segunda-feira, 7 de outubro de 2013

“Amigas” Beterrabas


Olá a todos,

Hoje venho falar-vos de um tubérculo que adoro. As “minhas amigas” beterrabas, eram-me, há muitos e muitos anos atrás, praticamente desconhecidas. Nessa altura, para mim, ouvir falar delas era como ouvir falar das grandes maravilhas do mundo antigo, “Os Jardins suspensos da Babilónia”… uuuuhhhh….”O Farol de Alexandria”… aaaaahhh, era tudo muito bonito dito, mas nunca lhes punha a vista em cima, ou lhes cravava os dentes… “Beterrabas”… UuuuAAAuuuu. Até que num belo dia os meus pais começaram a 
comprá-las e a partir daí nunca mais as perdi de vista.

Muitas vezes desprezada por miúdos e graúdos as beterrabas são um tubérculo que se pode comer na sua quase totalidade (acho que as raízes não são boas, mas não me admirava se também fossem comestíveis) e também são baratas, com cerca de 1,5€ compramos um molho de seis beterrabas. São extremamente fáceis de cozinhar (levam 35 minutos a cozer, por exemplo), uma vez cozinhadas têm uma grande durabilidade, podem aguentar até cinco dias no frigorífico, para além disto são bastante nutritivas e são um daqueles produtos que já estão disponíveis durante todo o ano.

Contêm carotenóides, principalmente a betaína (pigmentos naturais que variam entre o amarelo e o vermelho presentes principalmente nas folhas) que são antioxidantes que protegem as células, estando associadas à diminuição do risco de doenças cardiovasculares e cancerígenas. São ainda ricas em vitaminas A, B, B1, B2, B5, B6, C e K, que são responsáveis, respectivamente, pela preservação dos olhos - bem que a minha mãe me dizia que fazia, em conjunto com as cenouras, os olhos bonitos -, produção de energia, bom funcionamento do sistema nervoso, entre outras funções.

Estes viçosos tubérculos podem ser cozinhados das mais diversas formas. Com a “cabeça” da beterraba podemos fazer muitas saladas com combinações quase infindáveis, podemos também coze-las, ou até assá-las no forno (com um pouco de vinagre balsâmico), na chapa, na grelha e até cortadas às rodelas ou em palitos e fritas ou assadas no forno (à semelhança das tradicionais batatas fritas). Os caules ficam muito saborosos quando são salteados com alho e cebola, já as folhas (parecidas aos espinafres mais viçosos) também ficam bem cozidas, ou salteadas, ou até numa sopa.

Mas atenção, depois de as cortarem lavem bem as mãos, a tábua de corte e a faca, pois tingem tudo o que tocam e depois para lavar é uma autêntica “carga de trabalhos”.

Se são apreciadores, experimentem as várias opções de confecção possíveis, se não são dêem-lhes uma séria oportunidade que não se vão arrepender. Garanto-vos. 

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