quarta-feira, 31 de julho de 2013

Ci Gusta


Caríssimos,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um daqueles sítios, que mais do que um estabelecimento onde se vende comida, é um templo, principalmente em dias como o de hoje em que o calor aperta um pouco por todo o país.

Este é daqueles sítios que ou se gosta, ou não. Estou a falar da recentemente inaugurada restaurante/geladaria “Ci Gusta”. Localizada na Praça dos Restauradores em Lisboa, esta marca italiana de restauração especializada em gelados e iogurtes gelados artesanais, feitos à boa moda italiana.

Em termos de ementa, esta vai muito para além dos gelados, inclui também saladas variadas, tostas, massas e crostini, também estes com um toque muito italiano. Mas num sítio como estes nunca nos podemos desviar de uma coisa…os gelados, o ex-líbris da casa. Cremosos, bem fresquinhos e saborosos, devo destacar os sabores de morango, meloa, manga, amora, pistácio, mascarpone, caramelo salgado e limão. Os sabores são quase infindáveis e as doses sempre bem servidas.

Para a ementa ficam os cinco Barriganas.

O espaço é bastante amplo e descontraído, o atendimento é simpático e podemos sempre desfrutar da esplanada exterior. Apesar disto recomendo que se refresquem no interior da loja, pois o ar condicionado está bem fresco, para que ninguém derreta nestes dias quentes.

Em relação ao ambiente ficam os quatro Barriganas.

Os preços são acessíveis se tivermos em conta a qualidade da comida e gelados que apresentam.

Por isso ficam os quatro Barriganas para o preço.

Este é um daqueles sítios que recomendo vivamente a visita, principalmente nesta altura do ano, mas caso sejam viciados em gelados, podem lá passar durante todo o ano.

Aproveito para vos deixar com uma boa notícia, caso tenham vontade de experimentar os gelados “Ci Gusta”, mas não são de Lisboa ou arredores, não se preocupem, o objectivo da marca é abrir lojas um pouco por todo o país nos próximos tempos.


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terça-feira, 30 de julho de 2013

Andy Bates – “Ovos Escoceses Vegetarianos”


Olá pessoal,

Hoje o Barrigana colocou, mais uma vez, as suas capacidades à prova para vos trazer uma receita de um chef famoso. Desta vez, venho falar-vos de Andy Bates.

Andy, nasceu em Mersham, perto de Ashford no sul do Reino Unido e o seu primeiro contacto com as “artes culinárias” foi aos 15 anos quando começou a trabalhar num pub a lavar pratos,  onde posteriormente começou a cozinhar.  

O passo seguinte já era esperado, Andy foi para “Catenbury College” e formou-se em catering. O que veio depois é que já foi totalmente inesperado. Nos dez anos que se seguiram dedicou-se à produção de videoclips e vídeos publicitários, apesar de nunca ter deixado de cozinhar para os aniversários de amigos.

Apelidado de “O Príncipe das Tartes” (The Prince of Pie), ou de “Homem Tarte” (Pie Man), Andy começou por abrir uma banca para vender as suas deliciosas tartes, em 2008. A partir daí os seus produtos ganharam fama, “obrigando-o” a abrir mais bancas em diferentes locais. O sucesso foi tanto que foi convidado para apresentar um programa televisivo sobre  “comida de rua” (Andy Bates: Street Feasts), programa esse que, na sua segunda temporada o levou aos E.U.A. (Andy Bates: American Street Feasts), que por cá podem ser vistos no Food Network.

A sua cozinha é assumidamente inspirada por clássicos ingleses, aos quais muitas vezes gosta de dar um toque especial. É o caso da receita que vos trago hoje, “Ovos escoceses vegetarianos”. Para isto, vão precisar de:

(para 4 ovos)
- 6 ovos (L ou XL);
- Cerca de 200gr de grão (enlatado, ou previamente cozido);
- Cerca de 200gr de feijão vermelho (enlatado, ou previamente cozido);
- Cerca de 200gr de feijão manteiga (enlatado, ou previamente cozido);
- 15g de coentros frescos;
- 125gr de farinha (temperada com sal e pimenta);
- 125gr de pão ralado;
- 1 colher de sopa de gengibre;
- 1 colher de sopa de piripiri;
- Óleo vegetal (para fritar);

Em primeiro lugar cozem-se quatro ovos numa panela com água a ferver e sal por seis minuto e meio. Retiram-se, colocam-se numa tigela com água fria e descascam-se.

Depois de lavar bem o grão e os feijões, passam-se com a ajuda de uma varinha mágica, até se obter uma pasta homogénea. Junta-se o pão ralado, um ovo batido, coentros, gengibre, piripiri, sal e pimenta. Divide-se em quatro porções de 100g e espalma-se por cima de um quadrado de película antiaderente de 40 cm, colocam-se os ovos em cada um e cobrem-se enrolando a massa à sua volta até se obter uma forma oval.   

Passa-se cada um deles por farinha, ovo batido, pão ralado, cobrindo-os completamente e repetindo este processo mais uma vez.

Fritam-se em óleo bem quente por cerca de oito minutos, ou até estarem dourados e estaladiços. Escorre-se o óleo com a ajuda de papel de cozinha absorvente e serve-se.

Um clássico inglês com um toque muito especial. Experimentem. É delicioso.


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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Melancias


Olá minha gente,

Verde por fora e vermelha por dentro (apesar de também já haver amarelas), doce e sumarenta ao ponto de ficarmos com sumo a escorrer-nos pelo queixo e braços de cada vez que damos uma trinca. AHHH, Melancia. Quem não gosta de uma boa melancia?

Eu adoro, e parece que não sou o único. O próprio Mark Twain (escritor americano que criou personagens como “Tom Sawyer” ou “Huckleberry Finn”) chamava à melancia “chefe dos luxos deste mundo”, eu concordo, mas devo acrescentar, “(…)quando encontramos uma bem madura”.

Para escolher uma boa melancia existem várias técnicas e dicas, eu também tenho as minhas. Em primeiro 
lugar procuro uma melancia bem verde e redonda. Posto isto deve ser pesada como uma bola medicinal e ao darmos umas pancadas ao de leve, deve fazer um som oco, esse é o principal sinal de que está madura e doce.

Para mim esta é a “rainha” das frutas de verão. Leve, carregadinha de antioxidantes e diurética, fornece minerais (cálcio, fósforo e ferro) e água (compõe 90% da sua polpa) ao organismo, para além de vitaminas (A, C e B).

