segunda-feira, 31 de março de 2014

Açúcar saudável


Olá meus amigos,

Quem não gosta de um bom docinho? Todos nós gostamos, uns mais, outros menos. Contudo, todos sabemos que o açúcar é uma faca de dois gumes, ou seja, enquanto nos enche a alma e o corpo com energia, quando usado em demasia é um inimigo de peso.

Hoje em dia o açúcar acompanha-nos todos os dias nos mais variados produtos. Em certos países o açúcar é uma verdadeira epidemia nacional, provocando problemas de saúde a miúdos e graúdos.

Nada temam. Felizmente, hoje em dia já encontramos várias alternativas ao açúcar convencional, bem mais saudáveis. São elas:

Stevia – É uma planta nativa da América do Sul, que é usada como adoçante há séculos. É 40 a 300 vezes mais doce do que o açúcar, não contém calorias e não tem impacto nos níveis de glicemia, não prejudica os dentes, o que faz dela um excelente produto, não só para diabéticos, mas também para pessoas que querem comer de uma forma mais saudável, como para quem está a fazer dieta. Contudo devemos consumi-lo com moderação, a Dose Diária Admissível fixada pela AESA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) é de 4 mg/kg de peso corporal.

Açúcar de Palma de Coco – Esta doce, saudável e sustentável alternativa ao açúcar é feita a partir da seiva da palmeira, que é aquecida até que toda a água que contém evapore, ficando assim reduzida a grãos. Este tipo de açúcar pode ser usado em praticamente todas as ocasiões em que usamos o açúcar tradicional visto que tem um sabor semelhante ao açúcar moreno, apesar de ser um pouco mais rico e de ter pouco impacto nos índices glicémicos.

Para além disto, é produzido de forma sustentável (ao contrários das produções de cana do açúcar), uma vez que quando se recolhe a seiva, as palmeiras podem continuar a produzir por mais vinte anos, produzindo mais e não destruindo o solo. 

Melaço – Negro, viscoso e docinho. O melaço resulta da centrifugação (uma das etapas do processo de fabricação do açúcar), basicamente o que acontece é que ao aquecer pela terceira vez a cana do açúcar, formam-se duas camadas, a de cima que são os cristais que vão dar origem aos cristais de açúcar (que consumimos normalmente), a camada de baixo é o melaço. Com esta separação o melaço acaba por ficar com a maioria dos nutrientes da cana, nomeadamente ferro, vitamina B6, magnésio, potássio e cálcio, de facto, apenas uma colher de sopa de melaço dá-nos até 20% da quantidade diária que necessitamos de cada um destes nutrientes. Para além disto, como é bem mais doce que o açúcar normal, não é necessário usar tanto, logo dura-nos mais tempo.

Estes são apenas alguns produtos que podemos usar para substituir o convencional açúcar, mas atenção meus amigos, sempre com moderação. Qualquer tipo de açúcar ou adoçante (mesmo que natural e menos prejudicial para a saúde) deve ser usado moderadamente, pois uma sobredose pode sobrecarregar o fígado, levando a consequências muito graves.

Vão ficando atentos para mais algumas dicas sobre saudáveis substitutos do açúcar.


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sexta-feira, 28 de março de 2014

Massa Cappricci de atum e cavala à portuguesa Manná


Olá meus amigos,

Quantos de nós, nos nossos tempos de juventude, ou de mais aperto, não tivemos que recorrer à clássica “Massa com atum” como refeição?  Eu já a cozinhei, e ainda cozinho, frequentemente, com grande prazer.

Muitas vezes este prato é tido como um “último recurso”, que cozinhamos quando não temos grande coisa no armário, ou quando não temos grande coisa na carteira, ou quando não temos tempo e paciência para cozinhar. Contudo, não há razão alguma para encararmos a “Massa com atum” dessa forma, sim é fácil, rápida e barata, mas também pode ser um prato delicioso, cheio de sabor, requinte e mesmo assim, rápido e barato, basta querermos e puxarmos pela cabecinha.

