Hoje, mais uma vez, o Barrigana
“veste” a pele de detective para verificar a veracidade de alguns mitos que,
muitas vezes, nos atormentam na cozinha. Desta vez, vou debruçar-me sobre os
mitos que envolvem a melancia.
O Vinho depois da melancia “encortiça o estômago” ou “empedra o
estômago”.
É verdade que se experimentarmos
deitar algumas gotas de vinho na polpa da melancia ela enrijece. A
interferência do vinho na melancia passa meramente por aumentar o PH no
estômago, aumentando o tempo da digestão e levando a alguma sensação de
enfartamento, mas que não traz nada de prejudicial ao organismo. Contudo, por
norma, nas situações em que poderá ser acompanhada com vinho (às refeições) ela
mistura-se no estômago com outros alimentos, o que leva a que este fenómeno
muito dificilmente aconteça.
Muitas vezes este mito aparece
associado a um outro, que diz que a melancia é uma fruta indigesta. Bom, em
primeiro lugar, a melancia é uma fruta rica em água, vitaminas A e C, potássio
e outros minerais. Esta crença provém, precisamente, da sua composição, pois
contém na sua polpa fibras insolúveis que fazem aumentar os movimentos
intestinais, dando a sensação de que a digestão é complicada.
De qualquer das formas não
aconselho a comerem uma fatia de melancia acompanhada/seguida de um copo de
vinho.
A melancia é afrodisíaca.
Um estudo defende que este fruto
actua contra a impotência sexual por intermédio de um nutriente chamado
citrulina, que age de forma semelhante ao princípio activo do famoso comprimido
azul - Viagra. Apesar de ser um estudo bastante recente, e pelo qual se
aguardam ainda por mais certezas, chegou-se à conclusão de que a citrulina
presente na melancia actua como relaxante dos vasos sanguíneos, permitindo que
a zona seja irrigada de uma forma mais eficaz. Pelo sim, pelo não, fica aqui a
dica.
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