domingo, 30 de outubro de 2016

O Mistério da Horta do Ti Manel (Uma Sobremesa para o Halloween)


Olá a todos,

O Halloween está aí à porta e, por isso mesmo, hoje trago-vos uma receita dedicada a este tema, mas para isso primeiro tenho que vos contar uma história.
"O Ti Manel tinha uma horta ia, ia, oh…
E nessa horta havia um mistério ia, ia, oh…
Num belo dia o Ti Manel deparou-se com um cenário macabro. O que aconteceu às maçãs e aos morangos do Ti Manel? As maçãs estavam podres, em decomposição, e os morangos mais pareciam sangue coagulado.
E os Olhos?... De onde vieram aqueles olhos?! Pobre Ti Manel..."
Agora falando mais a sério, hoje trago-vos uma sobremesa inspirada neste dia e também nesta pequena história (que foi totalmente inventada) apresento-vos "O Mistério na Horta do Ti Manel". Vão precisar de:

Morangos
- Morangos (em pedaços);
- 1 colher de chá de extracto de baunilha;
- Cerca de 3 colheres de sopa de martini bianco;
- 2 colheres de sopa de compota de amoras (ou de outros frutos vermelhos);
- Sumo de 1/2 limão;
- 2 folhas de gelatina;

Maçãs
- 2 a 3 maçãs riscadinhas de Palmela (pequenas);
- 2 colheres de sopa de vinagre de framboesa;
- Canela a gosto;

Terra
- Bolachas de chocolate e laranja;

- 2 olhos de goma;

Começando pelos morangos, numa taça  colocam-se os morangos partidos em pedaços, o martini bianco, a compota e o sumo de limão, mistua-se bem e cozinha-se por cerca de 5 minutos. De seguida, junta-se cerca de 4 a 5 colheres de sopa de água e cozinha-se por mais alguns minutos. Finaliza-se juntando as folhas de gelatina (previamente demolhadas em água) e deixa-se arrefecer.
Depois partem-se as maçãs em pedaços grandes (sem retirar os caroços, para dar um aspecto mais "real"), misturam-se com o vinagre de framboesa e polvilha-se com canela a gosto. Embrulha-se em papel de alumínio e leva-se ao forno a 180 graus por cerca de  40 minutos.
De seguida, para a "Terra" da horta, num robôt de cozinha colocam-se as bolachas de chocolate e trituram-se até ficarem com uma textura semelhante à da terra, um pouco grosseira (nem muito fina nem muito grossa).
Serve-se por fim colocando as bolachas de chocolate trituradas no fundo do prato, seguido pela maçã e pelas gomas de olhos (comprei um pacote no LIDL) e termina-se com os morangos tentando cobrir também a maçã e os olhos.
Um sobremesa assustadora e saborosa para celebrar o Halloween.

Fotos por Shot Frame - www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Barrigana na Terceia III - Onde Comer

Olá minha gente,

Não vos vou mentir. Uma das coisas que mais me dá prazer quando faço viagens é comer, provar tudo aquilo que uma cidade tem para nos oferecer.
Basicamente foi isso que também fiz nesta última viagem à Ilha Terceira, por isso mesmo, hoje deixo-vos aqui as minhas sugestões de restaurantes que, na minha opinião, valem a pena visitar na ilha.

Tasca das Tias (Angra do Heroismo)
O dia era de passeio pela cidade, por isso mesmo, o almoço já foi tardio, analisando as várias hipoteses que nos foram sugeridas pelos locais, acabámos por ficar numa "nova tasca" de ambiente acolhedor e decoração "tradicional cool", a Tasca das Tias.  
A refeição incluiu a morcela regional, um pouco diferente das que tenho provado cá no continente, depois as famosas Lapas grelhadas, macias, bem temperadas com a tradiconal massa malagueta, alho e manteiga, literalmente impróprias para cardiacos.
De seguida veio o Bife da Alcatra, um pedaço de carne de vaca tenro recheado de alho e acompanhado de batatas fritas, para finalizar o também tradicional Doce de Vinagre, um doce que de certa forma me fez lembrar os formigos, também ele muito saboroso.  