Assim hoje trago-vos uma “Massa Cappricci de atum e cavala à portuguesa Manná”. Vão precisar de:     

(para duas pessoas)
- 1 cebola roxa (pequena);
- 2 colheres de chá de massa de alho;
- 4 pedaços de tomate seco (fatiado);
- 1 lata de filetes de atum em óleo Manná;
- 1 lata de filetes de cavala à Portuguesa Manná (juntamente com uma colher de sopa do óleo);
- 1 colher de sopa de vinho branco;
- 2 folhas de louro;
- Sumo e raspa de ½ limão;
- Massa tipo Cappricci (cerca de 160g, ou o suficiente para duas porções);
- Sal e pimenta q.b.;
- Oregãos q.b.

Numa panela com água a ferver, com um pouco de sal, um fio de azeite, uma folha de louro e o tomate seco (para que reidrate) coze-se a massa (Cappricci, ou outra) por cerca de oito a dez minutos, até ficar “al dente”.

Entretanto, numa frigideira com uma colher de sopa do óleo que vem com os “Filetes de Cavala á Portuguesa Manná”, salteia-se a cebola e a massa de alho durante cerca de cinco minutos. Juntamos o óleo da lata para dar mais sabor à massa e assim poupamos ainda mais um pouco, já que não usamos azeite.

Nesta fase juntam-se os “Filetes de atum Manná” e (para dar mais sabor ao prato) os “Filetes de Cavala à portuguesa”, partidos em pedaços e deixam-se cozinhar por cerca de três minutos. Depois junta-se o vinho branco, o tomate seco (reidratado) partido em pedaços, a raspa e o sumo de limão, a outra folha de louro e orégãos a gosto.

Termina-se temperando com sal e pimenta a gosto, juntando a massa à frigideira, misturando bem e juntando mais um pouco de raspas de limão.

E já está. Confiem em mim, vão olhar para esta combinação com novos olhos.

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quarta-feira, 26 de março de 2014

Pedro dos Leitões


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de uma casa que faz as delícias e enche Barriganas há já 65 anos, que foi o primeiro “da sua espécie” e que até está situado numa rua com o nome do seu fundador.

No número 1 da Rua Álvaro Pedro, em Sernadelo, Anadia, encontramos o famosíssimo em Portugal e não só, “Pedro dos Leitões”. Com apenas 17 anos Álvaro Pedro (o tal “Pedro” dos Leitões) deixou Anadia para ir para o Brasil trabalhar como chefe de restaurante do comboio que fazia a ligação com a Argentina. Anos mais tarde, voltou a Portugal tendo trabalhado em vários hotéis e abriu o seu primeiro estabelecimento onde vendia sandes de leitão aos poucos automobilistas da altura que circulavam na Estrada Nacional nº1.

Finalmente em 1949 inaugura este restaurante, “Pedro dos Leitões”, no mesmo sítio onde se situa hoje (tendo sido o primeiro do mundo a comercializar Leitão assado à Bairrada).

Com o passar dos anos o restaurante cresceu e hoje em dia é uma casa ampla e confortável, com capacidade para receber cerca de 430 pessoas. O atendimento é bastante simpático e nada, nada lento, devido ao “exército” de senhoras simpáticas que nos servem.

Para o ambiente ficam os quatro Barriganas.

A ementa tem várias especialidades, a maior parte delas com leitão, “Cabidela de Leitão”, “Açorda de Leitão” e até “Linguados Grelhados” ou “Filetes de Pescada com batata à Inglesa”. Mas francamente meus amigos, vir aqui e não comer o ex-líbris da casa, ou seja, o “Leitão assado à Pedro dos Leitões”, é ainda pior (para mim) do que ir a Roma e não ver o Papa. Meus amigos, este prato consiste basicamente em vários pedaços de leitão assadas na perfeição, carne macia e suculenta e pele estaladiça, acompanhados por batatas fritas, salada e pelo tradicional molho, que é uma verdadeira delícia, sedoso e ligeiramente picante, o acompanhamento perfeito para o leitão.

Voltando um pouco atrás, como entrada para além do habitual couvert, podemos começar por acalmar a fome com uns “Croquetes de Leitão”. Tudo isto acompanhado por um dos outros pontos fortes da região, o vinho espumante rosé “Marquês de Marialva”.

Assim, para a ementa só poderiam ficar os cinco Barriganas.   

O preço ronda em média entre os 15 e os 20 euros por pessoa, o que tendo em conta a delícia que nos é apresentada é um valor bem simpático.

Ficam os quatro Barriganas para o preço.

Em suma, o “Pedro dos Leitões” é um dos locais em Portugal onde se deve ir pelo menos uma vez na vida. Se são amantes de leitão (como eu) passem por este verdadeiro oásis de xixa de porco saborosa.


