quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tempo de Nozes


Olá minha gente,

Todos os anos, no Outono, assistimos ao cair de milhões e milhões de folhas de árvores, que, aos poucos, cobrem o chão com um manto em tons de amarelo, laranja e castanho. Atrevo-me a afirmar que acho estranho que, com um fenómeno como este, o Sr. Newton tivesse que ter levado com uma maçã na cabeça para estudar e desenvolver a “Teoria da Gravidade”.

Se por um lado este fenómeno que anuncia o fim do verão, do calor, das férias, o que pode não ser muito agradável (para uns), por outro lado anuncia que estamos a chegar à altura em que, em conjunto com as ditas folhas, começam a cair outras coisas boas, como as nozes.

Como vocês já sabem, vivendo eu numa horta, a minha casa é rodeada por um sem número de árvores de cultivo, de entre elas nogueiras. Quando chega a esta altura do ano, a cada dia que passamos pela dita árvore vemos mais um par de nozes que já espreitam pelas cascas, cada vez mais abertas e secas. Até que, num belo dia caem por si, ou se não, há sempre alguém com “sede” de nozes que não lhes resiste e, empunhando uma cana, fá-las cair.

Depois é só apanhar do chão, ao chegarmos ao fim apercebemo-nos que temos as mãos pintadas de castanho, negro, amarelado e verde. Enfim, é sempre assim todos os anos, “marcas de guerra”.

Dali vão para uma caixa para secarem ao sol de Outono que ainda é quente (por vezes) e logo, logo, estão no ponto para levarem uma martelada e serem abertas.

São uma verdadeira iguaria e é um privilégio poder tê-las, literalmente, ao lado de casa, sem corantes, nem conservantes. 

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