Existem vários alimentos que podemos combinar com melancia, as opções são quase infindáveis. Chilli, lima ou coentros (combinação muito usada na cozinha mexicana), com hortelã (em bebidas, sobremesas ou saladas), com tomate e queijo de cabra (em saladas, o doce da melancia contrasta muito bem com o sal do queijo) ou até com pepino (em saladas ou para substitui-lo num gaspacho, já que a melancia partilha muitas semelhanças com este vegetal).

Por isso já sabem, o Barrigana recomenda…COMAM MELANCIA!


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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ovos com tomate


Olá a todos,

Hoje o Barrigana traz-vos mais uma das suas receitas. Desta vez é um prato perfeito para os dias que correm, bastante económica pois ainda estão cá os nossos queridos amigos da Troika. Para vocês tenho uns “Ovos com tomate”.

Estes são dois produtos bastante baratos e que quando acompanhados com algumas fatias de pão (que pode ser torrado) e com uma sopa ou salada fazem uma excelente refeição, equilibrada e pouco calórica (sim, porque o Barrigana também se preocupa, um pouco, com a linha). Os ovos são uma proteína de excelente qualidade sem gorduras saturadas e o tomate é muito rico em lipoceno (um antioxidante que protege as células) e vitamina C.

Ora, este prato é mais tradicional no sul do nosso país pois o cultivo de tomate é mais habitual nestas zonas devido às condições meteorológicas e geológicas. A maior parte da produção nacional está situada nos vales do rio Sorraia e Tejo e em terrenos perto do mar com terrenos arenosos e em que o clima é mais húmido e ameno. 

Os ingredientes são:
(para 2 pessoas)
- 4 ovos (2 por pessoa);
- 8 a 10 tomates chucha médios (o dobro dos ovos);
- ¼ Cebola (finamente picado);
- 2 dentes de alho (finamente picado);
- Sal e pimenta;
- Orégãos q.b.
- Fatias de pão; 

Em primeiro lugar coloca-se um tacho com água ao lume para escaldar os tomates. Assim que a água estiver a ferver colocam-se os tomates, previamente retalhados (basta fazer um corte em cruz na base do tomate) e deixa-se ferver por cerca de 5 minutos.

Posto isto retira-se a pele e as sementes e corta-se tudo em pedaços. Numa frigideira com azeite salteia-se a cebola e o alho e junta-se o tomate deixando cozinhar por alguns minutos. Nesta fase, com a ajuda de um garfo (ou qualquer outro instrumento que ajude a esmigalhar) esmigalha-se o tomate até se obter uma mistura com consistência de polpa, mas ainda assim com pedaços de tomate.

Juntam-se os ovos batidos e vai-se mexendo com cuidado para que não cole ao fundo da frigideira. Assim que atingir uma consistência pretendida (há quem goste mais seco ou mais húmido) finaliza-se temperando com orégãos, sal e pimenta a gosto.

Acompanha-se com algumas fatias de pão.


Como vêem é fácil, é barato e só não dá (infelizmente) milhões. 

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cigarros de Chocolate


Olá minha gente,

Para os que não me conheciam há cerca de 18 anos atrás, devo confessar-vos que nessa altura fui um grande fumador, …sim, …fumador. Até chegava a fumar um maço inteiro em apenas algumas horas, iam uns atrás dos outros.

Calma. Não pensem que nessa altura eu era um delinquente da pior espécie que, apenas com 7 ou 8 anos e nem sequer com a 4ª classe completa, andava pelas ruas de Alcácer a assaltar velhinhas e a roubar bicicletas. Nada disso. Eu “fumava/comia/devorava” cigarros de chocolate.   

Quem não se recorda dos saudosos cigarros de chocolate, lembro-me que eram vendidos em caixas que imitavam os maços de tabaco. A marca que mais comprava era uma que tinha uns camelos, provavelmente a imitar a “Camel”. Lembro-me também que eram feitos de chocolate de leite e que para mim comê-los era um ritual, primeiro fingia que fumava e depois ia dando grandes trincas, a partir deste ponto “marchavam” uns atrás dos outros.

Até que numa certa altura simplesmente deixei de os ver à venda, sem grande razão aparente começaram a deixar de estar expostos nas lojas, pastelarias, mercearias e cafés.

Depois de uma pequena pesquisa percebi porquê. Na lei “nº 37/2007”, apelidada de “A Lei do Tabaco”, no seu artigo 17º, no ponto 3, afirma que “(…) É proibido o fabrico e a comercialização de jogos, brinquedos, jogos de vídeo, alimentos ou guloseimas com a forma de produtos do tabaco, ou com logótipos de marcas de tabaco.” E assim se “foram á vida” os cigarros de chocolate em Portugal.

Boa ou má lei? Prefiro manter-me à parte de opiniões e convicções (mas tenho a minha, claro) e relembrar aqueles doces e saborosos rolinhos de chocolate que nos deixavam água na boca.

Quem não se recorda?


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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Restaurante Takô


Olá pessoal,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um daqueles restaurantes que são capazes de deixar os olhos em bico de qualquer um, por duas razões principais. Primeira, a comida é de grande qualidade, assim como muito saborosa e segunda porque é um restaurante japonês.

Localizado em plena marina de Vilamoura, o restaurante “Takô” é um espaço muito agradável onde podemos descontrair e desfrutar de uma excelente refeição com toda a tradição da gastronomia nipónica.   
Este é um restaurante que proporciona um ambiente descontraído e sofisticado, com uma decoração, obviamente, japonesa. O atendimento é atencioso e simpático e até conseguimos dar uma pequena espreitadela por cima do balcão e ver como os chefs trabalham.

Por isso ficam os quatro Barriganas para o ambiente.

A ementa é muito variada e toda ela confeccionada da melhor forma e com os melhores produtos. Todos os pratos que comi eram muito bons, mas devo destacar as “giosas”, as “tempuras”, os “temakis” de sapateira e de enguia, o “hot sushi”, para além do habitual “sushi” e “sashimi”, também muito saboroso. Para sobremesa um “brownie de chá verde com gelado de baunilha”, tudo isto bem regado com uma fantástica sangria de espumante fresquinha. Melhor refeição não é possível.

Para a ementa vão os cinco Barriganas, claro.

O preço é um pouco mais acima, ronda os 25 euros por pessoa, o que não é um valor acessível para todos. Contudo, tendo em conta a qualidade da comida que o restaurante apresenta, vale muito a pena. Caso queiramos experimentar sem deixar um rombo no nosso orçamento, existe a opção dos menus de refeição com um valor fixo, que são muito mais acessíveis.

