Boas pessoal,
Devo confessar-lhes que nunca fui grande conhecedor dos
segredos de fazer um bom pão, no entanto, há algum tempo comecei a
interessar-me mais e a prestar mais atenção aos pormenores que fazem um
excelente pão.
Digo-vos que o segredo está na massa, mais propriamente na
farinha, que pode fazer com que tenhamos melhores resultados caso utilizemos a
farinha mais adequada para o pão que queremos cozinhar.
Assim, existem vários tipos de farinha:
TIPO 45 - FARINHA FLOR
É uma farinha muito refinada e branca, ideal para confecção de
doçarias como o pão-de-ló, ou tortas. Com este tipo de farinhas conseguimos
obter doces muito leves e fofos.
TIPO 55- FARINHA SUPER-FINA
É das farinhas mais utilizadas na culinária caseira. É
indicada para a confecção de pão, bolos, bolinhos, massa para pizza, tartes,
pastéis e massas lêvedas.
TIPO 65 - FARINHA FINA
É a mais utilizada na panificação, tradicional ou
industrial. Dá origem ao pão branco tradicional (carcaça, regueifa, bolas, pão
de Mafra, baguetes, entre outros), que é o pão mais fabricado, hoje em dia. Também
é indicada para farturas e pães-de-ló.
As farinhas tipo 55 e 65, são farinhas com alto teor de
proteína, glúten e com uma excelente capacidade de absorção de água. Assim, são
adequadas ao fabrico de pão de forma industrial, feito em grandes quantidades e
através da utilização de diversos processos de produção.
TIPO 80 e 110 - FARINHA SEMI-INTEGRAL
São utilizadas na panificação industrial e tradicional. São
boas para confeccionar pão semi-integral e para pastelaria. Produz um pão com
uma textura mais leve, pois não contém germe nem farelo.
TIPO 150 - FARINHA INTEGRAL
Produz um pão rico em sementes, de textura compacta e de cor
mais escura. É cada vez mais utilizada em bolos de fruta, bolachas, pastéis e
outras confecções culinárias.
TIPO 70, 85, 130, 170 – FARINHAS DE CENTEIO
Usadas para o fabrico de pães de
mistura, com diferentes tonalidades que variam da mais clara (T70), até à mais
integral/escura (T170). Indicadas para cozinhar pão de centeio, pão de mistura,
entre outros.
Existem ainda farinhas de milho (de cor
amarela e usada para bolos, pão de mistura e broa) e de arroz (usada para fazer
pão tigre, bolo de arroz e também para “tender” massa). Outros tipos de farinha
são as sêmolas (de trigo e milho) que são produtos com granulometria (tamanho
do grão) mais grossa. São indicadas para fazer massas como o “cuscuz” ou para
engrossar caldos e sopas.
Esta é apenas a “ponta do iceberg” das
farinhas, há muitas outras nuances e particularidades neste tema consoante, por
exemplo, o resultado que queremos ter e as moagens que cada marca de farinhas
tem.
Por isso já sabem “farinhas há muitas…”
tudo depende do resultado que queremos obter.
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