sexta-feira, 28 de junho de 2013

Gelado de Nêspera


Boas minha gente,

Hoje, a primeira coisa que vos tenho a dizer é,…”tá uma brasa que não se pode estar”. Por isso mesmo e para combater o calor o Barrigana resolveu fazer um refrescante gelado.

Este gelado é muito particular. Como vocês sabem eu sou totalmente contra o desperdício, por isso, assim que me deparei com umas nêsperas que já andavam por aqui moribundas resolvi pôr mãos à obra. Juntei o útil ao agradável e fiz um gelado de nêspera.

Para fazer este gelado vão precisar de:
- 300 a 400 g de nêsperas;
- 200 ml de natas (para bater);
- Cerca de 25g de açúcar amarelo;
- 1 pedaço de gengibre (com cerca de 1 cm);
- Sumo e raspas de ½ lima;

Para começar arranjam-se as nêsperas (retira-se a casca, os caroços e algumas possíveis partes podres) e levam-se ao congelador até congelarem (cerca de 2 a 3 horas). Uma vez congeladas reduzimo-las a um puré/líquido e junta-se o gengibre, o sumo e a raspa de lima. Reserva-se no congelador.

Nesta fase, batem-se as natas (bem frias) com o açúcar até ficarem bem firmes e cremosas. Junta-se a mistura de nêsperas e envolve-se bem até ficar uma mistura homogénea. Leva-se ao congelador num recipiente durante 20 minutos, depois retira-se o gelado e mexe-se com a ajuda de umas varas misturando as partes já congeladas com as que ainda não estão congeladas. Repetimos este processo, mas a cada vez adicionamos 10 minutos ao tempo de espera, até o gelado ficar totalmente sólido. Este processo serve para não deixar que o gelado crie cristais de gelo muito grandes. Assim, cada vez que mexe-mos estamos a partir mais os cristais de gelo.

Este é daqueles benditos gelados que nem saem do recipiente, vai tudo de uma vez.

Experimentem.   
Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Os chefs da minha família II


Boas pessoal,

Como já vos tinha falado, a minha família é abundante em pessoas com grande inclinação para a cozinha. Pessoalmente, gostos de chamar-lhes chefs mais que não seja porque fazem alguns pratos que mereciam estar num restaurante.

Já vos falei aqui dos chefs da minha família, hoje venho falar-vos de mais alguns, mas estes são todos por “acréscimo”, ou seja, “unidos” com familiares directos.

Em primeiro lugar o meu tio Fernando, fanático assumido por sushi, as suas especialidades são “Cuscuz com vegetais” e “Folhados de alheira e cogumelos”, entre outros pratos.

Depois a minha tia Sofia, especialista em sopas e recordo-me muito bem de um certo polvo assado no forno, macio e suculento. Mas aquela receita de que nunca esqueço é mesmo a tarte de noz. Uma fina camada de bolo, fofo e macio, coberto por umas crocantes nozes caramelizadas. Já estou a salivar.

Outro chef é o meu cunhado Dino, o açoriano mais energético que conheço, é especialista em fazer batatinhas novas cozidas e temperadas com alho e massa malagueta, simplesmente viciantes. É também um perito (como eu) da cozinha “Réd’On”, de tudo o que seja restos ele faz petiscos saborosos, ou refeições completas. Ele é a peça fulcral para a receita de “Lapas” da sua mãe, pois é ele que as apanha.

Por fim a mãe do Dino, a “Dona Didi” é uma cozinheira de mão cheia, a “molhanga” que faz para acompanhar as tais “Lapas no forno” é de morrer, Alcatra de peixe e carne é com ela e até faz licores, nomeadamente um certo licor de vinho que é um verdadeiro xarope para a garganta.

Sem uma família como esta, certamente que o Barrigana não seria o mesmo.


Design por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia       

Fábrica do Costa - Restaurante Marisqueira


Boas pessoal,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um daqueles sítios que são sempre apetecíveis e que conseguem combinar boa comida e boa paisagem.