Em relação ao preço ficam os quatro Barriganas.


Já sabem se são grandes apreciadores de sushi, sashimi e afins, este é um restaurante incontornável. Experimentem. 

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terça-feira, 23 de julho de 2013

Paul Hollywood – Pão “Bloomer"


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vai pôr, literalmente, as mãos na massa e fazer “Challenge Accepted” à receita do chef/padeiro inglês Paul Hollywood.

Nascido em 1966, em Wallasey (Reino Unido), Paul Hollywood desde cedo esteve em contacto com o “mundo do pão”, pois o seu pai era padeiro e dono de uma padaria. Desde cedo começou a aprender a arte de fazer pão com o seu pai, mas antes de se dedicar totalmente à padaria, Paul ainda passou por um curso de Escultura, do qual desistiu.

Depois disto, tornou-se o padeiro principal de vários hotéis em Inglaterra e não só. Hoje em dia tem o seu próprio negócio artesanal de padaria, que fornece vários locais emblemáticos, como “Waitrose” e o “Harrods”. Para além disto, foi júri em alguns concursos culinários na tv e o seu livro “100 Great Breads” conquistou o prémio “Top Bread and Pastry Book” de 2005. Hoje em dia podemos vê-lo no seu programa de tv (sobre pão) no canal “24 Kitchen”.

Depois de tudo isto, a receita de hoje só poderia ser um pão. O próprio Paul disse que aprendeu a fazer este pão com 13 anos, logo, acho que não será muito difícil de fazer. Assim, hoje trago-vos a receita de pão “Bloomer”. Vão precisar de:

- 500gr de farinha Tipo 65 (ou 55);
- 7 gr de levedura para pão;
- 10gr de sal;
- Cerca de 4 colheres de sopa de azeite;
- 350 ml de água da torneira;

Este pão é um dos mais básicos que se pode cozinhar. Para começar numa tigela colocamos a farinha, a levedura e o sal, nesta fase é crucial que o sal e a levedura não estejam em contacto, porque o sal retarda a acção da levedura. Depois junta-se o azeite, a água e começa-se a misturar com as mãos, até se formar uma massa pastosa e peganhenta, nesta fase retira-se da tigela para uma superfície previamente untada com azeite (uma bancada, um tabuleiro ou tábua).

Amassa-se até obtermos uma bola elástica e macia (este processo demora cerca de 10 a 15 minutos). Caso a massa tenha uma textura muito seca e farinhenta, junta-se um pouco de água, caso esteja demasiado peganhenta junta-se um pouco de farinha.

Deixa-se levedar durante duas horas numa taça coberta com papel antiaderente, num local seco. Passado este tempo voltamos a amassar (cerca de 5 minutos), para desenvolver ainda mais o glúten da massa. Nesta fase vamos dar forma ao pão, amassamos de forma a obter um rectângulo (mal feito) e dobramos a massa na nossa direcção até ficarmos com uma espécie de rolo (mal feito). Volta a levedar por mais duas horas, desta vez na superfície onde amassamos apenas cobrindo-a com papel anti-aderente.

Este pão chama-se “bloomer” (em inglês vem de bloom, florescer/crescer, ou seja, “o que floresce/cresce”), porque a massa vai a levedar por duas vezes, logo cresce bastante.

Passado este tempo, salpica-se a massa com um pouco de água e farinha, depois fazem-se cortes diagonais e vai ao forno a 200 graus por cerca de 45 minutos.

O segredo deste pão é obtermos uma crosta bastante estaladiça. Uma dica para obtermos isto é quando o forno estiver bem quente coloca-se o pão e num tabuleiro abaixo deitamos água para que se forme vapor, e assim ajudar a formar-se uma bela crosta.


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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Farinhas há muitas…


Boas pessoal,

Devo confessar-lhes que nunca fui grande conhecedor dos segredos de fazer um bom pão, no entanto, há algum tempo comecei a interessar-me mais e a prestar mais atenção aos pormenores que fazem um excelente pão.

Digo-vos que o segredo está na massa, mais propriamente na farinha, que pode fazer com que tenhamos melhores resultados caso utilizemos a farinha mais adequada para o pão que queremos cozinhar.
Assim, existem vários tipos de farinha:    

TIPO 45 - FARINHA FLOR 
É uma farinha muito refinada e branca, ideal para confecção de doçarias como o pão-de-ló, ou tortas. Com este tipo de farinhas conseguimos obter doces muito leves e fofos.

TIPO 55- FARINHA SUPER-FINA 
É das farinhas mais utilizadas na culinária caseira. É indicada para a confecção de pão, bolos, bolinhos, massa para pizza, tartes, pastéis e massas lêvedas.

TIPO 65 - FARINHA FINA
É a mais utilizada na panificação, tradicional ou industrial. Dá origem ao pão branco tradicional (carcaça, regueifa, bolas, pão de Mafra, baguetes, entre outros), que é o pão mais fabricado, hoje em dia. Também é indicada para farturas e pães-de-ló.

As farinhas tipo 55 e 65, são farinhas com alto teor de proteína, glúten e com uma excelente capacidade de absorção de água. Assim, são adequadas ao fabrico de pão de forma industrial, feito em grandes quantidades e através da utilização de diversos processos de produção.

TIPO 80 e 110 - FARINHA SEMI-INTEGRAL
São utilizadas na panificação industrial e tradicional. São boas para confeccionar pão semi-integral e para pastelaria. Produz um pão com uma textura mais leve, pois não contém germe nem farelo.

TIPO 150 - FARINHA INTEGRAL
Produz um pão rico em sementes, de textura compacta e de cor mais escura. É cada vez mais utilizada em bolos de fruta, bolachas, pastéis e outras confecções culinárias.

TIPO 70, 85, 130, 170 – FARINHAS DE CENTEIO
Usadas para o fabrico de pães de mistura, com diferentes tonalidades que variam da mais clara (T70), até à mais integral/escura (T170). Indicadas para cozinhar pão de centeio, pão de mistura, entre outros.
Existem ainda farinhas de milho (de cor amarela e usada para bolos, pão de mistura e broa) e de arroz (usada para fazer pão tigre, bolo de arroz e também para “tender” massa). Outros tipos de farinha são as sêmolas (de trigo e milho) que são produtos com granulometria (tamanho do grão) mais grossa. São indicadas para fazer massas como o “cuscuz” ou para engrossar caldos e sopas.
Esta é apenas a “ponta do iceberg” das farinhas, há muitas outras nuances e particularidades neste tema consoante, por exemplo, o resultado que queremos ter e as moagens que cada marca de farinhas tem.

Por isso já sabem “farinhas há muitas…” tudo depende do resultado que queremos obter.  

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Granizado de meloa


Meus amigos,

Sem querer ser repetitivo (mas já o sendo), hoje o Barrigana traz-vos uma receita fresca e deliciosa ideal para uma destas tardes em que o calor aperta, em que já não sabemos para que lado nos havemos de virar.
Por estes meses, uma das frutas que mais está na sua época é a meloa. Ora a meloa (em conjunto com o melão e a melancia) é um dos melhores frutos para combater os dias de grande calor, pois a sua constituição é quase na sua totalidade água, o que ajuda a combater a desidratação e ajuda na redução da temperatura corporal.

Para além disso (e de muitos outros benefícios), a meloa é rica em vitaminas B que são das principais responsáveis pela produção de energia do corpo e também é rica em açúcares, que ajudam a combater aquela moleza que nos dá quando está muito calor.
Assim, hoje para vocês tenho um refrescante granizado de meloa. Vão precisar de:

(para 2 ou 3 pessoas)
- 1 meloa inteira (totalmente congelada);
- Cerca de 20 cl de água;
- 1 colher de sopa de açúcar;
- Sumo de ½ lima (ou limão);

Para começar põe-se a meloa inteira (com sementes e tudo) no congelador (caso não tenham espaço cortem-na em metades ou quartos) e deixem-na congelar totalmente – cerca de 2 dias.
Passado este tempo, retira-se a meloa e com a ajuda de faca de serrilha (faca do pão, por exemplo) corta-se a meloa em cubos grandes, retirando a casca e as sementes. Dissolve-se o açúcar em água e sumo de lima e junta-se à meloa, com a ajuda de uma varinha mágica reduz-se tudo. Serve-se de imediato, antes que derreta.

Caso queiram que a consistência do granizado se mantenha por mais algum tempo, junta-se uns cubos de gelo quando se serve.

Fresco, saboroso e ainda para mais saudável. É possível fazer melhor?    


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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Barrigana antes de o ser


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana tem para vocês uma pequena adivinha:
“Qual é coisa, qual é ela, que antes de o ser já o era?”

Não! Se a vossa resposta for “a pescada”, estão bem enganados, nada disso. A resposta certa é, nada mais nada menos que “O Barrigana”. Duvidam? Então deixo-vos aqui a prova. Deixo-vos aqui fotos inéditas do “Barriganinha” (antes de o ser) com 2 ou 3 anos já de volta dos tachos e panelas lá de casa. 

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Orangerie


Boas minha gente,

Hoje o Barrigana vem trazer-vos mais uma sugestão de restaurante onde se pode comer bem e relaxar.
Venho falar-vos do restaurante “Orangerie”. Localizado no interior do resort Vila Monte, Gourmet, Golf e Spa, no Sítio dos Caliços em Moncarapacho, Olhão, este restaurante desenvolve uma cozinha com base nos produtos da região, desde os peixes vindos directamente do mercado de Olhão, ao mel que vem da serra de Monchique. Para além disto, muitos dos produtos utilizados no restaurante são produzidos biologicamente na quinta/Resort, nomeadamente citrinos, figos, alfarroba, amêndoas e ervas aromáticas.    

O ambiente do restaurante e de todo o resort é muito descontraído (quase zen) campestre e confortável. Com uma arquitectura e decoração a fazer lembrar os edifícios árabes que outrora se ergueram na zona, o restaurante possui um amplo espaço interior de refeições, que é complementado pela ampla varanda/terraço com o mesmo propósito e que proporciona uma vista privilegiada para a natureza circundante. O atendimento é bastante simpático e cuidado.

Para o ambiente vão os cinco Barriganas.

A ementa é sem dúvida inspirada nos sabores algarvios, ora recorrendo aos produtos do mar, ora aos produtos da terra. De sabores delicados, mas com presença, a ementa está cheia de boas surpresas, mas também de pratos “mais habituais” que são apostas ganhas. Devo destacar nas entradas a “Salada de caranguejo com tostas de pão de S. Brás e frutos tropicais”, nos pratos principais o “Polvo confitado com puré de chouriço e seu crocante”, uns “Lombinhos de porco ibérico com Xerém e legumes” e o “Naco de Novilho com açorda de espargos e vegetais”. Em relação à sobremesa o “Parfait de figos com pralinée de noz e sorvete de lima” é bastante saboroso e traz-nos os sabores doces da região.

Para a ementa ficam os quatro Barriganas.

Relativamente ao preço não é muito acessível, sem dúvida que é influenciado por toda a envolvência dum restaurante e resort pouco acessíveis à maioria da população do país, logo a aposta centra-se principalmente nas hordas de turistas estrangeiros (com maior poder de compra) que invadem o Algarve nesta altura do ano.

Ficam os três Barriganas para o preço.


Uma boa opção para quem quer (possa) desfrutar de um jantar mais requintado, num cenário privilegiado.

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terça-feira, 16 de julho de 2013

Lorraine Pascal – “Mil-folhas de mirtilos”


Olá meus amigos,

Hoje o Barrigana, em mais um dos seus “Desafios do Chef”, traz-vos uma saborosa sobremesa de uma das mais famosas chefs de “Terras de Sua Majestade”.

Falo-vos de Lorraine Pascal, uma chef, escritora e apresentadora de televisão inglesa que se tem destacado por cá com o seu programa “Baking made easy”, que tem passado na Sic Mulher.

Depois de se ter reformado da sua carreira de modelo (que iniciou aos 16 anos), Lorraine decidiu dar um novo rumo à sua vida. Começou por experimentar várias profissões, desde hipnoterapeuta a mecânica automóvel, mas foi na profissão de chef que encontrou o conforto de que estava à procura. 
Depois de ter “estagiado” em alguns restaurantes de Londres, Lorraine chegou à conclusão que não se adaptava à azáfama destas casas e resolveu especializar-se em bolos e pastelaria, facto este que a levou a abrir a sua própria loja a “Ella’s Bakehouse” (Covent Garden, Londres).

A partir daqui não parou e em 2011, estreou o seu primeiro programa televisivo (“Baking made easy”) que levou à publicação de um livro dedicado ao mesmo. Nesse ano iniciou ainda uma segunda série de programas (“Home cooking made easy”), acompanhado, mais uma vez, do respectivo livro, ambos venderam quase um milhão de cópias, apenas no Reino Unido.
Para hoje resolvi dedicar-me a um “Milfolhas de mirtilos”. Vão precisar de:

(Para cerca de 10 mil-folhas)
- 2 folhas de Massa folhada;
- 45g de açúcar de pasteleiro;
- Cerca de 200 ml de natas para bater;
- 1 vagem de baunilha (ou 1 colher de chá de aroma);
- Raspa e sumo de 1 limão;
- Cerca de 100gr de mirtilos. 

Em primeiro lugar estende-se a massa (caso necessário), numa superfície polvilhada com açúcar de pasteleiro, até obter uma massa com 2 a 3 milímetros e corta-se em rectângulos de 5x9 centímetros. Posto isto, polvilham-se os rectângulos com açúcar de pasteleiro e levam-se ao frigorífico por 30 minutos e depois vão ao forno por 5 minuto a uma temperatura de 200 graus centígrados. Passados os 5 minutos retiram-se e polvilham-se com mais açúcar para irem de novo ao forno por mais 5 minutos, até estarem dourados.

Para o recheio, batem-se as natas (bem frias) com o açúcar e a baunilha até obtermos um creme consistente. De seguida juntamos as raspas e o sumo e envolvemos bem e com a ajuda de um saco de pasteleiro despejamos o creme, fazendo formas de pequenas gotas, na primeira camada de mil-folhas, finalizando com alguns mirtilos. A meio da base da segunda camada dispõe-se uma linha (grossa) de creme, para que esta camada “cole” à anterior. Recheamos a segunda camada da mesma maneira que fizemos com a primeira. 

Terminamos cobrindo estas duas, com o terceiro rectângulo de mil-folhas e polvilha-se com mais açúcar de pasteleiro.

“Et voilá!” Espero que gostem. 

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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Os segredos dos amendoins


Olá minha gente,

Estamos numa época do ano em que as esplanadas de todo o país se enchem de quatro coisas… pessoas, cerveja, tremoços e amendoins.

Ahhh!!! Esses belos frutos secos ora ainda na casca, ora já descascados e salgados, crocantes e saborosos. Adoro-os, são daqueles aperitivos viciantes que dificilmente conseguimos parar de comer. Devo confessar-vos que quando como amendoins não passo uma boa imagem de mim próprio…pareço uma debulhadora industrial.

Hoje venho falar-vos das mais-valias e particularidades dos amendoins (para além das óbvias).
O amendoim é um alimento altamente nutritivo, é rico em calorias por causa do seu elevado teor em gorduras, por isso é uma excelente fonte de energia. Além do fósforo, cálcio e ferro possui magnésio, potássio, sódio e cloro.

É recomendado para as actividades mentais (deve-se comer juntamente com sementes de abóbora), já sabem, na próxima época de exames toca a comer amendoins e sementes de abóbora (qual “mémofante”!!!).

No nosso país existem várias denominações para os amendoins. Assim, aproveito e deixo-vos aqui um pequeno glossário, para que nunca tenham dificuldades em pedi-los:

- Amendoins (a mais óbvia e generalizada);
- Alcagóitas (muito usada no sul de Portugal);
- Ervilhanas ou ervilhenas (esta não conhecia, mas é usada somente no Algarve);
- Peanuts (usada pelos mais jovens e internacionais);
- Minuins (usada apenas por “pequenas franjas” da nossa sociedade, se é que me entendem).

Já sabem, se não gostam, deviam gostar, se gostam deixo-vos aqui várias razões para gostarem ainda mais.

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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Compota “rápida” de ameixas


Hoje o Barrigana vem trazer-vos mais uma das suas receitas, desta vez, e como estamos no Verão, resolvi 
fazer uma sobremesa com fruta da época.

Aproveitei que tinha algumas frutas quase a ficarem estragadas e resolvi fazer uma compota de frutas, neste caso como a maioria eram ameixas, ficou uma “compota rápida de ameixas”.

Esta compota não é como as habituais compotas que compramos já em frasco, é uma compota que pode ser usada como “topping” numa sobremesa, juntando por exemplo a um gelado de nata ou baunilha, a um bolo ou tarte, ou num lanche, juntando a um iogurte natural ou a bolachas do tipo água e sal.

Neste caso, para além das ameixas, juntei também uma nectarina e alguns mirtilos, que dão um toque mais ácido à compota.
Assim, para fazerem esta compota vão precisar de:

- 6 a 8 ameixas bem maduras (pretas e brancas, metade de cada);
- 1 nectarina;
- 6 a 8 mirtilos;
- Raspas de limão, laranja e lima (a gosto);
- 400 a 500 ml de água;
- 2 paus de canela;
- 4 a 5 colheres de sopa de açúcar;
- 1 colher de sopa de grãos de cardamomo (levemente esmagados);
- 1 colher de chá de sementes de funcho (levemente esmagadas)   
- 1 colher de chá de aroma de baunilha;
- Cerca de 20 cl de martini bianco (ou outro vermute branco);

Em primeiro lugar cortam-se as ameixas e a nectarina em metades e adiciona-se a um tacho com água e o açúcar. Juntam-se os mirtilos, as especiarias, as raspas de limão, laranja e lima, o aroma de baunilha e o martini. Deixa-se ferver por cinco minutos, depois reduz-se o lume e deixa-se cozinhar por mais 15 a 20 minutos até que a fruta esteja desfeita e o caldo esteja mais espesso.

Posto isto é só deixar a mistura arrefecer à temperatura ambiente e depois refrescar no frigorífico. Recomendo que sirvam bem frio a acompanhar um gelado de nata, ou um iogurte grego natural.

Bem fresco e cremoso, é uma excelente sobremesa.


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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tulicreme


Meus amigos,

Hoje venho fazer-vos uma pequena grande confissão, eu, Barrigana, um homem feito, ainda gosto de comer “comida para crianças”.

Quando falo deste tipo de comida refiro-me àqueles produtos que são dedicados “principalmente” aos mais pequenos, falo-vos de coisas como “Cerelac”, “Nestum”, “Tulicreme” e muitos outros.

O que me fascinava no “Tulicreme” quando era miúdo é que não era bem uma manteiga (mas era para barrar no pão) nem era bem um chocolate, era no fundo uma guloseima para barrar no pão. Era a loucura, um produto que conseguia juntar duas coisas que adorava, pão e chocolate.

Eu sempre adorei este creme castanho, delicioso e docinho. Bastavam-me cerca de três ou quatro dias para fazer desaparecer uma embalagem que entrasse em minha casa, talvez fosse por isso mesmo que a minha mãe raramente me comprava uma embalagem. Ahhh! Mas eu vingava-me, sim senhor! Assim que me apanhava sozinho com ele era comer quase até rebentar.

Hoje em dia continuo a sentir essa admiração secreta pelo “Tulicreme” apesar de nos dias de hoje não ser bem o mesmo em termos de embalagem, mas confirmo que o sabor continua igual. Mesmo assim continuo como antigamente, raramente consigo pôr-lhe as mãos em cima, mas quando as ponho vingo-me (apesar de me tentar controlar).

AH “TuliCreme”! Acho que quem o prova nunca o esquece. E vocês? Lembram-se do “TuliCreme”?


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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Restaurante Mar Puro


Meus amigos,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um restaurante que é “amor à primeira vista”, primeiro pelo local e depois pela ementa. Estou a falar-vos do Restaurante/Clube de Praia “Mar Puro” localizado no Apoio 25 da Nova Praia na Costa de Caparica, mais especificamente, na Rua da Muralha da Praia.

Quando chegamos ao restaurante a primeira ideia é que este vale muito pela sua localização, em plena praia da Nova Praia virado directamente para o mar, com uma esplanada soalheira. O espaço é bem tratado e amplo com salão de chá, lounge e bar, para além da parte de restaurante. Os espaços são muito confortáveis, o atendimento é simpático e aprazível, tudo isto envolvido pela paisagem privilegiada para o mar da Costa de Caparica.

Para o ambiente vão os cinco Barriganas.

Depois vem a comida. Na minha opinião é surpreendentemente, confesso que não estava à espera de uma ementa tão boa. Devo destacar primeiro uns simples, mas sempre saborosos, ovos mexidos com farinheira e depois a sopa de peixe, um caldinho muito saboroso e de gosto bem apurado. Devo destacar ainda a especialidade da casa (que inclusive já ganhou vários prémios de gastronomia do conselho de Almada) um camarão kataifi com migas de cogumelos, muito saboroso, foi uma primeira provar da especialidade (kataifi) e foi mesmo em “cheio na muche”, excelente prato.

Em relação à ementa ficam os cinco Barriganas.

Para finalizar, o preço é bastante acessível, varia entre os 15 e os 18 euros por pessoa, que tendo em conta o ambiente e a qualidade da ementa é um valor muito simpático. A casa tem também menus para grupo e opções para festas e eventos diversos.

Para o preço vão os quatro Barriganas.

Já sabem, se num destes dias passarem pela Costa de Caparica e vos der o “bichinho da fome” o “Mar Puro” é uma excelente opção.


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terça-feira, 9 de julho de 2013

Gary Mehigan – “Caril de Vegetais com pão paratha”


Boas minha gente,

Hoje o Barrigana, em mais um dos seus “Desafios do Chef”, vai fazer uma receita de um dos melhores chefs australianos da actualidade, falo-vos de Gary Mehigan.

Provavelmente este nome pode não vos dizer nada, mas se vos disser que é um dos apresentadores do programa Masterchef Australia, talvez já ajude.

Gary Mehigan é um chef de cozinha britânico-australiano, que começou a sua carreira em Londres, onde estagiou nos aclamados restaurantes “The Connaught” e “Le Souflé”, que na altura eram dos mais famosos restaurantes da capital inglesa.

Em 2001 mudou-se para Melbourne e ai começou a sua passagem de sucesso por alguns dos melhores restaurantes da cidade como o “Browns” ou “Burnham Beeches Country House”, antes de abrir o seu afamado restaurante “Fénix”.

Mais recentemente Gary tornou-se conhecido do grande público (incluindo o português) com a sua participação como júri/apresentador no programa Masterchef Australia, que por cá tem passado na Sic Mulher.

Foi mais precisamente numa das suas masterclass no Masterchef que vi esta receita, e que é daquelas que salta à vista de qualquer um. Assim, hoje tenho para vocês um “Caril de Vegetais com pão paratha” (à moda do Gary), mas devo dizer-vos que não segui a receita à risca, pois esta receita tem alguns ingredientes que não temos por cá (a receita original é feita com peixe – Blue eye Trevella??? não me perguntem - e mexilhões), por isso adaptei-a um pouco, contudo, nesta masterclass Gary também referiu que esta receita poderia ser confeccionada com carne, frango, peixe, ou com vegetais.


Vão precisar de:

(Para o caril)
- 3 colheres de sopa de óleo de amendoim;
- 2 colheres de chá cardamomo (levemente esmagado);
- 1 a 2 malaguetas secas (com ou sem sementes);
- 2 paus de canela;
- 1 colher de chá de cravinho;
- 1 colher de chá de noz-moscada (ou flor de noz-moscada – se conseguirem encontrar);
- 1 colher de chá de sementes de funcho;
- 2 cebolas (cortadas em fatias finas);
- 4 a 5 dentes de alho;
- 1 pedaço de 2 a 3cm de gengibre;
- 2 colheres de chá de açafrão (ou raiz de açafrão);
- 2 a 3 colheres de chá de cominhos (em pó);
- 2 a 3 colheres de chá de coentros (em pó);
- ½ colher de chá de piri-piri;
- 1 colher de sopa de melaço de cana;
- 1 colher de sopa de tamarindo (desfeito em água quente);
- 400 ml de caldo de galinha;
- 1 a 2 colheres de sopa de caril em pó (ou folhas de caril);
- ½ molho de coentros (picados grosseiramente);
- 1 lata de leite de coco;
- Sumo de ½ lima;
- 1 pedaço de 200g de abóbora;
- 2 talos de alho francês;
- 1 curgete (média);

(Para o pão paratha)
- Cerca de 300g de farinha;
- 30 g de manteiga (derretida);
- cerca de 150 ml de leite;
- ½ colher de sal;
- 2 colheres de sopa de sementes de sésamo;

Em primeiro lugar, para o caril, salteia-se num tacho com o óleo bem quente a canela, o cardamomo, as malaguetas, o cravinho e as sementes de funcho, por dois a três minutos. Depois, com a ajuda de uma varinha mágica (ou robot de cozinha) passa-se o alho, o gengibre, 10 cl de água e o açafrão, até se formar uma pasta amarela e junta-se ao tacho.

Posto isto, adicionam-se as cebolas e cozinham-se por 5 minutos, depois adiciona-se cominhos, coentros em pó, a noz-moscada, o piri-piri e o caril. Nesta fase junta-se o melaço de cana e cozinha-se por 3 minutos, depois acrescenta-se a infusão de tamarindo, o caldo de galinha e deixa-se ferver por 20 minutos e reduzir.

Passados os 20 minutos, reduz-se o lume e junta-se o alho francês, depois junta-se a curgete e a abóbora (em cubos grandes) e cozinha-se até ficarem macios, mas sem perderem a consistência.

Termina-se o caril com sumo de lima, leite de coco e os coentros picados.

Para fazermos o pão paratha (pão indiano), numa taça larga juntamos a farinha, a manteiga derretida, o leite e o sal e mexe-se até formar uma massa. Transfere-se a massa para uma superfície com farinha e amassa-se por três minutos até ficar macia, divide-se em oito bocados, embrulha-se em película anti-aderente e leva-se ao frigorífico por 30 minutos para repousar.

Estendem-se os pedaços de massa até termos uma espessura de dois a três milímetros, polvilham-se com as sementes de sésamo e fritam-se numa frigideira anti-aderente com um fio de óleo de amendoim até ficarem dourados de ambos os lados.
Serve-se o caril e acompanha-se com o pão paratha.
Sem dúvida que é uma receita muito longa e trabalhosa, mas que vale muito a pena pelo seu sabor.

Experimentem.

Fotos por: Shot Frame – www.shot-frame.pt / facebook.com/shotframept

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pimentos Verdes


Olá minha gente,

No verão o Barrigana adora cozinhar coisas próprias desta estação. Um desses grandes petiscos são sem dúvida pimentos assados na brasa, huumm espectáculo. Uns belos pimentos a acompanhar um peixe fresco acabado de assar, muito bom.

Mas há sempre um problema com os pimentos, principalmente com os verdes, são indigestos. Muitas vezes passamos o resto da tarde a arrotar a pimentos, ou com a sensação de estômago inchado e por vezes azia.

Se já cozinharam com os três “tipos” pimentos já devem ter reparado que os pimentos amarelos e vermelhos têm um travo mais doce, depois de cozinhados, em relação aos verdes. Isto deve-se ao facto dos pimentos verdes serem a versão não amadurecida dos pimentos amarelo e vermelho. Ou seja, no seu ciclo de amadurecimento, o pimento passa por três fases com três cores diferentes, verde (fase inicial), amarelo (fase intermédia) e vermelho (fase final). É este facto que faz o pimento verde ser mais indigesto, por ainda não estar na sua fase madura, à semelhança de outros frutos quando ainda estão “verdes”.

Mas, nada temam! O Barrigana tem a solução para continuarem a comer calmamente os vossos pimentos verdes (e os outros também). Basta usarem os pimentos sem pele, pois a pele é outro dos elementos que torna os pimentos mais indigestos. Esta sai facilmente quando são assados na brasa (directamente em cima das brasa ou na grelha), no forno, ou mesmo directamente na chama do fogão. Este processo queima a pele exterior do pimento, permitindo que a possamos retirar com grande facilidade.

Logo após termos os pimentos assados colocamo-los dentro de água e assim retiramos-lhes a pele. Outra técnica é coloca-los quentes dentro de um saco e deixar que o vapor produzido torne a pele macia, depois é só retirá-la com a ajuda de água fria.

Outra dica é limpar bem o interior dos pimentos antes de os ingerir, uma vez que outro dos elementos nocivos para a digestão são os veios que os pimentos têm no interior, estes têm que ser totalmente retirados.
Pronto! Já sabem. Quando quiserem comer uns belos pimentos assados basta seguirem estas dicas e garanto-vos de que a vossa digestão será bem melhor.

Design por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia



sábado, 6 de julho de 2013

Figos lampos salteados com presunto e feta


Meus amigos,

Hoje o Barrigana traz-vos uma receita muito simples e que é realmente uma delícia.

Mas antes da receita tenho uma palavra para vocês… Figos. Quem não aprecia um doce e meloso figo? Devo confessar que, até há algum tempo atrás, eu não era grande apreciador, era uma fruta que simplesmente me passava um pouco ao lado, até que um dia decidi dar-lhes uma séria oportunidade e nunca me arrependi.

Os figos que usei para esta receita são apelidados de “figos lampos”, porque a árvore de onde são colhidos se chama figueira lampa, ou ainda de “figos de S. João”, pelo facto de antigamente serem apanhados na noite de S. João.

Esta é uma daquelas receitas perfeita para uma entrada, ou para uns belos petiscos “mais elaborados”. Para isto vão precisar de:

- 2 a 4 figos lampos (cortados em metades);
- 4 a 8 fatias de presunto;
- 3 paus de canela;
- Queijo feta (cortado em cubos);

Em primeiro lugar numa frigideira com azeite salteiam-se as metades de figo juntamente com os três paus de canela, certificando-nos de que a canela entra em contacto com os figos. É normal que se forme uma espécie de melaço no fundo da frigideira depois deste processo, não se preocupem, juntem uma a duas colheres de sopa de água e, com uma colher de pau, façam esse melaço soltar-se do fundo, vai dar um excelente molho para cobrir os figos.

Posto isto, retiram-se os figos e colocam-se num tabuleiro/recipiente adequado para ir ao forno. Depois junta-se um quadradinho de queijo feta em cada figo e enrola-se uma fatia de presunto (podemos sempre usar apenas metade de uma fatia) em volta de cada figo.

Finaliza-se levando ao forno por 5 minutos, até que o queijo derreta e o presunto cozinhe. Acrescenta-se um pouco do molho da frigideira e serve-se.


Fácil e muito saborosa. Que acham?

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Restaurante ”Meninos do Rio”


Boas pessoal,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um restaurante que, há mais de dez anos, que faz as delícias de lisboetas (e não só) que apreciam uma bela refeição, ou um simples copo, à beira-rio.

Venho falar-vos do restaurante/esplanada/bar “Meninos do Rio”, localizado no armazém 25, na Rua Cintura do Porto de Lisboa, bem junto ao rio, depois da estação de metro/fluvial do Cais-do-Sodré.

Este restaurante é um moderno aproveitamento de um antigo armazém do porto de Lisboa, perfeito para se poder aproveitar o sol da capital, ou o calorzinho que as noites nos têm trazido. Aproveitamos um copo ao fim da tarde, ou uma excelente refeição de almoço ou jantar.

Devo dizer que para mim este restaurante foi uma grande surpresa, pois sempre que passava por lá perto pensava que seria apenas um bar, ou discoteca, muito me enganei eu. Quando lá fui pela primeira vez deparei-me com um restaurante com excelentes pratos, muito bem confeccionados. Desde uns carnudos e suculentos “camarões grelhados com pão preto e limão”, para entrada, passando por um saboroso “risoto de manjericão com lombo de salmão”, ou um “risoto de citrinos com vieiras”, para prato principal e se tiverem Barrigana para tal um “Pannacota de baunilha com frutos silvestres”, mas eu sugiro que deixem a sobremesa de lado (até porque as porções são bem servidas) e vão-se deixando ficar pela tarde/noite a dentro a bebericar a excelente “sangria de espumante e frutos vermelhos”. Quando estiverem preparados, mudem-se para uma espreguiçadeira com vista para o rio e peçam um digestivo, ou um cocktail.

Depois disto só poderia atribuir os cinco Barriganas à ementa.

Em relação ao ambiente, é um restaurante cheio de “good vibe”, o atendimento é bastante simpático, mas sem ser desleixado. A música está sempre presente para ajudar na descontracção e caso queiramos podemos usufruir das várias áreas da esplanada, ora das espreguiçadeiras, ora dos confortáveis sofás.
A vista, como já vos falei, é maravilhosa temos um trio infalível símbolos de lisboetas, o rio, a ponte e o Cristo Rei, melhor do que isto não pode haver.

Assim, ficam os cinco Barriganas para o ambiente.

Quanto ao preço, é um restaurante relativamente acessível. Uma refeição com entrada, prato principal e sobremesa ronda os 25 € por pessoa, que, tendo em conta a qualidade dos pratos e a paisagem é um preço simpático.

Para o preço vão os quatro Barriganas.

Já sabem, caso queiram relaxar à beira rio depois de um dia de trabalho, ou queiram refrescar-se, e beber um copo com amigos para celebrar as férias, este é uma excelente opção.


Fotos e Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Nigella Lawson – Cheesecake de chocolate


Olá a todos,

Hoje, em mais um “Desafios do Chef”, o Barrigana decidiu fazer uma receita de uma das figuras do “mundo da culinária”mais mediáticas. Falo-vos de Nigella Lawson.

Nascida em Londres em 1960, Nigella é uma multifacetada chef de cozinha, apresentadora de televisão e jornalista. Filha de Nigel Lawson antigo “braço direito” (ex-chanceler do Tesouro) de Maragaret Tacher, Nigella cedo viveu “próximo da comida” uma vez que a sua família era a proprietária do império J. Lyons and Co., que incluía uma cadeia de restaurantes, uma cadeia de hotéis e uma empresa de produção de produtos alimentares.

Depois de se ter graduado na Universidade de Oxford, começou por trabalhar como revisora de livros e crítica de restaurantes, mais tarde foi vice-editora literária do jornal The Sunday Times. Em 1998 editou o seu primeiro livro (e primeiro bestseller) sobre culinária, “How To Eat” que vendeu cerca de 300.000 cópias. A partir daqui surgiram vários sucessos não só em livro, mas também com os seus programas de televisão, tendo o seu primeiro programa (Nigella Bites) atingido a média de 1,9 milhões de espectadores.

Hoje em dia é uma das mais respeitadas e reconhecidas chefs/celebridades da cozinha a nível mundial. Assim sendo, o Barrigana não podia deixar de fazer uma das suas receitas, por isso hoje trago-vos um delicioso e guloso “Cheesecake de chocolate”. Para isto vão precisar de:

(Para o biscoito)
- Cerca de 20 bolachas “digestive” (finamente moída );
- 1 colher de sopa de cacau;
- ½ barra de manteiga (s/ sal);

Depois das bolachas bem moídas, junta-se o cacau e a manteiga (à temperatura ambiente). Mistura-se tudo até obter uma mistura parecida com areia molhada. Neste ponto colocamos a mistura no fundo da forma de cheesecake e levamos ao frigorífico.

(Para a mistura do Cheesecake)
- 2 pacotes de queijo creme (à temperatura ambiente);
- 5 a 6 colheres de sopa de açúcar;
- 1 colher de sopa de farinha maisena;
- 1 colher de chá de baunilha (aroma);
- 3 ovos;
- 3 gemas de ovo;
- 4 a 5 colheres de sopa de natas azedas;
- 1 colher de chá de cacau em pó;
- 1 ½ de chocolate negro;

Em primeiro lugar junta-se o queijo creme, o açúcar, a farinha maisena, o aroma de baunilha, os ovos, as gemas e as natas azedas. Mistura-se tudo bem até se obter uma mistura macia e esbranquiçada. Dissolve-se o cacau em pó com um pouco de água quente e junta-se à mistura.
Depois de derretido o chocolate negro (em banho maria) junta-se à restante mistura, mexe-se bem e coloca-se tudo na forma para ir ao forno.

Atenção a forma terá que ser bem envolvida em papel de alumínio pois vamos juntar água quente a um recipiente onde depois iremos colocar a forma do cheesecake para cozer no forno, desta forma a água não toca no cheesecake (que foi o que aconteceu com o meu, bastou um pouco de água para o biscoito ficar ensopado). Leva-se ao forno a 170 graus por 45 minutos a 1 hora.


E pronto, facílimo e delicioso. Experimentem.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Estrelar/fritar ovos


Olá a todos,

Quem não gosta de um belo ovo estrelado? Bem, eu sou um grande fã. Porém, até um aparentemente simples ovo estrelado tem a sua ciência.

Para mim não pode haver maior desilusão do que comer um ovo estrelado com a gema seca e sem graça, em vez de um belo ovo estrelado com a gema no ponto, líquida e onde posso afundar um belo pedaço de pão.

Mas não se preocupem, o Barrigana traz-vos uma dica para que nunca mais tenham que passar por essa experiência tão traumatizante.

Em primeiro lugar deve-se aquecer bem a frigideira com o azeite/óleo antes de introduzirmos o ovo, depois o segredo está todo no tempero. A gema só deve ser temperada com pimenta e a clara só com sal. O que acontece quando temperamos a gema com sal é que esta fica desidratada muito rapidamente, devido ao sal. A água da gema desaparece deixando-a dura e seca, semelhante à gema de um ovo cozido.

Agora já sabem, se forem como eu e usam a gema do ovo para molhar tudo e mais alguma coisa, não se esqueçam desta dica.


Fotos por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia