Olá
minha gente,
Como
já vos disse aqui, o Barrigana fez há pouco tempo uma "pausa"
para visitar a Ilha Terceira nos Açores.
Foram
alguns dias fantásticos, onde pudemos explorar mais e melhor a
beleza natural e riqueza gastronómica que esta ilha oferece, para
além de, matar as saudades da família.
Como
não podia deixar de ser, tudo isto levou a um sem número de
experiências gastronómicas (e não só) às quais eu, muito
contrariado, me submeto. São os chamados "ossos do ofício".
Por
isso, nos próximos tempos vou fazer-vos uma descrição da minha
viagem, onde e o que comi e também algumas outras experiências que,
na minha humilde opinião, valem a pena na Ilha Terceira.
Hoje
começo por fazer uma pequena homenagem a todos aqueles que, tão
bem, nos receberam em suas casas e que se deram ao trabalho de
preparar umas fantásticas refeições, umas mais tradicionais,
outras menos, que nos maravilharam.
Um
dos benefícios de termos familiares em certos sítios, é o facto de
podermos desfrutar dos sítios como se fossemos locais, temos acesso
aos sítios mais escondidos, mais únicos, aos restaurantes mais
tradicionais, os tesouros escondidos e os petiscos e delícias mais
particulares, fora dos guias turísticos e muitas vezes até sem sair
de casa.
No
meu caso eu tive vários aliados locais que nos deram a oportunidade
e a honra de provar os seus pratos.
Em
primeiro lugar, as Alcatras. Provei duas, as duas obras da Dª.
Didi (muito diferentes do habitual), uma de Cabra e outra de Galinha
caseira, ambas uma perdição, a carne parecia manteiga de tão macia
e muito bem temperadas. De facto, disseram-me que nesta ilha se faz
Alcatra de quase tudo, desde carne e peixe (mais habituais), até de
batatas, couves, búzios,
caranguejos,
feijão... desde que sejam bem feitas.
Tenho
que mencionar também a sua galinha frita, digna de ser provada e
melhor da que a de vários restaurantes.
Depois
passando a outros sabores. Como devem perceber, nestas ilhas é
difícil comer má carne de vaca, afinal de contas (como diz a
canção) esta, e as outras, é a Ilha das Vacas Felizes, vê-mos
vacas por todo o lado, muitas vezes até nos locais mais inacessíveis
e este "estilo de vida" realmente produz leite, queijos,
iogurtes, natas...e carne de alta qualidade. Num dos dias o almoço
foi literalmente um "Sr. Dr. naco de carne de vaca"
grelhado apenas com sal e pimenta. Carne macia, tenra e suculenta,
cozinhado no ponto. Maravilhosa cortesia da minha irmã!
Noutro
dos dias, tivemos uma "burguer night in", hambúrgueres de
vaca na grelha, acompanhados por bacon, queijos e ovo servidos em pão
de leite de uma padaria da zona. Suculentos e bem temperados, tudo
isto obra do meu cunhado Dino. Juntaram-se alguns amigos, abriu-se
uns vinhos e umas cervejas e já está, uma noite bem passada.
Por
último, le pièce de résistance,
uma espécie de segredo bem
escondido e exclusivo para alguns sortudos que têm a sorte e a honra
de conhecer o Márcio
e o Tiba da Pastelaria Sta. Bárbara (perto do quartel dos Bombeiros
Voluntários de Angra).
É
verdade, graças ao meu tio Fernando (também ele um amante das lides
culinárias e de sabores “diferentes”) que pude provar a famosa
“Rabada” (à Brasileira) feita pelo “mestre” Tiba, um
brasileiro radicado na Terceira.
Quando
chegámos, a porta da pastelaria fechou-se, sim, esta refeição é
só para convidados, senti-me lisonjeado. Desde logo a amena conversa
deu lugar a uma pequena entrada de queijo que nos levou à mesa e à
tão esperada Rabada que consiste em nada mais, nada menos, do que
rabo de boi (ou vaca neste caso específico) lentamente estufado até
a carne ficar macia como seda, bem condimentado, com um molho rico e
acompanhado pelo tradicional arroz branco e farofa. Isto sim é
comfort food.
Como
podem ver fomos muito bem
tratados nesta estadia na Terceira, com amizade, simpatia e claro com
maravilhosos petiscos caseiros.
Obrigado
a todos!
Fotos por Shot Frame - www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept
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