Olá minha gente,
Para os que não me conheciam há
cerca de 18 anos atrás, devo confessar-vos que nessa altura fui um grande
fumador, …sim, …fumador. Até chegava a fumar um maço inteiro em apenas algumas
horas, iam uns atrás dos outros.
Calma. Não pensem que nessa
altura eu era um delinquente da pior espécie que, apenas com 7 ou 8 anos e nem
sequer com a 4ª classe completa, andava pelas ruas de Alcácer a assaltar
velhinhas e a roubar bicicletas. Nada disso. Eu “fumava/comia/devorava”
cigarros de chocolate.
Quem não se recorda dos saudosos
cigarros de chocolate, lembro-me que eram vendidos em caixas que imitavam os
maços de tabaco. A marca que mais comprava era uma que tinha uns camelos,
provavelmente a imitar a “Camel”. Lembro-me também que eram feitos de chocolate
de leite e que para mim comê-los era um ritual, primeiro fingia que fumava e
depois ia dando grandes trincas, a partir deste ponto “marchavam” uns atrás dos
outros.
Até que numa certa altura
simplesmente deixei de os ver à venda, sem grande razão aparente começaram a
deixar de estar expostos nas lojas, pastelarias, mercearias e cafés.
Depois de uma pequena pesquisa
percebi porquê. Na lei “nº 37/2007”, apelidada de “A Lei do Tabaco”, no seu
artigo 17º, no ponto 3, afirma que “(…) É
proibido o fabrico e a comercialização de jogos, brinquedos, jogos de vídeo,
alimentos ou guloseimas com a forma de
produtos do tabaco, ou com logótipos de marcas de tabaco.” E assim se
“foram á vida” os cigarros de chocolate em Portugal.
Boa ou má lei? Prefiro manter-me
à parte de opiniões e convicções (mas tenho a minha, claro) e relembrar aqueles
doces e saborosos rolinhos de chocolate que nos deixavam água na boca.
Quem não se recorda?
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