Olá a todos,
Hoje venho falar-vos de um tubérculo
que adoro. As “minhas amigas” beterrabas, eram-me, há muitos e muitos anos
atrás, praticamente desconhecidas. Nessa altura, para mim, ouvir falar delas
era como ouvir falar das grandes maravilhas do mundo antigo, “Os Jardins
suspensos da Babilónia”… uuuuhhhh….”O Farol de Alexandria”… aaaaahhh, era tudo
muito bonito dito, mas nunca lhes punha a vista em cima, ou lhes cravava os
dentes… “Beterrabas”… UuuuAAAuuuu. Até que num belo dia os meus pais começaram
a
comprá-las e a partir daí nunca mais as perdi de vista.
Muitas vezes desprezada por
miúdos e graúdos as beterrabas são um tubérculo que se pode comer na sua quase
totalidade (acho que as raízes não são boas, mas não me admirava se também
fossem comestíveis) e também são baratas, com cerca de 1,5€ compramos um molho
de seis beterrabas. São extremamente fáceis de cozinhar (levam 35 minutos a
cozer, por exemplo), uma vez cozinhadas têm uma grande durabilidade, podem aguentar
até cinco dias no frigorífico, para além disto são bastante nutritivas e são um
daqueles produtos que já estão disponíveis durante todo o ano.
Contêm carotenóides,
principalmente a betaína (pigmentos naturais que variam entre o amarelo e o
vermelho presentes principalmente nas folhas) que são antioxidantes que
protegem as células, estando associadas à diminuição do risco de doenças cardiovasculares
e cancerígenas. São ainda ricas em vitaminas A, B, B1, B2, B5, B6, C e K, que
são responsáveis, respectivamente, pela preservação dos olhos - bem que a minha
mãe me dizia que fazia, em conjunto com as cenouras, os olhos bonitos -,
produção de energia, bom funcionamento do sistema nervoso, entre outras
funções.
Estes viçosos tubérculos podem
ser cozinhados das mais diversas formas. Com a “cabeça” da beterraba podemos
fazer muitas saladas com combinações quase infindáveis, podemos também
coze-las, ou até assá-las no forno (com um pouco de vinagre balsâmico), na
chapa, na grelha e até cortadas às rodelas ou em palitos e fritas ou assadas no
forno (à semelhança das tradicionais batatas fritas). Os caules ficam muito
saborosos quando são salteados com alho e cebola, já as folhas (parecidas aos
espinafres mais viçosos) também ficam bem cozidas, ou salteadas, ou até numa
sopa.
Mas atenção, depois de as
cortarem lavem bem as mãos, a tábua de corte e a faca, pois tingem tudo o que
tocam e depois para lavar é uma autêntica “carga de trabalhos”.
Se são apreciadores, experimentem
as várias opções de confecção possíveis, se não são dêem-lhes uma séria oportunidade
que não se vão arrepender. Garanto-vos.
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