quarta-feira, 29 de maio de 2013

Cogumelos Recheados – Filipa Vacondeus



Olá minha gente,

Hoje, em mais um “Desafios do Chef”, o vosso amigo Barrigana, vai fazer um receita de uma chef que pertence verdadeiramente à chamada “old school”, mas com a qual podemos aprender muito.
Quantos de vós não se recordam da Filipa Vacondeus, essa verdadeira lenda viva dos programas de culinária da televisão portuguesa. Muitas pessoas reconhecem-na através da “famosíssima” caricatura (dela própria) feita por Herman José no “Tal Canal”, em que, neste caso Filipa Vasconcelos cozinhava tudo com “imieeeennnsa paprika”.
Apesar disto, Filipa sempre foi uma chef autodidata, que passou por muitas outras profissões antes de ter chegado à culinária. Começou por ser hospedeira de bordo na TAP, passou pela acessória de imprensa e pela função de secretária de administração, antes de ter aberto o seu próprio restaurante em Alfama. Com o Verão quente de 1975, foi obrigada a encerrar portas e, com o incentivo do seu marido, jornalista fundador de jornais como “O Tempo” e “O País”, começou a fazer críticas gastronómicas para estes mesmos.
É convidada para apresentar uma série de programas de Culinária na RTP, em 1981, que acabaram por ter uma boa audiência. Este seu sucesso televisivo levou-a a publicar vários livros de culinária, que hoje em dia são às dezenas e que estão espalhados pelas livrarias de todo o país.
Para a receita de hoje socorri-me de um dos seus livros, que dedicou aos seus petiscos preferidos. Assim, hoje trago-vos “Cogumelos Rechiados”. Vão precisar de:

- 500 g de cogumelos brancos ou castanhos;
- 2 bolas de mozarela fresca;
- 2 dentes de alho;
- 1 haste de tomilho;
- 1 ramo de coentros;
- 2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
- 1 limão;
- Azeite q.b.
- Sal e pimenta (a gosto)

Em primeiro lugar, limpam-se muito bem os cogumelos e retira-se-lhes os caules deixando-os inteiros para serem recheados.
Posto isto, picam-se finamente os alhos, os coentros e o tomilho (apenas as folhas) aos quais se junta sal e pimenta, a gosto, um fio de azeite e o vinagre balsâmico. Envolvem-se os cogumelos com este molho.
Depois introduzem-se os pedacinhos de mozarela na cavidade dos cogumelos e rega-se com um fio de azeite. Tempera-se com um pouco de sal e pimenta e leva-se ao forno previamente aquecido a 200 graus C, até o queijo derreter.
Experimentem, simplesmente deliciosos.
Se, hoje em dia, quiserem tirar umas dicas desta grande cozinheira podem comprar um dos seus vários livros, ou escolher a opção mais barata e ver os seus programas antigos na RTP Memória.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Marinar a carne


Olá minha gente,

Hoje trago-vos uma dica para carnívoros. Que me desculpem os vegetarianos, vegans e afins (prometo que, um dia destes, me vou dedicar a esses temas), mas não conseguiria deixar de comer carne. Não tenho nada contra esse tipo de alimentação, até sou fã e já experimentei vários pratos vegetarianos e vegans, que considero simplesmente fabulosos. Mas, já sabem, “a carne é fraca”, a minha, claro.

Uma das formas de “dar mais sabor” à carne é fazendo marinadas. Os tipos de carne mais indicados para fazer marinadas são as carnes mais duras, como o bife da vazia, alcatra ou lagartos, entre outros.
Uma marinada consiste num elemento ácido, óleo e elementos de sabor, como açúcares, ervas e/ou temperos. O ácido vai quebrando (lentamente) o tecido muscular da carne e os restantes elementos dão sabor. A carne terá que ser marinada em pedaços finos, caso contrário, se os pedaços forem muito grossos, a parte externa poderá ficar azeda quando a marinada chegar ao centro. Outra técnica é fazendo perfurações num pedaço de carne, para que a marinada chegue ao centro.

Deve-se ter em atenção a acidez e o tempo em que marinamos a carne. Caso a acidez da marinada seja muito elevada, em apenas duas horas, um pedaço de carne pode ficar, muito duro, porque a carne perde água e endurece.

Existem várias opções de marinada. Com vinho, vinagre, limão (ou outros citrinos), iogurte, gengibre e até com mostarda. Mas também existe uma boa opção utilizando frutas com elevada acidez, como papaia, kiwi e abacaxi, que acabam por dar um toque mais exótico aos pratos.
Excelentes para os churrascos de verão, mas também para um bom cozinhado de forno no inverno.



Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Fruta com manteiga de chocolate negro



Olá pessoal,

Hoje o Barrigana traz-vos uma sobremesa fácil, mas muito saborosa para poderem partilhar com a vossa “cara-metade”, ou até enquanto lêem um bom livro vindo directamente da 83ª Feira do Livro.
É bastante simples, fresca e que todos gostam. Afinal quem não gosta uma bela fruta da época com um bom chocolate? Bem me parecia ninguém.
Então, hoje trago-vos um “prato de frutas com manteiga de chocolate”. Simplesmente vão precisar de:

- 1 barra de chocolate negro (com pelo menos 60% de cacau);
- ½ colher de chá de aroma de baunilha;
- Sal grosso (ou flor de sal com limão);
- 2 colheres de chá Manteiga;
- 2 colheres de sopa de leite;
- Raspa de limão;
- 1 a 2 bananas;
- 6 a 8 morangos.

Primeiro, enche-se uma panela com água até meio e deixa-se levantar fervura. Posto isto, coloca-se uma taça por cima da panela (sem tocar na água) e derrete-se a barra de chocolate negro.
Uma vez o chocolate derretido, junta-se o leite, a manteiga e o aroma de baunilha. Mexe-se bem e retira-se do lume assim que estiver tudo bem misturado.
O chocolate irá ficar com uma consistência de manteiga. Para finalizar, polvilha-se com algumas pedras de sal grosso, ou com flor-de-sal com limão. Caso não tenham flor-de-sal juntem raspa de limão ao sal grosso.
E já está, fácil, barato e descomplexado. Experimentem.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Entra Talento



Olá pessoal,

Como sabem, a passada terça-feira ficou marcada pela primeira aparição pública do Barrigana num restaurante.
Como hoje o dia é dedicado a “Memórias”, eu vou aproveitar que a minha (memória) sobre esse dia ainda está fresquinha, para partilhar os pormenores desta experiência.
Bom, primeiro devo dizer que foi uma experiência única, pois foi a primeira vez que “entrei e trabalhei” numa cozinha profissional. Foi sem dúvida marcante, mais que não seja pelas duas queimaduras com que saí de lá. Já se sabe, são ossos do ofício.
Mas, para além disso, pela simpatia das pessoas e pelos conhecimentos que me foram transmitidos. Foram pequenas dicas que sem dúvida podem fazer a diferença em qualquer prato.
A simpatia e boa disposição inundavam a cozinha e logo que “meti as mãos na massa” o nervoso miudinho (normal para a situação) foi para o balde do lixo. Feita a prova do “Hummus” e das gomas pelos “chefes”, fiquei ainda mais á vontade.
Depois veio a comida. Preparada com todos os preceitos e entre conversas, sorrisos e várias dicas, chegou a hora do jantar.
Vieram várias caras conhecidas que me deixaram muito mais á vontade (mas ao mesmo tempo com um nervoso miudinho).
Mas logo que se ligaram as “bocas do fogão”, a cozinha entrou numa “dimensão alternativa”, em que todos se mexiam com grande astúcia…”sai 6 risottos para a mesa 11”, “sai duas entradas para a mesa 3”. Ao fim de alguns minutos e com o auxílio de todos consegui adaptar-me e finalmente começar a ajudar (se é que se pode chamar isso) no serviço. Quando levantava a cabeça, muita gente me sorria e assim que tive oportunidade de sair da cozinha tive um excelente “feedback” acerca da minha entrada.
O serviço acabou num “abrir e fechar de olhos”. Devo dizer que esta é uma experiência obrigatória para todas as pessoas que tenham gosto em cozinhar. Para além de um desafio, é uma boa maneira de se aprender com profissionais e, sem dúvida alguma, de passar umas boas horas de diversão.
Aproveito para deixar um grande obrigado a toda a equipa do “Entra” que me proporcionaram uma noite inesquecível e a todas as pessoas que lá foram.
Este “Entra Talento”, é mais um dos aspectos que torna o “Entra” num restaurante diferente de todos os outros em Lisboa e talvez em Portugal.
Na minha opinião, um restaurante obrigatório.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia




terça-feira, 21 de maio de 2013

Céviche de Salmão e maçã – Chef José Avillez



Olá minha gente,

Como vocês sabem, hoje é um dia especial para o Barrigana. Se bem se lembram, vou estar no Restaurante “Entra”, mas mesmo assim não pensem que eu vos vou deixar descansar.
Não estou convosco, mas mesmo assim não consigo evitar de vos deixar aqui mais um “Desafios do chef”, que neste caso é um chef repetido.
Volto a fazer uma receita do Chef José Avillez. É um facto, este é um dos chefes que mais admiro, por isso mesmo, não consegui resistir a trazer-vos mais uma das suas receitas.
Hoje trago-vos um “Céviche de salmão e maçã”. Este é um daqueles pratos que é ótimo para o calor que se avizinha para os próximos meses.
Os ingredientes são:

- 200g de salmão fresco;
- 100g de mação granny Smith;
- 1 cl. de sopa de sumo de lima;
- 1 cl. de sopa de sumo de limão;
- 2 cl. de sopa de azeite;
- 5 folhas de coentros;
- ½ malagueta;
- sal e pimenta q.b.;
- flor de sal q.b.

Em primeiro lugar, corta-se o salmão em cubos de 1 cm e reserva-se no frigorífico.
Depois, corta-se a maçã em cubos do mesmo tamanho dos de salmão e rega-se com o sumo de lima para evitar a oxidação.
Numa taça funda, coloca-se o sumo de lima, o sumo de limão, sal e pimenta. Junta-se o azeite aos poucos e emulsiona-se, com a ajuda de umas varas. Posto isto, corrigem-se os temperos e rega-se o salmão com este preparado. Mantém-se tudo no frigorífico.
Picam-se os coentros em juliana fina e a malagueta em cubinhos, retirando antes as sementes.
Por fim, junta-se a maçã ao salmão e polvilha-se com os coentros e a malagueta. Corrige-se os temperos e finaliza-se com flor de sal.
Bom apetite.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Barrigana no “Entra Talento”

Olá minha gente,

Hoje, trago-vos uma dica que é, claramente, para “puxar a brasa à minha sardinha”, ou neste caso “…à minha Barrigana”.
Passo a explicar. Amanhã, dia 21 de Maio, o Barrigana vai, pela primeira vez desde que foi criado, “mostrar-se” ao público. Vou sair de trás do fogão de casa e vou ser promovido para um fogão de restaurante.
É verdade, o Barrigana vai ao “Entra Talento”, e perguntam vocês, “…o que é o Entra Talento?”. Bom, se bem se lembram, há alguns tempos falei-vos do restaurante “Entra”, no número 80 da Rua do Açúcar. Este restaurante promove uma iniciativa em que qualquer pessoa que ache que tenha “jeito para a cozinha” se inscreve para, por uma noite, pôr esse seu jeito à prova.
Amanhã é a minha noite e por isso mesmo deixo-vos esta dica, passem por lá e provem as iguarias que temos para vocês.

Hambúrgueres de salmão com aioli de manjericão


Boas minha gente,

Hoje o Barrigana traz-vos uma receita saudável e deliciosa. Num destes dias estava mesmo a apetecer-me um bom hambúrguer, mas não estava com “barrigana” para ficar empanturrado, que é o que habitualmente me acontece quando como um bom hambúrguer de carne. Foi ai que me lembrei, “…e se fizesse um hambúrguer de salmão?”, e assim foi.
O salmão é um óptimo peixe para este tipo de confeções porque, para além de ser muito saudável (rico em Ómega 3) é também um peixe com um “carne” muito versátil. Não se desfaz com muita facilidade, ao contrário da dos peixes brancos, como por exemplo, a pescada.
Um outro peixe que resultaria muito bem neste prato seria o atum.
Resolvi também, e como vos tinha dito na segunda-feira, fazer um aioli de manjericão, que nada mais do que uma maionese de alho e manjericão. O manjericão é daquelas ervas aromáticas que também é muito versátil e que, neste caso, vai muito bem em qualquer receita de salmão.
Então, hoje tenho para vocês uns “Hambúrgueres de salmão com aioli de manjericão”. Vão precisar de:

Hambúrgueres (para 2 pessoas)
- 1 Posta de Salmão (cerca de 200g);
- Salmão fumado (cerca de 150g);
- Cebolinho picado (uma colher de sopa);
- ½ Cebola roxa picada;
- 1 colher de sopa de molho de soja;
- 1 gema de ovo;
- 1 rodela de gengibre (picado finamente);
- Sumo de ½ limão
- Raspas de ½ lima;

Aioli de Manjericão (para 2 pessoas)
- 1 gema de ovo;
- 4 a 6 dentes de alho (em pasta);
- Sumo de ½ limão;
- Azeite (a fio, para emulsionar);
- Sal e pimenta q.b.;
- Manjericão (finamente picado);

Em primeiro lugar, para o aioli junta-se a gema, o sumo de limão, os dentes de alho e, enquanto mexemos (com o auxílio de umas varas), juntamos o azeite a fio e emulsionamos até se formar um preparado com a consistência de uma maionese. Nesta fase, pica-se o manjericão finamente e junta-se. Termina-se temperando com sal e pimenta. Reserve no frigorífico.
Em relação aos hambúrgueres, em primeiro lugar corta-se o salmão em posta, assim como o fumado, em pedaços pequenos. Deixo uma dica, se deve cortar em demasia pois assim o salmão fica em papa e não conseguimos que o hambúrguer mantenha a forma, nem deixar os pedaços muito grandes porque assim também não se “segura”.
Nesta fase, num taça grande junta-se o salmão picado, a gema de ovo, o cebolinho, a cebola roxa, o molho de soja, o gengibre, o sumo de limão e a raspa de lima. Mistura-se bem até se formar uma mistura peganhenta.
Formam-se os hambúrgueres e levam-se a uma frigideira com azeite bem quente e deixa-se cozinhar. Atenção, não cozinhem demais, pois facilmente ficam secos.
Serve-se com uma boa salada e o aioli de manjericão, ou como neste caso, dentro de pão. Eu optei por servi-los com um “bolo do caco” madeirense e com um “pão tigre”, com espinafres e tomate cherry.
Experimentem, é muito saboroso e saudável e aqui não há remorsos.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Amigos da Barrigana



Meus amigos,

Os meus pais (como provavelmente os pais de todos nós) sempre me disseram para não aceitar comida de “estranhos”. Eu segui sempre esse concelho, claro. Mas se esses convites eram feitos por amigos, eu nunca recusava, claro.
Um dos meus amigos era perito em convidar-me para petiscos. Era especialmente apetecível quando ele me convidava para ir almoçar à casa da avó. Era quase como um ritual. Ia-mos diretos, sem parar, à casa da avó e normalmente o menu era um ótimo franguinho assado no forno, acompanhado de umas das melhores batatas fritas que já comi. Estas batatas a nada se assemelhavam às crocantes e estaladiças, que habitualmente se vê por ai. Pelo contrário, eram batatas caseiras, cortadas à mão e fritas, não ficavam tão estaladiças, mas eram muito saborosas e gulosas. Muito bom.
Depois passávamos pela casa da avó materna dele onde o habitual era haver uns biscoitinhos secos, a que chamamos “patêgos”, muito bons. Caso o dia fosse de calor era um geladinho vindo diretamente…do super-mercado.
Para além disto, também tínhamos um ritual ao qual chamávamos “Jantar da gordura”, que consistia basicamente em dirigirmo-nos ao centro comercial mais perto e irmos jantar ao restaurante que nos apetecesse e comer o que nos apetecesse (MacDonald’s, Burger King… o que fosse), não havia restrições, nem arrependimentos. Normalmente a sobremesa consistia num gelado, ou gomas, do melhor. Era nesta altura que voltávamos aos tempos de infância.
Para além de um “amigo do peito” este é um verdadeiro “amigo da Barrigana”.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Restaurante “Tágide”



Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de um daqueles restaurantes que nos oferece, mais do que uma boa refeição, toda uma experiência.
Falo-vos do “Tágide”. Localizado nos números 18 e 20 do Largo da Academia Nacional de Belas Artes, no Chiado, este é dos restaurante que nos fazem relembrar o porquê de Lisboa ser uma das melhores cidades para se viver, em todo o mundo.
As Tágides são as ninfas do rio Tejo a quem Camões pede inspiração para compor a sua obra “Os Lusíadas”. De facto, esta inspiração chega-nos assim que chegamos à sala de jantar e nos deparamos com a vista fantástica para a baixa lisboeta e para o Tejo. O edifício em si, apresenta uma arquitectura que remonta à época pombalina, e foi construído sob as ruínas do Convento de S. Francisco depois do terramoto de 1755.
Durante algumas décadas do século XX, o “Tágide” foi também uma reputada discoteca e em simultâneo um prestigiado restaurante.
Em 2007 foi realizada uma remodelação na decoração e a casa passou a aliar aos aspectos históricos um toque moderno e confortável.
O atendimento é bastante atencioso e familiar, o mobiliário é confortável e a vista…aaaahhh a vista é privilegiadíssima. Recomendo vivamente que marquem mesa com alguma antecedência e peçam uma mesa para a varanda, esta refeição irá mudar as vossas vidas.
Sem qualquer dúvida que o ambiente merece os cinco Barriganas.
Em relação à ementa, … nem sei por onde começar. Parece mesmo que, neste campo, as “Tágides” do Tejo dão uma “mãozinha” e abençoam este restaurante. Para começar a entrada. “Sapateira com sorvete de pêra abacate e crocante”, também me lembro de ter comido um dos melhores “foie-grás” que já comi. Nos pratos principais, o pato é delicioso, de qualquer das formas que é confeccionado, destaco o “Peito de pato salteado com morangos, risotto de ervilhas e crocante”. As sobremesas também são de comer e chorar por mais, os mais gulosos que se preparem para o que ai vem. “Tiramissú de Pêra Bêbeda”, um clássico “Crème Brulée” e uma “Sericáia com gelado de tangerina e carpaccio de ananás”. Pode haver melhor maneira para terminar uma refeição? Só mesmo com um café e com uma vista fabulosa para a noite quente lisboeta reflectida nas águas do Tejo.
Para a ementa, uns indiscutíveis cinco Barriganas.
O preço não é para todas as bolsas, mas vale muito a pena fazer um esforço e visitar, tanto pela qualidade da comida, como pela simpatia do serviço e pelo ambiente e conforto da sala e (não me canso de dizer isto) pela vista privilegiada para a baixa, para o castelo de S. Jorge e para o rio.
Por tudo isto, ficam os quatro Barriganas
Mais do que um restaurante histórico no centro de Lisboa, uma ode ao “ser português”,… conforto, boa comida e boa vista para apreciar o excelente clima. Experimentem.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

terça-feira, 14 de maio de 2013

Rita Lobo – Batata Rosti com agrião



Olá a todos,

Hoje em mais uns “Desafios do Chef” decidi fazer uma receita de uma chef que conheço há muito pouco tempo. É uma chef que por cá é bastante desconhecida, mas que, em “Terras do Brasil” faz sucesso com os seus cozinhados.
Falo-lhes de Rita Lobo. Aos 15 anos, Rita iniciou uma carreira de modelo que durou três anos, e que a levou a tomar contacto com vários outros países, culturas e cozinhas. Foi uma viagem a Nova Iorque que lhe mudou vida e a fez olhar para a cozinha com outros olhos. Resolveu ficar por lá e estudar para ser chef. Após ter terminado esta etapa, não mais voltou à carreira de modelo e dedicou-se ainda mais à cozinha. Escreveu para uma coluna de receitas do Jornal “Folha de S. Paulo” e em 2000 criou o site/blogue “Panelinha”, que até hoje tem acolhido grande sucesso.
Já lançou vários livros de culinária e ainda criou e apresenta a série televisiva “Cozinha Prática”. Sem dúvida alguma que a sua cozinha é, para além de prática, simples, saborosa e elegante. Durante uma pesquisa no seu site “Panelinha” cruzei-me com uma receita que me saltou logo à vista…e à Barrigana também, vá. A receita é “Batata rosti com agrião” e vão precisar de:

(para 2 pessoas)
3 batatas grandes
150g de agrião (somente as folhas)
1 cebola roxa pequena
1 1/2 colher (sopa) de azeite
1 pitada de noz-moscada ralada na hora
sal a gosto

Numa panela média, cozem-se as batatas em água e sal. Quando a água ferver, deixa-se cozinhar por 15 minutos. Retiram-se as batatas e deixam-se arrefecer. Posto isto, picam-se os agriões e a cebola.
Uma vez as batatas frias, descascam-se e passam-se no lado mais grosso do ralador. Transfere-se a batata ralada para uma tigela e tempera-se com a noz-moscada.
Nesta fase, numa frigideira anti-aderente, refoga-se a cebola por 5 minutos em lume médio e junta-se o agrião. Termina-se temperando tudo com sal.
Na mesma, ou noutra frigideira com azeite bem quente espalha-se metade da batata ralada e deixa-se tostar. Acrescenta-se o agrião e a cebola sobre a batata e cobre-se isto com a outra metade da batata ralada. Rega-se com mais um pouco de azeite e deixa-se fritar por 10 minutos ou até que em baixo se forme uma crosta dourada. Vira-se com a ajuda de uma espátula e deixa-se dourar por mais 10 minutos no outro lado. Junta-se um pouco mais de azeite caso a frigideira fique seca.
Rápido, fácil, saboroso e elegante, este é um excelente prato principal, mas também um óptimo acompanhamento para, por exemplo, um prato de carne.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ovos crus

Boas pessoal,

Hoje o Barrigana tem uma dica que pode prevenir futuras doenças e idas ao hospital a muita gente.
Ora, mais à frente na semana, vou trazer-vos um prato que inclui um “aioli de manjericão”, que consiste basicamente numa maionese de alho. Depois de uma rápida pesquisa apercebi-me de que todos nós corremos riscos quando preparamos alguns pratos em que ovos não são cozinhados, como “aiolis” ou maioneses caseiras.
O perigo está no facto de não conhecermos a proveniência dos ovos que usamos. Como são tratadas as galinhas que os põem, ou como são conservados e transportados os mesmos. Nestes casos, e uma vez que não são cozinhados, os ovos podem conter salmonelas, que provocam salmonelose (doença que nos afecta o estômago e intestinos) e que aparecem, em média, em cerca de 1% dos ovos de galinha.
Nestes casos o que podemos fazer é ferver parcialmente os ovos para matarmos essas bactérias. Num tacho com água fria, colocamos os ovos (à temperatura ambiente), levantamos fervura e deixamos ferver por 1 minuto.
Desta forma, os ovos não ficam cozinhados, mas como os fervemos matamos todas as bactérias que estes possam ter.
Não se esqueçam, se não tiverem total confiança nos ovos que consomem, usem esta técnica. É mais seguro.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Empadão de camarão Réd’on



Meus amigos,

Hoje o Barrigana esmerou-se e traz-vos uma receita que faz parte de uma categoria de receitas, a que gosto de chamar de “Ultimate Réd’Ons”.
Uma coisa destas, acontece quando junto vários restos e combino-os todos numa receita muito saborosa e totalmente inesperada (tendo em conta os ingredientes).
Ora desta vez o que tinha mais à mão era:

- Puré de batata (com 1 dia, no mínimo);
- Camarões 16/20 (com pelo menos 1 mês de congelador);
- 2 a 3 Pão de forma (com entre 2 semanas a 1 mês);
- 2 Bolacha de “água e sal”;

A estes ingredientes junta-se sempre alguns elementos básicos que vão ligar todos os componentes do prato. Neste caso foram:

- ½ cebola roxa (às rodelas);
- Molho de soja (1 colher de sopa);
- Whisky (1 colher de sopa);
- Vinho branco (1 colher de sopa);
- Vinho do Porto (1 colher de chá);
- Manteiga (1 colhe de chá);
- Massa de alho (1 colher de chá);
- Gengibre ralado (2 colheres de chá);
- Sumo de limão (1 colher de chá).

Desta feita resolvi fazer um “empadão de camarão” ao qual chamei, como já tem sido habitual nestes casos, de “Réd’On”. Vão ver que é muito simples.
Em primeiro lugar, levam-se as fatias de pão ao forno (a baixa temperatura), para secarem. Tenham em atenção que não se deve torrar muito o pão. Uma vez o pão estaladiço, juntem-no com as bolachas e com a ajuda de um almofariz, varinha mágica, ou outro utensílio/técnica indicada para o efeito, reduzam-nos até obterem a consistência de pão ralado. Reserva-se.
Posto isto, passamos aos camarões. Numa frigideira com azeite junta-se a massa de alho e o gengibre ralado e deixa-se cozinha por dois minutos em lume médio. Nesta fase juntam-se os camarões e deixam-se cozinhar por mais 3 a 4 minutos, ou até estarem quase cozinhados. Junta-se o vinho branco e deixa-se cozinhar. Depois o whisky e o vinho do porto e deixa-se cozinhar mais uma vez. Para finalizar, junta-se o molho de soja, a manteiga e o sumo de limão.
Agora, no fundo de uma travessa (ou outro recipiente para ir ao forno) coloca-se as rodelas de cebola roxa com um fio de azeite. Depois junta-se uma camada de puré de batata, seguido de uma camada de camarões (cortados finamente), seguindo de uma camada de pão e bolacha ralados. Continuamos fazendo estas camadas intercalando puré de batata e camarões até termos o recipiente cheio. Na última camada termina-se com pão e bolacha ralada, com ovo batido e para terminar, mais pão e bolacha ralados.
Vai ao forno (a lume médio) por 20 a 30 minutos, até ficar dourado.
“Et voilá”! Ai está o meu “Ultimate Réd’On”. É um prato que, apesar de ser feito de restos, tem um óptimo aspecto e é muito saboroso. Para além disto é mais uma maneira de pouparmos uns trocos.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Rebuçados Vampirinhos

Meus amigos,

Quantos de vós não se lembram dos “vampirinhos”? Não, não estou a falar de mais um filme sobre vampiros, não. Falo-vos dos famosos mini-rebuçados que, antigamente, comia “às toneladas” quando saia da escola.
Eram rebuçados com sabor a cereja, que tinham um vampiro aos estilo do “Conde Drácula” desenhado no papel que os envolvia e eram muito pequenos. Por isso mesmo é que, pelo menos em Alcácer, lhes chamávamos “Vampirinhos”.
Normalmente, na hora de almoço, ou depois das aulas davam-se autênticas romarias aos quiosques mais perto da escola, para comprarmos várias gomas, pastilhas e rebuçados ( a maioria eram os “vampirinhos”).
Muitas vezes até me esquecia deles nos bolsos das calças ou da mala da escola e depois era tentar limpar uma pasta vermelha e peganhenta, antes que a minha mãe se apercebesse.
De facto, acho que naquela altura comi tantos “vampirinhos”, que acho que um quarto de mim é vampiro.
Hoje em dia, ainda os consigo encontrar em alguns sítios, como em feiras e mercados (em Alcácer é na Feira de Outubro, ou no habituais mercados no início de cada mês). Já me deparei também com algumas “imitações” destes rebuçados (bem maiores), mas que para mim não são os originais.
E vocês conhecem os “Vampirinhos”? Qual era o vosso rebuçado favorito?

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Restaurante Uniko Vilamoura

Olá minha gente,

Hoje venho falar-vos de um dos restaurantes que mais me surpreendeu nos últimos tempos.
Em plena marina de Vilamoura, o “Uniko” , é realmente o que o seu nome indica, um restaurante único na zona. A marina está repleta de restaurantes que vão desde comida chinesa, sushi, pub’s...enfim há restaurantes para todos os gostos.
Á primeira vista, no meio de tanta opção, o “Uniko” poderá ser apenas mais um restaurante bem decorado, com um apetecível deck com vista para a marina e seus barcos, mas enganem-se os que assim pensam. Este restaurante é diferente, começando pela ementa.
Tenho que confessar que quando lá fui pela primeira vez, pensei que experiência seria boa, mas não tão boa. Começando pelo início, ou seja, pelo couvert em que nos são apresentadas três variedades de pão, bem saborosos e diferentes do habitual (pão de caril, por exemplo) e também vários purés/patês que também vão alterando, mas que são muito saborosos. Depois as entradas. Destaco uns saborosos “lollipops de frango” e uns inesquecíveis “mexilhões com guiness”.
Também sou obrigado a falar-vos de uma viciante “sangria de frutos vermelhos”, e depois passamos aos pratos principais. A ementa é bastante variada e toda ela é deliciosa. Desde as “bochechas de porco com puré de bolotas”, passando pelos vários risottos e acabando no “rosbife com Yorkshire puding e puré de raiz-forte”, divinal. Nas sobremesas destaco a “tarte de amêndoa” bem tradicional da zona.
Esta ementa é daquelas que merece de caras cinco Barriganas.
Relativamente ao ambiente, tem uma decoração “leve” onde predominam os brancos, que combinam bem com o sol algarvio. De facto, a nossa refeição é acompanhada por um “banho de luz” que entra pelas paredes de vidro. E se preferirmos, podemos também apreciar a nossa refeição no deck ao ar livre. O atendimento é sempre muito simpático e pessoal.
Assim, vão os cinco Barriganas para o ambiente.
Relativamente ao preço, não é para todas as carteiras, ronda os 35 euros por pessoa. Ainda assim, podemos sempre optar por alguns pratos mais económicos como uns belíssimos risottos, por cerca de 7 euros. Tendo em conta a qualidade da ementa, a simpatia e o ambiente do restaurante, é, sem dúvida, uma experiência pela qual vale muito a pena pagar.
Para o preço, vão os quatro Barriganas.
Um muito bom restaurante para visitar. Recomendo seriamente que visitem se tiverem oportunidade. É sem qualquer dúvida “Uniko”.

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terça-feira, 7 de maio de 2013

Chef Chakall “Sopa de Espargos”



Olá pessoal,

Hoje venho trazer-vos uma receita de um dos chefes mais famosos do nosso país. Este é um daqueles chefes que não passa despercebido em nenhum sítio, mais que não seja pelo que traz sempre na cabeça…um turbante.
Já adivinharam? Sim, falo-vos do chef Chakall. Natural de Buenos Aires, a sua família tem origem galega, suíço-alemã, basca, francesa, italiana e argentina. Talvez tenha sido esse facto que o levou a ser um viajante que colecciona sabores dos vários países por onde passa.
Desde que chegou a Portugal, já publicou vários livros e apresentou programas de culinária na televisão (o mais conhecido são as aventuras de “Chakall & Pulga”, que passou na Sic Mulher).
Entretanto foi chef executivo do restaurante “Quinta dos Frades”, abriu o seu próprio restaurante, “Volver by Chakall”, onde apresenta pratos da sua terra natal e com a sua empresa “Cozinha Divina” promove várias aulas e workshops de culinária.
O prato que vos trago hoje, chamou-me à atenção de entre muitos, num dos seus livros e como tinha um molho de espargos no frigorífico resolvi aproveitar. Por isso, hoje trago-vos uma “Sopa de espargos”
Os ingredientes são:

(para 2 pessoas)
- 400g de Espargos verdes;
- 20g de manteiga;
- 1 cebola de tamanho médio picada finamente;
- 2 colheres de chá de farinha;
- 1 litro de caldo de galinha;
- 150 ml de natas;
- sal e pimenta (moída na altura);

Primeiro cortam-se os espargos em bocados de dois centímetros e meio e reservam-se as pontas de alguns para guarnecer a sopa.
Depois derrete-se a manteiga numa panela em lume brando e doura-se a cebola durante cinco minutos. Mantém-se o lume brando e adiciona-se os espargos cortados. Tapa-se a panela e deixa-se cozer lentamente durante dez minutos, mexendo de vez em quando.
Posto isto, polvilha-se com as duas colheres de chá de farinha e mexe-se lentamente, para incorporar pouco a pouco o caldo de galinha até levantar fervura. Tempera-se com sal e pimenta e deixa-se cozer durante 20 minutos.
Deixa-se arrefecer um pouco, tritura-se, rectifica-se o tempero e adiciona-se as natas e as pontas dos espargos previamente reservadas.
Aquece-se de novo e serve-se em taças bem quentes ou, em alternativa, deixa-se arrefecer e serve-se em taças bem frias.
Saborosa, rica e cremosa, esta é uma daquelas sopas que reconfortam o corpo e a alma. Experimentem.

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Churrascos

Olá minha gente,

Agora que o calor tem-se feito sentir com mais força, começa a apetecer churrascos.
AAHHH Churrascos! Nada melhor do que uma bela carne na grelha. Mas meus amigos, todo o churrasco tem o seu segredo. Para mim, um bom churrasco tem, de facto três segredos fundamentais. Em primeiro lugar, um dos pontos fulcrais de um bom churrasco está no “acender o lume”. De facto esta é uma arte milenar que envolve muita prática, por isso mesmo é que vou guardar esta dica para mais tarde.
O segundo segredo é, no fundo, uma superstição. Nunca, mas mesmo nunca, façam um churrasco sem terem uma “jóla” por perto, preferencialmente uma mini. De facto, sempre que fiz um churrasco e não tinha uma “jóla” por perto, houve sempre algo que correu mal. Nem é necessário bebê-la toda, basta irem dando uns golinhos de vez em quando, para dar sorte.
Depois, vem o mais importante. Primeiro as chamas não podem estar muito altas, caso contrário a carne irá queimar/esturricar por fora e ficará crua no centro. De facto, há quem defenda que se deve acender o lume cerca de 2 horas antes de se assar a carne.
Depois o tempero. Podemos usar duas técnicas, apenas salgando a carne, ou fazendo marinadas. O tempero através do sal serve para apenas realçar o sabor da carne. Atenção à quantidade de sal que usamos, não devemos salgar em demasia, pois assim a carne irá perder muita água e, dessa forma, ficar seca e rija.
Em relação à marinada serve mais para temperar, tornar a carne mais tenra e para lhe atribuir mais algum sabor. Por norma, as marinadas são utilizadas com peças mais dura ou menos gordas, como por exemplo, o bife da vazia, da alcatra, ou os lagartos. Uma marinada básica consiste num líquido ácido (que quebra as fibras do músculo, deixando a carne mais tenra), óleo e elementos de sabor, como açúcares, ervas e/ou temperos.
Não se esqueçam, percam os medos, vão lá para fora e façam churrascos.

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sábado, 4 de maio de 2013

Pescada salteada com massa chinesa

Boas pessoal,

Hoje o Barrigana decidiu virar-se para os sabores orientais e pegar em alguns ingredientes que tinha adquirido há algum tempo e preparar um saboroso prato Orientaló-Chinês.
Sim de facto é um prato mais para o lado do chinês. Há algum tempo descobri uma pequena loja muito especial. Mais precisamente é uma loja de produtos ayurvédicos, produtos alimentares orientais e ingleses, grande misturada não? Certo. Assim que entrei não sabia para onde olhar primeiro, cerca de uma hora depois decidi o que ia levar, e acreditem foi muita coisa.
Com alguns desses ingredientes decidi fazer uma “Pescada salteada com massa chinesa”. Os ingredientes são:

(para 2 pessoas)
- 4 tranches de pescada;
-85 g Massa de arroz chinesa;
- 4 Pontas de espargos;
- 6 Cogumelos em quartos (Paris);
- 3 colheres de sopa de Óleo de sésamo;
- 4 colheres de sopa de Molho de soja;
- ½ cebola roxa;
- 1 pedaço de gengibre (cerca de 3 a 4 cm);
- 2 dentes de alho (finamente picados);
- Sumo de meio limão.

Em primeiro lugar coze-se a massa de arroz.
Numa frigideira grande, com óleo de sésamo (bem quente) salteia-se o gengibre e o alho, as pontas de espargos e os cogumelos, por cerca de 8 minutos.
Uma vez salteados, junta-se a pescada cotada em pedaços grandes e deixa-se cozinhar, assim que estiver cozinhada rega-se com o molho de soja e o sumo de limão, reduz-se o lume e deixa-se cozinhar por mais 2 a 3 minutos, até a pescada estar cozinhada.
Numa taça, ou prato fundo serve-se a massa e adiciona-se o restante preparado e rega-se com o restante molho.
E pronto meus amigos, preparem os pauzinhos. Resta-me desejar-vos um muito 胃口好 ("bom apetite" em chinês).

Fotos por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Nêsperas

Olá minha gente,

Estamos em Abril e já há algum tempo que já estamos na “época das nêsperas”.
É verdade. Nêsperas. Sempre foi um fruto que me foi muito querido.
Como já vos tinha dito, há algum tempo atrás, eu vivo e sempre vivi numa horta, com várias árvores de fruto. Acontece que uma das variedades de árvores que lá temos são nespereiras as quais, antigamente, a partir destas alturas, trepava para colher o seu tão cobiçado fruto.
É verdade. E foi por causa desse fruto que eu tantas vezes fiz, arranhões e feridas, por precisamente subir às árvores (não é coisa fácil quando se tem 10 anos) e que tantas vezes me provocavam “desarranjos intestinais”, já na altura eu tinha mais olhos que barriga.
Quando me apanhava com umas boas nêsperas, não dava para parar, era comer até rebentar e se tivessem fresquinhas então, melhor ainda. Acabadinhas de sair do frigorífico, marchavam que era uma beleza.
É pena, hoje em dia, poucas dessas árvores dão fruto, e quando dão apodrecem quase do dia para a noite. Estas árvores já estão muito velhas e desgastadas, por isso, há anos que não como umas boas nêsperas, carnudas e doces.
Belos tempos, que não voltam mais.

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Suntory

Olá pessoal,

Hoje venho trazer uma proposta para os todos aqueles que são apreciadores de cozinha japonesa, mas também para aqueles que não o sendo, ponderam, brevemente, dar-lhe uma séria oportunidade e experimentar um bom restaurante japonês. O meu conselho para estes últimos é que experimentem o mais rapidamente possível, não sabem o que estão a perder.
“Exotic Japenese Fusion”, é como se “auto-define” o restaurante Suntory. Situado no Centro Comercial Picoas Plaza, na Rua Tomás Ribeiro, nº 65, o Suntory foi para mim uma muito agradável surpresa.
Já me tinham falado várias vezes deste sítio, mas só depois de lá ter ido é que consegui ter uma fiel noção da singularidade e qualidade deste restaurante. Para mim foi uma experiência marcada pela delicadeza dos sabores e pela subtileza dos aromas.
Em termos de ementa tenho que destacar nas entradas uns mini crepes fritos acompanhados por um molho agridoce e picante, huuumm deliciosos. Continuando nas entradas, também provei umas das melhores giosas que já comi. Também “marchou” uma sopa de miso para aquecer a alma, até porque a noite lá fora estava fria.
E depois o tão esperado menu de degustação de sushi e sashimi, repleto de peixe da melhor qualidade. É basicamente um prato/travessa cheia de peças de sushi e sashimi (até perdi a conta de quantas peças eram ao certo) confeccionadas ao gosto do chef. Tudo óptimo e de excelente qualidade, mas tenho que destacar o peixe manteiga que quase se desfazia na boca.
Por tudo isto atribuo cinco Barriganas à ementa.
O ambiente é muito acolhedor, todo o staff é bastante simpático e a decoração da casa é bastante característica, gostei particularmente da pequena ponte que nos leva do bar/sala de espera que está à entrada até à sala de jantar e também das portas de entrada corridas, muito japonês.
Por isso mesmo ficam os quatro Barriganas para o ambiente.
Relativamente ao preço, é um restaurante com preços um pouca mais elevados, também pela qualidade da comida que apresenta e também pelo espaço em si. Ainda assim são preços alcançáveis, mas não é próprio para qualquer carteira. Mesmo assim vale a pena fazer um esforço e dar lá um saltinho.
Ficam os três Barriganas para o preço.
Experimentem, vale a pena.

Design por: Sara Costa - sarajfcosta.wix.com/fotografia