quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A Gruta do Paraíso


Olá a todos,

Hoje venho-vos falar de um restaurante único na cidade de Lisboa. Situado no número 60 da Rua do Paraíso, literalmente a dois passos do Panteão Nacional e bem perto da estação de Santa Apolónia, fica o Restaurante “A Gruta do Paraíso”.

Convertido em restaurante há cerca de 40 anos, as paredes desta antiga carvoaria são autênticos pedaços de história da cidade. As rochas que compõem as paredes da “gruta/restaurante”, segundo dizem, fazem parte da famosa muralha Fernandina (mandada construir em 1373 por D. Fernando) que protegeu Lisboa de vários ataques das tropas de Castela. Acredita-se também que possam haver ligações desta “parte da muralha” ao Panteão e ao Castelo de São Jorge e que acaba (supostamente) na zona do Chiado, mais precisamente no Centro Comercial Espaço Chiado, perto do teatro da Trindade.

Com uma imponente vista para o Panteão Nacional, mesmo ao virar da esquina, a “Gruta do Paraíso” é uma casa de ambiente tradicional e acolhedor. Ao entrarmos deparamo-nos logo com alguns utensílios antigos como uma caixa registadora e alguns quadros que decoram as paredes. Depois ao entrarmos na principal sala de refeições aí sim, percebemos o porquê do nome, é no fundo uma pequena gruta, com direito a um laguinho com peixes e tudo.

O atendimento é bastante simpático e descontraído, e se forem curiosos podem até perguntar por uma pequena porta nos fundos da arrecadação do restaurante (hoje em dia tapada por tijolos) que é uma incógnita para todos e que nos faz imaginar o que possa ter passado por lá, há muitos séculos atrás.

Para o ambiente ficam os cinco Barriganas.

A ementa está repleta de pratos tradicionais da cozinha portuguesa, desde os aperitivos até às sobremesas. Começando pelos aperitivos, existem vários néctares nacionais à escolha eu fiquei-me por uma ginginha (apesar de não estar a “dar de beber à dor”, cai sempre bem) e também por um vinho do porto branco seco, perfeito para abrir o apetite. Em relação aos pratos principais recomendo um tradicional (com um toque especial) “Bacalhau à Brás com alho francês”, cheio de bacalhau, cremoso e apuradinho (como mandam as regras) e um “Bife à gruta”, bife da vazia frito em manteiga e alho, acompanhado de batata frita caseira, impróprio para cardíacos.

Esta ementa conta também com muitos outros pratos apetitosos que valem a pena encomendar de antemão para provar. Se tiverem ainda Barrigana para tal, vale a pena também darem uma espreitadela à s sobremesas, também elas muito tradicionais.

Assim, ficam os quatro Barriganas para a ementa.

O preço ronda em média os 10 e os 30 euros, que é um bom preço, tendo em conta a qualidade da comida e o ambiente da casa.

Ficam os quatro Barriganas para o preço.

Atenção, aconselho-vos a reservarem previamente, pois a casa tem tido grande afluência, principalmente para jantar.

Esta é uma casa mística cheia de história, capaz de fazer-nos recuar no tempo enquanto apreciamos de uma boa refeição. Uma boa experiência.

Fotos e Design por Shot Frame – www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept


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