Olá a todos,
Hoje o Barrigana vem falar-vos de
mais um daqueles restaurantes que nos deixa cravado na memória, cores, aromas e
sabores, e que nos conseguem fazer recuar atrás no tempo, porque são
verdadeiros “monumentos históricos”.
Situado no número 17 da Rua Costa
Pinto, em Paço D’Arcos, o Restaurante “A Casa da Dízima”, é uma casa muito
antiga, com paredes cheias de histórias, que mantêm o traçado original desde o
século XV, onde era efectivamente o que o nome actual diz, uma casa de cobrança
da dízima.
Ora, a dízima era um imposto com
origens medievais (que se praticava nos portos do “mundo cristão”) e que
consistia num tributo ao Rei, de dez por cento (uma dízima) do valor da
mercadoria, ou de qualquer bem, carregado ou descarregado nesse porto.
Posteriormente, no século XIX, a
casa foi usada por uma das figuras ilustres da vila, o patrão Joaquim Lopes, como
comando do salva-vidas do serviço de socorros a náufragos, tendo mandado
instalar uma sineta de alerta de ocorrências em dias de temporal, da qual ainda
existem vestígios na fachada poente do edifício.
Depois destas aventuras, já nos
nossos dias, a casa ganhou uma nova vida em Maio de 2003, com a sua abertura
como restaurante, onde a harmonia entre o passado e o presente é bem visível,
num jogo de contrastes entre as instalações modernas, descontraídas e
confortáveis e a textura rugosa da pedra das
paredes.
O atendimento é muito simpático e
educado, repleto de boas sugestões, casa estejamos indecisos em relação a que
pratos ou vinho escolher. Destaco também a esplanada situada no terraço do
edifício, indicada para os dias de maior calor e que oferece uma vista
privilegiada para o rio Tejo, ponte 25 de Abril e farol do Bugio.
Para o ambiente ficam os cinco
Barriganas.
Relativamente à ementa, é vasta e
muito completa na variedade de pratos que apresenta. Tanto podemos comer um
excelente prato de peixe, assim como um inesquecível prato de carne, sempre com
produtos nacionais e da melhor qualidade. De qualquer forma, na minha opinião,
os pratos de carne são (sem dúvida) o ponto alto da ementa, muito bem
confeccionada e com opções quase infindáveis. Quero destacar para entrada uns
saborosos “Bombons crocantes de farinheira, grelos e batata-doce, piso de salsa
e redução de balsâmico” como pratos principais, uns suculentos “Medalhões de
javali mimados, trouxa de Chévre, espinafres e tomate, puré de maçã e molho
frio de uva moscatel”… sim tudo isto num prato. Destaco também um tenríssimo
“Medalhão de vitela em creme de foie-gras e risoto de cogumelos silvestres”.
Para sobremesa, sugiro de entre muitas saborosas sobremesas, e como ainda está
calorzinho, um duo de gelados composto por “Gelado de Moscatel e gelado de
maracujá (duas bolas) ”.
Tenho que destacar ainda a
variada, quase rara nos dias que correm, garrafeira de que “A Casa da Dízima”
dispõe. A escolha dos vinhos (tanto brancos, como tintos e até rosés) é
bastante alargada e criteriosa, dentro da qual devo destacar o vinho que
acompanhou esta minha refeição, o vinho algarvio “Barranco Longo Rosé”, uma
excelente escolha. O restaurante dispõe também da opção de vinho a copo.
Para a ementa ficam os incontornáveis cinco
Barriganas.
O preço é um pouco mais elevado,
ronda em média os 30 euros por pessoa, o que nos dias de hoje é um pouco “puxado”,
apesar disto, considero que, para a excelente qualidade da casa, do atendimento
e, acima de tudo, da comida é um valor que é bem empregue.
Ficam os quatro Barriganas para o
preço.
Este é um excelente sítio para
celebrar uma ocasião especial e para partilhar com pessoas especiais.
Experimentem. O Barrigana
recomenda.
Fotos e Design por: Shot Frame – www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept
Este é daqueles que já estou a 'afiar o dente'. Beijinhos Linda
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