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segunda-feira, 24 de março de 2014

O melhor da Primavera



Olá a todos,

Estamos finalmente na Primavera. É verdade meus amigos, chegámos à estação do ano das flores, em que a natureza ganha de novo vida e em que o ciclo recomeça.

Como sabemos esta estação do ano começou a 21 de Março e durará até 21 de Junho, o que nos dá três grandes meses para apreciar todos os produtos que esta estação nos dá. E não há nada melhor do que comer fruta e legumes “da época”.

Para começar, em Março temos ainda frutas e legumes “de Inverno” como o ananás, a laranja, o limão, a maçã, o kiwi, a banana, tangerina, os brócolos, o agrião, a beterraba, as couves lombarda e portuguesa, entre muitos outros, que fazem a transição entre as duas estações (Inverno-Primavera).

Em Abril, para além das tais “águas mil” começam a surgir algumas novidades na ementa (para além da fruta e legumes já existentes em Março), começam a surgir as deliciosas e sumarentas nêsperas, assim como as batatas, as beldroegas, as alcachofras, e as cebolas novas.

Em Maio, quando o calor já começa a aumentar, juntam-se à festa os alperces, as cerejas (que trazem sempre uma conversa com elas), os morangos, os mirtilos, assim como o alho francês, o aipo, as ervilhas e as favas.

Para acabar a estação, e numa altura de transição entre a Primavera e o Verão, em Junho, surgem as amoras, as framboesas, as ameixas, os melões, os figos, as uvas e as beringelas.

Portanto meus amigos já sabem, aproveitem bem todas as saborosas frutas e legumes que a esta gloriosa estação nos oferece.


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sábado, 22 de março de 2014

Omelete de Cogumelos e Couve Chinesa


Olá minha gente,

É fim-de-semana, tempo de descanso (para alguns) e para relaxarmos. Muitas vezes é nestes dias que menos nos apetece cozinhar, sim incluindo a mim.

Por isso mesmo e para combater esses súbitos ataques de preguiça de fim-de-semana, hoje trago-vos uma receita muito fácil, mas mesmo assim muito saborosa, uma “Omelete de Cogumelos e Couve Chinesa”. Vão precisar de:

(Para duas pessoas)
- 1 chalota (picada);
- 2 rodelas grandes de gengibre (picado);
- 12 cogumelos brancos pequenos (fatiados);
- 6 folhas de couve chinesa (fatiada);
- 2 colheres de chá de massa de alho;
- 4 ovos;
- 4 colheres de sopa de farinha (com fermento);
- 5 colheres de sopa de leite;
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio;
- pimenta e molho de soja q. b.
- 1 colher de chá de óleo de sésamo (ou de amendoim);

Numa frigideira salteia-se a chalota, o gengibre, a massa de alho, os cogumelos brancos e a couve chinesa no óleo de sésamo por cinco minutos.

Nesta fase, tempera-se esta mistura com molho de soja e pimenta a gosto e deixa-se cozinhar por cerca de cinco minutos.

Entretanto numa tigela juntam-se os ovos, a farinha, o leite e o bicarbonato de sódio (para tornar esta mistura mais leve) e mistura-se bem até se obter uma mistura homogénea, que se adiciona à frigideira com a mistura de cogumelos e couve chinesa.

Deixa-se cozinhar até a base estar tostada e depois dobra-se sobre si própria e deixa-se cozinhar mais alguns minutos até ficar totalmente cozinhada no centro.   

Et voilá! Sem grandes preocupações, pressões e em muito pouco tempo, um delicioso almoço ou 
jantar para duas pessoas. 

Bom apetite e bom fim-de-semana a todos. 

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quinta-feira, 20 de março de 2014

Alimentos que fazem Portugal


Olá minha gente,

Há alguns dias deparei-me com este artigo da revista “Time” a circular pelas redes sociais (http://time.com/21710/11-beautiful-maps-made-out-of-the-food-each-country-is-famous-for/). 

Resumidamente, fala sobre dois artistas que criaram e fotografaram mapas de países feitos com os alimentos que mais os caracterizam. Por exemplo, os EUA foram fotografados com vários tipos de milho e de produtos feitos à base de milho, já a Itália foi fotografada como uma “bota” cheia de tomates de várias qualidades de tomate, e assim em diante.

Uma ideia muito interessante e criativa. Não acham?

Assim que vi este artigo comecei logo a pensar em qual seria o produto que mais caracterizaria Portugal. No fundo, não consegui arranjar só um e como sou um guloso tive que arranjar o meu próprio mapa de Portugal feito a partir dos alimentos que, para mim, melhor o caracterizam. Vejam só o que acham?


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quarta-feira, 19 de março de 2014

Cantinho Lusitano


Olá minha gente,

No número 52 da Rua dos Prazeres, em Lisboa, fica uma casa que reúne um dos muitos “prazeres” que dão nome à rua…o prazer da comida, claro.

O Cantinho Lusitano é um pequeno restaurante acolhedor dedicado à gastronomia portuguesa, principalmente aos petiscos. A casa é uma “casa portuguesa com certeza”, o espaço é pequeno, mas de aspecto confortável e simpático, quase como se estivéssemos a entrar na sala de jantar de uma casa de família.

O atendimento é muito simpático e familiar, o que nos faz sentir à vontade e descontraídos, mesmo depois de um daqueles dias complicados e cansativos. Aqui podemos abstrairmo-nos de todas as preocupações e descontrairmos enquanto apreciamos um copo de um bom vinho e alguns saborosos petiscos partilhados à meia-luz com os nossos amigos.

Para o ambiente ficam os quatro Barriganas.

Passando à ementa, está recheada com os mais típicos petiscos da nossa gastronomia, que são acompanhados por algumas criações mais invulgares e internacionais, mas que são igualmente saborosas.     

Aqui somos presenteados com vários produtos e petiscos que vão calmamente “aterrando” na mesa enquanto a refeição se desenrola. Cada um provoca em nós uma admiração… “Aqui está o petisco x” que de logo faz soar um “ahhhhhhhhh!!” acompanhado de um sorriso rasgado.

De certo que todos os petiscos são saborosos, mas com base na minha experiência recomendo, o “Chouriço grelhado com moscatel”, fumado, salgado, doce, uma delícia, os “Cogumelos recheados” cremosos e cobertos de queijo e umas “Batatinhas no forno com alecrim”, acho que o nome diz tudo. 

Mas ainda há mais, uns menos portugueses “Rolinhos de carne com molho de iogurte grego e hortelã”, mas igualmente saborosos e bem condimentados, o portuguesíssimo “Pica-pau de vitela com batatinha doce frita”, com um toque especial delicioso, para terminar a refeição a já famosa “Tarte de limão”, uma perdição, acompanhada pelos tradicionais digestivos portugueses à nossa escolha, no meu caso “ginginha” e “aguardente de medronho”.

Em relação à ementa ficam os cinco Barriganas.

O preço ronda entre os 15 e os 20 euros por pessoa, que é bastante simpático para a qualidade dos petiscos e da bebida que nos é apresentada e para a simpatia e familiaridade da casa e do atendimento.
Para além disto apresenta também menus para grupos que variam entre os 17,50 e os 26 € por pessoa, com direito a vários petiscos, sobremesa e bebida.

Assim, para o preço ficam os cinco Barriganas.

Uma agradável casa de petiscos portugueses que bem merece a nossa visita. Experimentem.


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sexta-feira, 14 de março de 2014

Panacota de Banana e Rum


Olá minha gente,

Como hoje é sexta-feira, estamos à beira do fim-de-semana e ainda para mais temos tido uns belos dias de solinho, o Barrigana vai dedicar-se à sobremesa.

E querem melhor sobremesa para nos fazer recordar sol, calor e verão do que um “Panacota de Banana e Rum”?

O Panacota (ou panna cotta) é uma sobremesa tradicional da região italiana de Piemonte. A expressão em si significa literalmente “nata cozida” e é habitualmente feito com nata, açúcar, gelatina e especiarias, especialmente canela e é normalmente acompanhada com compotas de fruta fresca. Antigamente, esta receita não mencionava gelatina (uma vez que ainda não existia na sua forma actual), mas incluía um passo que consistia na cozedura de espinhas de peixe para retirar o seu colagénio, obtendo-se assim gelatina. 

Mas desta vez, o Barrigana vai dar uma “volta” à receita original. Assim, vão precisar de:

(Para 4 doses)
Panacota de Banana e Rum
- 2 bananas;
- 2 a 3 colheres de chá de mel;
- 1 iogurte natural;
- 2,5 dl de rum;
- 2 ramos de hortelã (cerca de 20 folhas com talos);
- ½ lima;
- 2 folhas de gelatina;
- 1 clara de ovo (grande);
- 2 colheres de chá de açúcar moreno;
Gomas de rum e canela
- 1 pau de canela;
- Cerca de 12g de gelatina em pó sem sabor;
- 1 colher de chá de açúcar moreno;

Em primeiro lugar num copo alto junta-se a lima cortada em quartos, a hortelã (incluindo os talos) e as duas colheres de chá de açúcar moreno. Com o cabo de uma colher de pau pisa-se bem esta mistura para se extrair os sucos, finaliza-se juntando 1,5 dl de rum, agitando e reservando.

Entretanto num copo misturador juntamos as bananas, o iogurte e o mel e mistura-se até se obter um creme macio. Depois bate-se a clara em castelo e junta-se a esta mistura.

Numa taça com água demolham-se as folhas de gelatina até ficarem maleáveis, depois num tacho junta-se o preparado de rum, hortelã e lima, aquece-se e juntam-se as folhas de gelatina e mexe-se até se desfazerem. Deixa-se arrefecer um pouco, junta-se à mistura da banana e mexe-se bem. Coloca-se esta mistura em taças individuais e leva-se ao frigorífico.

Para as gomas de rum e canela, junta-se 1 dl de rum no tacho, juntamente com um pau de canela, uma colher de chá de açúcar moreno e 12g de gelatina sem sabor. Mistura-se bem, deixa-se aquecer um pouco até o açúcar e a gelatina dissolverem. Retira-se do lume e com a ajuda de uma colher num tapete de silicone ou numa folha de papel de alumínio fazem-se “discos achatados” desta mistura. Deixa-se solidificar e leva-se ao frigorífico.

Caso queiram, pode-se também fazer umas “chips” colocando algumas rodelas finas de banana no forno a 100 graus durante cerca de duas horas até estas estarem estaladiças e douradas.

Esta é uma sobremesa bem fresca e saborosa. Vai parecer que estão numa praia, num paraíso tropical a apreciar um cocktail gelado ao sol da tarde, mesmo que na realidade estejam em casa, de pijama e cobertos com uma manta. Experimentem.

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quarta-feira, 12 de março de 2014

O Paquete


Localizado em plena praia de Faro, encontramos o restaurante “O Paquete”, uma original casa construída sobre o “paredão” que dá cesso à praia e cujo nome vem do facto do edifício ter sido construído em forma de um navio/paquete. 

Este simpático restaurante oferece-nos desde logo uma excelente vista sobre o mar, que se encontra a apenas alguns passos da sua esplanada. Aos nossos pés estende-se o fantástico areal da praia de Faro enquanto apreciamos uma fantástica cerveja gelada e se mata saudades do verão, com os primeiros “dias de sol do ano”.

A esplanada é bastante agradável, assim como o interior do restaurante, que nos faz lembrar em alguns aspetos o interior de um paquete. O atendimento é simpático e familiar deixando-nos perfeitamente à vontade para que possamos apreciar a refeição e a paisagem.

Para o ambiente ficam os cinco Barriganas.

A ementa é a que se esperaria de um restaurante à beira-mar, rica em pratos de peixe e marisco, como “Arroz de lingueirão”, “Cataplana de Marisco”, “Cataplana de peixe”, entre outros.     

Mas se, como eu, forem lá para alguns petiscos acompanhados de uma cerveja gelada, ao fim da tarde (o chamado “lanche-ajantarado”), “O Paquete” também nos presenteia com excelentes opções que nos vão deixar igualmente satisfeitos. Para entrada recomendo uns petiscos “marítimos” como uns tradicionais “Calamares” bem crocantes, sempre terminados com umas gotas de limão, e também umas “Lulinhas fritas em azeite e alho”, igualmente boas e suculentas, sempre com molhinho para poder molhar o pão. 

Continuando e mantendo-me pelo “tema” petiscos, este é um sítio famoso pelas suas enormemente bem recheadas tostas. São dois pedaços gigantes de pão recheados de vários ingredientes, neste caso recomendo a “Tosta de frango” e se aguentarem, recomendo também uma das várias saladas, repletas de alface, fruta e queijo, sempre uma boa combinação.

Assim, para a ementa ficam os quatro Barriganas.

Em relação ao preço, é bastante simpático, rondando os 10 e os 15 euros por pessoa, quando optamos pelos petiscos. Se preferirmos pratos de marisco e peixe é normal que este valor aumente um pouco.

Ficam os quatro Barriganas para o preço.

Uma excelente opção para um petisco “pós-dia de praia” no verão, ou apenas para contemplarmos o mar enquanto desfrutamos de uma bela refeição.

Experimentem.

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segunda-feira, 10 de março de 2014

O paladar evolui?


Olá meus amigos,

Hoje o Barrigana traz-vos uma teoria de que ouvi falar, mas que, apesar de não ter sido comprovada com vários estudos médicos, para mim faz todo o sentido.

Há algum tempo atrás, em amena conversa à volta de uma mesa surgiu a “ideia/teoria” de que “O paladar humano evolui de 7 em 7 anos”, ou seja, trocando por miúdos, existem sempre aqueles alimentos e comidas que quando somos crianças não gostamos e que com o passar dos anos vamos começando a gostar.

Como vos disse, andei a pesquisar online para ver se conseguia algum tipo de confirmação científica para esta teoria, mas nada. Por outro lado, pensando bem nos exemplos que temos mais próximos de nós, ou seja nós próprios, encontramos sempre várias coisas que não comíamos e que agora devoramos com todo o gosto.

Como já vos disse aqui, quando era pequeno tinha um grande problema (posso falar em “ódio de estimação”) por peixe, de qualquer tipo e confecionado de qualquer forma, hoje em dia como um pouco de tudo.

Mas falando de um exemplo ainda mais explícito de que esta teoria é verdadeira, eu, até há alguns meses, não comia favas, nada. Até tenho a impressão que só há alguns meses é que uma fava descobriu este grande desconhecido que é o meu sistema digestivo (pode-se dizer que é o Vasco da Gama das favas). Foi um dia memorável, senti-me realmente um homem crescido, mais velho, mais maduro e mais experiente, não quando me apareceu o primeiro cabelo branco, mas sim quando comi o meu primeiro prato de favas com chouriço e toucinho.

Se pensarmos bem isto tudo faz bastante sentido. Quando somos crianças é impossível que as nossas papilas gustativas estejam preparadas para apreciar como deve ser uma boa feijoada ou um requintado magré de pato, por exemplo.

Pensem bem nesta teoria e em todos estes factos e se tem realmente algum sentido?


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sexta-feira, 7 de março de 2014

Bolinhos de camarão em duo de Paté de Camarão Manná


Olá meus amigos,

Quando pensamos em paté a primeira coisa que, muito provavelmente, nos vem à ideia é barrá-lo numa tosta, ou num bocado de pão e toca de comê-lo. Muito bem, até aqui tudo bem, estamos de acordo.

Contudo, não podemos ficar agarrados a essa ideia, os patés são bem mais versáteis do que pensamos. É mesmo para vos mostrar isso que hoje vos trago uns deliciosos “Bolinhos de camarão em duo de Paté de Camarão Manná”. Vão precisar de:

 (Para 13 bolinhos)
- 16 colheres de sopa de farinha;
- 6 embalagens (22g) de Paté de Camarão Manná;
- Molho de peixe (5 gotas);
- 1 colher de chá de molho de soja;
- Sumo de ½ limão;
-13 camarões (cozidos, sem casca, apenas com a cauda);
(Marinada para os Camarões)
- ½ colher de chá de molho de peixe;
- 1 colher de chá de molho de soja;
- 1 colher de chá de azeite;
- 1 colher de chá de vinagre de arroz;
- Orégãos q.b.
(Dip de camarão)
- 4 embalagens (22g) Paté de Camarão Manná;
- 5 rodelas de gengibre (picadas);
- ¼ de colher de chá de molho de peixe;
- 1 colher de chá de molho de soja;
- 1 ½ colher de chá de vinagre de arroz;
- Sumo e raspas de ½ lima;
- 1 colher de sopa de sementes de sésamo (tostadas);
- Coentros picados q.b.

Para começar, com a ajuda de um robot de cozinha mistura-se a farinha, o paté de camarão Manná, o molho de peixe, o molho de soja e o sumo de limão, até se formar uma massa consistente e ligeiramente húmida.

Depois colocam-se os camarões (previamente cozidos e descascados) numa taça juntamente com o molho de peixe, o molho de soja, o azeite, o vinagre de arroz e os orégãos e deixa-se marinar durante 30 minutos a 1 hora. Cozinham-se previamente os camarões porque se estiverem crus libertam alguma água que vai deixar a massa que os envolve empapada.

Posto isto, envolvem-se os camarões com a massa, deixando apenas de fora a cauda. Pincela-se cada um com um pouco de azeite e leva-se ao forno a 200 graus por cerca de uma hora, ou até a massa ficar dourada e estaladiça.

Entretanto numa tigela à parte junta-se o paté de camarão Manná, o gengibre picado, o molho de peixe, o molho de soja, o vinagre de arroz, o sumo e as raspas de lima, as sementes de sésamo tostadas, os coentros picados e um pouco de água para “soltar” o molho. Finaliza-se servindo com os bolinhos ainda mornos.

Este é um excelente aperitivo para uma festa, crocante por fora e macio por dentro, é uma delícia de camarão com um toque asiático que impressiona qualquer pessoa.

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quarta-feira, 5 de março de 2014

Tromba Rija


Olá minha gente,

Em Marrazes, Leiria, encontra-se uma casa que no último fim-de-semana mudou a vida da minha 
Barrigana, numa das mais assombrosas refeições que tive nos últimos tempos.
Mas primeiro é fundamental contar-vos, resumidamente, a história desta casa. Há mais de 50 anos atrás Ti António (conhecido lá na terra como “Repolho”) e a sua esposa, a Ti Rosária, tinham a “venda” da aldeia. Uma espécie de mercearia, taberna e talho tudo ao mesmo tempo.

As duas coisas mais apreciadas na “venda” eram a “pinga” (vinho) e o porco (que era morto semanalmente e desmanchado para se vender na venda). Ora como todos nós sabemos naquela altura não haviam congeladores e arcas de congelação, logo a melhor maneira de se preservar a carne na altura era colocando-a numa salgadeira. Contudo apenas cabiam lá os cortes mais apreciados (presunto, entremeada, carne magra…), o que fazia com que a cabeça do porco tivesse que ficar de fora. Perante isto Ti António pedia à sua esposa para fazer uma boa feijoada com a cabeça do porco, que como já se percebeu era uma maravilha para os seus conterrâneos.   

Naquela altura era habitual ouvir-se: “Olha! Vou ao ‘Repolho’ comer uma Tromba Rija” e assim ficou a ser conhecido até aos dias de hoje.

Mas este, meus amigos, é apenas o início desta história. O “Tromba Rija” é uma casa tradicional e acolhedora que num dia de chuva e frio nos aquece e reconforta dos pés à cabeça. O atendimento é de uma grande simpatia e familiaridade, é quase como se tivéssemos naquelas almoçaradas com toda a família em casa dos nossos pais ou avós.

Mas não pensem que este tratamento e comida atraem somente portugueses, este sítio é visitado frequentemente por pessoas de todo o mundo, do Brasil (que são muito apreciadores) ao Japão, da Austrália aos EUA. Como é que eu sei disto? Está tudo escrito nas paredes, literalmente. Cada visitante recebe uma folha para poder deixar a sua opinião sobre o “Tromba Rija” e muitas delas deixam, notas dos seus países e até cartões de empresas. No fundo querem melhor papel de parede do que um, que para além de personalizado, feito à mão e onde todos escrevem maravilhas do restaurante?

Para o ambiente ficam os cinco Barriganas.

Depois vem a comida. Meus amigos, a comida do “Tromba Rija” não é para meninos, é para rijos, não pensem que vão comer três folhinhas, vão comer bem, beber bem e repetir a dose. É para comer como se não houvesse amanhã, a minha estratégia foi tomar um pequeno-almoço muito leve, porque o almoço foi de comer até mais não. O ex-líbris é o “Menu de Degustação ‘Saborear Portugal’” que incluí, nada mais, nada menos do que cerca de 50 petiscos made in Portugal, de entre eles “peixinhos da horta”, “moelas”, “pastéis de bacalhau”, “salada de ovas”, “migas de tomate”, a lista é infindável. De seguida os “pratos principais” onde o bacalhau é sempre habitual “com natas”, “com migas de grelos”, “Bifes do cachaço de porco preto”, “Bife de pimenta”, todos estes pratos perfeitamente confeccionados e empratados.

Quando pensamos que estamos quase no fim, ainda vamos a meio. Depois disto vem “Mesa de queijos”, até parece que estamos num casamento, mas não, ainda é melhor. São cerca de 15 a 20 dos queijos de Portugal (e não só) acompanhados por tostas, bolachas e doces.

Continuando, passamos à mesa dos doces. Vários doces, uns regionais e outros mais habituais, de entre eles, “brisas do Lis”, “formigos”, “Leite-creme” (que pode ser queimado na hora, caso queiramos), “Pudim abade de priscos”, “Papos de anjo”, “Mousse de Chocolate”, “Farófias” e vou parar por aqui antes que me desfaça em saliva.

Para terminar (finalmente!) vem para a mesa uma travessa com fruta variada, um cesto com vários frutos secos e alguns digestivos, “amarguinha” parcialmente gelada e com algumas gotas de limão, “aguardente velha” caseira e “vinho do porto”.

Como não poderia deixar de ser ficam os cinco Barriganas para a ementa.

O preço é muitíssimo simpático, são 30€ por pessoa e inclui tudo o que mencionei anteriormente e também o vinho da casa. Tendo em conta que comemos e bebemos aquilo que nos der na “real gana”, que toda a comida é muito saborosa e feita com produtos de qualidade, é um preço mais do que justo.

Para o preço ficam os cinco Barriganas.

Este é daqueles restaurantes que merecem ser visitados pelo menos uma vez na vida. Uma experiência gastronómica que nos marca.   

Termino deixando um bem-haja à D. Elizabete (filha dos proprietários originais) e seu esposo por terem preservado a casa, a comida e o espírito do Ti António e da Ti Rosária e por terem desenvolvido, na minha opinião, um monumento à culinária e restauração nacionais.    


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sábado, 1 de março de 2014

Pedaços de chocolate com soja e amendoins


Olá minha gente,

Chegados à última receita dedicada aos troféus cinematográficos mais cobiçados de todo o mundo, o Barrigana viu-se obrigado a puxar dos galões e a preparar uma última receita em grande (não que as outra não o fossem, mas já me vão perceber).

Um dos aperitivos que mais aprecio enquanto vejo um filme (para além das habituais pipocas e gomas) é chocolate, amendoins salgados e feijões de soja salgados. Meus amigos, estes aperitivos são daqueles que nos fazem comer sem parar, sem nos apercebermos disso já estamos no fim do pacote ou da tablete. É como se nos transportassem para uma realidade alternativa, ou coisa do género, em que não nos apercebemos de que estamos a enfardar mãos cheias destas pequenas coisas, enquanto estamos de olhos esbugalhados (quais zombies) a olhar para o ecrã.

É verdade, como podem ver tenho uma maneira muito particular de ver filmes, felizmente não sou só eu. Ou sou? Enfim, figuras parvas à parte, hoje decidi juntar todos estes pequenos aperitivos e juntá-los todos num só. Assim hoje trago-vos uns “Pedaços de chocolate com soja e amendoins”. Vão precisar de:

- 1 tablete de chocolate negro (pelo menos 60% de cacau);
- ½ tablete de chocolate de leite;
- 1 colher de chá de aroma de baunilha;
- Feijões de soja salgados q.b.;
- Amendoins salgados q.b.;

Em primeiro lugar derrete-se o chocolate no micro-ondas por períodos de 20 segundo de cada vez. Entre cada 20 segundos devemos retirar o recipiente do chocolate e mexê-lo por 10 segundos. Repetimos este processo até estar completamente derretido e brilhante.

Posto isto, deixa-se o chocolate arrefecer por cerca de 30 segundos e de seguida junta-se a baunilha. Ao juntarmos este líquido o chocolate vai tornar-se muito mais grosso e pegajoso, não se preocupem é normal. Mexe-se para misturar a baunilha e coloca-se num tabuleiro previamente coberto com película antiaderente ou com um tapete de silicone.

Termina-se espalhando bem o chocolate, deixando-o com a grossura que desejarmos. Depois colocam-se os feijões de soja e os amendoins e deixa-se solidificar totalmente.

Para servir podemos cortar com uma faca ou simplesmente parti-lo.

Esta é uma óptima combinação, a riqueza e doçura do chocolate com a textura e o sabor salgado dos amendoins e da soja.


Fotos por Shot Frame – www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept