quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Manjar do Marquês


Olá meus amigos,

Hoje o Barrigana vem falar-vos de uma daqueles sítios míticos que têm feito aficionados por todo o país e ilhas.

Estou a falar-vos do sobejamente conhecido “O Manjar do Marquês”, um restaurante que serve da melhor maneira, há mais de 20 anos, pratos tradicionais da nossa gastronomia, não só os mais conhecidos, como também os mais típicos da região.

Situado no quilómetro 151 do IC2 (Estrada Nacional Nº1), nos arredores de Pombal, “O Manjar do Marquês” continua a ser local de romaria para muitas pessoas, que nem com a construção da auto-estrada que passa lá perto, deixaram de se desviar da sua rota para se deliciarem com os “manjares” que “O Manjar” tem para oferecer.

Este é um restaurante com três espaços amplos divididos entre restaurante, snack-bar e adega típica, esta última preparada para grandes jantares de grupo. Com estes três espaços combinados o restaurante pode receber mais de mil pessoas, mas mantendo sempre a mesma qualidade no serviço e nos pratos servidos.

O ambiente é acolhedor, familiar e com uma decoração muito tradicional, claro. Devo destacar a decoração dos balcões, onde abundam as panelas e outros utensílios de cobre, outras decorações tradicionais e também as mensagens e provérbios bem tradicionais. O serviço é também ele muito simpático e acolhedor, se nos sentarmos ao balcão, quase nem precisamos de fazer o pedido, somos logo automaticamente apresentados à especialidade…”Boa tarde. É para almoçar? Vai um arrozinho de tomate?” É caso para dizer… “É uma casa portuguesa com certeza.”

Para o ambiente ficam os quatro Barriganas.

Avançando para a ementa e focando-me apenas na ementa de snack-bar (foi a única que experimentei), como acabei de vos contar, o “Arroz de tomate” é a grande especialidade da casa, atrevo-me a dizer que vir ao “O Manjar do Marquês” e não pedir este prato é pior do que ir a Roma e não ver o Papa (pelo menos para mim). É uma delícia, feito com tomates frescos (nada de polpa enlatada), bem malandrinho e com um toque final de pimento verde, como manda a tradição, eu como apreciador incondicional de arroz de tomate afirmo que é um dos melhores que já comi, vale mesmo a pena.

Depois seguem-se mais alguns pratos tradicionais da culinária portuguesa e também de snack-bar, voltando um pouco atrás, no capítulo das entradas fiquei-me por uma saborosas e bem condimentadas “Chamuças”, estaladiças e cheias de condimentos deliciosos, uma verdadeira deliciosa surpresa.     

Continuando para o prato principal devo destacar os “Filetes de Pescada”, pedaços grandes e suculentos de pescada panados e fritos como mandam as regras, o acompanhamento indicado para o arroz. Destaco também o “Bife de porco panado”, um “acompanhamento” menos tradicional para o arroz de tomate, mas também ele bastante saboroso, estaladiço e suculento.

Não posso deixar de não falar também de outros pratos mais tradicionais da região, mas que também fazem furor junto de todos os que frequentam “O Manjar do Marquês”, falo-vos do “Aferventado”, ou seja, umas migas de nabiça, salteadas em azeite e alho, às quais se juntam broa de milho e feijão verde. 

Para terminar, as sobremesas são todas tradicionais, eu fiquei bem entregue a um saboroso e guloso pudim de ovos.  

De facto, uma excelente refeição, um verdadeiro “manjar”, perante tudo isto é caso para acrescentar “É com certeza uma casa portuguesa”.

Ficam os cinco Barriganas para a ementa.

Relativamente ao preço e para uma refeição de snack-bar (ao balcão), ronda entre os 10 e os 15 euros por pessoa, o que é um preço bastante simpático.

Em relação ao preço ficam os cinco Barriganas.

Uma verdadeira experiência de cozinha portuguesa que se deve experimentar pelo menos uma vez na vida. 

Aqui come-se não como um Marquês, mas sim, como um Rei.

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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Cheiros Saudáveis


Olá a todos,

Assim como o gosto, o cheiro é também um dos sentidos mais poderosos e importantes para nós. Apenas um leve aroma pode dizer-nos milhões de coisas, avivar-nos memórias e transportar-nos para vários sítios.

Por isso mesmo, os cheiros são tão importantes na cozinha quanto todos os outros sentidos. Mais ainda, os cheiros são tão importantes para nós porque também nos dão grandes benefícios.

Assim, hoje venho falar-vos de alguns cheiros que são saudáveis:

Menta – De acordo com um estudo recente o cheiro da menta aumenta a memória cognitiva. De facto, uma vez inspirado quer pelo nariz, quer pela boca (através de pastilhas, por exemplo) este cheiro melhora a nossa resposta em tarefas de reconhecimento, melhora a memória de trabalho e a velocidade das respostas visuais e motoras.

Canela – Vários estudos realizados nos últimos anos concluiram que o cheiro da canela melhora em muito os níveis de atenção. Para além disto, ajuda a proteger o cérebro humano contra o Alzheimer devido aos seus principais componentes (cinamaldeído e epicatequina) que ajudam a travar as proteínas que levam à memória degenerativa que origina esta doença.

A minha sugestão é usarem canela nos vossos pratos e se conseguirem também no ambientador do vosso carro, por exemplo.           
Alecrim – Aumenta a concentração, a rapidez e a precisão das tarefas mentais.

Basta adicionarem um punhado de alecrim nos vossos pratos, principalmente em pratos com carne de porco ou borrego. Também é sempre bom ter algum plantado, mais que não seja num vazinho no parapeito da janela.

Jasmim – Este é um dos meus benefícios preferidos. O jasmim é indicado para melhorar o sono e torná-lo mais “eficiente”, ou seja, mais profundo e descansado, sem termos que andar às voltas na cama. Para além disto, o cheiro do jasmim diminui os níveis de ansiedade e aumenta a atenção.

É um chazinho antes de deitar e caímos como tordos.

Citrino (limão, laranja, lima, toranja, entre outros) – O cheiro de citrinos ajuda a reduzir os níveis de stress e de ansiedade.  

Basta usarem a casca de citrinos nos vossos pratos, ou em chás.

Por isso já sabem, toca a usarem o nariz e a cheirar estes belos aromas que nos fazem tão bem à saúde.


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sábado, 26 de abril de 2014

Profiteroles com duo de morango


Boas minha gente,

Como todos sabemos estamos na Primavera, o tempo está a melhorar aos poucos (apesar das mais recentes “cargas d’água”) e já começámos a ser presenteados com todas frutas, legumes e vegetais desta estação do ano.

Umas das frutas primaveris mais apreciadas são com toda a certeza os morangos, vermelhos, doces e ligeiramente ácidos, são ricos em várias vitaminas (C, K, B2, B5, B6 e B9), minerais (Cobre, Iodo, Potássio, Magnésio e Silício), assim como antioxidantes. Por serem tão ricos em vitaminas e minerais são óptimos para reforçar a imunidade do organismo, ajudam a reduzir o colesterol, ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e estimulam o cérebro, melhorando a memória (devido à fisetina). Para além disto combatem os radicais livres prevenindo o envelhecimento precoce.

Se ainda não houvesse razões suficientes para comer morangos, estes contém muito poucas calorias por cada 100g de morangos ingerimos cerca de 34 calorias.

Assim hoje, o Barrigana traz-vos “Profiteroles com ‘duo’ de morangos”. Vão precisar de:

Massa de choux
(12 profiteroles)
- 150g de farinha;
- ½ l de água;
- 1 pitada de sal;
-65g de manteiga;
- 4 ovos;
- 2 colheres de chá de açúcar mascavado;
- 2 colheres de chá de canela;
- Raspas de laranja e limão q.b.
Duo de morangos
- cerca de 12 morangos;
- 3 a 6 colheres de chá de açúcar mascavado;
- 2 claras de ovos;
- 2 ramos de hortelã;
- 1 raiz de erva príncipe;
- Chocolate derretido q.b.

Peneira-se a farinha para dentro de uma taça. Num tacho deita-se a água juntamente com o sal e a manteiga e deixa-se levantar fervura.

Assim que estiver a ferver retira-se do lume e deita-se a farinha de uma só vez. Mistura-se bem e volta-se a levar ao lume, mexendo até se formar uma bola. Nesta fase retira-se da panela para um recipiente grande e juntam-se os ovos um a um, incorporando bem cada um antes introduzir o outro.

Uma vez tudo bem misturado coloca-se num tabuleiro para ir ao forno cerca de um colher de sopa de massa, dando uma forma arredondada (caso queiram podem fazer este processo com a ajuda de um saco de pasteleiro). Levam-se ao forno pré-aquecido entre 180 a 200 graus. Até ficarem estaladiços.

De seguida, com a ajuda de uma varinha mágica picam-se oito morangos com quatro colheres de açúcar mascavado, os ramos de hortelã e a raiz de erva príncipe. Depois batem-se as claras em castelo e a meio do processo deitam-se duas colheres de açúcar mascavado, continuando a bater até ficar um merengue fofo e brilhante.

Nesta fase junta-se o “sumo de morangos” ao merengue e envolve-se bem. Reserva-se por cinco ou dez minutos no congelador, para fique bem frio.

Assim que os profiteroles estiverem frios, finalizam-se abrindo-os a meio e colocando o merengue, alguns pedaços de morango e um pouco de chocolate.

 Uma mistura clássica. Massa, morangos e chocolate, sempre delicioso.


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quarta-feira, 23 de abril de 2014

O Livramento


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana está de volta ao sul de Portugal, mais precisamente a Olhão, para vos falar de um agradável restaurante de comida tradicional algarvia. Interessados? Sim? Então, vamos a isso.

Situado no número 160 da Avenida 5 de Outubro encontramos o restaurante “O Livramento”, paredes meias com a Ria Formosa que se encontra a literalmente alguns passos.

Assim que se entra é impossível manter os olhos parados, devido à decoração da casa, repleta de fotografias a preto e branco de antigos caíques, copejadas de atum (técnica de pescar atum com arpões), entre muitas outras fotos antigas que tanto caracterizam esta terra algarvia. Para além disso podemos ver também miniaturas de barcos tradicionais e outros artefactos e instrumentos de pesca.

Este restaurante tem um ambiente bastante acolhedor que nos fascina e nos transmite muita simpatia, assim como o serviço que nos chega à mesa sempre acompanhado de um sorriso.

Assim para o ambiente ficam os quatro Barriganas.

Depois vem a ementa, que está repleta de pratos tradicionais algarvios (e não só). Começamos com umas deliciosas amêijoas da ria abertas “à bulhão pato”, depois seguem-se os pratos principais, uns mais tradicionais da zona, outros mais de todo o país e ainda outros vindos de “paragens” mais distantes.

Para começar umas “Lulas salteadas com alho”, suculentas e com um bom sabor a alho, depois o tão apreciado por todos nós, “Polvo à Lagareiro”, macio, tenro e saboroso e sempre acompanhado por batatas, uma delícia. Continuando passamos para uma apetitosa “Feijoada de lingueirão” bem apuradinha, o tão tradicional “Xarém com conquilhas” (e uma pitada de caril para animar) que nos chega com um bem audível “xaaréeeeeemm!” e terminamos com uma “Moqueca de camarão com papas de milho” bem tradicional de “Terras de Vera Cruz”. Uma excelente refeição

Para terminar uma deliciosa “Mousse de café” e uma “Tarte de chocolate” imprópria para gulosos.

Desta forma, ficam os cinco Barriganas para a ementa.

O preço é bastante apelativo, ronda entre os 12 e os 15 euros por pessoa, que para a comida e o ambiente apresentado é um valor bastante simpático.

Por tudo isto ficam os quatro Barriganas para o preço.

Já sabem, um excelente sítio para apreciarmos as várias belezas da Ria Formosa, não só naturais, mas também culinárias, este é um excelente sítio para uma refeição.


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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ajudar a digestão


Olá a todos,

Em épocas festivas é tradição haver mesas cheias de comida tradicional dessa altura específica, sobremesas, entradas, bebidas, digestivos, enfim, um sem número de coisas boas para nos deleitarmos.

Contudo estas épocas têm também alguns presentes envenenados, nomeadamente, as indisposições, enfartamentos, más disposições, os estômagos às voltas, as paragens de digestão e com elas as tão necessárias “evacuações”.

Como já se devem ter apercebido, o Barrigana já sofreu e sofre destas maleitas, por isso mesmo, hoje venho trazer-vos algumas dicas sobre alimentos que ajudam a nossa digestão a funcionar melhor. São eles:

Couve – É rica em fibras que ajudam a combater a azia, má digestão e outros problemas gastrointestinais. A couve possui dois tipos de fibras, as insolúveis, que aumentam a velocidade do trânsito intestinal e as solúveis, que absorvem água e formam um gel que protege as mucosas do estômago e dão peso às fezes. Desta forma representam uma excelente defesa para o sistema digestivo. É também uma boa fonte de ferro, cálcio e vitamina C.

Gengibre – Auxilia a secreção gástrica tornando a digestão mais fácil. O seu grande poder anti- inflamatório é fundamental na cura de casos de gastrite e outros problemas digestivos como náuseas e dores abdominais. Para além disto ajuda no funcionamento do intestino e acelera o esvaziamento gástrico.  
Já o uso há bastante tempo em vários pratos e de várias formas, mas nestas alturas a melhor maneira é sempre num chazinho.

Ameixa – De facto, em relação a esta sumarenta fruta, conheço um sábio ditado que diz precisamente … “No tempo da ameixa nunca o …. se fecha” (em relação aos três pontinhos já vão perceber do que é que se trata, ao lerem o restante texto). É um laxante natural pois contém grande quantidade de fibras. É também rica em antioxidantes como o ácido clorogénico e o ácido neoclorogénico que protegem e ajudam ao bom funcionamento das células.

Arroz Integral – É rico em fibras insolúveis que pois actuam como laxante natural, auxiliando no funcionamento do intestino. É uma excelente alternativa ao arroz normal e como acompanhamento de outros pratos.

Por isso já sabem, se alguma vez passarem mal do estômago, já têm alguns alimentos que vos podem ser muito úteis.


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sexta-feira, 18 de abril de 2014

“Trouxinhas” de Polvo de Caldeirada Manná


Olá minha gente,

“Polvo de Caldeirada”. Tenho a certeza que existem algumas centenas, senão milhares, de maneiras de confeccionar esta receita tão tradicional do nosso país. Arrisco-me a dizer até que em cada “casa/família” existe pelo menos uma pessoa que tem uma maneira especial de a fazer. 

É bem verdade. De facto, também a Manná tem a sua maneira muito própria de nos oferecer um belo “Polvo de Caldeirada”, enlatado claro. Especialidade esta, que têm vindo a produzir da melhor forma, desde há 30 anos para cá.

Pois bem, hoje o Barrigana vai trazer-vos também uma receita pegando nesta especialidade da Manná. Assim, trago-vos umas “’Trouxinhas’ de Polvo de Caldeirada Manná”. Vão precisar de:

- 1 lata de polvo de caldeirada Manná;
- 6 folhas de couve chinesas;
- ¼ Cebola roxa (picada);
- 2 dentes de alho (picado);
- 1 batata-doce (pequena e cortada em cubos pequeno);
- 2 colheres de chá de pimentão-doce;
- Coentros q.b.
- Sumo e raspa de ½ limão;
- Piripíri q.b.
- 1 colher de chá de vinagre de cidra.

Em primeiro lugar, num recipiente com água a ferver colocam-se as folhas de couve chinesas e deixam-se cozinhar por cerca de um minuto. Depois retiram-se e colocam-se num recipiente com água fria por um a dois minutos, retiram-se e secam-se bem.

Posto isto, numa frigideira com uma colher de azeite salteiam-se os alhos e a cebola por cinco minutos, adicionando a batata-doce (com casca, caso queiram). Deixa-se cozinhar tudo por cinco minutos e junta-se o polvo de caldeira Manná. Tempera-se com sal e pimenta a gosto, piripiri, sumo e raspa de limão, vinagre de cidra e o pimentão–doce. Deixa-se cozinhar até que a batata-doce esteja macia.

Finaliza-se juntando coentros a gosto e um pouco mais de pimentão-doce e servindo a mistura na couve chinesa e enrolando-a sobre si própria.

Bem crocante e saborosa é uma boa receita para adicionar às receitas de polvo da minha família. O que acham?

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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Cavalo Maluco 2009 Tinto: O melhor vinho português


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vem celebrar o vinho. Mas não um vinho qualquer, venho celebrar o “Melhor vinho Português”. Estou a falar-vos do vinho tinto “Cavalo Maluco 2009” da Herdade do Portocarro.

Por estas alturas vocês devem estar a pensar…”olha’ –m’este agora também tem a mania que é enólogo, pff.”, nada disso meus amigos. Estou tão entusiasmado pela conquista deste título porque este vinho é um produto do concelho de Alcácer do Sal, a minha linda terra, o que fá-lo ter, para mim, uma importância bem maior.

Situada em São Romão do Sado, a Herdade do Portucarro situa-se numa zona muito especial, que possibilita que este vinho adquira as características tão particulares que o levaram a esta distinção. A herdade encontra-se paredes meias com a Ribeira do Sado e é rodeada pelos tão característicos arrozais que abundam nesta região, de facto, segundo o produtor e proprietário da herdade, o engenheiro José Mota Capitão “(…) as características deste vinho devem-se essencialmente à região abençoada onde é produzido. (…) temos o sol que faz bons vinhos e a brisa marítima noturna que refresca as uvas.”(in, http://local.pt/portugal/alentejo/vinho-tinto-cavalo-maluco-2009-da-herdade-do-portocarro-eleito-o-melhor-vinho-tinto-portugues/)

Tudo isto dá origem a um vinho elegante, complexo e poderoso. Os entendidos na matéria recomendam-no por ser um vinho que tem, “Num primeiro embate um apetitoso e rústico azeite suave… deixado restabelecer-se do despejo no copo, o vinho assinala chocolate preto e fumo ligeiro. Adiante vêm aromas de amoras maduras, alguns tons herbáceos. O correr dos minutos confere-lhe anis, caramelo e azeitona. E já no fim, chocolate de leite e finura de café. Na boca tem potência e acidez, uns taninos de seda, e  o seu final é longuíssimo.” A mim parece-me muito bem. E a vocês? (in, http://www.garrafeiravinogrande.com/index.php/vinhos-de-mesa/cavalo-maluco-tinto-2009-detail)

Foram estas características que chamaram a atenção dos seis juízes do concurso organizado pelo Vestigius Wine Bar, em Lisboa, e que contou com dois representantes do Court of Masters Sommerliers (organismo de maior prestígio mundial na área de serviço de vinhos), que visitaram o nosso país pela primeira vez.

O “Cavalo Maluco 2009” obteve a melhor classificação em todas as categorias de vinhos, tendo-se destacado como o melhor dos 160 vinhos que estavam a concurso.

Um grande orgulho para Alcácer e para todos os alcacerenses. Eu ainda não tive a oportunidade de provar este vinho, mas a minha curiosidade ficou bastante aguçada.

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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Gnocchi com cogumelos e alho-francês


Olá minha gente,

Hoje o Barrigana vai “jogar-se com unhas e dentes” a uma receita clássica italiana. “Gnocchi”.
Em português “gnocchi” significa “caroços” e assim como os “ravioli”, a palavra “gnocchi” é o plural de “gnocco”.

Existem poucas formas de os fazer, na Toscana são feitos com farinha, ricota e espinafres (chamados “malfatti”). Em Roma (gnocchi alla romana) são feitos com massa de sêmola cobertos com queijo e grelhados ou assados.

O segredo para um bom gnocchi de batata é conseguir tornar as batatas o mais secas possíveis, sendo assim necessária menos farinha, o que torna os gnocchi mais leves.

São muitas vezes servidos como primeiro prato, substituindo as sopas, ou as massas. Assim hoje trago-vos uns “Gnocchi com cogumelos e alho francês”
(para 4 pessoas)

Gnocchi
 - 4 batatas médias;
- Azeite q.b.
- ½ colher de chá de noz-moscada;
- sal e pimenta q.b.
- 1 gema de ovo (grande);
- Cerca de 100g de farinha fina tipo 00 (ou farinha normal);
Cogumelos e alho-francês
- ½ cebola roxa (fatiada);
- 2 dentes de alho (picado);
- Cerca de 16 cogumelos (fatiados);
- 2 talos de alho francês (pequenos e fatiados);
- Cerca de 1dl de vinho branco;
- 1 cubinho de manteiga;
- Sal e pimenta q.b.
- 2 raminhos de tomilho;
- Sumo de ½ limão.
- Mozzarela q.b. (para guarnecer)
- Cebolinho q.b. (para guarnecer)

Preaquece-se o forno a 220 graus. Picam-se as batatas com um garfo, envolvem-se com azeite, colocam-se numa assadeira e levam-se ao forno por uma hora até estarem fofas por dentro e estaladiças por fora (se cozermos as batatas em água, vão absorver muita água, ficam pesados e vão-se desfazer). Deixam-se arrefecer ligeiramente e cortam-se ao meio retirando cuidadosamente o interior. Com a ajuda de um garfo, esmagador ou de um passe-vite esmigalha-se até se obter um puré macio.

Posto isto, numa taça junta-se o puré, a nós moscada, o sal, a pimenta, a gema de ovo e a farinha aos poucos misturando-se até se obter uma massa homogénea, macia e leve. Amassa-se tudo com as mãos adicionando-se mais água, caso esteja seca ou mais farinha, caso esteja húmida.

Uma vez a massa pronta divide-se em pedaços e estica-se até obtermos tiras com a grossura de cerca de um dedo. Corta-se a massa em pedaços de 2,5cm e colocam-se num tabuleiro com farinha ou sêmola e leva-se ao frigorífico por 15 a 20 minutos para assentar.

Enquanto os gnocchi estão no frigorífico, numa frigideira com cerca de uma colher de sopa de azeite, salteia-se a cebola, o alho, os cogumelos e o alho francês, durante cerca de 10 minutos. Nesta fase junta-se o vinho branco deixando-o cozinhar por algum tempo, para que o álcool evapore, depois junta-se o tomilho, a manteiga e tempera-se com sal e pimenta a gosto.

Cozem-se os gnocchi numa panela com água fervente (não a ferver, pois a água a ferver pode desfazer os gnocchi) e assim que estiverem a boiar estão, como dizem os italianos, prontíssimos.

Finaliza-se servindo os gnocchi em cima da mistura de cogumelos e alho-francês e guarnecendo com mozarela e cebolinho. Caso queiram, podem fazer um pequeno “enfeite comestível”, desidratando a casca de batata no forno.


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quinta-feira, 10 de abril de 2014

As Maravilhas do Peixe em Lisboa


Olá meus amigos,

Continuando no tema Peixe em Lisboa, hoje o Barrigana vem falar-vos (e mostrar-vos também) um pouco dos pratos/maravilhas que (ainda) se pode comer por lá até ao próximo domingo dia 13 de Abril.

Passando ao que interessa e separando os pratos por restaurante, a ementa do dia foi a seguinte:

Restaurante Assinatura – Cornucópia com tártaro de salmão e maçã; Salada de lula fumada; Espetada de camarão com espuma de alho; Bolo do Caco com filete de peixe do dia grelhado e espuma de alho.

Restaurante Avenue – Peixinhos da horta e do mar com maionese de coentrada; Corn dog “fixe” (salsicha de linguado e camarão com polme de farinha de milho); Francesinha com bife de atum e sapateira; O nosso pastel de nata (gelado de pastel de nata, merengue de canela e massa folhada caramelizada).

Restaurante Bica do Sapato – Cones de salmão e abacate (guacamole); Rolo de atum e pato fumado com wasabi e ovas de peixe voador; Risoto negro com salada de salmão, lima e coentros.

Avillez – Cabeça de xara com gamba da costa e molho tártaro; “Corneto” de sapateira com molho de iogurte e caril; Empada de caldeirada;

Restaurante O Nobre – Creme de lagosta com gengibre e malagueta; Cuscos de vinhais com tamboril;

Restaurante Ribamar – Caranguejo frito com creme de abacate e lima;

Restaurantes Umai/Izakaya – Caril verde com caranguejo, navalhas e arroz de jasmim;

Resumidamente, todos os pratos estavam uma maravilha, que aliás, era o que já se esperava de restaurantes desta qualidade.

Para finalizar existem sempre as maravilhas que são cozinhadas nas sessões de cozinha ao vivo que, se tiverem sorte, podem ser também provadas. No meu caso ainda pude provar um pedaço de polvo cru, sim meus amigos, polvo cru. Acreditem ou não, até é comestível, desde que esteja bem macio e para além disso, vale sempre a pena provar coisas novas.


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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Às compras no Peixe em Lisboa


Olá minha gente,

Como vos falei aqui na passada quarta-feira, este fim-de-semana o Barrigana teve o prazer de passar algumas horas no Peixe em Lisboa.

Esta experiência não consistiu somente na comida, mas também nas degustações, aulas, harmonizações e também nas sessões de cozinha ao vivo. Hoje venho mostrar-vos as compras que fiz no Mercado Gourmet. Acho que nos próximos tempos vou dar um bom uso às “novas contratações”.


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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Salteado de Brama Rayi Manná com Bulgur de curgetes grelhadas


Olá minha gente,

A esta altura devem estar a pensar…”Ora más isto hãn? Mas tu queres ver que este gajo passou-se…outra vez?” Nada disso minha gente. Estes nomes complicados são mesmo comida e não apenas eu que ando a ter visões estranhas.

Passo a explicar. A Brama Rayi não é nada mais, nada menos do que um o peixe que habitualmente conhecemos como “Chaputa” e que uma vez enlatado e conservado em óleo vegetal é tradicionalmente denominado pelo seu nome científico: “Brama Rayi”. Mesmo conservado é um peixe de carne branca, firme e suculenta.

O “bulgur”, ou em bom português “triguilho” é um cereal feito a partir dos grumos de várias espécies de diferentes trigos. É produto muito característico da cozinha sírio-libanesa e mediterrânica.

Assim, hoje trago-vos um “Salteado de Brama Rayi Manná com bulgur de curgetes grelhadas”. Precisam de:
( Para 2 pessoas)
- 1 lata de Brama Rayi Manná;
- ½ cebola;
- 1 dente de alho;
- sumo e raspa de limão q.b.
- 1 pedaço de gengibre;
- 1 curgete (pequena/média em rodelas com cerca de 1cm de espessura);
- Cerca de 150g de bulgur;
- 1 pedaço de casca de limão;
- 1 pedaço de casca de laranja;
- 1 rodela de gengibre;
- 5 a 6 pedaços de tomate seco;
- 1 e ½ colher de chá de pimentão-doce;
- ½ colher de chá de cominhos;
- sal e pimenta q.b

Numa chapa para grelhar bem quente colocam-se as rodelas de curgete e cozinham-se por cerca de dois a três minutos por lado. Uma vez cozinhadas retiram-se, cortam-se em quartos, temperam-se com sal, pimenta, sumo de limão e azeite e reservam-se numa taça.

Posto isto, num tacho coloca-se o bulgur, com o dobro da quantidade da água, juntamente com sal e pimenta a gosto, ½ colher de chá de pimentão-doce, ½ colher de chá de cominhos, um pedaço de casca de limão e laranja, a rodela de gengibre e o tomate seco (para reidratá-los). Deixa-se cozer por cerca de dez minutos, juntando mais água se necessário.

Numa frigideira com uma colher de sopa do óleo da Brama Rayi Manná salteia-se a cebola, o alho e o gengibre durante cerca de cinco minutos. Junta-se a Brama Rayi Manná em pedaços médios, tempera-se com um pouco de sal e pimenta, pimentão-doce, raspa e sumo de limão e deixa-se cozinhar por mais dois a três minutos.

Assim que o bulgur estiver cozido, retiram-se os pedaços de tomate seco, cortam-se em tiras e juntam-se à frigideira com a Brama Rayi Manná. Deixa-se cozinhar por mais dois minutos e retira-se do lume.

Entretanto escorre-se o bulgur, retirando as cascas de laranja e limão e a rodela de gengibre, e misturam-se 
os pedaços de curgete grelhados com o bulgur.

Serve-se num prato fundo colocando o bulgur em baixo com a Brama Rayi Manná em cima.

Aromático, saudável e delicioso. Uma perdição. Experimentem.



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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Peixe em Lisboa 2014

Olá minha gente,

Está aí a chegar mais uma edição do evento mais saboroso e requintado do panorama nacional de eventos gastronómicos dedicados aos produtos do nosso mar, o “Peixe em Lisboa”.
Na sua 7ª edição este evento promete deliciar mais uma vez todos os seus visitantes, incluindo o Barrigana que nunca falhou a uma edição.

Resumidamente, meus amigos, a minha opinião sobre este evento é sempre a melhor, dou-lhe literalmente cinco Barriganas em todos os aspectos. A qualidade da comida, como já se espera, é altíssima e a variedade também, seja qual for o restaurante que escolhamos, em todos eles come-se como um rei, ninguém sai “mal comido” de certeza, nem mal bebido.

Para além disto, também podemos fazer provas de vários produtos em exposição (e comprar, caso queiramos) como azeite, vinho, bolos e doces regionais, enchidos, queijos, enfim, um sem número de coisas boas, todas made in Portugal. Para quem gosta de cozinhar (como eu) há também vários expositores com utensílios e “traquitanas” de cozinha.

Outro dos pontos altos do “Peixe em Lisboa” é o entretenimento que a organização proporciona aos visitantes com as sessões de “Cozinha ao vivo” realizadas com vários chefs, as aulas de cozinha, os debates, as provas comentadas, as harmonizações, enfim, um sem número de actividades. Podem ter a certeza que não se vão aborrecer.

Para entrar, temos que pagar os já habituais 15 euros por pessoa, que dão acesso (para além da entrada no recinto) a uma degustação de 5 euros (em qualquer restaurante presente), a uma bebida de 1,5 euros e a um copo para prova. Quem só puder visitar o “Peixe em Lisboa” durante os dias de semana tem sempre boas opções, já que a organização preparou algumas ofertas especiais. Quem se dirigir de segunda a sexta entre as 12 e as 15 horas terá direito a duas degustações de 5 euros e duas bebidas de 1,5 euros, para além do copo. Poderemos também desfrutar destas “condições especiais” durante todo o dia 7 de Abril – “O dia económico” (das 12 às 24 horas).


A realizar-se entre 3 e 13 de Abril no Pátio da Galé, Praça do Comércio, Lisboa, este é um evento a não perder.