Nas últimas duas semanas muitos
de vós devem-se ter perguntado qualquer coisa do género…”o qu’é feito do
Barrigana que nunca mais deu notícias?”, bem, se não se perguntaram deviam-no
ter feito.
O Barrigana fez uma viagem
“gastronómicó-culturaló-familiar” aos Açores. É verdade, mais uma vez, o
Barrigana “fez-se de cobaia” só para vos trazer as melhores sugestões
gastronómicas açorianas, neste caso, da ilha Terceira.
Mal saí do avião arrastaram-me
para uma festa, que por estas bandas acontece quase diariamente e
apresentaram-me uma amiga que vou guardar para a vida: “A Sra. Costeletona de
Vaca assada na brasa” (das mais saborosas que comi até hoje) acompanhada de
inhames (a “batata açoriana”).
Depois deste primeiro contacto tive
uma nova aventura e desta vez fiz-me homenzinho e enfrentei um dos touros de
uma tourada à corda (tradicionais nestas alturas), que foi mais precisamente o
quinto (o mais perigoso de todos). Surpreendidos? Passo a explicar. Na Terceira
apelidam carinhosamente de “o quinto touro” aos comes e (principalmente) bebes
que são servidos nas várias casas depois das touradas à corda (que têm tradicionalmente
quatro touros).
Aventuras à parte, tenho que vos
falar de uma especialidade que me conquistou… Alcatra. Este prato consiste
basicamente num cozinhado, que vai ao lume por muito tempo num alguidar de
barro. Eu tive a oportunidade de provar três especialidades de alcatra: de
peixe, de búzios e a inesquecível alcatra de carne. O molho é uma perdição, cheio
de toucinho, cebola e vinho (preparado da mesma maneira para qualquer tipo de
alcatra).
Nesta viagem, havia também que
provar alguns dos belíssimos produtos que o arquipélago tem para oferecer (carne
e leite), e um dos melhores sítios para isso é sem dúvida a “Quita dos Açores”.
Esta é uma marca dedicada à produção e comercialização de produtos regionais
dos Açores, mas que tem como grande bandeira os lacticínios e a carne de vaca.
Eu como não podia deixar de ser tive que ir verificar e só tenho coisas boas
para dizer tanto dos saborosos gelados, com variados sabores, como da carne da
melhor qualidade (principalmente dos hambúrgueres).
Também não vos podia deixar de
falar dos produtos do mar que a Terceira tem para oferecer, ou não fosse uma
ilha. Começando pelas famosas telhas com cherne, lulas e camarão, passando
pelas espetadas mistas de enfartar qualquer bruto, ou pela moreia frita e
passando ainda por umas fresquíssimas cracas e umas gulosas lapas a saber a
mar.
Não poderia falar da Terceira e
não falar de massa malagueta, seria uma enorme falha. Aqui a massa malagueta
está quase sempre presente à mesa, até mesmo nas entradas, desde os tremoços ao
queijo fresco. Também tive oportunidade de comer (para entrada) uns
surpreendentes amendoins torrados com sal e alho.
Para terminar, não podia acabar
sem vos falar de uma sobremesa, uns saborosos “donétes” (um cruzamento entre o “donut”
americano e a portuguesíssima fartura), mas esse não tem registo fotográfico
porque era um crime mostrar-vos e não vos dar a provar um bocadinho.
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