Falo-vos do restaurante/marisqueira “Fábrica do Costa”, situado no Sítio da Fábrica, em Cacela Velha, Vila Real de Santo António. A “Fábrica” (como habitualmente é conhecido) é daqueles sítios onde podemos comer do melhor marisco que o Algarve tem para oferecer, a ementa está repleta de boas opções. Eu, pessoalmente, recomendo as ostras ao vapor (acabadinhas de sair da água), o arroz de lingueirão ou as conquilhas abertas. Mas devo confessar que o ex-libris deste restaurante, aquele       prato que me faz salivar abundantemente de cada vez que penso nele são os camarões tigre grelhados e acompanhados  pelo molho especial de manteiga, azeite, alho e piri-piri, meus amigos é de comer e chorar por mais. Todas as partes do camarão podem ser comidas, começando pela cauda e acabando no cérebro do animal. Até mesmo das cascas vale a pena tentar sorver todos os saborosos líquidos do camarão.

Palavras para quê, a esta ementa atribuo os cinco Barrigana.

Outro dos pontos altos deste restaurante é a paisagem. Estamos literalmente a dois passos da ria e podemos observar os barcos e pessoas que atravessam a ria até à praia de Cacela, que fica a cerca de 100 metros do restaurante. O ambiente é familiar, acolhedor e simpático. Caso tenhamos sorte (e cheguemos por volta das 19.30 para jantar) podemos sempre apreciar as delícias apresentadas numa mesa de esplanada, de primeira fila para a ria e para o pôr-do-sol.

Para o ambiente vão também os cinco Barriganas.

Em relação ao preço é um pouco variável, consoante os pratos que são pedidos. Nestas circunstâncias, quanto menos vulgar for a iguaria, maior será o seu preço. Iguarias essas que não são acessíveis a todas as carteiras.

Relativamente ao preço ficam os três Barriganas.

Um bom sítio para se apreciar um belo pôr-do-sol, acompanhado por comida da boa e depois de um de árduo trabalho para o bronze. Experimentem se estiverem na zona é uma excelente opção.

Fotos e Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia   


terça-feira, 25 de junho de 2013

Henrique Sá Pessoa – “Lâminas de Abacaxi macerado em calda de hortelã com gelado de baunilha”


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana, em mais um “Desafios do Chef” resolveu fazer mais uma receita do chef Henrique Sá Pessoa e esta é mesmo daquelas incontornáveis, principalmente num dia de calor abrasador como o de hoje.

Desta vez o Barrigana traz-vos umas refrescantes “Lâminas de abacaxi macerado em calda de hortelã com gelado de baunilha”. Para isto vão precisar de:

- ½ abacaxi (fatiado muito fino);
- 150 ml de gelado de baunilha;
- ½ molho de hortelã;
- 75 g de açúcar;
- 150 ml de água;

Em primeiro lugar faz-se a calda de hortelã fervendo a água com o açúcar por cerca de cinco minutos. Acrescenta-se a hortelã e deixa-se arrefecer.

Uma vez a calda arrefecida juntam-se as fatias finas e deixam-se a macerar durante duas horas no frigorífico. Dispõem-se as fatias no prato, guarnece-se com hortelã e o gelado. Serve-se bem frio.

E assim fica aqui a minha humilde contribuição para combater as altas temperaturas dos próximos dias.

Fotos por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Livro “Cozinha Confidencial” Anthony Bourdain


Hoje o Barrigana tem uma excelente dica para as férias de Verão.

São interessados em cozinha, mas os livros de receitas apenas servem para preparar a próxima refeição? São fãs (como eu) daqueles programas de programas de culinária que para além de comidas incluem também viagens, novas experiências culturais temperadas com uma boa dose de humor sarcástico à mistura? 

Então este livro é o mais indicado para vocês. Falo-vos do livro “Cozinha Confidencial” de Anthony Bourdain.

Ao fim de 25 anos de “sexo, drogas, mau comportamento e grande cozinha” o chefe decidiu “deitar cá para fora” todas as suas aventuras e desventuras no submundo da restauração, desde as suas primeiras experiências culinárias, passando pelo seu primeiro trabalho como “lava-pratos” num restaurante duvidoso em Provincetown, até às grandes cozinhas do Rockefeller Center (Nova Iorque), Tóquio ou Paris. A história profissional de Bourdain é intensa, imperdível, chocante de imensamente divertida.

Garanto-vos que é um livro imperdível, cheio do humor sarcástico, ácido e mordaz a que já nos habituou “Tony” Bourdain, que aproveita ainda para nos deixar algumas dicas para melhorar a nossa relação com a cozinha.


Devo confessar que ainda não terminei o livro mas não pude deixar de recomendá-lo.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sábado, 22 de junho de 2013

Creme frio de abacate, pepino e maçã




Hoje o Barrigana traz-vos mais uma das suas receitas. Desta vez, e como vos tinha falado no início da semana, trago uma receita com abacates. Abacates esses que foram amadurecidos usando uma das técnicas de que vos tinha falado, mais precisamente aquela em que se deixa os abacates num saco de papel juntamente com outras frutas maduras. Neste caso deixei-os por cerca de três dias num saco com uma banana e uma maçã madura. “Et voilá!” três dias depois temos abacates maduros, prontinhos para consumir.

Assim, hoje o Barrigana traz-vos um “Creme frio de abacate, pepino e maçã”. Uma refeição bastante saudável e refrescante para o primeiro dia do Verão de 2013.

Vão precisar de:
- 2 abacates maduros;
- 1 pepino;
- 1 maçã gala;
- 1 pedaço de gengibre (pequeno);
- 1 colher de sopa de sumo de lima;
- 1 colher de chá de sumo de limão;
- ½ molho de coentros;
- ½ dente de alho;
- Azeite;
- Sal e pimenta (a gosto);

Para começar descascam-se os abacates, o pepino (sem caroços), metade da maçã, o gengibre e cortam-se em pedaços (pequenos). Passa-se tudo num liquidificador, ou com a ajuda de uma varinha mágica, até ficar com a consistência de um creme espesso.

Corta-se a restante maçã em cubos e reserva-se no congelador para que fiquem ligeiramente congelados (nunca totalmente, apenas 5 a 10 minutos).

Nesta fase junta-se o sumo de lima e limão, os coentros, o alho, tempera-se com sal e pimenta e passa-se tudo mais uma vez. Junta-se água consoante a consistência que se pretenda.
Finaliza-se juntando os cubos de maçã e um a dois cubos de gelo antes de servir.

Fresco e saboroso este é um daqueles pratos perfeitos para o Verão. Experimentem!

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Gelados "Fá"


Olá a todos,

Hoje, apesar das mais recentes previsões de que este irá ser o pior verão desde há 200 anos, esteve um belo dia de sol e que praticamente já é de verão. A certa altura dei por mim cheio de calor e a desejar um daqueles geladinhos que são quase totalmente feitos de gelo (granizados) e corantes, mas que nestas alturas, quando era gaiato, me ajudavam a combater o calor.

Tive conhecimento, recentemente, de que há algumas décadas atrás existiam uns gelados/granizados deste tipo chamados “Fá” e que até tinham um anúncio de televisão que dizia qualquer coisa deste género: “Se queres ser dos nossos, tens de ter um Fá. Fá é fabuloso. É o melhor que há.” Infelizmente para mim (e para a minha Barrigana) nunca pude desfrutar de um gelado/granizado “Fá”, ou pelo menos os da própria marca.

Há anos atrás, quando frequentava o ensino básico, houve mais uma daquelas epidemias que se espalham pelas escolas de todo o país (do género das pipas) e que levava toda a gente na escola a comer “Fás”, às vezes até com o maior frio de rachar, lá aparecia um maluco qualquer a bater o dente com frio, mas sempre com um daqueles gelados.

O facto engraçado é que aqueles gelados/granizados aos quais, na altura, apelidávamos de “Fás”, não eram realmente da marca “Fá”, mas sim de outras marcas semelhantes. Até provavelmente, na altura, a marca já nem existia mas, mesmo assim, nós teimávamos (sabe-se lá por que carga de água) a apelidá-los de “Fás”.

Naquela altura fazíamos autênticas romarias, nos intervalos ou furos das aulas, a uma pastelaria perto da escola para comprar daqueles preciosos e refrescantes pedaços de gelos com sabor artificial. Lembro-me que os mais cobiçados eram sempre os de coca-cola, limão e morango. Alguns anos mais tarde lembro-me que ainda apareceram alguns sabores mais exóticos como piña colada (era o azul).


Belos tempos, hoje em dia acho que não seria capaz de comer tantos gelados daqueles. Acho que chegaria ao fim do primeiro e teria que ir de urgência para o hospital mais próximo com uma intoxicação por ingestão de demasiados corantes e açúcares, mas naquela altura nós éramos autênticos destemidos que expunham o corpo a quantidades inumanas de açúcar, corantes e sal através destes pequenos petiscos.   

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 19 de junho de 2013

“Jing Shan” – Olhão


Hoje o Barrigana vem falar-vos do melhor…, sim, MELHOR restaurante chinês onde alguma vez comeu.
Situado na Avenida 5 de Outubro em Olhão, o Restaurante “Jing Shan” é uma verdadeira caixinha chinesa de surpresas. Ladeado por vários restaurantes tipicamente algarvios, com o melhor peixe e marisco da região, podemos encontrar o “Jing Shan”. À primeira vista podemos pensar,…”Estranho!? Um restaurante chinês aqui no meio…”, depois podem-nos surgir alguns pensamentos mais dúbios em relação à ementa, mas assim que entramos e damos a primeira garfada esses pensamentos esfumam-se e ficamos agarrados àquela comida.

Os pratos são fantásticos, nada de buffets secos e gordurosos, tudo preparado na hora, ao contrário de muitos dos restaurantes chineses a que estamos habituados. Toda a comida e bebida é ótima, faço-vos já uma pequena ementa só para terem uma ideia. Para entradas recomendo as hóstias de camarão, o crepe chinês, uns wan-tan fritos ou a sopa de milho. Em relação aos pratos principais recomendo vários pratos, começando pela massa de arroz San-Xian, passando pela vaca com molho de ostras, o pato à Pequim ou pelas gambas em chapa quente, tudo isto sempre bem acompanhado pelo incontornável arroz Chao Chao.
Para as sobremesas, o gelado frito ou os sonhos de maçã com gelado são indispensáveis. Depois de tudo isto ainda tenho que destacar a sangria. Meus amigos, aquela sangria é de morrer, acaba por ser até um pouco estranho/inesperado que haja uma tão boa sangria num restaurante chinês. Sim… uma sangria (bebida tipicamente latina) dominada, e de que maneira, por chineses, esta é a prova que faltava de que eles estão a dominar todo o mundo. Já tentei infiltrar-me na cozinha para tentar descobrir a fórmula deste néctar divino, mas nunca fui bem sucedido, apenas consegui descobrir que lhe adicionam macieira… “os raças dos chineses ããhh?!”

Por tudo isto, não poderia deixar de atribuir os cinco Barriganas para a ementa.

Relativamente ao ambiente é um restaurante espaçoso, com excelentes condições, todos os funcionários são muito simpáticos e ao fim de algum tempo já fazemos quase parte da casa, ao ponto de já saberem o que comemos (isto é se formos regulares em termos de pratos pedidos). Caso queiramos também podemos usufruir do serviço de take-away ou de entrega ao domicílio.

Assim, ficam os quatro Barriganas para o ambiente.

Em relação ao preço é do mais acessível que podemos ter num destes restaurante e se tivermos em conta a relação “qualidade-preço” que apresentam ainda o torna mais apetecível.

Palavras para quê? São os cinco Barriganas para o preço.


Já sabem se estiverem de férias ou de passagem por Olhão não hesitem, entrem e experimentem.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

terça-feira, 18 de junho de 2013

Chef Albano Lourenço – Arcadas “Risoto de azeitona preta com crocante de camarão e espuma de caril”


Olá minha gente,

Hoje, em mais um “Desafios do chef”, o Barrigana vai fazer uma receita de um dos melhores chefes do país.
Pode-se dizer que, para o chef Albano Lourenço, a culinária foi uma questão de amor, literalmente. Aos 20 anos seguiu a mulher da sua vida (hoje esposa) até ao curso de cozinha e pastelaria da escola de hotelaria e turismo do Algarve.

Apesar disto, o talento para a gastronomia nunca se manifestou durante esses primeiros anos. Até aí havia alguma “empatia com os tachos”, mas a chama só se acendeu (e nunca mais se apagou) enquanto trabalhava no São Gabriel, em Almancil, ao observar o chef Vincent Ness. Depois de dez anos de dedicação ao São Gabriel e de uma estrela Michellin, Albano decidiu mudar-se para mais perto de casa e foi para Coimbra, onde logo surgiu uma nova oportunidade, com o convite da Quinta das Lágrimas. Hoje, dez anos depois, ainda diz que parece que lá chegou ontem.

Para hoje resolvi fazer um “Risoto de azeitona preta com crocante de camarão e espuma de caril”. Para isso vão precisar de:

(para 3 pessoas)
- 400g de camarão 20/25;
- 2 chalotas;
- 4 colheres de sopa de manteiga;
- 160g de arroz arbório;
- 1 dl de vinho branco;
- 15g de queijo parmesão;
- 80g de azeitona preta;
- 1 cubo de caldo de frango (a minha pequena batota);
- 80 ml de natas;
- 1 colher de chá de caril (ou a gosto);
- Banana madura (a gosto);
- sal e pimenta q.b.

Para o crocante de camarão, descasca-se o camarão (atenção guardem as cascas e cabeças para mais tarde fazerem um caldo) e tempera-se com sal e pimenta e salteia-se em azeite. Reserva-se.

Em relação ao risoto de azeitona, primeiro descaroçam-se as azeitonas e cortam-se em juliana. Posto isto, salteia-se a chalota em manteiga e junta-se o arroz para fritar um pouco. Refresca-se com vinho branco, acrescenta-se o caldo de frango (devo confessar que fiz uma pequena/grande batota e em vez de ter feito o caldo, usei um cubo de caldo de frango) aos poucos e finaliza-se temperando com sal e pimenta, parmesão ralado e as azeitonas pretas.
Para a espuma de caril sua-se a chalota em manteiga, caril e banana. Nesta fase, juntam-se as natas e deixa-se ferver o preparado e tempera-se com sal.


Agora é só servir e desfrutar.
Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Abacates Maduros


Olá a todos,

O Barrigana é grande apreciador de abacates. Para além de muito saborosos são frutos muito saudáveis para a nossa saúde. Contribuem para a redução da taxa de colesterol e da pressão sanguínea e são uma boa fonte de anti-oxidantes. Previnem a prisão de ventre, perturbações digestivas e possuem uma boa acção anti-inflamatória. São ricos em calorias, logo são uma óptima fonte de energia.

Apesar disto, sempre que quero usar abacate numa receita, enfrento sempre um problema. A maior parte dos abacates que se vendem nos super-mercados estão verdes, o que faz com que eles tenham que amadurecer por alguns dias antes de serem usados.

Felizmente (e depois de uma pesquisa na net) existem várias técnicas para fazer amadurecer mais rapidamente os abacates, até porque os abacates verdes não são tão nutritivos, nem tão saboroso (é um sabor parecido a um pedaço de cartão). Uma das técnicas é embrulhar o abacate num jornal, ou num saco de papel e guardá-lo num sítio seco, assim o abacate vai levar cerca de três a quatro dias.

Outro truque consiste em colocar os abacates num saco de papel (a temperatura ambiente), juntamente com outros frutos maduros, como tomates, bananas ou maçãs. O gás etileno que é libertado pelos frutos maduros vai acelerar o processo de amadurecimentos dos abacates.

Se não puderem (ou quiserem) esperar alguns dias, existe uma maneira mais rápida. Colocando os abacates no micro-ondas por alguns segundos, numa temperatura média. No entanto, só se deve optar por este processo num caso extremo, pois apesar do abacate ficar comestível em termos de textura, não ficará com o mesmo sabor de um abacate naturalmente amadurecido.   