Cais de Angra (Angra do Heroismo)
Situado mesmo junto à marina de Angra situa-se o Cais de Angra. Com vista privilegiada para a marina e também para o Monte Brasil, a esplanada solarenga (quando o tempo ajuda) convidou-nos a um fantástico almoço de marisco e peixes típicos do arquipélago. 
Começando pelas entradas, não conseguimos resistir (mais uma vez) às famosas Lapas grelhadas com alho, massa malagueta e manteiga, acompanhadas por um também tradicional bolo lêvedo, bem tostado e com manteiga de alho, só de pensar ainda me salivo. Depois os peixes, um Atum braseado com sementes de sésamo e batata doce e filetes de Veja com molho de limão. Ambos muito saborosos e bem confeccionados, tenho que destacar que foi a primeira vez que comi Veja e fiquei maravilhado, o filete desfazia-se na boca e o molho era delicioso. Tudo isto acompanhado por um vinho do arquipélago (queria ter provado um dos vinhos brancos produzidos na ilha mas estava esgotado em toda a ilha, o Magma) Terras de Lava rosé, um vinho muito interessante, que merece ser mais conhecido, assim como muitos outros vinhos de mesa dos Açores.
Para sobremesa uma fantástica Tarte D. Amélia com gelado, um delicioso twist às tradicionais queijadas D. Amélia. Ligeiramente caramelizada por fora e pegajosa por dentro. Como é de esperar era necessário um bom acompanhamento para regar esta sobremesa tão indulgente, um licor de Nêveda, feito à base desta planta da família da menta (Calamintha Baetica) tradicional do Pico.



Restaurante Valadão (Vila Nova)
Cada vez que vou à Terceira, apercebo-me cada vez mais da influência que os imigrantes açorianos na América do norte têm na cultura, na língua e no dia-a-dia das gentes do arquipélago. Como é claro, isto também se reflete na comida. 
Nesta ilha (e talvez em todo o arquipélago) a Galinha frita (fried chicken) é uma "coisa importante", por isso mesmo, fui experimentar uma das casas mais famosas para a comer. Mais conhecido pela "Casa da Galinha", o Restaurante Valadão na Vila Nova, é onde se pode apreciar uma excelente Galinha Frita, bem cozinhada, com um polme super estaladiço (o mais crocante que já provei até hoje), acompanhada pelas habituais batatas fritas. A casa também serve outros pratos (certamente muito bons, imagino) mas acho que ir ao Valadão e não comer galinha frita é quase um pecado (gastronómico, claro).



Ti Chôa (Serreta)
Situado numa antiga casa de habitação, o "Ti Chôa"  é um restaurante típico da ilha que merece a visita. Segundo reza a história (que nos contou a proprietária) naquela casa morava um senhor (um "Tio" como se diz por aquelas bandas) com uma personalidade muito especial, que tinha sido emigrante nos Estado Unidos. Como já vos tinha dito antes, há muitas expressões do inglês (dos Estados Unidos) que passaram para o uso corrente na linguagem dos açorianos (por exemplo: "friza" - freezer - frigorífico; ou "pinotes" - peanuts- amendoins; ou ainda "Vaca Miquelina" - vaccum cleaner - aspirador), daí as pessoas da zona terem chamado ao senhor ("Tio") "Ti Chôa" ("Chôa" - sure - certo), por ter vindo dos States e ser uma expressão muito utilizada por emigrantes açorianos que voltavam do outro lado do Atlântico a falar um português "inglesado", onde empregavam algumas expressões do inglês estadunidense.
Mas passando ao Restaurante. Esta é uma casa de decoração tradicional, onde se destaca o antigo forno a lenha onde, todas as sextas feiras ao jantar, é cozinhado o pão (infelizmente o restaurante estava tão cheio, que só consegui ir sexta ao almoço), o atendimento é muito afável, simpático e descontraído, sempre com um sorriso.
A ementa é repleta de pratos muito tradicionais, como já era de esperar, devo destacar como entrada uma espécie de mix de 3 pratos tradicionais, morcela, torresmos fritos e  carne de porco com molho de fígado, todos eles fantásticos.
De seguida, nada mais, nada menos do que a tão tradicional Alcatra de Vaca, de carne tenra e macia, para sobremesa um apetitoso doce de Maracujá, tudo acompanhado por um vinho tinto do Pico.
Para finalizar e para ajudar a digestão um rennie e um guronsan, que é como quem diz, um licor de amora e uma água ardente regional, como digestivos. Fabuloso.



         
Restaurante Búzius (Porto Martins)
Situado na zona balnear de Porto Martins, junto às piscinas, encontramos o Restaurante Búzius. Uma casa de aspecto típico mas, que ao contrário do que se possa pensar, tem uma ementa baseada em pratos italianos. O ambiente é acolhedor e recomendo que tentem arranjar uma mesa junto à janela com vista privilegiada para as piscinas e para o mar.
Recomendo o Pollo Limone (Frango com Molho de Limão e alcaparras), os Calamari Fradiavolo (Lulas com Molho de Tomate Picante) e um delicioso Fettucini com Mexilhões e Camarão, tudo isto acompanhado por um vinho do Pico, o Frei Gigante Branco.
Para terminar, deixo-vos com uma sobremesa obrigatória, Banana Foster, uma taça com gelado de baunilha com banana salteada e flamejada com licor de banana, impróprio para gulosos. Uma delícia.



Espero que estas sugestões vos ajudem a ter uma fantástica viagem, na próxima vez que forem à Ilha Terceira. 
É verdadeiramente uma ilha cheia de pontos de interesse e de belezas naturais que vale a pena visitar pelo menos uma vez na vida.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Barrigana na Terceira II - Locais a Visitar e…comer

Olá minha gente,

Continuando, com a minha aventura na Terceira.
Hoje permitam-me desviar-me ligeiramente do tema principal deste blogue (comida) e deixem-me falar-vos um pouco de alguns dos sítios que visitei e que acho que 
todos os que visitam a ilha deveriam visitar.
Mas, como é óbvio, entre visitas, caminhadas e paisagens, há sempre também locais onde se junta a um ponto de interesse paisagistico/cultural, alguma comida.
Contudo, e apesar de facilmente se conseguir dar a volta à Ilha em pouco tempo, vou dividir esta "visita" em três partes: A cidade de Angra, A zona da Praia da Vitória e o "resto da Ilha".

A Cidade de Angra
Angra do Heroísmo tem vários pontos de interesse, desde monumentos históricos, a fantásticas paisagens naturais.
Mas não só, Angra tem vindo a ter um pequeno boom de novas lojas, mercearias e restaurantes com uma nova cara e novo feeling. 
O Bocas - Sabores do Mundo: É o sítio indicado para quem procura ingredientes de outras partes do mundo. Alguns deles até nunca tinha encontrado aqui no continente.   (www.facebook.com/obocas.saboresdomundo)
Pomar dos Atlântico - Para quem procura produtos regionais. Desde vinhos, compotas, chás, ervas aromáticas, especiarias, conservas e artesanato, entre outros. 


Quinta dos Açores - Sítuada a alguns minutos de Angra, este sítio é vários coisas tudo num só edifício. Para além de ser os escritórios e fábrica desta empresa de lacticínios e carne de vaca dos Açores, é também um mercadinho de produtos regionais e um fantástico restaurante/gelataria, tudo isto claro com os produtos produzidos no andar de baixo. Recomendo que provem a carne de vaca (seja de qualquer forma, eu fiquei-me por um prego) e os magníficos gelados (tentem ir lá mais do que uma vez para provarem vários sabores) muitos deles com sabores regionais.


Museu de Angra do Heroísmo - Algumas horas bem passadas, não só pelas peças do museu, mas também pelas várias exposições temporárias.
Jardim Duque da Terceira - Um local incontornável, vale a pena tirar um tempo para passear no jardim e também fazer uma pit stop na Casa do Jardim, uma casa especializada em cozinha vegetariana, para depois atacar a escadaria que liga o jardim ao Alto da Memória, um monumento erigido em homenagem à passagem de D. Pedro VI pela ilha e um local com uma vista privilegiada sobre a cidade.
Monte Brasil - Há também o Monte Brasil ao qual podemos subir e desfrutar do parque natural com local de merendas e vários animais que andam livremente, desde pavões, galos e até corsos. Subindo um pouco mais podemos desfrutar da vista para a cidade.  

Miradouro Monte Brasil

Zona da Praia da Vitória 
Sendo a segunda cidade da Ilha é outro dos pontos a visitar. Recomendo um mergulho (ou apenas um passeio se tiver frio) na praia  grande. Logo aí ao pé pode-se relaxar e tomar uma bebida no Delman Bar & Lounge, onde se pode desfrutar de uma bebida, comer uns petiscos e desfrutar da vista privilegiada para a praia. Recomendo a prova do gin Azor, feito com ananás dos Açores.

Delman Bar & Lounge 

Depois, também aí perto (se bem que recomendo o uso de carro - é um caminho a subir  bem grande) uma ida ao Miradouro do Facho, onde se tem uma vista sobre a cidade e a baia.

Miradouro do Facho

Para finalizar, recomendo bastante a subida (de carro claro) ao cimo da Serra do Cume. Exitem vários caminhos para subir, mas eu fiz um perto da Praia da Vitória e é bastante agradável. A visão do cimo é fantástica, de um lado a "bacia leiteira" da ilha, onde podemos admirar o manto verde com os seus "retalhos" quadrados onde pastam as vacas, do outro, outra perspectiva da zona da Praia da Vitória.

Serra do Cume
Restante Ilha
Quem visita a Terceira não pode fugir às atracções turísticas (talvez) mais visitadas, as furnas do enxofre, a gruta do Natal e o Algar do carvão. São três atracções geológicas impressionantes, cada uma à sua maneira, mas preparem-se para o cheiro a enxofre, para descerem às profundesas da terra e para gotas de água do tamanho de calhaus.

Algar do Carvão

Perto da gruta do Natal, podem também ver a Lagoa do Negro, um lago calmo que complementa o ambiente de serenidade circundante.


Lagoa do Negro

Depois podemos também sempre perder-nos nas mil e uma praias, pontas e miradouros fantásticos que a ilha tem desde as praias em Angra, como a da Silveira, ou a Prainha, como em S. Mateus, no Porto Judeu ou na baia da Salga  onde teremos uma vista privilegiada para o Ilhéu das Cabras. Seguindo para a Ponta das Contendas, para a Praia da Baía das Mós, passando por Porto Martins, pelas Quatro Ribeiras, pelas famosas piscinas naturais dos Biscoitos ou até pela Ponta do Queimado. E isto é apenas a "ponta do calhau", porque se tiverem algum tempo para ficar na ilha e passear calmamente vão descobrindo um sem fim de muitos outros miradouros, pontas e praias, é só ter tempo e procurar.
Praia no Porto Judeu (Ilhéu das Cabras ao fundo)

Ponta das Contendas (Ilhéu das Cabras ao fundo)

Praia da Baía das Mós

Praia do Porto Martins


Praia das Quatro Ribeiras

Praia dos Biscoitos

Ponta do Queimado

Entretanto, se nesta volta pela ilha vos der uma súbita fome, podem sempre passar  pela fábrica do Queijo Vaquinha, o queijo mais antigo da ilha e para além de poderem provar e comprar os vários queijos e iogurtes, podem também ver como estes são feitos.



Outro local de obrigatória visita é a Quinta do Martelo Cultural Resort, onde podemos viajar no tempo no qual este local era mesmo uma quinta de produção agrícola. Hoje em dia dividida entre Hotel, Restaurante e uma "espécie de museu" onde foram recriadas várias, artes e ofícios antigos, assim como a vida cotidiana da ilha entre o século XVIII e XIX (http://pt.quintadomartelo.net/).  


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Barrigana na Terceira I - Comida Caseira

Olá minha gente,

Como já vos disse aqui, o Barrigana fez há pouco tempo uma "pausa" para visitar a Ilha Terceira nos Açores.
Foram alguns dias fantásticos, onde pudemos explorar mais e melhor a beleza natural e riqueza gastronómica que esta ilha oferece, para além de, matar as saudades da família.
Como não podia deixar de ser, tudo isto levou a um sem número de experiências gastronómicas (e não só) às quais eu, muito contrariado, me submeto. São os chamados "ossos do ofício".
Por isso, nos próximos tempos vou fazer-vos uma descrição da minha viagem, onde e o que comi e também algumas outras experiências que, na minha humilde opinião, valem a pena na Ilha Terceira.
Hoje começo por fazer uma pequena homenagem a todos aqueles que, tão bem, nos receberam em suas casas e que se deram ao trabalho de preparar umas fantásticas refeições, umas mais tradicionais, outras menos, que nos maravilharam.
Um dos benefícios de termos familiares em certos sítios, é o facto de podermos desfrutar dos sítios como se fossemos locais, temos acesso aos sítios mais escondidos, mais únicos, aos restaurantes mais tradicionais, os tesouros escondidos e os petiscos e delícias mais particulares, fora dos guias turísticos e muitas vezes até sem sair de casa.
No meu caso eu tive vários aliados locais que nos deram a oportunidade e a honra de provar os seus pratos.
Em primeiro lugar, as Alcatras. Provei duas, as duas obras da Dª. Didi (muito diferentes do habitual), uma de Cabra e outra de Galinha caseira, ambas uma perdição, a carne parecia manteiga de tão macia e muito bem temperadas. De facto, disseram-me que nesta ilha se faz Alcatra de quase tudo, desde carne e peixe (mais habituais), até de batatas, couves, búzios, caranguejos, feijão... desde que sejam bem feitas.
Tenho que mencionar também a sua galinha frita, digna de ser provada e melhor da que a de vários restaurantes.

Depois passando a outros sabores. Como devem perceber, nestas ilhas é difícil comer má carne de vaca, afinal de contas (como diz a canção) esta, e as outras, é a Ilha das Vacas Felizes, vê-mos vacas por todo o lado, muitas vezes até nos locais mais inacessíveis e este "estilo de vida" realmente produz leite, queijos, iogurtes, natas...e carne de alta qualidade. Num dos dias o almoço foi literalmente um "Sr. Dr. naco de carne de vaca" grelhado apenas com sal e pimenta. Carne macia, tenra e suculenta, cozinhado no ponto. Maravilhosa cortesia da minha irmã!
Noutro dos dias, tivemos uma "burguer night in", hambúrgueres de vaca na grelha, acompanhados por bacon, queijos e ovo servidos em pão de leite de uma padaria da zona. Suculentos e bem temperados, tudo isto obra do meu cunhado Dino. Juntaram-se alguns amigos, abriu-se uns vinhos e umas cervejas e já está, uma noite bem passada.

Por último, le pièce de résistance, uma espécie de segredo bem escondido e exclusivo para alguns sortudos que têm a sorte e a honra de conhecer o Márcio e o Tiba da Pastelaria Sta. Bárbara (perto do quartel dos Bombeiros Voluntários de Angra).
É verdade, graças ao meu tio Fernando (também ele um amante das lides culinárias e de sabores “diferentes”) que pude provar a famosa “Rabada” (à Brasileira) feita pelo “mestre” Tiba, um brasileiro radicado na Terceira.
Quando chegámos, a porta da pastelaria fechou-se, sim, esta refeição é só para convidados, senti-me lisonjeado. Desde logo a amena conversa deu lugar a uma pequena entrada de queijo que nos levou à mesa e à tão esperada Rabada que consiste em nada mais, nada menos, do que rabo de boi (ou vaca neste caso específico) lentamente estufado até a carne ficar macia como seda, bem condimentado, com um molho rico e acompanhado pelo tradicional arroz branco e farofa. Isto sim é comfort food.

Como podem ver fomos muito bem tratados nesta estadia na Terceira, com amizade, simpatia e claro com maravilhosos petiscos caseiros.

Obrigado a todos!

Fotos por Shot Frame - www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept



quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ovas de Cavala em Azeite Manná Gourmet com Chips Inhame e maionese de Massa Malagueta



Olá minha gente,

Continuando com a minha aventura nos Açores…
Da última vez que tinha ido à Terceira tinha-me "cruzado brevemente" com um ingrediente muito particular e muito característico do Arquipélago, o Inhame.
O inhame é um tubérculo com uma polpa branca e rico em cálcio, ferro, fósforo e vitaminas do complexo B (entre outras propriedades). Contudo, ao contrário da batata, por exemplo, tem muito pouco sabor, daí que seja tradicionalmente cozido e depois passado pela gordura da linguiça, ou temperado com massa malagueta.
Assim, hoje trago-vos " Ovas de Cavala em Azeite Manná Gourmet com Chips Inhame e maionese de Massa Malagueta".  
O meu grande desafio nesta receita foi dar sabor ao inhame, tentando dar-lhe um toque diferente tanto na preparação como nos condimentos usados. No meu caso, comprei um inhame grande já cozido.
Vão precisar de:

- 1 lata de Ovas de Cavala em Azeite Manná Gourmet;
(Chips de Inhame)
- 1 Inhame (cozido);
- Tomilho seco a gosto;
- Alho em pó a gosto;
(Maionese de massa malagueta)
- Maionese q.b.;
- Cebolinho a gosto;
- Massa malagueta q.b.;
- Coentros a gosto;
- Raspas de limão a gosto;

Para começar, corta-se o inhame em rodelas finas (0,5 cm de espessura) e colocam-se num tabuleiro levemente pincelado com azeite e leva-se tudo ao forno a 120 graus por cerca de 30 a 45 minutos (com atenção para que não queimem). Este processo é necessário para secar mais as rodelas de inhame, uma vez que foram cozidas em água e quando passam por este processo absorvem muito líquido.
De seguida, retiram-se e deixam-se arrefecer. Aumenta-se o forno para uma temperatura de 200 graus e temperam-se as rodelas com tomilho seco a gosto, alho em pó a gosto, sal, pimenta e azeite a gosto. Leva-se ao forno até ficarem estaladiças.
Enquanto isto prepara-se a maionese. Numa taça coloca-se a maionese e junta-se o cebolinho e a massa malagueta a gosto e mistura-se tudo bem.
Finaliza-se colocando as "Ovas de Cavala em Azeite Manná Gourmet" em cima das chips de inhame, juntamente com um pouco da maionese de massa malagueta e temperando tudo com um fio de azeite da conserva, coentros picados e raspas de limão a gosto.
Um prato delicioso e elegante. Bom apetite.

Patrocinado por Manná - Patés e Conservas de Peixe - www.consul.pt / facebook.com/MANNAPateseConservasdePeixe

Fotos por Shot Frame - www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept 

domingo, 9 de outubro de 2016

Croquetes de Carne de Alcatra de Cabra


Olá minha gente,

O Barrigana está de volta com mais uma das suas receitas. Como já vos tinha tinha dito aqui, tenho alguns familiares nos Açores e felizmente tenho o prazer de tempos a tempos poder visitá-los e dar uns fantásticos passeios e (obviamente) provaras iguarias da Ilha Terceira.

Como isto da inspiração não tem data nem hora, tanta prova de petiscos levou-me a preparar algumas receitas baseadas em pratos tradicionais Terceirenses/Açorianos. Ora aproveitando algumas sobras de carne de uma sublime Alcatra de Cabra eu decidi fazer uns saborosos (e ainda por cima saudáveis) e fáceis “Croquetes de Carne de Alcatra de Cabra”. 

Vão precisar de:
(Para cerca de 10 croquetes)
- 360g de carne de cabra desfiada;
- 85g de linhaça moída;
- 130g de farinha de Aveia;
- 4 ovos;
- Alecrim a gosto;
- Cebolinho a gosto;
- 2 colheres de chá de fermento;
- Pão ralado q.b.

Para começar, numa taça grande juntam-se todos os ingredientes e mistura-se tudo bem até se obter uma mistura espessa. Neste caso, não é necessário temperar a mistura pois a carne já foi previamente temperada.

De seguida, enformam-se os croquetes e passam-se em pão ralado e colocam-se num tabuleiro levemente untado com azeite. Leva-se ao forno pré-aquecido a 190 graus por cerca de 20 a 30 minutos, ou até ficarem dourados e ligeiramente estaladiços por fora.

Uma receita saudável e como vêem bem fácil que tenta fazer jus a um clássico da cozinha Terceirense. 

Fotos por Shot Frame – www.shotframe.pt / facebook.com/shotframept