentemente, desdobrou-se para enfrentar um novo projecto, a Taberna 1300.

Já no caso da 2780 Taberna, é um restaurante de cozinha experimental, que funde produtos e ingredientes típicos das várias regiões do país, tentando criar e reinventar receitas tradicionais.

Hoje trago-vos uma receita para uma bebida refrescante, um “Chá de Lúcia-lima” com um toque muito especial. Tomei contacto com esta receita através do livro em que este restaurante (e o chef Nuno Barros) apresentava as suas receitas. Vão precisar de:

- 6g de folhas de Lúcia-lima;
- 70ml de sumo de limão (bem fresco);
- 200g açúcar (para cerca de 100ml de calda de açúcar);
- 200ml de água (para cerca de 100ml de calda de açúcar);

Em primeiro, lugar faz-se uma infusão com as folhas de Lúcia-lima em cerca de um litro de água (deixar ferver por 5 minutos). Deixa-se arrefecer bem e adiciona-se o sumo de limão fresco.

Para a calda de açúcar, dissolve-se o açúcar em água e leva-se ao lume para reduzir, até se obter um liquido ligeiramente mais espesso. Deixa-se arrefecer e junta-se à mistura do chá com o limão.

Arrefece-se tudo e serve-se num copo com bastante gelo e uma rodela de limão ou lima.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A força do Picante


Olá a todos,

Como muitos já sabem, o Barrigana é verdadeiramente um apaixonado pelo picante, para mim malaguetas, pimenta de Caiena, pimento habanero, tabasco, pimento jalapeño, entre muitos outros, são mais algumas das possibilidades que temos disponíveis para adicionar mais sabor, cor e nutrientes aos pratos.

No entanto, muitas pessoas acham que o picante lhes faz mal. Concordo plenamente, mas apenas quando é usado excessivamente, o que é facto (comprovado cientificamente) é que, quando usado em moderação, associado a uma dieta equilibrada e a um estilo de vida saudável, o picante traz inúmeros benefícios ao organismo humano. 

Estas frutas picantes (para a botânica, todas estas variedades são frutas) têm vários benefícios para o corpo humano, de entre eles, contribuir para o aumento da circulação sanguínea, pois contêm capsaicina e piperina que são agentes activos encontrados normalmente em vários frutos que têm essa acção no corpo humano.
Outro dos benefícios “do picante” é o de ajudar a melhorar o humor, pois aumentam a produção de endorfina (conhecida como a hormona do prazer e do bem-estar), serotonina e dopamina (substâncias também associadas à satisfação).

Há algum tempo que o picante é associado à perda de peso, mas nos últimos anos, a Pimenta de Caiena ficou famosa por ser usada em vários desses tratamentos, levados a cabo por celebridades. A perda de peso dá-se pela aceleração do metabolismo que, com a ajuda desta pimenta, se torna mais rápido impedindo a absorção de parte dos nutrientes, levando à perda de peso.

Sendo ricos em vitamina C, licopeno, capsaicina e outros pigmentos, estes frutos têm ainda um efeito antioxidante e anti-inflamatório no corpo, causando uma sensação analgésica fundamental para combater vários tipos de inflamações, como as artrites, as artroses e até inflamações nas vias respiratórias, como rinites não alérgicas.

Todos estes benefícios, são boas razões para darem mais oportunidades ao picante. Mas caso não gostem de picante, ou tenham receio de experimentar, tenho uma dica para vocês…vão doseando a quantidade de picante. Ou seja, numa primeira fase, como não estão habituados, usem pouco e à medida que se forem sentindo mais e mais à vontade vão aumentando a dose. Mas atenção, isto sem nunca ultrapassarem a barreira do aceitável…lembrem-se sempre que estes benefícios surgem com um uso moderado.

Por isso já sabem, usem “o lado picante da força”.


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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Conquilhas abertas “à moda” da D. Linda


Olá a todos,

Hoje, tal como prometi há alguns dias atrás, em mais uma das receitas d’um Barrigana venho trazer-vos o petisco que fiz com as belas conquilhas que apanhei.

Durante este verão tive a oportunidade de provar várias vezes esta receita, o que me fez chegar à conclusão de que estas são as melhores conquilhas que já comi. A D. Linda tem um jeito natural e único para cozinhar este petisco e partilhou a receita comigo. Vão precisar de:

(Para 4 pessoas)
- 400g de conquilhas;
 - 6 dentes de alho (esmagados);
- 2 malaguetas secas (um desfeita e outra inteira);
- Cerca de 4 colheres de sopa de azeite;
- Cerca de 2 colheres de sopa de óleo vegetal;
- Uma mão cheia de coentros (picados);
- Sal q.b.