Fotos por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Piza de Alcatra



Boas minha gente,

Hoje, no seguimento das minhas aventuras açorianas resolvi trazer-vos uma receita inspirada em toda essa viagem.

Como vos disse ontem, esta viagem foi rica em novas e saborosas experiências gastronómicas, mas devo confessar-vos que a que mais me tocou no fundo da minha Barrigana foi a “alcatra de carne”. Meus amigos, que prato vindo dos céus, molhinho muito saboroso e condimentado, carne que praticamente se desfaz só de olhar… aaaahhh, para mim já marchava uma alcatrazita.

Se tivesse tido oportunidade tinha trazido um bocadinho dentro da mala, ou até no bolso se fosse preciso. Não sendo isso possível, resolvi dar a volta ao prato e fazer uma “Piza de Alcatra”, para homenagear o prato e recordar esta inesquecível viagem.

Os ingredientes são:
- Massa de piza;
- 4 Inhames;
- Pesto;
- Carne de Alcatra (com o molho);
- Rodelas de alguns enchidos;
- Queijo mozzarela ralado;
- Queijo flamengo ralado;
- Rodelas de ½ cebola;

Atenção! A receita que se segue não é aconselhável a pessoas com estômagos sensíveis ou facilmente impressionáveis.

Devo confessar-vos que não fui eu que fiz a massa para a piza, isto porque nos Açores existem super-mercados onde se pode comprar massa para piza já amassada e levedada. Muito mais fácil e prático.
Depois desta introdução passemos à confecção. Em primeiro lugar cozem-se os inhames (com casca) num tacho com água e bastante sal. Uma vez cozidos, descascam-se e esmagam-se até atingirem consistência de puré. Nesta fase temperam-se com sal, pimenta, azeite e junta-se um pouco do molho da alcatra a gosto e mistura-se bem.

Posto isto numa frigideira aquece-se a carne da alcatra juntamente com o molho e deixa-se cozinhar lentamente até o molho ficar reduzido. Numa frigideira á parte cozinham-se (sem gordura) as rodelas de enchidos.

Nesta fase estende-se a massa e leva-se ao forno pré-aquecido (a cerca de 150 graus) por cerca de 3 minutos. Assim a massa fica levemente cozinhada e não fica mole quando acrescentamos os ingredientes.
Para montar a piza primeiro espalha-se o pesto, depois junta-se o puré de inhames, a carne, a cebola e por fim os queijos. Vai ao forno por cerca de 15 a 20 minutos, ou até estar dourada.


E assim fica aqui a minha humilde homenagem aos Açores, mais particularmente à ilha Terceira, à sua gastronomia e às suas gentes.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Barrigana nos Açores


Olá minha gente,

Nas últimas duas semanas muitos de vós devem-se ter perguntado qualquer coisa do género…”o qu’é feito do Barrigana que nunca mais deu notícias?”, bem, se não se perguntaram deviam-no ter feito.
O Barrigana fez uma viagem “gastronómicó-culturaló-familiar” aos Açores. É verdade, mais uma vez, o Barrigana “fez-se de cobaia” só para vos trazer as melhores sugestões gastronómicas açorianas, neste caso, da ilha Terceira.

Mal saí do avião arrastaram-me para uma festa, que por estas bandas acontece quase diariamente e apresentaram-me uma amiga que vou guardar para a vida: “A Sra. Costeletona de Vaca assada na brasa” (das mais saborosas que comi até hoje) acompanhada de inhames (a “batata açoriana”).

Depois deste primeiro contacto tive uma nova aventura e desta vez fiz-me homenzinho e enfrentei um dos touros de uma tourada à corda (tradicionais nestas alturas), que foi mais precisamente o quinto (o mais perigoso de todos). Surpreendidos? Passo a explicar. Na Terceira apelidam carinhosamente de “o quinto touro” aos comes e (principalmente) bebes que são servidos nas várias casas depois das touradas à corda (que têm tradicionalmente quatro touros).

Aventuras à parte, tenho que vos falar de uma especialidade que me conquistou… Alcatra. Este prato consiste basicamente num cozinhado, que vai ao lume por muito tempo num alguidar de barro. Eu tive a oportunidade de provar três especialidades de alcatra: de peixe, de búzios e a inesquecível alcatra de carne. O molho é uma perdição, cheio de toucinho, cebola e vinho (preparado da mesma maneira para qualquer tipo de alcatra).

Nesta viagem, havia também que provar alguns dos belíssimos produtos que o arquipélago tem para oferecer (carne e leite), e um dos melhores sítios para isso é sem dúvida a “Quita dos Açores”. Esta é uma marca dedicada à produção e comercialização de produtos regionais dos Açores, mas que tem como grande bandeira os lacticínios e a carne de vaca. Eu como não podia deixar de ser tive que ir verificar e só tenho coisas boas para dizer tanto dos saborosos gelados, com variados sabores, como da carne da melhor qualidade (principalmente dos hambúrgueres).

Também não vos podia deixar de falar dos produtos do mar que a Terceira tem para oferecer, ou não fosse uma ilha. Começando pelas famosas telhas com cherne, lulas e camarão, passando pelas espetadas mistas de enfartar qualquer bruto, ou pela moreia frita e passando ainda por umas fresquíssimas cracas e umas gulosas lapas a saber a mar.

Não poderia falar da Terceira e não falar de massa malagueta, seria uma enorme falha. Aqui a massa malagueta está quase sempre presente à mesa, até mesmo nas entradas, desde os tremoços ao queijo fresco. Também tive oportunidade de comer (para entrada) uns surpreendentes amendoins torrados com sal e alho.


Para terminar, não podia acabar sem vos falar de uma sobremesa, uns saborosos “donétes” (um cruzamento entre o “donut” americano e a portuguesíssima fartura), mas esse não tem registo fotográfico porque era um crime mostrar-vos e não vos dar a provar um bocadinho.

Fotos por: Sara Costa - http://sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Escadinhas de São Miguel


Olá a todos,

Hoje é véspera de S. António, o feriado lisboeta mais alegre de todo o ano. Para além da crise que afunda o país, neste dia todos esquecem as dificuldades e saem à rua para festejar. Mas, existem sempre algumas incógnitas, uma delas é: onde jantar.

Normalmente, a cada esquina das zonas históricas da cidade há uma banca de “comes e bebes”, mas neste dia com tanta gente nas ruas é muito difícil encontrar uma que não esteja a “abarrotar”. Por isso mesmo é que o Barrigana deu a “Barrigana às balas” e foi fazer uma pesquisa aprofundadíssima, para vos trazer hoje a opção mais acertada.

Bem e depois de muita procura sugiro-vos as Escadinhas de São Miguel em Alfama.  

Situadas em pleno “coração de Alfama”, nestas escadinhas “comes e bebes” não faltam. Desde o tradicional caldo-verde, passando pelo chouriço assado e acabando nas bifanas ou nas sardinhas.

Quero destacar em particular as sardinhas, que já estão em “boa altura” e que estavam muito saborosas.

Por isto, ficam os quatro Barriganas para a ementa.

Em relação ao ambiente, não há muito a acrescentar para além do facto de ser um arraial de Santo António. Enfeites por todo o lado, música para animar e boa disposição que contagia qualquer um. Com tudo isto até esquecemos o facto de estarmos a comer sentados num balde virado ao contrário e a cheirar a sardinhas assadas da ponta do cabelo à ponta do pé.

Para o ambiente só poderiam ser os cinco Barriganas.

O preço é bastante acessível. Ronda os 10/12 euros por pessoa, que, num grupo de quatro, dá direito a 1 dúzia de sardinhas, um chouriço assado, pão, uma bifana, uma salada e duas sangrias. Para o preço vão os cinco Barriganas.

 E assim vamos bem preparados para uma noite inteira de dança e diversão. Afinal de contas o bailarico é mesmo ali ao lado. É um dois em um, comida e diversão num curto espaço. Querem melhor?

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia 




terça-feira, 11 de junho de 2013

Comer sardinhas



Olá minha gente,

Os Santos Populares estão aí à porta e com eles tudo o que é tradicional e característico destas festas. Os arraiais e bailaricos que surgem em cada esquina de várias cidades portuguesas, as marchas populares de arquinho e balão e a inevitável comida.
E agora pergunto-vos eu. Qual é, para vocês, a melhor comida dos “Santos”, o caldo verde, a bifana, o chouriço assado? Meus amigos, para mim sem dúvida que é “a bela da sardinha assada”, sempre deitada na sua cama, à qual carinhosamente apelido de “farronca” de pão.
Mas meus amigos, se acham que, para mim, comer sardinhas assadas é um simples ato de “encher o bandulho” (ou a Barrigana, neste caso), tirem daí a ideia. COMER SARDINHAS, para mim envolve todo um ritual e técnicas muito próprias que elevam toda a refeição ao patamar de um verdadeiro “manjar dos deuses”.
Em primeiro lugar, as sardinhas têm que ser, como manda o ditado, pequeninas e cheiinhas. Depois o processo divide-se em etapas.
Primeira: A sardinha deve assentar sempre, mas sempre, por cima do pão.
Segunda: Para além da fatia de pão que serve de base para as sardinhas devemos ter mais um pedaço de pão para podermos “espremer” as sardinhas para que elas libertem os seus óleos, que por sua vez vão ensopar o pão. Mas atenção! A “barriga” da sardinha deve ficar sempre virada para “o vizinho da frente” (assim ao menos não somos nós que nos sujamos e a culpa é sempre da sardinha).
Terceira: Comer a quantidade desejada de sardinhas sem nunca substituir o pão aonde ela assenta. Desta forma ele irá ficar bem ensopado nos óleos.
Quarta: Terminar a refeição com a fatia de pão “encharcada” nos óleos da sardinha, que para além de muito saudáveis, são saborosíssimos. Caso queiram, podem sempre utilizar a técnica de torrar a fatia de pão antes de a comerem, que também é muito saborosa.

Aqui está meus amigos, a minha dica para as tardes/noites de Santos Populares que aí vêm.

Design por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Maior ≠ Melhor

Meus amigos,

Hoje o Barrigana traz-vos mais uma dica. Desta vez, é uma dica não para a confecção da comida, mas sim para a compra da mesma, mais precisamente de fruta e vegetais.
Muitas pessoas pensam que “maior = melhor”, mas, na minha opinião nem sempre funciona dessa maneira. Muitas vezes, as melhores frutas e vegetais são as de tamanho médio ou pequenas, em muitos casos, quanto mais pequenas, mais sumarentas e mais tenras.
Esta dica aplica-se muito bem no caso das beringelas, por exemplo. As grandes têm muitas sementes, que depois de cozinhadas dão um travo amargo à beringela, ou a todo o prato. Quanto mais pequenas, menos sementes têm e mais tenras e saborosas vão ser.

Design por: Sara Costa – sarajfcosta.wix.com/fotografia

sábado, 1 de junho de 2013

Salada de Beterraba e maçã



Olá minha gente,

Hoje o Barrigana traz-vos uma sugestão leve e fresca, que tanto pode servir de acompanhamento para uma refeição, como pode perfeitamente fazer parte de um prato principal numa refeição.
Para hoje trago-vos uma fresca e saudável “salada de beterraba e maçã verde”. A combinação é inesperada, mas bastante deliciosa.
Vão precisar de:

(para 2 pessoas)
- 2 beterrabas (de tamanho médio);
- 1 maçã (granny Smith);
- Vinagre balsâmico q.b.;
- Azeite q.b.;
- sal e pimenta q.b.;
- Sumo de limão q.b.;
- Cebolinho (picado);

Em primeiro lugar cortam-se as beterrabas e a maçã em tiras finas e reserva-se no frigorífico. Posto isto, misturam-se os restantes ingredientes a gosto e tempera-se a salada com esta mistura.
Esta mistura também funciona muito bem com frango grelhado desfiado.
Experimentem, vale a pena.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia