Olá a todos,
Hoje o Barrigana volta com mais
uma das suas receitas e desta vez traz-vos uma gulosa sobremesa para adoçar a
boca de todos. “Tarte Tatin de marmelo, pêra e romã”.
Este clássico da cozinha francesa
consiste essencialmente numa tarte de massa folhada coberta por uma mistura de
maçãs que são cozinhadas num caramelo. Neste caso resolvi juntar três frutas
que estão em época, o marmelo, a pêra e a romã.
Segundo tradicionalmente se
conta, a “Tarte Tatin” foi criada em 1898, na cidade de Lamotte-Beuvron, na
região do centro de França. Duas irmãs chamadas Stéphanie e Caroline Tatin eram
proprietárias do “Hotel-restaurante Tatin” (um negócio de família) e num dia
muito atarefado, Stéphanie, que cozinhava para os hóspedes, estava com
dificuldades na cozinha. Ao fazer uma tarte de maçã acabou por se esquecer
destas a cozinharem em manteiga e no açúcar, quando se apercebeu tentou
“consertar” a tarte colocando massa por cima e levando tudo ao forno dentro do
tacho.
Outra versão conhecida é que nas
mesmas condições, Stéphanie cozinhou as maçãs no açúcar e ao invés de
colocá-las sobre a massa, enganou-se e colocou a massa sobre as maçãs
caramelizadas. Quando se apercebeu do erro, já era tarde demais e a tarte já
estava a cozinhar no forno, mesmo assim Stéphanie decidiu invertê-la num prato
e servi-la, tendo deliciado todos os seus clientes. Foi assim que a partir de
um erro foi criada uma das tartes mais famosas de todo o mundo. Assim, para
cozinhá-la vão precisar de:
- 1 marmelo;
- 1 pêra;
- 1 romã;
- Cerca de 120g de açúcar;
- Cerca de 10 a 15g de manteiga
(bem fria);
- 1 vagem de baunilha;
- 2 a 3 colheres de sopa de
whisky;
- Massa folhada (1 embalagem –
bem fria);
Em primeiro lugar, numa
frigideira ou tacho que possa ira ao forno (não pode ter peças de plástico,
apenas de metal) deita-se cerca de três a quatro colheres de sopa de água, à
qual adicionamos o açúcar e deixamos cozinhar, em lume médio, até ficar com uma
coloração dourada.
Nesta fase introduz-se a manteiga
bem fria (para que a temperatura do caramelo reduza e, assim, não queime tão
facilmente), o whisky, as sementes que previamente retiramos da vagem de
baunilha e a vagem. Deixa-se cozinhar por dois minutos.
Agora coloca-se o marmelo (sem
casca e em quartos), a pêra (sem casca e em quartos) e uma mão cheia de bagas
de romã, dispondo tudo numa só camada e, caso queiram, formando um padrão.
Cozinha-se por alguns minutos até o caramelo atingir a tonalidade de castanho
claro.
De seguida apaga-se o lume e
deixa-se arrefecer um pouco (cerca de 5 minutos). De seguida cobre-se a fruta (dentro
do tacho/frigideira) com a massa (que deve estar bem fria), que caso seja
demasiado grande para a forma do tacho deve ser cortada numa forma mais
pequena. Uma vez em cima da fruta, com a ajuda de uma faca (pouco afiada) ou de
outro utensílio, certificamo-nos de que a massa folhada cobre as laterais da
fruta, formando assim, uma vez pronta e desenformada, um delicioso e
caramelizado rebordo da tarte.
Finaliza-se fazendo uns buracos com
um garfo e leva-se ao forno por 30 minutos, ou até a massa em cima ficar
dourada e estaladiça. Assim que se retirar do forno, deixa-se arrefecer um
pouco (convém que ainda esteja quente, caso contrário o caramelo solidifica e
torna-se impossível retirá-la) e desenforma-se colocando um prato no topo e
virando ao contrário. Serve-se adicionando mais uma mão cheia de bagas de romã
no topo.
Tradicionalmente, esta tarte é
acompanhada por natas azedas, ou por gelado de baunilha, mas como eu também me
preocupo com a linha e já que a Barrigana está a atingir máximos históricos,
fiquei-me por um pequeno cálice de vinho do porto para acompanhar.
Experimentem, é muito deliciosa.
Fotos por: Shot Frame – www.shotframe.pt
/ facebook.com/shotframe
Muito muito boa! Beijinhos Linda
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