O primeiro ponto fundamental é o modo de conservação das conquilhas. Devem ser transportadas com água do mar, mas atenção deve-se ter bastante água do mar, de modo a que as conquilhas fiquem totalmente submersas.

Colocam-se num recipiente com uma parte da água e deixa-se ficar por cerca de 30 minutos para que alguma areia que fica na água assente. Depois retiram-se as conquilhas para outro recipiente com a restante água do mar, para ai ficarem até à altura em que vão para o tacho. Este procedimento é fundamental para que as conquilhas “larguem” a areia.

Posto isto, num tacho junta-se o azeite, o óleo vegetal, os dentes de alho e as malaguetas e deixa-se em infusão por algumas horas. Depois leva-se a lume médio deixando os alhos cozinharem um pouco (sem fritarem), nesta fase juntam-se as conquilhas depois de levemente passadas por água doce, assim como os coentros. Deixa-se fritar em lume médio até quase todas as conquilhas abrirem e tempera-se com um pouco de sal.

Servem-se acompanhadas de um bom pedaço de pão.  


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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O meu herói dos gelados - Perna de Pau


Olá minha gente,

De entre as dezenas de gelados que cada marca apresenta ao público em cada ano, há sempre um que nos é “mais querido”, independentemente da sua forma, sabor ou tamanho.

O meu é sem dúvida, e sempre será o “Perna de Pau”, esse verdadeiro mito vivo dos gelados vendidos no nosso país. Não sei há quantos anos ele está connosco, mas pelas minha contas, há pelo menos, mais de vinte anos (e ano após ano eu não lhe consigo resistir). Na verdade, hoje em dia, é um dos meus guilty pleasures, pois eu, já um homem feito, contínuo a devorá-lo com todo o gosto e vontade. Muitas pessoas olham-me de lado quando vou a um café (ou coisa do género) e peço um “Perna de Pau”, tenho a certeza que pensam qualquer coisa do género … “ Elááá!! Um marmanjo deste tamanho ainda a comer perna de pau!??” ou, “Chiça, mas com tanto gelado de todo o tamanho e feitio e esta alminha vai-me escolher um destes???”. Enfim, eu não me importo, no fundo considero-me um Peter-Pan dos gelados.

A minha predilecção por este gelado vai ao ponto de ter desenvolvido uma técnica muito particular para o comer. Começo pelo chocolate, depois vou à nata que está de lado, depois vem a melhor parte … o morango e para finalizar de novo a nata. Tudo isto dura cerca de 2 minutos, ou talvez menos.

Há alguns anos atrás os senhores da Olá (abençoados sejam) criaram uma versão com asteróides do “Perna de Pau”, … o “MEGA Perna de Pau”, foi um sonho tornado realidade. Poderá haver melhor coisa do que o nosso gelado favorito em versão XL?

Contudo, mais recentemente, os mesmos senhores da Olá (quais energúmenos) resolveram retirar do mercado a versão pequena (e a original) do “Perna de Pau”, mantendo apenas a versão “Mega”. Apesar disto, este “Mega Perna de Pau”, deixou de o ser (apesar de nos placards ainda se chamar assim) e passou a ser apenas um “Perna de Pau um bocadito maior”. Foi nesta parte que me “saltou a tampa”… já não há respeito!? Querem ver que a troika também já afectou os gelados? Mas o que me chateia mais é que um pouco ao lado nos placards encontramos o quê?! Pasmemo-nos um “mini milk” que se tornou no “big milk”… vá-se lá entender estas cabecinhas.

E vocês qual o vosso gelado favorito? Ainda é o mesmo de quando eram crianças?

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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Restaurante “O Tolinhas”


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um daqueles restaurantes únicos, que atravessam gerações e são verdadeiros ícones nas suas cidades.   

Situado em plena Ilha da Armona, ao largo de Olhão, o restaurante “O Tolinhas” é uma casa familiar que há décadas faz as delícias de qualquer pessoa que visite este sítio paradisíaco.

Mesmo junto ao cais da ilha, esta casa emana boa disposição, simpatia e familiaridade, qualidades que já se tornaram imagem de marca e que são herança do fundador do restaurante, o famoso Tolinhas, de seu nome António da Glória Peão (vale bem a pena conhecer a histórias deste Senhor http://www.olhao.web.pt/Humor/O_Tolinhas.htm).

Com uma esplanada com vista privilegiada para a Ria Formosa, neste restaurante é literalmente possível sair de água e, num par de passos, sentarmo-nos directamente numa mesa para apreciarmos um excelente almoço ou jantar. Ainda assim, a sala não é “farta em luxos”, mas não faria sentido que o assim fosse, estamos na praia e o que precisamos é de conforto e descontracção.

Por tudo isto ficam os quatro Barriganas para o ambiente.

Depois passamos à ementa recheada de petiscos e iguarias naturais da zona, desde os mais variados mariscos vindos directamente da ria, aos peixes mais frescos que se pode ter. Qualquer prato é excelente, não só pela qualidade dos produtos, mas também pela forma como são confeccionados, ainda assim devo destacar as “amêijoas da ria abertas” que vêm para a mesa a “nadar” num suculento molho, que se torna viciante quando acompanhado por um pedaço de pão. Destaco também a “massa de peixe” bem apuradinha e saborosa e uns inesquecíveis “bifes de atum” e “barrigas de atum grelhadas”, ambos de comer e chorar por mais.

Em relação à ementa ficam os cinco Barriganas.

Relativamente ao preço, e tendo em conta todas as deliciosas iguarias que podemos comer e a vista privilegiada, é acessível, rondando em média os 15 a 20 euros por pessoa.

Para o preço ficam os quatro Barriganas.

Já sabem se querem ter umas férias calmas, descontraídas e cheias de iguarias saborosas, têm duas coisas a fazer. Primeira, venham de férias para a Ilha da Armona. Segunda, marquem uma mesa no restaurante “O Tolinhas”, que não se arrependem de certeza.
  

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Curtis Stone – “Risoto de calamares e rúcula”


Olá a todos,

Hoje, em mais um dos “Desafios do Chef”, o Barrigana vai dedicar-se a uma receita de um dos chefs, escritores e apresentadores de programas culinários australianos mais famosos em todo o mundo. Estou a falar-lhes do chef Curtis Stone.

Curtis nasceu em Melbourne em 1975 e logo aos quatro anos começou a cozinhar com a sua avó, ajudando-a a preparar refeições para a sua família. Apesar disto, Stone enveredou primeiro por outro caminho e formou-se em Gestão antes de se ter decidido pela carreira de chef.

Na Austrália trabalhou em vários restaurantes de topo, antes de rumar a Londres, onde continuou a sua carreira. Mais tarde regressou brevemente à Austrália para apresentar o seu primeiro programa de culinária, que foi uma rampa de lançamento para muitas outras aparições na “caixinha mágica”, tendo apresentado vários outros programas na Austrália, Reino Unido e E.U.A.

Para além disto, Curtis criou recentemente a sua linha de utensílios de cozinha e também já conta com vários livros de culinária escritos.

Hoje, mantendo-me no tema verão, praia e mar, o Barrigana resolveu fazer um delicioso, “Risoto de calamares e rúcula”. Para isto vão precisar de:

(Para cerca de 4 pessoas)
- Cerca de 200g de arroz arbóreo;
- Cerca de 0,75cl de caldo de marisco (ou dissolver dois cubos em água)
- ½ cebola (finamente picada)
- 2 dentes de alho (finamente picados)
-Cerca de 10cl de vinho branco seco;
- 3 cubinhos de manteiga;
- Queijo parmesão (a gosto);
- Algumas folhas de rúcula (a gosto);
- 350g de lulas pequenas (fatiar em rodelas finas, aproveitando os tentáculos para guarnecer);

Em primeiro lugar, numa panela com azeite e um pouco de manteiga saltear os alhos e as cebolas, por cerca de 3 minutos. De seguida junta-se o arroz e deixa-se saltear, mexendo sempre para que não queime, e logo que os bagos comecem a ficar translúcidos junta-se o vinho branco e deixa-se cozinhar.

Assim que o fundo do tacho começar a secar juntamos o caldo de marisco aos poucos (cerca de duas conchas de cada vez), repetindo este processo logo que fique seco. É importante que nunca deixemos de mexer o preparado, pois isto faz libertar a goma do arroz tornando o prato final bastante cremoso.

Outro dos aspetos fundamentais é ir provando o arroz (eu faço-o de 5 em 5 minutos), assim que estiver quase pronto, mas ainda um pouco rijo (al-dente), junta-se o queijo parmesão, a manteiga, retificam-se os temperos e apaga-se o lume.

Nesta fase, juntam-se as folhas de rúcula e as rodelas de lula que, desta forma, vão cozer com o calor residual. Para finalizar, salteiam-se os tentáculos numa frigideira com azeite bem quente, por 30 segundos.


Experimentem, é bastante saboroso e vale bem a pena.

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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

"Conquilhar" - Teorias & Dicas



Hoje o Barrigana traz-vos uma dica sobre "conquilhar", fácil, divertido e saboroso.

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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sopa de dois pimentos


Meus amigos,

Hoje o Barrigana traz-vos mais uma das suas receitas e desta vez é uma sopa. Neste momento devem estar a pensar “Sopa?! No Verão?!”, sim, correctíssimo. SOPA!

Mas esta é uma sopa fria. Bom, na verdade é uma sopa bastante versátil, que tanto pode ser comida fria, como quente, ou seja, tanto pode ser comida no verão, como no inverno. Assim, hoje trago-vos “Sopa de dois pimentos”.

Os pimentos são vegetais ricos em vários nutrientes, alguns deles muito importantes para o funcionamento do organismo, como vitamina C (tem mais vitamina C do que a laranja) e vitamina A e beta-caroteno, dois antioxidantes muito poderosos. Contêm também vitamina B6 e ácido fólico que ajudam a combater a degradação dos vasos sanguíneos.
Assim, para esta sopa vão precisar de:

- 2 pimentos verdes;
- 2 pimentos vermelhos;
- 4 dentes de alho (picados finamente);
- 6 chalotas (picadas finamente);
- Cerca de 0,75l de caldo de galinha;
- 200ml de natas;
- sal e pimenta q.b.

Para começar envolvem-se os pimentos em folha de alumínio e leva-se ao forno por cerca de 20 minutos, ou até estarem bem cozinhados. Depois colam-se num alguidar com a água fria e retira-se a pele, as sementes e corta-se em cubos. Reserva-se.

Em dois tachos com azeite salteiam-se as chalotas e o alho (metade em cada um dos tachos), por cerca de 3 minutos. Nesta fase, a cada um dos tachos juntam-se os pimentos (num deles os vermelhos, noutro os verdes) e deixa-se cozinhar por mais 5 minutos em lume médio.

Adiciona-se o caldo de galinha (cerca de 0,375l em cada tacho) e com a ajuda de uma varinha mágica passa-se tudo até se obter uma consistência de sopa. Tempera-se com sal e pimenta e juntam-se as natas (100ml por tacho). Rectifica-se o tempero e ou vai para a mesa, ou vai para o frigorífico para refrescar.

Caso queiram servir esta sopa fria, aconselho que coloquem alguns cubos de gelo quando a servirem. Já se a servirem quente sugiro que coloquem alguns croutons.

Experimentem, vale a pena.


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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Festival do Marisco 2013 – Rescaldo


Olá minha gente,

O Festival do Marisco em Olhão ainda agora acabou, mas devo-vos dizer que, tão cedo, não vou esquecer a edição deste ano (pelo menos até ao próximo ano).

Tenho que ser sincero, do que mais vou sentir falta é sem dúvida dos “Mexilhões em Tempura”, da “Açorda de Ostras”, do “Caril de Mexilhões” e dos “Camarões Tigre Grelhados”.

É claro que ambiente também me fica marcado, os concertos, as animações e as barraquinhas. Mas o que me fica sempre gravado na memória é sem qualquer sombra de dúvida a excelente comida que lá se come.

E vocês? Que memórias “gustativas” têm deste, ou de outros festivais gastronómicos?


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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Restaurante “Mar Alto”


Olá a todos,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um restaurante onde se pode apreciar uma refeição descontraída junto ao mar. 

Localizado em frente à praia de S. António, na Avenida das Muralhas, apoio de praia número 9, na Costa da Caparica, o restaurante “Mar Alto” é um sítio com um ambiente muito agradável, com vista para a praia e para o mar, onde podemos desfrutar de uma bebida ao fim do dia, ou de um bom jantar de peixe e marisco vindos do mar da Costa.

O atendimento é muito simpático e prestável, a casa é confortável, onde podemos descontrair para apreciar o verdadeiro espectáculo que é o pôr-do-sol.

Para o ambiente ficam os quatro Barrigana.

A ementa que nos é apresentada está repleta de bons pratos de peixe e marisco. Recomendo a “sopa de peixe”, os “Crepes à Mar Alto” e o “Tagliatelle Mar Alto” (duas especialidades da casa) bem confeccionados, saborosos e com produtos de qualidade, contudo são pratos que não me fazem salivar de todas as vezes que penso neles.

Assim, ficam os três Barriganas para a ementa.

O preço é acessível, cerca de 20 euros por pessoa, o que para a qualidade da comida e localização do restaurante é um preço bastante simpático.

Para o preço ficam os quatro Barriganas.


Já sabem se estiverem pela Costa da Caparica, experimentem.     

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Clara de Sousa – “Sopa fria de meloa e presunto”


Olá a todos,

Provavelmente muitos de vós que viram o título pensaram “O quê? A Clara de Sousa jornalista também cozinha?” É verdade meus amigos, foi o mesmo que pensei, mas o que é facto é que cozinha e bastante bem.
Clara Sousa nasceu no Estoril, em 1967 e trabalha desde 1992 como jornalista televisiva, tendo já trabalhado nos três canais generalistas portugueses (TVI, RTP e SIC). Apesar disto, Clara sempre teve uma grande paixão pela cozinha, que lhe foi incutida desde cedo pela sua mãe, cozinheira profissional.

Toda essa paixão foi, durante anos, partilhada apenas com filhos, família e amigos. No entanto, em 2011 surgiu a oportunidade de publicar um livro sobre as suas receitas (“A Minha Cozinha”), livro esse, que deixa a jornalista de fora e que mostra outra faceta de Clara, a de mãe e de mulher apaixonada pela culinária. Assim, entramos, literalmente, na sua cozinha, pois foi tudo cozinhado e fotografado na sua própria casa, com os seus próprios utensílios de cozinha.

Já tinha ouvido falar deste livro, mas nunca tive oportunidade de o folhear, até há algum tempo em que me cruzei com ele e descobri uma receita deliciosa e perfeita para este época do ano. Assim hoje trago-vos “Sopa de meloa com presunto”. Os ingredientes são:
(para 4 pessoas)
- 4 meloas;
- 4 iogurtes naturais;
- 8 a 10 folhas de hortelã (picadas);
- Sumo de meio limão;
- 4 fatias de presunto;
- Cerca de 12 cubos de gelo

Com a ajuda de uma colher retira-se a polpa das meloas, coloca-se num recipiente juntamente com o iogurte natural e as folhas de menta. Tritura-se tudo com ajuda da varinha mágica.
Termina-se juntando o sumo de limão. Serve-se bem frio com alguns cubos de gelo e com uma fatia de presunto.

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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Mitos na Cozinha



Olá a todos,

 A cozinha, assim como, outras áreas da vida em sociedade tem alguns mitos, superstições ou tradições que leva muita gente a não combinar certos tipos de alimentos, ou a não comerem a certas coisas a certas horas e que muitas vezes nos condicionam no nosso dia-a-dia.


 No entanto, muitos deles não passam disso mesmo, … MITOS. Assim hoje, depois de alguma pesquisa, venho falar-vos de alguns deles.


 “Misturar laranja (ou outros citrinos) com leite azeda no estômago.”
Nada disso, de facto, a mistura até é benéfica para o organismo pois a laranja tem vitamina C e que ajuda à absorção do cálcio do leite.


“Laranja de manhã é ouro, à tarde é prata e à noite MATA.”
É um pouco macabro, eu sei, mas também é apenas uma ideia errada. A laranja até é bastante benéfica para quem trabalha de noite ou para quem tem, por exemplo, que fazer noitadas de estudo, ou de outras coisas para além disso. Esta fruta aumenta a pressão arterial, o que proporciona alguma sensação de bem-estar e de energia quando a comemos, ora nada melhor para nos manter acordados até altas horas.


E vocês? Conhecem alguns destes mitos?


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sábado, 10 de agosto de 2013

Barrigana de Verão


Olá a todos,

Este está a ser um excelente Verão para o Barrigana, cheio de receitas saborosas, bebidas refrescantes e de muito trabalho…pró bronze.

E vocês como está a ser o vosso Verão e quais as receitas que andam a preparar?


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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Festival do Marisco 2013


Olá a todos,

Hoje o Barrigana traz-vos uma dica de urgência. Caso sejam (como eu) grandes apreciadores de marisco (assim como outras comidas) há um festival de Verão a não perder: O Festival do Marisco em Olhão.

Meus amigos, garanto-vos que não se vão arrepender de certeza, para todo o sítio que olhem vão ver marisco do melhor que há, ou não estivéssemos nós na capital da Ria Formosa e numas das cidades com melhor peixe e marisco do país (e quiçá, do mundo).

Sendo já quase um veterano deste festival, devo recomendar que provem qualquer tipo de camarão grelhado (um conselho: quanto maior, melhor), as ostras, o xarém tão típico da zona, ou até o arroz de marisco, entre muitos outros, basta explorarem.

Para além disto, têm muitas outras barraquinhas com alguns produtos da região, assim como com sobremesas e bebidas, que ajudam a animar o resto da noite.

Outro dos pontos de interesse, que também ajudam a animar a noite, são os concertos de vários artistas e bandas nacionais e internacionais.

Por isso já sabem se quiserem um sítio para comer bem e passar uma noite divertida passem, entre os dias 10 e 15 de Agosto pelo Festival do Marisco, em Olhão.


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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A melhor comida


Olá a todos,

Quando era pequeno a minha comida favorita era, sem dúvida, “Choco Frito”. Enquanto todos os meus amigos diziam, bifes com batatas fritas, hambúrgueres e pizas, eu dizia choco frito, sem pensar duas vezes.
Adorava este prato, crocante por fora e macio no centro, era capaz de comê-lo todos os dias. Bom talvez não todos os dias.

Ainda assim, toda a minha vida ouvi coisas do género…”o melhor choco frito é no restaurante x em Setúbal”, peço desculpa e deixem-me puxar a brasa ao “meu choco frito”, mas o melhor choco frito está em Alcácer. Não me levem a mal todos os setubalenses, assim como todos os apreciadores do choco de Setúbal, mas não há melhor choco frito do que é feito em Alcácer, na cozinha de minha casa, pela minha própria mãe.

Quando sabia que havia choco frito era para mim um desassossego, sempre a olhar para as horas à espera que alguém dissesse “…Prá mesa!”. Nessas alturas não havia …”já vou” ou “só mais 5 minutos”. O choco era (e continua a ser) tenrinho, saboroso, com um leve toque de limão… daqueles pratos que têm outro gostinho só por serem feitos pelas mãos da nossa mãe e é isso que o faz o melhor choco frito do mundo…amor, carinho e dedicação.

Por isso já sabem, quando quiserem fazer “a melhor comida do mundo” a receita é:

- Uma pitada de jeito para a cozinha;
- Muito amor;
- Bastante carinho;
- Dedicação e brio q.b.

Pelo menos será a melhor comida do mundo para os que gostam de vós.


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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Restaurante/Marisqueira “O Capelo”


Olá a todos,

Hoje venho falar-vos de um daqueles restaurantes em que o peixe e os mariscos são reis e senhores. São este tipo de sítios que me fazem afirmar, sem qualquer sombra de dúvidas, que Portugal tem as melhores águas do mundo, não só para praia, mas também que produzem o melhor peixe e marisco do planeta.
Situado no número 40 da Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, em Santa Luzia, Tavira, o restaurante/marisqueira “O Capelo” é um daqueles sítios onde é quase pecado não pedir uma boa posta de peixe na grelha, ou um marisco qualquer cheio de “molhanga” da boa.

Passando desde já para a ementa, como é de esperar não vos vou recomendar nada de carne. Começando pelas tradicionais “Ameijoas à Bulhão Pato” (das melhores que já comi), a nadar num caldo fenomenal impregnado com limão, alho e coentros - aconselho vivamente que peçam mais do que uma cesta de pão. 

Depois passamos aos pratos principais, todos os peixes e mariscos são ótimos, destaco a corvina e o espadarte grelhados, assim como umas inesquecíveis “Barrigas de atum grelhadas”. Devo confessar-vos que quando provei este último prato houve uma ligação íntima entre duas Barrigas, as do atum e a minha.
Para acompanhar a refeição recomendo um vinho branco da região, João Clara, leve e frutado. Finalizou-se tudo com uma gulosa “Tarte de limão merengada” no ponto, nem muito doce, nem muito ácida. 

Em relação à ementa ficam os cinco Barriganas.

Relativamente ao ambiente, este é um restaurante espaçoso e onde somos tratados com simpatia e, se formos clientes habituais, familiaridade. Podemos também desfrutar da refeição na esplanada exterior com vista para a ria. Apesar disto, tenho que referir que não estamos mesmo em cima da ria, mas sim da estrada, o que poderá ser, por vezes, um pouco incomodativo.

Para o ambiente ficam os três Barriganas.

O preço é relativamente acessível, cerca de 30 euros por pessoa, principalmente se tivermos em conta a qualidade do peixe e marisco e de como são confecionados.

Assim, ficam os quatro Barriganas para o preço.

Já sabem se algum dia estiverem perto de Santa Luzia e se a vossa Barrigana estiver a implorar por bom peixe e marisco, “O Capelo” é uma excelente opção.


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Giadda De Laurenttis – Cacciatore de Frango


Olá a todos,

Hoje em mais um dos “Desafios do Chef”, o Barrigana vai fazer “Challenge Accepted!” à receita de “Cacciatore de Frango” da chef, escritora e a apresentadora de televisão Giadda de Laurentis.

Giadda Pamela de Laurentis nasceu em 1970 em Roma, onde desde muito nova aprendeu os segredos da culinária na cozinha do restaurante do seu avô. Mais tarde, fez a travessia do atlântico com a sua família e instalaram-se no sul da Califórnia, onde alguns anos depois se formou em Antropologia Social.

No entanto, o chamamento da culinária foi mais forte e foi para Paris para estudar pastelaria no famoso Le Cordon Bleu. De regresso aos E.U.A. iniciou a sua carreira de chef trabalhando em vários restaurantes de Los Angeles e depois como “estilista de comida” para a revista Food & Wine Magazine.

A partir daqui nunca mais parou, surgiu um convite do Food Network para ingressar a sua lista de apresentadores/“super-estrelas” televisivas, tendo a sua estreia valido um Emmy, com o programa “Everyday Italian”, onde preparava refeições italianas rápidas, fáceis e saudáveis, como é o caso do prato que vos trago hoje, um “Cacciatore de Frango”. Vão precisar de:

(para 2 pessoas)
- 2 peitos de frango (sem pele e sem ossos);
- Cerca de 100g de farinha;
- ½ pimento vermelho (cortado em cubos);
- ½ cebola (cortada em cubos);
- 2 dentes de alho (finamente cortados);
- 15cl de vinho branco (seco);     
- Cerca de 100g de tomates enlatados (cortados e com líquido);
- Cerca de 200ml de caldo de frango;
- 2 colheres de sopa de alcaparras
- 2 colheres de chá de orégãos secos;
- Manjericão q.b.

Um “Cacciatore” (significa caçador em italiano) não é mais do que a versão italiana dos nossos pratos “…à caçador”, neste caso é frango, mas o coelho (como normalmente é preparado por cá) também é uma opção muito usada em Itália.

Para começar passam-se os peitos de frango por farinha temperada com sal e pimenta, até estarem bem cobertos. Posto isto, numa frigideira funda, ou num tacho com azeite, salteiam-se os peitos até ficarem dourados (cerca de 5 minutos por lado), retiram-se e reservam-se.
Na mesma frigideira ou tacho junta-se o pimento vermelho, a cebola e o alho e deixa-se saltear por 5 minutos, nesta fase junta-se o vinho e deixa-se reduzir até metade. Juntam-se os tomates, o caldo, as alcaparras, os orégãos e os peitos de frango, deixa-se cozinhar até o frango estar cozido (cerca de 30 minutos).

Caso seja necessário retira-se o frango (ao fim deste tempo) e deixa-se o molho ferver por cerca de 3 minutos para engrossar. Finaliza-se servindo o frango deitando o molho por cima e polvilhando com manjericão fresco.

Se gostam de comida italiana e querem experimentar algo diferente de massa ou piza, fica aqui esta sugestão. Experimentem.


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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Galo de Barcelos dá sorte


Olá minha gente,

O Barrigana não é muito supersticioso, mas existe uma coisa chamada sabedoria popular pela qual tem um grande respeito.

A sabedoria popular tem vários dizeres, superstições, costumes e tradições, um dos meus favoritos é a que diz que ter um Galo de Barcelos em casa dá boa sorte. Eu gosto de acreditar que esta “superstição/tradição” está correcta, de facto tenho um galinho sempre na cozinha e até agora tenho tido bastante sorte nos meus cozinhados (ok, ok, não é só sorte, mas também ajuda). Até acho que foi precisamente esta superstição que fez com que o galo se tornasse um dos maiores e mais conhecidos símbolos de Portugal por todo o mundo.

Outro dos aspectos que me faz ter um mini galinho de cerâmica a olhar por mim enquanto cozinho, é o facto de toda a lenda que envolve o seu surgimento ser muito particular.    

Ora reza a lenda que os habitantes de Barcelos andavam alarmados por uma misteriosa vaga de crimes. Certo dia, apareceu um galego (a caminho de Santiago de Compostela) que se tornou suspeito, tendo sido preso pelas autoridades, apesar dos seus juramentos de inocência.

 Após ter sido condenado à forca, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara, que nesse momento se banqueteava com um galo assado. O galego, apontando para o galo morto na travessa exclamou: "É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem."

Bem dito, bem certo! Aquando do enforcamento o galo assado ergueu-se e cantou. Apercebendo-se do erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz, tendo voltado anos depois a Barcelos para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo em louvor à Virgem Maria e a São Tiago, monumento que se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos.

Por isso já sabem, se querem ter sorte na cozinha e não só, vão à loja de artesanato português mais perto de casa e comprem um galo de Barcelos (até já existem alguns bem fashion). Vá lá não custa nada, ajudam o comércio/produção nacional e pode ser que a vossa sorte mude, nunca se sabe.

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sábado, 3 de agosto de 2013

Rosti de Grão, feijões e curgete


Boas minha gente,

Hoje o Barrigana, noutra das suas receitas, traz-vos mais um prato de “Réd’On”, ou seja restos de ontem. Meus amigos, ao contrário do que muita gente possivelmente pensa, fazer pratos “Réd’On” é uma verdadeira arte milenar que todos temos o dever de aprender a dominar, principalmente nos tempos difíceis que correm.

Para a receita de hoje o Barrigana decidiu fazer um “Rosti de grão, feijões e curgete”. Se pensarem bem (e se forem fãs assíduos dos meus Diários), vão chegar à conclusão de que a mistura deste rosti é a mesma do prato que vos trouxe na terça-feira passada, “Ovos Escoceses vegetarianos”. Ou seja: grão, feijão vermelho, feijão manteiga, piripiri, gengibre, ovo, pão ralado, sal e pimenta, como sobrou alguma e tinha uma curgete para gastar resolvi fazer esta receita. Para isto vão precisar de:

- Grão;
- Feijão vermelho;
- Feijão manteiga;
- piripiri;
- Gengíbre;
- 1 Ovo;
- Pão ralado;
- Coentros;
- Sal e pimenta q.b.
- ½ curgete (média)

Numa frigideira aquece-se bem o azeite e com a ajuda de um aro de cozinha (metálico) criamos a primeira camada com a mistura de grão e dos feijões, espalmando-a. Posto isto acrescentamos a curgete em rodelas (ou em qualquer outra forma), previamente escaldada em água quente e bem escorrida.

Finaliza-se colocando a última camada da mistura. Viramos para que esta cozinhe por mais cerca de 5 minutos. Retira-se e serve-se desenformando para o prato.

“Et Voilá!” Nada difícil e muito saboroso. Vão por mim experimentem.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Comida de Praia


Olá a todos,

Hoje dei por mim a relembrar as grandes idas à praia que fazia com a minha família quando era pequeno. Posso dizer que era um verdadeiro ritual que envolvia uma logística muito complexa, principalmente relativamente à comida que se levava.

Felizmente na minha família nunca fomos de levar grandes banquetes para a praia, ao contrário de outras que levavam, literalmente, a dispensa toda atrás. De facto cheguei a ver famílias que traziam coisas como, carne assada, frango assado, entremeadas, os mais elaborados pratos de arroz (de pato, polvo) e até sobremesas (bolo com camadas e cheios de creme) … isto é totalmente verídico meus amigos.

Quero voltar a frisar que a minha família não era nada comparada com isto, apesar disto, ainda assim tínhamos a nossa quota-parte de exageros. Em primeiro lugar era imperativo que a quantidade de sandes fosse muito superior ao número de pessoas: “…quantos somos? Ora…1,2,…8. Então fazemos 20, não é melhor 25 sandes.” Íamos sempre atafulhados com sumos, bolachas e ocasionalmente com alguns bolos secos.

Depois havia sempre os tão cobiçados gelados que íamos comprar aos cafés e que muitas vezes derretiam quase por completo antes de chegarmos à sombrinha.

Devo confessar, para grande tristeza minha, que nas praias que frequentava, não era habitual haver os senhores das bolas de Berlim. Na verdade acho que se andassem por lá, hoje em dia o Barrigana teria o dobro do tamanho.

Já hoje em dia as coisas parecem-me muito diferentes, apesar de ainda se ver algumas famílias artilhadas de comida até aos dentes, a maioria das pessoas não leva grande coisa para a praia…uma ou duas sandes, ou fruta, sumo, água, entre outros.

E vocês? Qual era o vosso farnel quando iam para a praia?

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